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1.

ASPECTOS RELEVANTES DO SETOR


RODOVIÁRIO
1. ASPECTOS RELEVANTES DO SETOR RODOVIÁRIO
1.1 A ORGANIZAÇÃO DO SETOR RODOVIÁRIO

• As estradas brasileiras tiveram sua construção iniciada apenas no século


XIX e as rodovias surgiram só na década de 1920, primeiro no Nordeste,
em programas de combate às secas. Em 1928 foi inaugurada a primeira
rodovia pavimentada, a Rio-Petrópolis, hoje rodovia Washington Luís.

• A infra-estrutura rodoviária pública do Brasil, reorganizada no pós-guerra,


experimentou uma evolução notável a partir de fins da década de 1950,
impulsionada pela instalação da indústria automobilística no país em
1957; a fundação da Petrobrás, em 1954, que passou a produzir asfalto
em grande quantidade; e pela efetivação de um modelo de vinculação
tributária em 1946, que dava sustentação financeira à conservação e à
expansão da rede de rodovias.
No mesmo período, consolidou-se a implementação das
estruturas institucionais públicas, principalmente nos níveis federal e
estadual, atribuindo à entidades departamentais e autárquicas
competentes as respectivas responsabilidades pela execução das
políticas rodoviárias federal e estadual.
1.2. FINANCIAMENTO DO SETOR RODOVIÁRIO BRASILEIRO

• A organização sistêmica e o efetivo desenvolvimento do setor de


transporte rodoviário no Brasil, com suporte legal, institucional e
financeiro, no contexto de um Sistema Nacional de Viação, tiveram seu
efetivo início logo após o encerramento da Segunda Guerra Mundial, com
a instituição do Decreto-Lei n° 8.463, de 27 dez. 1945.

• Este instrumento legal resultou de um processo que foi representado pelo


Engenheiro Maurício Joppert da Silva (1891 - 1985), quando exercia o
cargo de Ministro de Estado dos Negócios da Viação e Obras Públicas, ao
então Presidente da República, José Linhares (1945-1946).
• Lei Joppert  foi o instrumento jurídico que reorganizou o Departamento
Nacional de Estradas de Rodagem – DNER (órgão responsável pelo setor
rodoviário, criado em 1937), dando-lhe a forma de Autarquia*, com estrutura
técnica e administrativa adequada. Esta Lei também veio a constituir-se na base
jurídica que fundamentou a organização da administração pública do setor
rodoviário nos Estados e Territórios, no Distrito Federal e também nos Municípios
do Brasil.

• Além disso, a Lei Joppert criou o Fundo Rodoviário Nacional (FRN), suprido com
recursos financeiros oriundos da arrecadação de tributos incidentes sobre a
propriedade de veículos automotores e sobre o consumo de combustíveis e de
lubrificantes. Os recursos desse fundo, por força de lei, eram investidos
exclusivamente no desenvolvimento do setor rodoviário. Posteriormente, já em
1976, foram também incorporados ao FRN recursos oriundos do Imposto Sobre o
Transporte Rodoviário de Passageiros e de Cargas – ISTR (mais tarde
transformado em Imposto Sobre Transportes Rodoviários – IST).

*Entidade administrativa que atua independentemente do poder central.


A lógica do modelo adotado era a seguinte:

Criação de recursos Criação (ou reorganização) da


tributários específicos estrutura técnico-administrativa
para o desenvolvimento do competente para gerir a aplicação
setor rodoviário. e desses recursos.

Esse modelo – de vinculação tributária – deu sustentação à


implementação de nosso sistema rodoviário, que experimentou ampla
expansão nas décadas de 60 e 70, e que até o presente permanece
responsável pela movimentação das maiores parcelas de fluxos de
cargas e de passageiros no país, relativamente aos demais modais.

As estatísticas oficiais disponíveis apontam que, no período de 1996


a 2000, o modo rodoviário foi responsável por aproximadamente 60% da
quantidade de carga transportada no Brasil, em toneladas-quilômetro, e por
aproximadamente 96% do número de passageiros-quilômetro
transportados no país.
1.3. A ORGANIZAÇÃO DO SETOR PÚBLICO
Atividades relacionadas à
Atividades relacionadas com execução da
a formulação da política de política de transporte
transporte rodoviário rodoviário

Atribuídas ao DNER
(Departamento Nacional
Atribuídas a um ministério de Estradas de Rodagem)
(atualmente, o Ministério dos
Transportes).

Gerenciar a distribuição da parcela de 60% dos


recursos do FRN destinada aos Estados,
Territórios e Distrito Federal. Esses recursos
Órgão que foi encarregado de eram rateados entre essas unidades
administrativas, mediante quotas proporcionais
gerir a aplicação dos recursos aos respectivos consumos de combustíveis e
do FRN destinados à União. lubrificantes líquidos (36%), às respectivas
populações (12%) e às respectivas superfícies
territoriais (12%).
• Para habilitarem-se ao recebimento dos recursos do FRN que lhes cabiam,
os Estados, Territórios e o Distrito Federal foram obrigados a criar seus
próprios órgãos setoriais, na forma de autarquias (Departamentos de
Estradas de Rodagem – DER, ou Departamentos Autônomos de Estradas
de Rodagem – DAER).

Assim, as estruturas governamentais dos Estados (e do Distrito


Federal) para o setor rodoviário acabaram sendo organizadas de forma
similar às do governo federal:
Autarquias criadas pelos
Secretarias de Estado
Estados

DAER ou DER
Tarefas relacionadas com a
formulação das políticas
estaduais de transporte
Rodoviário.

Atividades relacionadas com a


execução das respectivas
políticas rodoviárias estaduais.
• Três anos após a instituição da Lei Joppert, os Municípios foram também
integrados ao modelo como beneficiários dos recursos do FRN, por força
da Lei n° 302, de 13 jul. 1948. Entretanto, tal Lei condicionava a liberação
dos recursos do FRN que cabiam aos Municípios à manutenção, pelas
respectivas organizações administrativas, de um serviço especial para
estradas e caminhos municipais.

• No caso dos municípios, as tarefas de formulação das políticas


rodoviárias foram atribuídas, de forma geral, às Secretarias Municipais.
No entanto, a organização para as atividades relacionadas com a
execução dessas políticas municipais de transporte rodoviário acabou
sendo diferenciada em relação ao que aconteceu nos âmbitos federal e
estaduais, verificando-se desde casos de Municípios que estruturaram
seus próprios Departamentos Municipais de Estradas de Rodagem (em
geral, nos Municípios de maior porte), a casos em que as tarefas
relacionadas com a execução das políticas rodoviárias municipais foram
atribuídas a órgãos da administração direta ou mesmo assumidas pelos
próprios gabinetes dos Prefeitos.
• Ao DNER foram atribuídas as tarefas de proceder anualmente à
determinação das quotas que cabiam aos estados, territórios e ao
Distrito Federal; estas unidades, por sua vez, responsabilizavam-se pela
determinação das quotas que cabiam aos respectivos municípios. Para
tanto, eram tomados dados oficiais, oriundos do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) e de relatórios oficiais dos órgãos a partir de
planos rodoviários instituídos por intermédio de leis específicas.

