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Meninas, nesse material tentei construir parágrafos com tese (o que?), argumento (pq?

) e
repertório (prova).

Marcos históricos

A trajetória de luta das mulheres em busca de seus direitos não é um fenômeno recente, mas
sim, de anos. Essa trajetória histórica tem marcos importantes na garantia dos direitos das
mulheres. Um exemplo é, o acesso à escola somente em 1910, a participação política com a
criação do primeiro partido feminino em 1910, direito ao voto em 1932, a lei do divórcio
aprovada em 1977, a Constituição de 1988 reconhece a igualdade entre homens e mulheres e
outros. Estas conquistas encorajam e fortalecem ainda mais as razões para acreditar e
defender as lutas feministas.

Outros marcos históricos

1879 – Mulheres conquistam o direito ao acesso às faculdades

1962 – É criado o Estatuto da Mulher Casada

1974 – Mulheres conquistam o direito de portarem um cartão de


crédito

1979 – Mulheres garantem o direito à prática do futebol

“PÉ DE MULHER NÃO FOI FEITO PRA SE METER EM CHUTEIRAS!”. Sim, essa
era a manchete de um jornal em 1941.

No Decreto da Era Vargas, estava claro: as mulheres não podiam praticar


esportes incompatíveis com as “condições de sua natureza”. O argumento era
de que a prática feria a chamada “natureza feminina” e com isso, de 1941 até
1979, foi eliminada qualquer chance de atletas mulheres praticarem esportes.
Apesar da proibição, as mulheres nunca pararam de jogar futebol. Sempre
desafiaram a “essência feminina” e ocupavam campos de várzea e locais em
que o Estado não chega. 

1985 – É criada a primeira Delegacia da Mulher

2006 – É sancionada a Lei Maria da Penha

2015 – É aprovada a Lei do Feminicídio

018 – A importunação sexual feminina passou a ser considerada


crime
2021 – É criada lei para prevenir, reprimir e combater a violência política
contra a mulher
Fonte de pesquisa https://nossacausa.com/conquistas-do-feminismo-no-brasil/?
gclid=EAIaIQobChMIjIiqhovN_gIVmRXUAR1lAQuNEAAYAiAAEgIiafD_BwE

https://www.tjrj.jus.br/web/guest/observatorio-judicial-violencia-mulher/o-que-e-a-violencia-
domestica-e-o-feminicidio

https://canalcienciascriminais.com.br/taxa-feminicidio-brasil/

https://nossacausa.com/conquistas-do-feminismo-no-brasil/?
gclid=EAIaIQobChMIjIiqhovN_gIVmRXUAR1lAQuNEAAYAiAAEgIiafD_BwE

https://g1.globo.com/monitor-da-violencia/noticia/2023/03/08/brasil-bate-recorde-de-
feminicidios-em-2022-com-uma-mulher-morta-a-cada-6-horas.ghtml

LEGISLAÇÃO

A constituição cidadã assegura equidade entre homens e mulheres. No entanto, apesar


dos avanços, a sociedade brasileira ainda tem elementos estruturais do machismo e
preconceito que fortalecem e propagam a diferença de gênero. Nesse viés, somente no
início do século XXI o código civil brasileiro extinguiu o artigo que permitia o homem
pedir a anulação do casamento caso a esposa não fosse virgem antes do matrimonio. Em
meio a tantas conquistas, somente no início do século a não virgindade feminina deixou
de ser justificativa aceitável para divórcios.
A partir do limiar dos anos 70, as mulheres foram impactadas por diversas
transformações: maior participação no mercado de trabalho, crescente escolarização,
maior acesso a informações dentre outros. No entanto, observa-se que mesmo diante
dessas conquistas, elas seguem dedicando maior tempo aos afazeres domésticos e aos
cuidados pessoais. De acordo, com Instituto Brasileiro de Geografia e estatística em
2019, os homens dedicaram 11 horas semanas aos afazeres domésticos e aos cuidados
de pessoas, enquanto as mulheres dedicaram a estas tarefas cerca de 21 horas e meias
semanais. Isso ocorre, em muitos casos, em função da necessidade de conciliarem
trabalhos domésticos e cuidados com o trabalho remunerado.

