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mulheres.
Resumo:
O presente trabalho tem por objetivo analisar o contexto das investigações sobre as
mortes violentas de mulheres, além das razões de seu crescimento contínuo no estado de
Goiás. Para tanto, apresento o termo Feminicídio, segundo compreensão da ONU Mulheres,
para fazer referência a um fenômeno social e cultural que, por essência, pressupõe a
dominação patriarcal – estudos sobre o feminicídio objetivam sensibilizar quanto a morte de
mulheres por razão do desprezo de sua condição social, cultural e étnica. Nesse trabalho,
assumindo tais pressupostos, procuro compreender a perpetuação ascendente do feminicídio
no estado de Goiás a partir da conformidade com o pensamento patriarcalista encarnado no
sistema. Utilizarei as literaturas a respeito da construção histórica do estado, a sua
formulação identitária, bem como as literaturas que corroboram como alternativas ao
pensamento hegemônico na tentativa de encontrar uma resposta a perpetração das mortes de
mulheres em razão de seu gênero. Nesse âmbito, investigarei o processo e abordagem nos
postos de acolhimento de denúncias e investigações (as delegacias especializadas em
violência contra a mulher) as evidentes características do pensamento coronelista, que
podem impactar sobre a relação de eficiência-eficácia nas políticas de combate à violência
de gênero e sua incidência em um âmbito educacional-cultural. O espectro final aqui
demonstrado é uma crítica ao não funcionamento das políticas públicas de combate a
violência de gênero quando desacompanhadas do debate de gênero.
Introdução
1
Estudante de graduação em Ciências Sociais, bacharelado em Políticas Públicas, na Faculdade de Ciências
Sociais, Universidade Federal de Goiás. E-mail: anne.ribeiro.cruz@gmai.com
necessidade de uma política de investigação séria e a formulação de indicadores que
explicassem qual a razão da perpetração dos casos de violência e morte das mulheres.
Sob o olhar imperativo4, a despeito das mortes de mulheres no Brasil, foi lançado
uma importante meta às instituições políticas para o enfrentamento à continuidade das
2
CF. GOIÁS (Estado). Superintendência da mulher e igualdade racial. Redes de Atendimento à Mulher. 2016.
Disponível em < http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2016-06/lista-de-telefones.pdf >. Acesso em 21 ago.
2019.
3
CF. SAINT HILAIRE apud CASTRO, Transgressão, controle social e Igreja Católica no Brasil colonial: Goiás,
século XVIII. 2009 p. 53.
4
Aqui desejo reforçar o juízo realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) que se impôs por um dever
objetivo de um fim prático de grande relevância.
violências de gênero com o intuito de prevenir que mais mulheres morressem em razão de
sua condição do ser social e/ou biológico. Para que as instituições da Administração Pública
pudessem reverter a crescente estatística dos feminicídios no Brasil foram reforçadas
preocupações com relação a impunidade, ao diagnóstico perante as mortes violentas de
mulheres e a construção de políticas públicas sobre o tema começaram a ganhar espaço na
agenda política dos entes federados.
5
CF. Relatório Final da IV Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres. Disponível em <
https://www.mdh.gov.br/informacao-ao-cidadao/participacao-social/conselho-nacional-dos-direitos-da- mulher-
cndm/Relatorio_final_IV_CONFERENCIA_NACIONAL_DE_POLITICAS_PARA_AS_MULHERES.pdf>. Acesso
em 19 de ago. 2019.
6
Noticia fornecida em apoio a este trabalho por Sidiana Soares, presidenta do Centro Popular da Mulher em Goiás.
Goiânia, em agosto de 2019.
7
Informação fornecida em apoio a este trabalho por Ana Rita Marcelo de Castro, presidenta do Conselho Estadual
da Mulher (CONEM, 2017/2019) em Goiás. Goiânia, agosto de 2019.
8
Informação fornecida em apoio a este trabalho por Ana Rita Marcelo de Castro, presidenta do Conselho Estadual
da Mulher (CONEM, 2017/2019) em Goiás acrescida da relação de municípios participantes das conferências por
e-mail. Goiânia, agosto de 2019.
Contudo, é notável que a democracia baseada em ideias que visam representar
determinado grupo, com vistas a um bem coletivo, são incapazes de ocasionarem mudanças
efetivas para grupos socialmente excluído, em nosso caso as mulheres, incluso a
representação das mulheres nos espaços políticos. Para tanto seria necessário que paradigmas
como a divisão social do trabalho fossem redefinidos ou superados (ARAÚJO, Clara. Mulher
e representação política, 2010, p. 142).