• Essa organização do setor público foi concebida e implementada em


harmonia funcional com o modelo de vinculação tributária.
RESUMO DA ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DO SETOR RODOVIÁRIO

Entidades responsáveis pela política rodoviária


1. Níveis de
Jurisdição
Formulação da política Execução da política

Federal Ministério dos Transportes DNER

DER, DAER, Fundação DER (1), DERT(2),


Estadual Secretarias de Estado
AGETOP(3)

Municipal Secretarias Municipais DMER e outras

(1) Caso do Estado do Rio de Janeiro, que reconfigurou o DER/RJ como Fundação DER.
(2) Caso do Estado do Ceará, que reconfigurou o DAER/CE como Departamento de Edificações,
Rodovias e Transportes - DERT.
(3) Caso do Estado de Goiás, cujo DER/GO foi extinto, sendo suas atividades absorvidas pela
Agência Goiana de Transportes o Obras Públicas (AGETOP).
• A partir da década de 1970, os recursos alocados ao FRN foram sendo
gradualmente transferidos para outros fundos. Ainda, as dificuldades
econômicas do país a partir do final da década de 1970 causaram uma
progressiva degradação da rede rodoviária. A construção de novas
estradas foi praticamente paralisada ou se manteve apenas setorialmente
e em ritmo muito lento, e a manutenção deixou de obedecer a requisitos
elementares. Tal situação levou a perda de vidas em acidentes e
atropelamentos, sem contar os graves prejuízos causados a setores
essenciais da economia.

•  Com o esvaziamento dos recursos do FRN, a administração pública do


setor rodoviário passou a contar basicamente com recursos
orçamentários, que além de escassos, eram disputados com outras áreas
igualmente ou mais carentes.
• O processo de desmonte do modelo de vinculação tributária foi
consolidado em 1988, com a promulgação da nova Carta Constitucional,
que vedou expressamente a vinculação de receitas de impostos a órgão,
fundo ou despesa (exceto para a educação).

• Desde então, formas alternativas para o financiamento da infra-estrutura


rodoviária foram buscadas, particularmente a partir do início da década
de 1990, dentre as quais se destacaram as gestões no sentido de
reinstituir um fundo rodoviário (apenas para conservação de rodovias),
as modalidades de concessão de rodovias à iniciativa privada (para
viabilizar a realização de investimentos mediante a cobrança de pedágio
aos usuários) e as tentativas de instituição de impostos sobre
hidrocarbonetos, derivados de petróleo, combustíveis e óleos
lubrificantes, com vinculação de parcelas a investimentos em infra-
estrutura do Sistema Nacional de Viação.
• Somente em fins de 2001, contudo, com a promulgação da Emenda
Constitucional nº 33, de 11 de dezembro de 2001, e da Lei nº 10336, de 19 de
dezembro de 2001, na gestão do Presidente Fernando Henrique Cardoso, foi
criada uma nova espécie de fundo de recursos tributários para o setor, chamado
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), incidente sobre a
importação e comercialização de petróleo e seus derivados, de gás natural e seus
derivados, e álcool etílico combustível. Os contribuintes são o produtor
(refinaria), o formulador (laboratórios de pesquisas) e o importador (pessoa
física ou jurídica) dos combustíveis elencados no art. 3º da Lei nº 10.336, de 2001.
Do total arrecadado, 71% vão para o orçamento da União, e os outros 29% são
distribuídos entre os estados e o Distrito Federal, em cotas proporcionais à
extensão da malha viária, ao consumo de combustíveis e à população. Os
recursos devem ser aplicados em:

– programas ambientais para reduzir os efeitos da poluição causada pelo uso


de combustíveis;
– subsídios à compra de combustíveis; ou
– Financiamento da infra-estrutura de transportes.
• O desmonte do modelo de financiamento do setor, aliado a mudanças
ocorridas no cenário de atuação do poder público, visando à
descentralização das ações, passando o estado executor a ente
normativo, fiscalizador, controlador e regulador;

• E a implementação de novas alternativas de financiamento para a infra-


estrutura rodoviária como as concessões para a exploração de rodovias
pela iniciativa privada, envolvendo investimentos privados, ressarcidos
mediante a cobrança de pedágio dos usuários,

Evidenciaram procedimentos gerenciais e técnico-


administrativos diferentes em relação ao modelo de financiamento
convencional, que envolvia somente investimentos de recursos públicos.
Isso determinou mudanças nas estruturas dos órgãos rodoviários.
Estes fatos foram determinantes para a reestruturação dos
transportes aquaviário e terrestre, no nível federal, instituída por meio da Lei
nº 10.233 de 5 junho de 2001, que reorganiza o gerenciamento do Sistema
Federal de Viação e regula a prestação de serviços de transporte. Esta Lei
estabelece nova estruturação para os transportes aquaviário e terrestre,
dispondo, entre outras, sobre questões relativas ao ajustamento da estrutura
dos órgãos rodoviários federais à nova realidade.
• A mencionada lei preconiza a criação, entre outros, dos seguintes órgãos,
vinculados ao Ministério dos Transportes:

– A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Submetida ao regime


autárquico especial (independência administrativa, autonomia financeira e
funcional e mandato fixo dos dirigentes da Agência), com os objetivos básicos
de regulação e supervisão das atividades de prestação de serviços de
transporte, e de exploração da infra-estrutura rodoviária e ferroviária,
mediante outorgas de autorizações, concessões ou permissões;

– O Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT),


submetido ao regime de autarquia, com o objetivo de implementar a política
formulada pelo Ministério dos Transportes para a administração da infra-
estrutura do Sistema Federal de Viação (compreende as vias navegáveis, as
ferrovias e rodovias federais, as instalações e vias de transbordo e de
interface intermodal e as instalações portuárias), compreendendo sua
operação, manutenção, restauração ou reposição, adequação de capacidade
e construção de novas vias e terminais.
• Com a instalação do DNIT (formalizada pelo Decreto nº 4.129, de 13 de
fevereiro de 2002), extingue-se o DNER (Decreto 4.128, de 13 de fevereiro
de 2002), sendo suas atribuições transferidas para a nova autarquia.