FEMINICIDIO

O crime de feminicídio surge com a Lei nº 13.104/2015, que modifica o artigo 121 do Código
Penal que tipifica o crime de homicídio para incluir a qualificadora do feminicídio entre
os crimes contra a vida. A taxa de feminicídio no Brasil em 2022 é uma das mais
elevadas na história brasileira. Segundo o site G1 foram registrados 1,4 mil feminicídio,
o maior número desde que a lei entrou em vigor. A motivação para estes crimes sempre
tem o mesmo cerne, a desigualdade de gênero. Estas desigualdades estão presentes nas
relações socias que estão alicerçadas da crença que as mulheres são subalternas aos
homens e que seus desejos tem pouca relevância.
Feminicídio é o assassinato de uma mulher simplesmente pelo fato de ser mulher. O
Brasil no primeiro semestre de 2022 registra um elevado número de homicídio desde a
criação da lei n 13104/2015 que modifica o artigo 121 do código penal que tipifica o
crime homicídio para incluir a qualificadora do feminicídio entre os crimes contra a
vida. De acordo site G1, em 2022 foram registrados 1,4 mil feminicídios o maior
número desde que a lei entra em vigor 2015.Este crescimento pode ser explicado
segundo Piccirillo e Silvestre, do NEV-USP pela redução de investimento em políticas de
enfrentamento a violência doméstica e familiar no período de 2019 -2022.Como consequência
houve um corte drástico em verbas para esta área ,´inviabilizando a manutenção e criação de
Unidades da Casa Mulher Brasileira e de Centros de Atendimentos ás Mulheres.

Dados importantes

Metade dos estados brasileiros teve alta nos casos de feminicídios em 2022. Em alguns
casos, o aumento foi de mais de 40% – como em Mato Grosso do Sul (40%), Rondônia
(75%) e Amapá (100%).

veja a taxa de homicídios de mulheres por 100 mil em cada estado, em ordem
decrescente:
 Mato Grosso do Sul: 8,3
 Rondônia: 7,6
 Roraima: 6,8
 Mato Grosso: 5,8
 Ceará: 5,5
 Bahia: 5,3
 Acre: 5
 Pará: 4,7
 Rio Grande do Sul: 4,7
 Piauí: 4,6
 Tocantins: 4,6
 Amazonas: 4,4
 Espírito Santo: 4,4
 Paraná: 4,4
 Pernambuco: 4,4
 Alagoas: 4,1
 Paraíba: 4,1
 Goiás: 3,7
 Maranhão: 3,6
 Brasil: 3,6
 Rio Grande do Norte: 3,3
 Sergipe: 3,3
 Amapá: 3,1
 Rio de Janeiro: 3,1
 Minas Gerais: 2,8
 Santa Catarina: 2,8
 Distrito Federal: 2,2
 São Paulo: 1,8
Os dados do último trimestre do RJ ainda estão em fase de análise e podem sofrer
alterações.

Política pública

https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/politicas-para-mulheres/
acoes-e-programas/programa-mulher-segura-e-protegida

o Programa Mulher Segura e Protegida tem como objetivo integrar e ampliar os


serviços públicos existentes destinados às mulheres em situação de violência,
por meio da articulação dos atendimentos especializados no âmbito da saúde,
da justiça, da rede socioassistencial e da promoção da autonomia financeira.

O Maria da Penha vai à Escola: educar para prevenir e coibir a violência contra


a mulher é um programa que teve início no Distrito Federal e tem se expandido
para o resto do Brasil. Constitui uma parceria firmada entre a SNPM e as redes
estaduais de enfrentamento à violência contra as mulheres, visando à
divulgação e promoção da Lei Maria da Penha entre os profissionais da
educação, de forma a alcançar crianças e adolescentes em ambiente escolar.

Dentre as ações do programa, podem ser citadas: cursos de capacitação,


oficinas de sensibilização para os profissionais da educação, palestras nas
escolas para os estudantes e distribuição de material informativo sobre a Lei
Maria da Penha e seus impactos na vida das mulheres, das famílias e da
sociedade.

O Programa Pró-Equidade busca disseminar novas concepções na gestão de


pessoas e na cultura organizacional para alcançar a igualdade de
oportunidades e direitos entre mulheres e homens no mundo do trabalho.
Desta forma, ele é dirigido a empresas/instituições de médio e grande porte,
públicas e privadas, com personalidade jurídica própria.

O Pró-Equidade contribui com a promoção de novas relações no mundo do


trabalho, visando combater formas de discriminação no acesso, remuneração e
ascensão das mulheres no emprego.

