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) e
repertório (prova).
Marcos históricos
A trajetória de luta das mulheres em busca de seus direitos não é um fenômeno recente, mas
sim, de anos. Essa trajetória histórica tem marcos importantes na garantia dos direitos das
mulheres. Um exemplo é, o acesso à escola somente em 1910, a participação política com a
criação do primeiro partido feminino em 1910, direito ao voto em 1932, a lei do divórcio
aprovada em 1977, a Constituição de 1988 reconhece a igualdade entre homens e mulheres e
outros. Estas conquistas encorajam e fortalecem ainda mais as razões para acreditar e
defender as lutas feministas.
“PÉ DE MULHER NÃO FOI FEITO PRA SE METER EM CHUTEIRAS!”. Sim, essa
era a manchete de um jornal em 1941.
https://www.tjrj.jus.br/web/guest/observatorio-judicial-violencia-mulher/o-que-e-a-violencia-
domestica-e-o-feminicidio
https://canalcienciascriminais.com.br/taxa-feminicidio-brasil/
https://nossacausa.com/conquistas-do-feminismo-no-brasil/?
gclid=EAIaIQobChMIjIiqhovN_gIVmRXUAR1lAQuNEAAYAiAAEgIiafD_BwE
https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2023/03/08/brasil-bate-recorde-de-
feminicidios-em-2022-com-uma-mulher-morta-a-cada-6-horas.ghtml
LEGISLAÇÃO
FEMINICIDIO
O crime de feminicídio surge com a Lei nº 13.104/2015, que modifica o artigo 121 do Código
Penal que tipifica o crime de homicídio para incluir a qualificadora do feminicídio entre
os crimes contra a vida. A taxa de feminicídio no Brasil em 2022 é uma das mais
elevadas na história brasileira. Segundo o site G1 foram registrados 1,4 mil feminicídio,
o maior número desde que a lei entrou em vigor. A motivação para estes crimes sempre
tem o mesmo cerne, a desigualdade de gênero. Estas desigualdades estão presentes nas
relações socias que estão alicerçadas da crença que as mulheres são subalternas aos
homens e que seus desejos tem pouca relevância.
Feminicídio é o assassinato de uma mulher simplesmente pelo fato de ser mulher. O
Brasil no primeiro semestre de 2022 registra um elevado número de homicídio desde a
criação da lei n 13104/2015 que modifica o artigo 121 do código penal que tipifica o
crime homicídio para incluir a qualificadora do feminicídio entre os crimes contra a
vida. De acordo site G1, em 2022 foram registrados 1,4 mil feminicídios o maior
número desde que a lei entra em vigor 2015.Este crescimento pode ser explicado
segundo Piccirillo e Silvestre, do NEV-USP pela redução de investimento em políticas de
enfrentamento a violência doméstica e familiar no período de 2019 -2022.Como consequência
houve um corte drástico em verbas para esta área ,´inviabilizando a manutenção e criação de
Unidades da Casa Mulher Brasileira e de Centros de Atendimentos ás Mulheres.
Dados importantes
Metade dos estados brasileiros teve alta nos casos de feminicídios em 2022. Em alguns
casos, o aumento foi de mais de 40% – como em Mato Grosso do Sul (40%), Rondônia
(75%) e Amapá (100%).
veja a taxa de homicídios de mulheres por 100 mil em cada estado, em ordem
decrescente:
Mato Grosso do Sul: 8,3
Rondônia: 7,6
Roraima: 6,8
Mato Grosso: 5,8
Ceará: 5,5
Bahia: 5,3
Acre: 5
Pará: 4,7
Rio Grande do Sul: 4,7
Piauí: 4,6
Tocantins: 4,6
Amazonas: 4,4
Espírito Santo: 4,4
Paraná: 4,4
Pernambuco: 4,4
Alagoas: 4,1
Paraíba: 4,1
Goiás: 3,7
Maranhão: 3,6
Brasil: 3,6
Rio Grande do Norte: 3,3
Sergipe: 3,3
Amapá: 3,1
Rio de Janeiro: 3,1
Minas Gerais: 2,8
Santa Catarina: 2,8
Distrito Federal: 2,2
São Paulo: 1,8
Os dados do último trimestre do RJ ainda estão em fase de análise e podem sofrer
alterações.
Política pública
https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/politicas-para-mulheres/
acoes-e-programas/programa-mulher-segura-e-protegida
Rita Lobato
Nascida em 1866, Rita Lobato Velho Lopes foi a primeira médica a se formar no Brasil
e uma das pioneiras da área também na América Latina. Especializou-se
em ginecologia e obstetrícia e foi considerada ousada para a época ao defender uma tese
a respeito dos métodos utilizados em cesáreas.