A CRIAÇÃO DO DNIT

O Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes – DNIT é o


órgão executor da política de transportes determinada pelo Governo
Federal. Autarquia vinculada ao Ministério dos Transportes foi implantada
em fevereiro de 2002 para desempenhar as funções relativas à
construção, manutenção e operação de infra-estrutura dos segmentos
do Sistema Federal de Viação sob administração direta da União nos
modais rodoviário, ferroviário e aquaviário, conforme Decreto nº 4.129 de
13/02/2002. É dirigido por um Conselho Administrativo e por seis
diretores setoriais nomeados pelo Presidente da República e conta com
recursos da União para a execução das obras.
“SITE” DO DNIT - http://www.dnit.gov.br/

Acessado em 08/03/2018
1.4. OS PLANOS NACIONAIS DE VIAÇÃO
PLANOS SETORIAIS DE TRANSPORTES NO BRASIL

ANO DENOMINAÇÃO OBSERVAÇÕES


1838 Plano Rebelo Não oficial
1869 Plano Morais Não oficial
A elaboração de
planos setoriais 1874/82 Plano Queiroz Não oficial
de transportes 1874 Plano Rebouças Não oficial
no Brasil não é 1881 Plano Bicalho Não oficial
uma atividade
1882 Plano Bulhões Não oficial
recente,
podendo-se 1886 Plano Geral de Viação Não oficial
constatar, na 1890 Plano da Comissão de 1890 Não oficial
literatura 1926 Estudo do Eng. E. Schnoor, P. Frontin e J. Não oficial
técnica, a Batista
existência de
1926 Plano do Eng. Pandiá Calógeras Não oficial
planos
desenvolvidos 1934 Plano Geral de Viação Nacional (I PNV) Dec. 24.497 (29/06/1934)
desde o século 1937 Plano Nacional de Estradas de Rodagem Caráter oficial
Passado. 1944 Planos Rodoviários Caráter oficial
1947 Plano Nacional de Viação Fluvial Caráter oficial
1956 Planos Rodoviário e Ferroviário Nacionais Caráter oficial
1964 II Plano Nacional de Viação Lei no. 4.592 (29/12/1964)
1973 III Plano Nacional de Viação Lei no. 5.917 (10/09/1973)
• Os planos mais antigos, que compreendiam trabalhos não oficiais, com
caráter de planejamento específico, ocorreram até a década de 30 onde, a
partir de então, passou-se para uma concepção de instrumentação formal
mais abrangente, envolvendo diferentes modos de transportes.

• A partir de 1964, com a instituição do II Plano Nacional de Viação,


consolidou-se a idéia de instrumentar o poder público com um dispositivo
legal que estabelecesse os princípios gerais para orientar a implementação
de um sistema nacional de transportes unificado, visando a uma
coordenação racional entre os sistemas federal, estaduais e municipais,
bem como entre as diferentes modalidades de transportes.

• Em 1973 foi instituída a terceira versão do Plano Nacional de Viação,


que veio a se constituir numa espécie de “Carta Magna” para o setor de
transportes, definindo o Sistema Nacional de Viação como sendo
constituído pelo conjunto dos sistemas nacionais rodoviário, ferroviário,
portuário, hidroviário e aeroviário, compreendendo tanto as infra-
estruturas viárias como as estruturas operacionais necessárias ao seu
adequado uso.
• O III PNV, relacionou, ainda, as rodovias que integram o Sistema
Rodoviário Federal, sob jurisdição do DNER.

• A lei estabeleceu ainda que os estados (e os então territórios), o


Distrito Federal e os municípios reveriam seus planos viários para
adequada articulação e compatibilidade, e determinou a elaboração e a
implementação dos respectivos planos rodoviários, obedecendo uma
sistemática semelhante à do Plano Nacional de Viação, sob pena de
retenção pelo DNER, das parcelas de recursos tributários que lhes cabiam.

• Assim, os estados (e territórios), o Distrito Federal e os municípios


instituíram seus próprios planos rodoviários, complementando o
sistema de rodovias públicas do Brasil.
• Em 2004 ocorreu uma edição de atualização da Rede Rodoviária do PNV
- Divisão em Trechos, incorporando alterações em relação à edição de 2003
decorrentes da evolução das obras em andamento e de modificações nos
Sistemas Rodoviários Estaduais e de Rodovias Estaduais Transitórias*.

• Em 2011, a Lei nº 12.379/2011 institui o novo Plano Nacional de Viação,


revogando a Lei 5.917, de 10 de setembro de 1973. Essa lei dispõe sobre o
Sistema Nacional de Viação - SNV, sua composição, objetivos e critérios
para sua implantação.

O SNV é constituído pela infraestrutura física e operacional dos vários


modos de transporte de pessoas e bens, sob jurisdição dos diferentes entes
da Federação. Quanto à jurisdição, o SNV é composto pelo Sistema
Federal de Viação e pelos sistemas de viação dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios. Quanto aos modos de transporte, o SNV
compreende os subsistemas rodoviário, ferroviário, aquaviário e
aeroviário.

  *São rodovias construídas pelos Estados ou Municípios sobre a diretriz de uma Rodovia
Federal Planejada. Apesar de listadas e codificadas como BR’s, não se encontram sob
jurisdição federal e constituem as denominadas rodovias coincidentes.
1.5. NOMENCLATURA DAS RODOVIAS FEDERAIS

Uma das atribuições que o Plano Nacional de Viação reservou ao


DNER/DNIT foi a de fixar critérios para a nomenclatura das rodovias federais,
com o objetivo de sistematizar procedimentos para a designação técnica das
rodovias.

Para tanto, desde a instituição do II PNV (em 1964), vem sendo adotado
no Brasil o critério de localização geográfica para a designação das rodovias
federais.

As rodovias federais são designadas por uma sigla, constituída pelo


símbolo “BR” (indicativo de qualquer rodovia federal brasileira), seguido de um
traço separador, e de um número de três algarismos: o primeiro algarismo
indica a categoria da rodovia, e os dois remanescentes indicam a posição da
rodovia em relação aos limites geográficos (norte, sul, leste e oeste) do país
e em relação a Brasília, a capital federal.
Para fins de nomenclatura das rodovias federais foram consideradas 5
categorias de rodovias, de acordo com as disposições gerais dos traçados.
1.4.1. Rodovias Radiais
São as rodovias que partem da Capital Federal em qualquer direção,
para ligá-la a capitais estaduais ou a pontos periféricos importantes do País.

Nomenclatura: BR-0XX

Primeiro Algarismo:
0 (zero)

Algarismos Restantes:
A numeração dessas
rodovias pode variar de
05 a 95 (DNIT), segundo
a razão numérica 05 e no
sentido horário.
8 Rodovias no Exemplo: BR-040.
PNV

FONTE: www.dnit.gov.br
RODOVIAS RADIAIS FEDERAIS
Extensão
RODOVIAS Localidades Estados
(Km)
Brasília - Paranã - Carolina - Porto Franco – São Miguel do DF-GO-TO-MA-
BR-010 1954,1
Guamã - Belém PA
BR-020 Brasília - Posse - Barreiras - Picos - Fortaleza DF-GO-BA-PI-CE 2038,5
Brasília - Montalvânia - Carinhanha (Porto Fluvial do Rio São
BR-030 DF-GO-MG-BA 1158,0
Francisco) - Brumado - Ubaitaba - Campinho
Brasília - Três Marias - Belo Horizonte - Barbacena - Juiz de
BR-040 DF-GO-MG-RJ 1139,3
Fora - Três Rios - Rio de Janeiro (Praça Mauá)
Brasília - Cristalina - Uberlândia - Uberaba - Ribeirão Preto -
BR-050 DF-GO-MG-SP 1025,3
Campinas - São Paulo - Santos
Brasília - Anápolis - Goiânia - Rio Verde - Jataí - Campo
BR-060 DF-GO-MS 1329,3
Grande - Fronteira com o Paraguai
Brasília - Jaraguá - Aragarças - Cuiabá - Cáceres - Fronteira
BR-070 DF-GO-MT 1317,7
com a Bolívia
Brasília - Uruaçu - Entroncamento com BR-158/242 (Vila
BR-080 DF-GO-MT 623,8
Ribeirão Bonito)
1.4.1. Rodovias Longitudinais
São as rodovias que cortam o país na direção Norte-Sul.