Tendo em vistas essas situações a pergunta que salta é: Porque, a despeito das
políticas de proteção às mulheres no Brasil, o feminicídio tem sido crescente no Estado de
Goiás? A hipótese apresentada para responder essa pergunta vai de encontro com a
afirmativa conceitual do termo Feminicídio, construída pela Organização das Nações Unidas
Mulheres (ONU MULHERES), sob o juízo do Protocolo Latino-americano de 2014, no qual
foi compreendido como fenômeno transdimensional, aonde as esferas social e cultural
corroboram para a sua perpetração.
9
Empresto o conceito apresentado por Deepika Bahri em Feminismo e/no pós-colonialismo, em que faz uso de
Pnina Werbner (1997) para explicar “essencializar é atribuir a uma pessoa, categoria social, grupo étnico,
comunidade religiosa ou nação uma qualidade constitutiva fundamental, básica e absolutamente necessária. É
colocar uma falsa continuidade atemporal, uma distinção ou delimitação no espaço, ou uma unidade orgânica. É
sugerir uma uniformidade interna e uma diferença externa ou alteridade”. Essencializar seria, portanto, um olhar
que lança sobre o outro uma distinção do eu de forma hierarquizada, dando ao eu a categoria de sujeito e ao outro
uma categorização de objeto de estudo.
10
O conceito de pensamento hegemônico e/ou hegemonia dominante é classicamente empregado na literatura
marxista para denominar as disposições das classes numa determinada ordem, para Gramsci (1984) a sociedade
dominação patriarcal11 e está intimamente ligado a manutenção do status quo daqueles aos
quais é delegado a função de domínio.
política ou Estado, que correspondem à função de hegemonia que o grupo dominante exerce em toda a sociedade e
àquela de domínio direto sendo, portanto, a sociedade civil dotada de imprescindível papel no arranjo de uma contra
hegemonia dominante.
11
Max Weber, em sua obra “Economia e Sociedade” (capítulo IX), define o patriarcalismo como um tipo de
dominação tradicional, advinda de uma perpetração de poder que é expressa na origem da própria palavra
dominação. A figura do “patriarca” é a figura do dominus cujo radical, em latim, domus é o equivalente a casa,
moradia. Presente na organização social, segundo Weber, ab initio, “para a mulher” significaria” estar submetida à
autoridade doméstica” do homem, por sua superioridade “normal da energia física e psíquica” (p.234), assim como
tudo aquilo que lhe fosse pertencente teria razões para a perpetração de sua subalternidade. Essa relação é
constituída pela idéia de propriedade privada, sendo “os filhos de todas as mulheres submetidas ao poder doméstico
de um homem, seja esposa, seja escrava, são considerados, independentemente da paternidade física, "seus" filhos,
bem como são considerados seu gado os animais nascidos de seus rebanhos” (p.235). Weber considera a dominação
patriarcal ilimitada, primordialmente legitimada pela continuidade da servidão de àqueles que são dominados, por
dizer respeito a dominação doméstica cujas normas são estatuídas de forma arbitrária e segundo costumes
heterônomos.
12
É preciso ponderar que tais apontamentos remontam a um período posterior aos momentos de expansão das
fronteiras. Antes de um estabelecimento de governança de fato, houve o período em que as relações não se
organizavam pelo viés capitalistas. Tal período ficou conhecidas como “frente de expansão”, seguindo pela
dominação daqueles que estavam determinados a conduzir um processo capitalista de expansão, esse período ficou
conhecido como a chegada das bandeiras, contudo no processo de expansão das fronteiras (Miziara, 2006), a
chamada frente pioneira faz progredir as relações capitalistas as quais adquiriram outras características, falaremos
delas mais adiante.
13
CF. Atlas da Violência 2018, IPEA, FBSP, 2018. p.83-84. <Https://assets-dossies-
ipgv2.nyc3.digitaloceanspaces.com/sites/3/2018/06/ipea_fbsp_atlasdaviolencia2018relatorio.pdf>. Acesso em 29
nov. 2018.
proteção às mulheres no Brasil, o feminicídio é crescente no estado de Goiás, é possível que
o coronelismo, presente no estado, desde a sua gênese, possa explicar a não redução da
violência de gênero, a naturalização das violências sofridas que antecedem os fatídicos casos
de feminicídio.