Nise da Silveira
Única mulher a se formar em medicina em sua turma, Nise da Silveira foi uma
expoente da luta antimanicomial. Como psiquiatra, revolucionou os tratamentos do
campo ao combater métodos agressivos como eletrochoques e, em vez disso, oferecer a
seus pacientes pincéis e tintas, entendendo a arte como um processo terapêutico. As
obras produzidas foram reunidas no Museu de Imagens do Inconsciente, fundado pela
médica em 1952.
Maria Deane
Zilda Arns
Chamada de “a Madre Teresa brasileira", Zilda Arns desempenhou papel fundamental
no combate à desnutrição e à mortalidade infantil no Brasil. Durante a infância, a
catarinense sofreu resistência de seu pai ao afirmar que queria fazer medicina, mas foi
incentivada pelo irmão mais velho, Paulo Evaristo Arns, que mais tarde seria nomeado
cardeal e se tornaria um dos religiosos mais resistentes à ditadura militar (1964-1985).
Adriana Melo
Ester Sabino
Professora do departamento de Moléstias Infecciosas na Universidade de São Paulo
(USP) e ex-diretora do IMT-USP, Ester Sabino foi uma das colegas de Jaqueline Goes
no estudo que sequenciou o genoma do Sars-CoV-2 com rapidez surpreendente.
A partir de então, a imunologista passou a ser uma das referências no rastreamento
genômico do coronavírus no país. Em março de 2021, inclusive, a Secretaria de
Desenvolvimento do governo de São Paulo criou uma premiação em sua homenagem.
Hannah Arendt
(1906-1975) era alemã e judia e, por causa do regime nazista, deixou o país, tendo se
mudado para a França e, posteriormente, para os Estados Unidos, onde permaneceu
apátrida até se naturalizar americana, em 1951.
Conhecida como filósofa, ela publicou a obra “As Origens do Totalitarismo”, em que
analisa as formas totalitárias de poder e a banalização do terror. A escritora também
analisou a educação na época nos textos “A Crise na Educação” e “Reflexões sobre
Little Rock”.
Maria Montessori
Maria foi a primeira mulher a se formar em Medicina na Itália, mas não pode seguir
carreira por não pode analisar homens. Assim, ela iniciou os estudos sobre o
aprendizado de crianças. O seu método educacional, que leva o seu nome (Montessori),
é aplicado até hoje em escolas públicas e privadas de todo o mundo.
Emília Ferreiro
Como já mencionamos, a Lei Maria da Penha é uma das leis de proteção à mulher mais
conhecidas. Ela foi publicada em 2006 e foi nomeada em homenagem à Maria da Penha
Maia Fernandes. Vivenciando um casamento abusivo por 23 anos, que a deixou com
muitas sequelas emocionais, mentais e físicas, Maria enfrentou um desfecho injusto no
julgamento contra o seu agressor.
Com esse episódio, houve um grande debate acerca de segurança no espaço virtual,
o que motivou a criação da Lei Nº 12.737/2012, também chamada de Lei Carolina
Dieckman. Esse dispositivo legal alterou o Código Penal Brasileiro, sendo uma das
primeiras bases legais para o Direito Digital, que ainda está em processo de
formação.
A Lei do Minuto Seguinte foi criada no dia 1° de agosto de 2013 e tem como objetivo garantir o
atendimento multidisciplinar, obrigatório e gratuito de vítimas de violência sexual pelo SUS.
Para tanto, é considerado qualquer tipo de contato sexual que tenha ocorrido sem consentimento
e não é necessária a apresentação de boletim de ocorrência: basta a palavra da vítima para que
tenha acesso aos serviços em hospitais e postos de saúde do SUS
Em seu artigo 3°, a lei lista os serviços que devem ser oferecidos para as vítimas gratuitamente
pelo SUS:
I – diagnóstico e tratamento das lesões físicas no aparelho genital e nas demais áreas afetadas;
II – amparo médico, psicológico e social imediatos;
III – facilitação do registro da ocorrência e encaminhamento ao órgão de medicina legal e às
delegacias especializadas com informações que possam ser úteis à identificação do agressor e à
comprovação da violência sexual;
IV – profilaxia da gravidez;
V – profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST;
VI – coleta de material para realização do exame de HIV para posterior acompanhamento
e terapia;
VII – fornecimento de informações às vítimas sobre os direitos legais e sobre todos os
serviços sanitários disponíveis.