Nomenclatura: BR-1XX

Primeiro Algarismo:
1 (um)

Algarismos Restantes:

A numeração varia de 00, no


extremo leste do País, a 50, na
Capital, e de 50 a 99, no
extremo oeste. O número de
uma rodovia longitudinal é
obtido por interpolação entre 00
e 50, se a rodovia estiver a
14 Rodovias no leste de Brasília, e entre 50 e
PNV 99, se estiver a oeste, em
função da distância da rodovia
ao meridiano da Capital
Federal. Exemplos: BR-101,
BR-153, BR-174.
FONTE: www.dnit.gov.br
RODOVIAS LONGITUDINAIS FEDERAIS
RODOVIAS Localidades Estados Extensão (Km)
Touros - Natal - João Pessoa - Recife - Maceió - Aracaju - Feira de
Santana - Itabuna - São Mateus - Vitória - Campos - Niterói – Rio de
RN-PB-PE-AL-SE-BA-ES-
BR-101 Janeiro - Mangaratiba - Angra dos Reis - Caraguatatuba - Santos - 4551,4
RJ-SP-PR-SC-RS
Iguape - Antonina - Joinville - Itajaí - Florianópolis - Tubarão - Osório -
São José do Norte - Rio Grande
Macau - Pedro Avelino - Lajes - Cerro Corá - Ligação - Santa Cruz -
BR-104 RN-PB-PE-AL 672,3
Campina Grande - Caruaru - Maceió
Areia Branca - Mossoró - Augusto Severo - Patos - Monteiro - Cruzeiro
RN-PB-RN-PE-PB-PE-AL-
BR-110 do Nordeste - Petrolândia - Paulo Afonso - Ribeira do Pombal - 1091,1
BA
Alagoinhas - Entroncamento com a BR - 324
Fortaleza - Russas - Jaguaribe - Salgueiro - Canudos - Feira de Santana -
Vitória da Conquista - Teófilo Otoni - Muriaé - Leopoldina – Além
CE-PB-CE-PE-BA-MG-RJ-
BR-116 Paraíba - Teresópolis - Entroncamento com a BR-493 - Entroncamento 4566,5
GB-RJ-SP-PR-SC-RS
com a BR-040 - Rio de Janeiro - Barra Mansa - Lorena - São Paulo -
Registro - Curitiba - Lajes - Porto Alegre - Pelotas - Jaguarão
Araçuai - Capelinha - Guanhães - Itabira - Nova Era - São Domingos da
BR-120 Prata - Ponte Nova - Ubá - Cataguases - Leopoldina - Providência - MG-RJ 964,5
Volta Grande - Bom Jardim – Ponta do Forno
Chorozinho (BR-116) - Solonópole - Iguatú - Juazeiro do Norte -
BR-122 CE-PE-BA-MG 1839,7
Petrolina - Juazeiro - Urandi - Montes Claros
São Luís - Peritoró - Pastos Bons - Bertolínia - Bom Jesus - Corrente -
BR-135 Cristalândia - Barreiras - Correntina - Montalvânia - Januária - Montes MA-PI-BA-MG 2518,5
Claros - Curvelo - Cordisburgo - Belo Horizonte
BR-146 Patos de Minas - Araxá - Poços de Caldas - Bragança Paulista MG-SP 678,7
Marabá - Araguaína - Gurupi - Ceres - Goiânia - Itumbiara - Prata -
Frutal - São José do Rio Preto - Ourinhos - Irati - União da Vitória - PA-TO-GO-MG-SP-PR-SC-
BR-153 3566,3
Porto União - Erechim - Passo Fundo - Soledade - Cachoeira do Sul - RS
Bagé - Aceguá
Itumbiara - Ituiutaba - Campina Verde - Nhandeara - Entroncamento
BR-154 GO-MG-SP 470,3
com a BR-153
RODOVIAS LONGITUDINAIS FEDERAIS
(continuação)

RODOVIAS Localidades Estados Extensão (Km)


Cachoeira de Santo Antônio - Macapá - Calçoene - Oiapoque -
BR-156 AP 805,0
Fronteira com a Guiana Francesa
Altamira - São Felix do Araguaia - Xavantina - Barra do Garças -
Aragarças - Jataí - Paranaíba - Três Lagoas - Panorama - Dracena -
PA-MT-GO-MT-MS-SP-
BR-158 Presidente Venceslau - Porto Marcondes - Paranavaí - Campo 3955,0
PR-SC-RS
Mourão - Laranjeiras do Sul - Campo Erê - Iraí - Cruz Alta - Santa
Maria - Rosário do Sul - Santana do Livramento

São Miguel D'Oeste - Barracão - Guaíra - Porto Morumbi -


Dourados - Rio Brilhante - Campo Grande - Rondonópolis -
BR-163 SC-PR-MS-MT-PA 4426,7
Cuiabá - Porto Artur - Cachimbo - Santarém - Alenquer - Óbidos -
Tiriós - Fronteira com a Venezuela
Cáceres - Vilhena – Canumã - Manaus - Caracaraí - Boa Vista -
BR-174 MT-RO- M-RR 2798,4
Fronteira com a Venezuela
1.4.1. Rodovias Transversais
São as rodovias que cortam o país na direção Leste-Oeste.