Esse arquétipo aqui aferido é a imagem do coronel, visto como uma figura de virtude
e liderança, nas palavras de Leal (1975, p.154) por “uma forma peculiar de manifestação do
poder privado” constituído por “nossa estrutura agrária, que fornece a base de sustentação
das manifestações de poder privado” e, muito embora, Leal conteste a existência dos
coronéis como uma reminiscência meramente situada “pela nossa história colonial”, há de
se observar a presença dos vícios às vicissitudes presentes na mentalidade colonizadora
como pode ser percebido nos estudos de Silva, Moura e Campos (2015. p. 239) “A pobreza
e a ineficiência do Estado em instituir um sistema de coesão social fizeram com que a região
entrasse em uma condição permanente de desumanização”. Mediante as dificuldades de
acesso “todos estavam sujeitos a precariedade e escassez”, contudo os “senhores das terras”
nas palavras de Leal (1975, p.155) “conseguiam passar bem de boca” mantendo sua pretensa
virtuosidade e prestígio tal qual um déspota sob o olhar de autores como McCreery (2006,
p. 240) que considera tal dominação como uma forma de “despotismo pastoral, em que os
coronéis, os senhores de gado, assumiam o controle das funções políticas e administrativas
do Estado”
Esse quadro nos sugere motivação para crer que, sendo o coronelismo análogo a um
receptáculo do patriarcalismo o seu conteúdo residual induza negligência ao tratamento e
cuidado às mulheres goianas, bem como a impunidade nos casos de violência e ou morte
violenta de mulheres. Segundo Leal (1975) o coronelismo far-se-á em ambientes favoráveis
a estas condutas.
Seu habitat são os municípios do interior, o que equivale a dizer os municípios
rurais, ou predominantemente rurais; sua vitalidade é inversamente proporcional
ao desenvolvimento das atividades urbanas, como sejam o comércio e a indústria.
Consequentemente, o isolamento é fator importante na formação e manutenção do
fenômeno (LEAL, 1975. p. 251).
Contudo dos dados recolhidos foi preciso reduzir as tabelas e apresentar as taxas mais
altas diante do volume de mortes em relação ao montante populacional. Enfatizo que esse é
um número de vítimas aproximado, a realidade das subnotificações é um dado que não se
14
Nesse trecho desejo abranger a multietnicidade das populações que se estabeleceram em Goiás bem como fazer
alusão a população LGBTQI+ na contemporaneidade.
15
Lugones (2014), em sua equação sobre a colonização do gênero, afirma a necessidade de buscarmos perceber as
relações de gênero a partir do processo de colonização e desumanização dos seres. Para tanto, ainda que brancas
e oriundas das mesmas regiões, as mulheres “colonizadoras”, por não serem o oposto complementar do homem
branco colonizador, não eram tidas em falta ou por algo a mais que uma peça para a passagem de suas riquezas e
genes.
pode ignorar, cujo fato, por outro lado, nos instiga a produzir essa investigação.
Assim como na tabela anterior, as ocorrências nas cidades com baixa densidade
populacional apresentam uma discrepância que deve ser observada com denotada relevância.
Poderíamos dizer que a capital de Goiás é a cidade mais violenta de todo o estado, contudo
o que esses dados conjeturam é que o município de Goiânia é um reflexo da mentalidade do
estado, somado aos problemas sociais encontrados e aprofundados nas regiões mais
populosas.
Esta região tem por um lado em seu histórico as rotas e a busca pelo ouro, por outro
lado comporta os municípios que circundam a capital brasileira, Brasília. A mesorregião
leste conta com 32 municípios em sua grande maioria com populações de médio porte e com
grande volume de feminicídios.
Como pode ser observado, ainda que a média das mortes violentas de mulheres
expressas possam parecer pequenas temos de nos atentar para a frequência relativa que são
apresentadas pela taxa de mortes a cada 100 mil mulheres. A presença do quantitativo de
mortes relacionados a sua incidência nas amostras populacionais estabelecem um percentil
ilustrativo. Todavia, seguindo o entendimento do antropólogo Lévi Strauss (1982) pode ser
considerado que, são o conjunto de propriedades simbólicas “linguagem, instrumentos,
instituições sociais e sistema de valores estéticos, morais ou religiosos” (Lévi-Strauss,
Claude. As estruturas elementares do parentesco, 1982, p. 44) que ao influenciar
internamente produziria ações externas, para que haja um estabelecimento normativo,
conduzindo a perpetuação destas condutas e códigos.