Mulheres que contribuíram nas ciências da saúde no Brasil


https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2022/01/8-mulheres-que-
contribuiram-para-ciencias-da-saude-no-brasil.html

 Rita Lobato
Nascida em 1866, Rita Lobato Velho Lopes foi a primeira médica a se formar no Brasil
e uma das pioneiras da área também na América Latina. Especializou-se
em ginecologia e obstetrícia e foi considerada ousada para a época ao defender uma tese
a respeito dos métodos utilizados em cesáreas.

Nise da Silveira
Única mulher a se formar em medicina em sua turma, Nise da Silveira foi uma
expoente da luta antimanicomial. Como psiquiatra, revolucionou os tratamentos do
campo ao combater métodos agressivos como eletrochoques e, em vez disso, oferecer a
seus pacientes pincéis e tintas, entendendo a arte como um processo terapêutico. As
obras produzidas foram reunidas no Museu de Imagens do Inconsciente, fundado pela
médica em 1952.

Maria Deane

Parasitologista renomada nacional e internacionalmente, Maria Deane publicou mais de


uma centena de artigos e trabalhou intensamente para a erradicação de epidemias, como
as de malária, leishmaniose e leptospirose.

Zilda Arns
Chamada de “a Madre Teresa brasileira", Zilda Arns desempenhou papel fundamental
no combate à desnutrição e à mortalidade infantil no Brasil. Durante a infância, a
catarinense sofreu resistência de seu pai ao afirmar que queria fazer medicina, mas foi
incentivada pelo irmão mais velho, Paulo Evaristo Arns, que mais tarde seria nomeado
cardeal e se tornaria um dos religiosos mais resistentes à ditadura militar (1964-1985).

 Adriana Melo

Nascida em 1969, Adriana Melo formou-se em medicina na Universidade Federal de


Campina Grande (UFCG) e foi uma das primeiras profissionais da saúde a constatar a
relação entre o vírus zika e a microcefalia, em 2015. A obstetra observou que muitas
gestantes atendidas por ela e que estavam contaminadas com o zika geravam bebês com
a síndrome em que a cabeça do recém-nascido é menor do que o esperado.
Jaqueline Goes

Jaqueline Goes foi uma das mulheres que sequenciaram o genoma do Sars-CoV-


2 apenas dois dias depois do primeiro caso de Covid-19 ter sido confirmado no Brasil.
Pós-doutoranda no Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade de São Paulo
(USP), ela produz pesquisas de sequenciamentos de arboviroses emergentes, incluindo a
do vírus zika (sobre o qual vem desenvolvendo um projeto de mapeamento genômico).

Ester Sabino
Professora do departamento de Moléstias Infecciosas na Universidade de São Paulo
(USP) e ex-diretora do IMT-USP, Ester Sabino foi uma das colegas de Jaqueline Goes
no estudo que sequenciou o genoma do Sars-CoV-2 com rapidez surpreendente.
A partir de então, a imunologista passou a ser uma das referências no rastreamento
genômico do coronavírus no país. Em março de 2021, inclusive, a Secretaria de
Desenvolvimento do governo de São Paulo criou uma premiação em sua homenagem.

 Sue Ann Costa Clemmens

Médica formada pela Universidade Souza Mendes, Sue Ann Costa Clemmens iniciou


sua carreira se dividindo entre os atendimentos clínicos e a pesquisa acadêmica. Após
especializações e pós-graduações, foi responsável por criar o primeiro programa de
mestrado em vacinologia do mundo, na Universidade de Siena, na Itália.

Mulheres que mudaram a educação no mundo.

Hannah Arendt

(1906-1975) era alemã e judia e, por causa do regime nazista, deixou o país, tendo se
mudado para a França e, posteriormente, para os Estados Unidos, onde permaneceu
apátrida até se naturalizar americana, em 1951.

Conhecida como filósofa, ela publicou a obra “As Origens do Totalitarismo”, em que
analisa as formas totalitárias de poder e a banalização do terror.  A escritora também
analisou a educação na época nos textos “A Crise na Educação” e “Reflexões sobre
Little Rock”.
 Maria Montessori

Maria foi a primeira mulher a se formar em Medicina na Itália, mas não pode seguir
carreira por não pode analisar homens. Assim, ela iniciou os estudos sobre o
aprendizado de crianças. O seu método educacional, que leva o seu nome (Montessori),
é aplicado até hoje em escolas públicas e privadas de todo o mundo.