Nomenclatura: BR-2XX

Primeiro Algarismo:
2 (dois)

Algarismos Restantes:

A numeração varia de 00, no


extremo norte do país, a 50, na
Capital Federal, e de 50 a 99
no extremo sul. O número de
uma rodovia transversal é
20 Rodovias no obtido por interpolação, entre
PNV 00 e 50, se a rodovia estiver ao
norte da Capital, e entre 50 e
99, se estiver ao sul, em função
da distância da rodovia ao
paralelo de Brasília. Exemplos:
BR-230, BR-262, BR-290.
RODOVIAS TRANSVERSAIS FEDERAIS
RODOVIAS Localidades Estados Extensão (Km)
BR-210 Macapá - Caracaraí - Içana - Fronteira com a Colômbia AP-AM 2454,7
Fortaleza - Piripiri - Itapecuru Mirim - Santa Inês - Açailândia -
BR-222 CE-PI-MA-PA 1819,8
Marabá - Entroncamento com a BR-158
Natal - Santa Cruz - Currais Novos - Augusto Severo - Pau dos
BR-226 Ferros - Jaguaribe - Crateús - Teresina - Presidente Dutra - Grajaú - RN-CE-PI-MA-TO 1673,0
Porto Franco - Entroncamento com a BR-153
Cabedelo - João Pessoa - Campina Grande - Patos - Cajazeiras -
Lavras da Mangabeira - Picos - Floriano – Pastos Bons - Balsas - PB-CE-PI-MA-TO-PA-
BR-230 4965,1
Carolina - Estreito - Marabá - Altamira - Itaituba - Jacareacanga - AM
Humaitá - Lábrea - Benjamim Constant
BR-232 Recife (Praça Rio Branco) - Arcoverde - Salgueiro - Parnamirim PE 553,5
Aracaju - Jeremoabo - Canudos - Juazeiro - Petrolina - Remanso - SE-BA-PE-BA-PI-MA-
BR-235 2093,5
Caracol - Bom Jesus - Alto Parnaíba - Araguacema - Cachimbo TO-PA
São Roque - Seabra - Ibotirama - Barreiras - Paranã - São Felix do
BR-242 BA-TO-MT 2295,5
Araguaia - Vale do Xingu - Porto Artur (BR-163)
Ilhéus - Pontal - Buerarema - Camacan - Salinas - Montes Claros -
BR-251 BA-MG-GO-DF-GO-MT 2418,1
Unaí - Brasília - Ceres - Xavantina - Cuiabá
João Neiva (BR-101) - Governador Valadares - Guanhães - Serro -
BR-259 ES-MG 704,4
Gouveia - Curvelo - Felixlândia (BR-040)
Vitória-Realeza - Belo Horizonte - Araxá - Uberaba - Frutal - Icém -
BR-262 Três Lagoas - Campo Grande - Aquidauana - Porto Esperança - ES-MG-SP-MS 2295,4
Corumbá
Muriaé - Barbacena - São João Del Rei - Lavras - Boa Esperança -
BR-265 Carmo do Rio Claro - São Sebastião do Paraíso - Bebedouro - São MG-SP 966,4
José do Rio Preto
Leopoldina - Juiz de Fora - Caxambu - Poços de Caldas - Araraquara
BR-267 MG-SP-MS 1921,9
- Lins - Presidente Vensceslau - Rio Brilhante - Porto Murtinho
BR-272 São Paulo - Sorocaba - Ibaiti - Campo Mourão - Goio Erê - Guaíra SP-PR 904,0
RODOVIAS TRANSVERSAIS FEDERAIS
(continuação)

RODOVIAS Localidades Estados Extensão (Km)


Paranaguá - Curitiba - Irati - Relógio - Laranjeiras do Sul - Cascavel - Foz
BR-277 PR 736,6
do Iguaçu
São Francisco do Sul - Joinville - Porto União - São Lourenço do Oeste -
BR-280 SC-PR-SC 642,2
Barracão - Dionísio Cerqueira
BR-282 Florianópolis - Lajes - Joaçaba - São Miguel d'Oeste SC 678,0
Campos Novos (BR-282) - Capinzal - Concórdia - Seara - Chapecó - São
BR-283 SC 355,5
Carlos - Palmito - Mondaí – Itapiranga - Fronteira com a Argentina
Araranguá - Jacinto Machado - Timbé - Bom Jesus - Vacaria - Passo
BR-285 SC-RS 749,6
Fundo - Santo Ângelo - São Borja
BR-290 Osório - Porto Alegre - São Gabriel - Alegrete - Uruguaiana RS 729,7
BR-293 Pelotas - Bagé - Santana do Livramento - Quaraí - Uruguaiana RS 532,3
1.4.1. Rodovias Diagonais
Estas rodovias podem apresentar dois modos de orientação:
Noroeste-Sudeste ou Nordeste-Sudoeste.
Nomenclatura: BR-3XX

Primeiro Algarismo:
3 (três)

Algarismos Restantes:
A numeração dessas rodovias obedece ao
critério especificado a seguir:

Diagonais orientadas na direção geral NO-


SE:

A numeração varia, segundo números pares,


de 00, no extremo Nordeste do país, a 50, em
Brasília, e de 50 a 98, no extremo Sudoeste.
30 Rodovias no Obtém-se o número da rodovia mediante
PNV interpolação entre os limites consignados, em
função da distância da rodovia a uma linha com
a direção Noroeste-Sudeste, passando pela
Capital Federal. Exemplos: BR-304, BR-324,
BR-364.
Diagonais orientadas na direção geral NE-SO: A numeração varia, segundo números ímpares, de 01,
no extremo Noroeste do país, a 51, em Brasília, e de 51 a 99, no extremo Sudeste. Obtém-se o número
aproximado da rodovia mediante interpolação entre os limites consignados, em função da distância da
rodovia a uma linha com a direção Nordeste-Sudoeste, passando pela Capital Federal. Exemplos: BR-
319, BR-365, BR-381.
RODOVIAS DIAGONAIS FEDERAIS

RODOVIAS Localidades Estados Extensão (Km)