Para além de sua influência política, que pode sugerir motivação as carências a
respeito do funcionalismo público, conjuntamente, ele apreende valores desfavoráveis à
importância dos papeis de gênero na sociedade, relegando ao feminino menosprezo. Ferreira
(1997) afirma
16
CF. LUGONES, María. Estudos Feministas, Florianópolis, 22(3): 935-952, setembro-dezembro/2014, p. 938.
17
Posto que a igreja tenha se reorganizado através dos séculos, modernizando e revisando sua conduta garantindo
a manutenção de seus fiéis, o seu poder sobre a mentalidade do povo goiano ainda detém uma extraordinária
participação como pode ser observado pelas diversas festividades nos diversos municípios, parte relevante da
economia do turismo.
bem viver, tem se situado em percepções contrárias à ideologia de gênero18, reforçando uma
perspectiva determinista e negando a existência de argumentações científicas sobre o
termo19. Segundo o Instituto Patrícia Galvão (Instituto Patrícia Galvão, 2015) “A construção
de comportamentos legitimados socialmente para homens e mulheres cria e perpetua espaços
para que as violências aconteçam sempre que uma pessoa não se encaixa nos padrões
esperados”, o papel da igreja, portanto, ainda consiste no processo de retroalimentação de
seus moldes preestabelecidos cujo o resultado são barreiras para a emancipação humana.
O coronel narrado por autores como Leal ( 1975, p. 155) apresenta sua dominação
em todos os setores que determinariam a qualidade da vida de seus subordinados, sejam estes
motivados por seus próprios esforços, sejam estes reféns das poucas condições de
enfrentamento como observado na mesma obra “a massa humana que tira a subsistência das
suas terras vive no mais lamentável estado de pobreza, ignorância e abandono”. Ao longo
dos anos essa figura se transmutou, tendo sua imagem suavizada e em muitas regiões
esmaecidas pelas novas formas de dominação. Antes agressivas e violentas, a posteriori
vinculadas cada vez mais ao capital financeiro, como narra Leal (1975, p. 155) “É, pois, para
o próprio “coronel” que o roceiro apela nos momentos de apertura, comprando fiado em seu
armazém para pagar com a colheita, ou pedindo dinheiro, nas mesmas condições, para outras
necessidades”, contudo sem jamais se desvencilharem de outros capitais como os
denominados por Pierre de Bourdieu (1989) de capital simbólico e cultural.
18
CF. Arquidiocese de Goiânia, Missa para os professores. <https://bit.ly/2zun9Dp>. Acesso em 28 nov. 2018.
19
CF. Pe. Luiz Henrique Brandão de Figueiredo, Ideologia de gênero de que lado vamos ficar? disponível em:
< https://bit.ly/2zunhmn >. Acesso em 28 nov. 2018.
20
CF. GOIÁS (Estado). Superintendência da mulher e igualdade racial. Redes de Atendimento à Mulher. 2016.
Disponível em < http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2016-06/lista-de-telefones.pdf >. Acesso em 21
ago. 2019.
de mortes violentas de mulheres no estado de Goiás segundo as análises recolhidas dos
bancos de dados governamentais, as quais apresentam um índice relevante nas regiões
predominantemente dotadas de características rurais, um escasso aporte para registrar caso
haja ocorrência, tão pouco políticas públicas eficazes que impeçam a violências dirigidas as
mulheres em razão do seu gênero de acontecer, como explicitado nas tabelas aqui
apresentadas.
Neste limite, é possível que o coronelismo presente no estado de Goiás possa explicar
a mentalidade subalternizada do povo goiano e com a mesma intensidade a relegação do
sentimento de opressão às figuras femíneas, como aponta Lugones (2014) em seus estudos
sobre a colonialidade de gênero. Por suposto, o coronelismo, tem grande importância para a
não redução da violência de gênero, chegando aos casos de femicídio/feminicídio
precisamente por sua indumentária constituinte de uma cobertura empoderadora e opressora,
que por vezes dissimula o cuidado e proteção em estimação a sua própria virtuosidade.
Conclusões
21
CF. Mapa da Violência 2015, disponível em:
<https://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2015/MapaViolencia_2015_mulheres.pdf >. Acesso em: 12 dez.
2018.
diz respeito as motivações da presença contínua e crescente da violência de gênero,
induzindo tragicamente em sua forma mais calamitosa, o feminicídio, é preciso observar que
“nenhuma lei é capaz, por si só, de alterar um cenário de violência, ainda mais quando
intrinsecamente ligada à cultura de desigualdade e discriminação contra as mulheres”
(YAMAMOTO & COLARES, 2015).
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