 Emília Ferreiro

A psicóloga e pedagoga argentina, radicada no México, analisou e desvendou os


mecanismos pelos quais as crianças aprendem a ler e escrever. Isso revolucionou a
maneira de se pensar a alfabetização e influenciou a educação brasileira a partir dos
anos 90.

Leis de proteção a mulher

leis de proteção à mulher: Lei Maria da Penha (11.340/2006)

Como já mencionamos, a Lei Maria da Penha é uma das leis de proteção à mulher mais
conhecidas. Ela foi publicada em 2006 e foi nomeada em homenagem à Maria da Penha
Maia Fernandes. Vivenciando um casamento abusivo por 23 anos, que a deixou com
muitas sequelas emocionais, mentais e físicas, Maria enfrentou um desfecho injusto no
julgamento contra o seu agressor.

Os objetivos da Lei Maria da Penha, são:

 Criar mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a


mulher.
 Dispor sobre a criação de Juizados contra a violência doméstica e familiar da
mulher
 Estabelecer medidas de assistência e proteção à mulher que se encontre em
situação de violência doméstica e familiar.

Leis de proteção à mulher: Lei Carolina Dieckman (Lei


12.737/2012)
Em maio de 2011, a atriz brasileira Carolina Dieckman sofreu um ataque virtual que
culminaria na posse de 36  fotos de cunho pessoal nas mãos de um hacker. Exigindo
uma quantia de R$ 10 mil reais para não publicar o conteúdo, o hacker teve sua
proposta negada e, de fato, tornou públicas as imagens que tinha em sua posse.

Com esse episódio, houve um grande debate acerca de segurança no espaço virtual,
o que motivou a criação da Lei Nº 12.737/2012, também chamada de Lei Carolina
Dieckman. Esse dispositivo legal alterou o Código Penal Brasileiro, sendo uma das
primeiras bases legais para o Direito Digital, que ainda está em processo de
formação.

Leis de proteção à mulher: Lei Joana Maranhão


(12.650/2012)
Publicada no dia 17 de maio de 2012, a Lei 12.650 alterou os prazos de prescrição
para casos de crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes. Antes
deste dispositivo legal, tais crimes eram prescritos quando a criança/adolescente
atingisse 18 anos. Ou seja: caso não fossem denunciados até então, os agressores
não poderiam ser posteriormente responsabilizados.

leis de proteção à mulher: Lei do Minuto Seguinte


(12.845/2013)
Um levantamento recente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelou que o percentual
de estupros de mulheres e meninas aumentou em 12,5% em 2022: estima-se que um crime desse
tipo ocorra a cada 9 minutos no território brasileiro.

A Lei do Minuto Seguinte foi criada no dia 1° de agosto de 2013 e tem como objetivo garantir o
atendimento multidisciplinar, obrigatório e gratuito de vítimas de violência sexual pelo SUS.
Para tanto, é considerado qualquer tipo de contato sexual que tenha ocorrido sem consentimento
e não é necessária a apresentação de boletim de ocorrência: basta a palavra da vítima para que
tenha acesso aos serviços em hospitais e postos de saúde do SUS

Em seu artigo 3°, a lei lista os serviços que devem ser oferecidos para as vítimas gratuitamente
pelo SUS:

I – diagnóstico e tratamento das lesões físicas no aparelho genital e nas demais áreas afetadas;
II – amparo médico, psicológico e social imediatos;
III – facilitação do registro da ocorrência e encaminhamento ao órgão de medicina legal e às
delegacias especializadas com informações que possam ser úteis à identificação do agressor e à
comprovação da violência sexual;
IV – profilaxia da gravidez;
V – profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST;
VI – coleta de material para realização do exame de HIV para posterior acompanhamento
e terapia;
VII – fornecimento de informações às vítimas sobre os direitos legais e sobre todos os
serviços sanitários disponíveis.

Leis de proteção à mulher: Lei do Feminicídio (Lei


13.104/2015)
A partir da publicação da Lei do Feminicídio, o crime passou a ser considerado como
homicídio qualificado e enquadrado com um dos crimes hediondos. Com isso, as penas
para os agressores são mais severas, ficando compreendidas entre 12 e 30 anos. Além
disso, para quem comete algum dos crimes hediondos não  há prisão provisória e estão
vetados os direitos a indulto, anistia ou graça. Ao tornar as medidas punitivas mais
severas, espera-se que haja uma diminuição na constância de realização dos crimes no
futuro.

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