BR-304 Boqueirão do Césario - Aracati - Mossoró - Lajes - Natal CE-RN 422,3
Mal. Taumaturgo - Porto Valter - Cruzeiro do Sul - Benjamim
BR-307 AC-AM 1695,3
Constant - Içana - Fronteira com a Venezuela
Belém - Capanema - Bragança - Vizeu - Carutapera - Turiaçu -
BR-308 Madrágoa - Cururupu - Mirinzal - Joaquim Antônio - Bequimano - PA-MA 650,7
Entronc. MA-106 - Itaúna
Belém - Capanema - Peritoró - Teresina - Picos - Parnamirim -
BR-316 PA-MA-PI-PE-AL 2062,2
Cabrobó - Floresta - Petrolândia - Palmeira dos índios - Maceió
BR-317 Lábrea - Boca do Acre - Rio Branco - Xapuri - Brasiléia - Assis Brasil AM-AC 931,7
BR-319 Manaus - Careiro - Humaitá - Porto Velho AM-RO 880,4
Balsas (BR-230) - Ribeiro Gonçalves - São Raimundo Nonato (BR-020)
BR-324 MA-PI-BA 1270,9
- Remanso (BR-235) - Jacobina - Feira de Santana - Salvador
BR-330 Balsas - Bom Jesus - Xique Xique - Seabra - Jequié - Ubaitaba MA-PI-BA 1177,1
BR-342 Carinhanha - Espinosa - Salinas - Araçuaí - Teófilo Otoni - Linhares BA-MG-ES 744,1
BR-343 Luis Correia - Piripiri - Teresina - Floriano - Bertolínia PI 747,9
Aracaju - Entroncamento com a BR-101 - Itapicuru - Olindina -
BR-349 Mundo Novo - Seabra - Bom Jesus da Lapa - Santa Maria da Vitória - SE-BA-GO 1242,4
Correntina - Posse (BR-020)
BR-352 Goiânia - Ipameri - Patos de Minas - Abaeté - Pitangui - Pará de Minas GO-MG 816,5
Cristalina - Patos de Minas - Formiga - Lavras - Cruzilha - Caxambu -
BR-354 GO-MG-RJ 852,7
Vidinha - Engenheiro Passos
BR-356 Belo Horizonte - Muriaé - Campos - São João da Barra MG-RJ 453,0
BR-359 Mineiros - Coxim - Corumbá GO-MS 645,5
BR-361 Patos - Piancó - São José do Belmonte - Entroncamento com a BR-232 PB-PE 261,0
BR-363 Baía de Santo Antônio (Porto) - Alto da Bandeira PE 13,6
RODOVIAS DIAGONAIS FEDERAIS
(continuação)
RODOVIAS Localidades Estados Extensão (Km)
Limeira - Matão - Frutal - Campina Verde - São Simão - Jataí -
Rondonópolis - Cuiabá - Vilhena - Porto Velho - Abunã - Rio Branco -
BR-364 SP-MG-GO-MT-RO-AC 4141,5
Sena Madureira - Feijó - Tarauacá - Cruzeiro do Sul – Mâncio Lima -
Fronteira com a Peru
Montes Claros - Pirapora - Patos de Minas - Patrocínio - Uberlândia -
BR-365 MG 878,7
Ituiutaba - São Simão
Santa Cruz Cabrália - Coroa Vermelha - Porto Seguro - Araçuaí -
BR-367 BA-MG 762,5
Diamantina - Gouveia
Oliveira - Campo Belo - Boa Esperança - Campos Gerais - Alfenas -
BR-369 Serrania - Caconde - Pirassununga - Ourinhos - Londrina - Jandaia do Sul MG-SP-PR 1232,0
- Campo Mourão - Cascavel
Limeira - Itapetininga - Apiaí - Ponta Grossa - Três Pinheiros - Francisco
BR-373 SP-PR 953,0
Beltrão - Barracão
BR-374 Presidente Venceslau - Ourinhos - Avaré - Boituva - São Paulo SP 573,6
Dourados - Paranavaí - Maringá - Apucarana - Ponta Grossa - São Luís do
BR-376 MS-PR 958,3
Purunã - Curitiba - Garuva (BR-101)
BR-377 Carazinho - Santa Bárbara - Cruz Alta - Santiago - Alegrete - Quaraí RS 523,0
São Mateus - Nova Venécia - Barra de São Francisco - Mantena - Central
BR-381 de Minas - Divino das Laranjeiras - Governador Valadares - Ipatinga - MG-SP 1169,3
Belo Horizonte - Betim - Pouso Alegre - Bragança Paulista - São Paulo
Conselheiro Lafaiete - São João Del Rei - Caxambu - Vidinha - Itajubá -
BR-383 MG-SP 566,4
Campos do Jordão - Pindamonhangaba - Ubatuba
BR-386 São Miguel d'Oeste - Iraí - Carazinho - Soledade - Porto Alegre SC-RS 530,4
Rio Grande (Porto) - Pelotas - Santa Maria - Tupanciretã - Santo Ângelo -
BR-392 RS 718,8
Fronteira com a Argentina
Cachoeira de Itapemirim - Itaperuna - Além Paraíba - Três Rios - Volta
BR-393 ES-RJ-MG-RJ 444,8
Redonda - Entroncamento com a BR-116
1.4.1. Rodovias de Ligação

São orientadas em qualquer direção e não enquadradas nas categorias


anteriores, ligam pontos importantes de duas ou mais rodovias federais, ou
permitem o acesso a instalações federais de importância estratégica, a pontos
de fronteira internacional, a áreas de segurança nacional ou aos principais
terminais marítimos, fluviais, ferroviários ou aeroviários constantes do SNV (77
rodovias)

Nomenclatura: BR-4XX

Primeiro Algarismo:
4 (quatro)

Algarismos Restantes:

A numeração dessas rodovias varia entre 00 e 50, se a rodovia estiver ao norte do


paralelo da Capital Federal, e entre 50 e 99, se estiver ao sul desta referência.

Exemplos: BR-401 (Boa Vista/RR – Fronteira BRA/GUI), BR-407 (Piripiri/PI – BR-


116/PI e Anagé/PI), BR-470 (Navegantes/SC – Camaquã/RS), BR-488 (BR-116/SP –
Santuário Nacional de Aparecida/SP).
RODOVIAS DE LIGAÇÃO FEDERAIS

RODOVIAS Localidades Estados Extensão (Km)


BR-401 Boa Vista - Fronteira com a Guiana RR 199,2
BR-402 Entroncamento com a BR-135 - Parnaíba (BR-343) - Granja - Itapipoca - Umirim (BR-222) MA - PI - CE 753,4
BR-403 Acaraú - Sobral (BR-222) - Cratéus (BR-226) CE 337,8
BR-404 Piripiri - Cratéus - Novo Oriente - Catarina - Iguatu - Icó PI-CE 484,2
Mossoró - Jucuri - Mulungu - Apoti - Itau - São Francisco do Oeste - Pau dos Ferros - Rafael Fernandes
BR-405 RN-PB 258,0
- José da Penha - Uirauna - Antenor Navarro - Marizópolis (BR-230)
BR-406 Macau - Jandaira - João Câmara - Natal RN 176,4
Piripiri - São Miguel do Tapuio - Pimenteiras - Bocaina - Picos - Petrolina - Juazeiro - Rui Barbosa -
BR-407 PI-PE-BA 1469,7
Iramaia - Contendas - Suçuarana (BR-030) - Anagé - (BR-116)
BR-408 Campina Grande - Recife PB-PE 187,0
BR-409 Feijó - Santa Rosa AC 152,0
BR-410 Ribeira do Pombal - Tucano BA 33,8
BR-411 Entroncamento com a BR-307 - Elvira AM 85,0
BR-412 Farinha - Sumé - Monteiro PB 146,6
BR-413 Entroncamento com a BR-307 - Caxias (Estirão do Equador) AM 40,0
BR-414 Porangatú - Niquelândia - Anápolis GO 441,7
BR-415 Ilhéus - Itabuna - Vitória da Conquista BA 201,3
BR-417 Afuá - Anajás - Ponta de Pedras PA (Ilha de Marajó) 235,0
BR-418 Caravelas - Nanuque - Carlos Chagas - Teófilo Otoni BA - MG 302,2
BR-419 Rio Verde de Mato Grosso - Aquidauana - Jardim MS 381,6
Pojuca (BR-110) - Santo Amaro - São Roque - Nazaré - Lage - Mutuípe - Jequiriça - Ubaira - Santa Inês -
BR-420 BA 335,3
Itaquara - Jaguaquara - Entroncamento com a BR-116
BR-421 Ariquemes - Alto Candeias - Guajará Mirim RO 304,6
BR-422 Entroncamento com BR-230 (Novo Repartimento) – Tucuruí PA 73,7
BR-423 Caruaru - Garanhuns - Paulo Afonso - Juazeiro PE-AL-BA 542,8
BR-424 Arco Verde - Garanhuns - Maceió PE-AL 261,6
BR-425 Abunã - Guajará Mirim RO 136,0
BR-426 Entroncamento com a BR-230 - Santana dos Garrotes - Princesa Izabel - Entroncamento com a BR-232 PB-PE 182,8
BR-427 Currais Novos - Pombal RN-PB 198,7
BR-428 Cabrobó (BR-116) - Petrolina PE 193,4
BR-429 Ji-Paraná (BR-364) - Costa Marques (Rio Guaporé) RO 385,9
RODOVIAS DE LIGAÇÃO FEDERAIS
(continuação)
RODOVIAS Localidades Estados Extensão (Km)
BR-430 Barreiras - Santana - Bom Jesus da Lapa - Caetité BA 412,7
BR-451 Bocaiúva (BR-135) - Governador Valadares MG 387,3
BR-452 Rio Verde - Itumbiara - Tupaciguara - Uberlândia - Araxá GO-MG 508,9
BR-453 Entroncamento com a BR-287 - Lajeado - Caxias do Sul - Aratinga - Torres RS 324,2
BR-454 Porto Esperança - Forte Coimbra (Fronteira com a Bolívia) MT 71,0
BR-455 Uberlândia - Campo Florido - Planura MG 133,0
BR-456 Nhandeara - São José do Rio Preto - Matão SP 218,2
BR-457 Cristalina - Goiânia GO 229,0
BR-458 Conselheiro Pena - Tarumirim - Iapú - Entroncamento com a BR-381 MG 144,9
BR-459 Poços de Caldas - Lorena (BR-116) - Mambucaba (BR-101) MG-SP-RJ 391,5
BR-460 Cambuquira - Lambari - São Lourenço MG 84,3
BR-461 Ituiutaba - Gurinhatã - Iturama MG 110,0
BR-462 Patrocínio - Perdizes - Entroncamento com a BR-262 MG 100,6
BR-463 Dourados - Ponta Porã MS 112,5
BR-464 Ituiutaba - Prata - Uberaba - Entroncamento com a BR-146 MG 500,9
BR-465 Garganta Viúva Graça (BR-116) - Santa Cruz (BR-101) RJ 31,9
BR-466 Apucarana - Ivaiporã - Pitanga - Guarapuava - União da Vitória - Porto União PR-SC 431,1
BR-467 Porto Mendes - Toledo – Cascavel PR 117,1
BR-468 Palmeira das Missões - Coronel Bicaco - Campo Novo - Três Passos (Fronteira com a Argentina) RS 132,7
BR-469 Porto Meira - Foz do Iguaçu - Parque Nacional PR 31,3
Navegantes - Itajaí - Blumenau - Curitibanos - Campos Novos - Lagoa Vermelha - Nova Prata -
BR-470 SC-RS 832,9
Montenegro - São Jerônimo - Camaquá (BR-116)
BR-471 Soledade - Santa Cruz do Sul - Encruzilhada do Sul - Canguçu - Pelotas - Chuí RS 648,2
Frederico Westphalen - Três Passos - Santa Rosa - Porto Lucena - Porto Xavier - São Borja - Itaqui -
BR-472 RS 658,5
Uruguaiana - Barra do Quaraí
BR-473 São Gabriel (BR-290) - Bajé (BR-293) - Aceguá - Herval - Entrocamento BR-471 RS 388,9
BR-474 Aimorés - Ipanema - Caratinga MG 166,9
BR-475 Lages - Tubarão SC 213,6
BR-476 Apiaí - Curitiba - Lapa - São Mateus - Porto União SP-PR-SC 395,8
BR-477 Canoinhas - Papanduva - Blumenau SC 213,9
BR-478 Limeira - Sorocaba - Registro - Cananéia SP 321,6
BR-479 Januária - Arinos - Brasília MG-GO-DF 433,2
BR-480 Pato Branco - Entroncamento com a BR-280 - São Lourenço do Oeste - Xanxerê - Chapecó - Erechim PR-SC-RS 264,5
BR-481 Cruz Alta - Arroio do Tigre - Sobradinho - Santa Cruz do Sul RS 168,7
Safra (BR-101) - Cachoeiro de Itapemirim - Jerônimo Monteiro - Guaçuí - Carangola - Fervedouro (BR-
BR-482 ES-MG 448,8
116) - Viçosa - Piranga - Conselheiro Lafaiete (BR-040 e BR-383)
RODOVIAS DE LIGAÇÃO FEDERAIS
(continuação)
RODOVIAS Localidades Estados Extensão (Km)
BR-483 Itumbiara - Paranaíba GO-MS 330,3
BR-484 Colatina - Itaguaçu - Afonso Cláudio - Guaçuí - São José do Calçado - Bom Jesus do Itabapoana - Itaperuna ES-RJ 343,0
Entroncamento com a BR-116 - Parque Nacional das Agulhas Negras - Vale dos Lírios - Garganta do Registro
BR-485 RJ-MG 51,4
(BR-354)
BR-486 Itajaí - Brusque - Vidal Ramos - Bom Retiro (BR-282) SC 179,9
BR-487 Porto Felicidade (BR-163) - Pontal do Tigre - Campo Mourão - Ponta Grossa MS-PR 647,7
Entroncamento com a BR-116 - Santuário de Aparecida - Entroncamento com a BR-116 (Anel Viário da
BR-488 SP 2,9
Basílica de Nossa Senhora Aparecida)
BR-489 Prado-Entroncamento com a BR-101 BA 51,5
BR-490 Campo Alegre (BR-050) - Ipameri - Caldas Novas - Morrinhos (BR-153) GO 181,0
Morro do Coco (BR-101) - Cardoso Moreira (BR-356) - São Fidelis - Cordeiro - Nova Friburgo - Bonsucesso -
BR-492 RJ 391,6
Sobradinho (BR - 116) - Posse (BR-040) - Pedro do Rio (BR-040) - Avelar - Massambará (BR-393)
BR-493 Manilha (BR-101) - Magé - Entroncamento com a BR-040 RJ 47,8
Entroncamento com a BR-262 - Divinópolis - São João Del Rei - Andrelândia - Volta Redonda - Angra dos
BR-494 MG-RJ 506,0
Reis
BR-495 Teresópolis - Itaipava (BR-040) RJ 33,4
BR-496 Pirapora - Corinto MG 135,7
BR-497 Uberlândia - Campina Verde - Iturama - Porto Alencastro - Entroncamento com a BR-158 MG-MT 353,0
BR-498 Monte Pascoal - Entroncamento com a BR-101 BA 14,2
BR-499 Entroncamento com a BR-040 - Cabangu MG 14,9
1.5. SUPERPOSIÇÃO DE RODOVIAS

Existem alguns casos de superposições de duas ou mais rodovias.


Nestes casos usualmente era adotado o número da rodovia que tinha maior
importância (normalmente a de maior volume de tráfego). Porém, atualmente, já
se adota como rodovia representativa do trecho superposto a rodovia de menor
número, tendo em vista a operacionalidade dos sistemas computadorizados
(www.dnit.gov.br).

1.6. QUILOMETRAGEM DAS RODOVIAS

A quilometragem das rodovias não é cumulativa de uma Unidade da


Federação para a outra. Logo, toda vez que uma rodovia inicia dentro de uma
nova Unidade da Federação, sua quilometragem começa novamente a ser
contada a partir de zero. O sentido da quilometragem segue sempre o sentido
descrito na Divisão em Trechos do Plano Nacional de Viação e, basicamente,
pode ser resumido da forma apresentada a seguir (www.dnit.gov.br):
• Rodovias Radiais → o sentido de quilometragem vai do Anel Rodoviário de
Brasília em direção aos extremos do país, e tendo o quilometro zero de cada
estado no ponto da rodovia mais próximo à capital federal.

• Rodovias Longitudinais → o sentido de quilometragem vai do norte para o


sul. As únicas exceções deste caso são as BR-163 e BR-174, que tem o sentido
de quilometragem do sul para o norte.

• Rodovias Transversais → o sentido de quilometragem vai do leste para o


oeste.

• Rodovias Diagonais → a quilometragem se inicia no ponto mais ao norte da


rodovia indo em direção ao ponto mais ao sul. Como exceções pode-se citar as
BR-307, BR-364 e BR-392.

• Rodovias de Ligação → geralmente a contagem da quilometragem segue do


ponto mais ao norte da rodovia para o ponto mais ao sul. No caso de ligação
entre duas rodovias federais, a quilometragem começa na rodovia de maior
importância.
1.7. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DE RODOVIAS

1.7;1. Quanto à função (classificação funcional)

Há uma outra forma de classificar as rodovias, na qual não


importa suas localizações ou disposições geográficas, mas sim o tipo
de serviço que elas oferecem.

Essa forma de classificação das rodovias, denominada de


Classificação Funcional, parte do reconhecimento de que o tipo de
serviço oferecido por uma rodovia pode ser determinado a partir das
funções básicas de mobilidade e de acessibilidade que a rodovia
propicia.

MOBILIDADE X ACESSIBILIDADE
Rodovias Arteriais: proporcionam alto nível de mobilidade
para grandes volumes de tráfego. Sua principal função é
atender ao tráfego de longa distância, seja internacional ou
interestadual.
 
Rodovias Coletoras: atende a núcleos populacionais ou
centros geradores de tráfego de menor vulto, não servidos
pelo Sistema Arterial. A função deste sistema é proporcionar
mobilidade e acesso dentro de uma área específica.
 
Rodovias Locais: constituídas geralmente por rodovias de
pequena extensão, destinadas basicamente a proporcionar
acesso ao tráfego intra-municipal de áreas rurais e de
pequenas localidades às rodovias mais importantes.
RELAÇÃO ENTRE AS FUNÇÕES DE MOBILIDADE E DE ACESSO
1.7.2. Quanto à proximidade de aglomerados populacionais

Rodovias Urbanas: Rodovias Rurais:

Embora não existindo limites rígidos de distinção, pode-se dizer que são
classificadas como rodovias urbanas àquelas que se situam próximas às grandes
cidades. Sempre que houver uma estrada de rodagem ligando duas cidades distantes
entre si menos de 10 km, tendo uma delas população superior a 200.000 habitantes, o
projeto geométrico deve dotar o trecho com características técnicas de rodovias
urbanas.
1.7.3. Quanto à finalidade
 
• Comerciais: são as de objetivo econômico, que proporcionam a
circulação de riquezas, facilitando a troca de utilidades e o tráfego de
passageiros.
 
• Estratégicas: são as de interesse militar, político e/ou de
integração; embora projetadas e construídas para outros fins, podem
funcionar (e normalmente funcionam) como estradas de interesse
econômico.

1.7.4. Quanto às condições técnicas (Classificação Técnica)

Para fins de realização do projeto geométrico de uma rodovia, no


entanto, é conveniente outra forma de classificação, denominada de
Classificação Técnica, que permite a definição das dimensões e da
configuração espacial com que a rodovia deverá ser projetada para
poder atender satisfatoriamente à demanda que a solicitará e,
consequentemente, às funções a que se destina.
Há diferentes formas de se classificar tecnicamente uma rodovia
ou um projeto. Cada país ou entidade responsável pela administração
pública de rodovias pode estabelecer suas próprias normas, ou adaptar às
suas circunstâncias as normas e critérios observados em outros países.

No caso brasileiro, as normas de projeto geométrico editadas


pelo DNER/DNIT foram copiadas e adaptadas a partir das normas de
projeto praticadas nos Estados Unidos.

Quanto à Classificação Técnica das Rodovias atualmente usada,


ela será vista em detalhes mais adiante, pois para entendermos os
critérios desta classificação precisamos conhecer alguns conceitos
utilizados na área de Engenharia de Tráfego.
1.8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As primeiras normas de projeto editadas pelo DNER foram as “Normas


para o projeto de estradas de rodagem”, instituídas formalmente pelas Portarias n°
19, de 10 jan. 1949, e n° 348, de 17 abr. 1950.

Posteriormente, essas normas foram complementadas e atualizadas por


meio de publicações diversas, com destaque do “Manual de projeto de engenharia
rodoviária” (DNER, 1974), das “Normas para o projeto de estradas de rodagem”
(DNER, 1975), e das “Instruções para o projeto geométrico de rodovias rurais”
(DNER, 1979).

Em 1999, o DNER lançou o “Manual de projeto geométrico de rodovias


rurais” (DNER, 1999), aprovado pelo Conselho Administrativo do DNER em 21 dez.
1999, por meio da Resolução nº 15/99, com o objetivo de reunir as informações
essenciais pertinentes às normas para o projeto geométrico de rodovias rurais em
vigor no Brasil, incluindo recomendações sobre aspectos não normatizados.

Em nossa Disciplina, serão estudadas apenas as normas editadas e


recomendadas pelo DNER/DNIT, que são as praticadas no Brasil.
Quanto ao uso das normas do DNER no Brasil, é interessante
observar que existem exceções: por exemplo, no Estado de Santa
Catarina, o DER/SC resolveu adotar normas alemãs para o Projeto
Geométrico de Rodovias.
REFERÊNCIAS

Lee, Shu Han (2005). Introdução ao Projeto Geométrico de Rodovias. 2ª


Edição. Editora da UFSC, Florianópolis, 430p.

Pontes Filho, Glauco (1998). Estradas de Rodagem: projeto geométrico. São


Carlos, SP, 432p.

Site: www.dnit.gov.br

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