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Elaborador:
Nome do autor: Flaviana Aparecida de Mello
E-mail do autor: professora.flavianamello@gmail.com
Telefone: (11) 97748-5321
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Sumário
Introdução
Objetivos
Referencias
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Introdução
Caro (a) estudante, seja bem vindo ao estudo sobre Politicas publicas para sexualidade e
genero. A referida disciplina visa contribuir significamente com os profissionais, bem como
na comunidade, no atendimento individual, em grupo, possibilitando o maior alcançe a
respeito dos conceitos atribuidos a questão de genero, sexualidade, o papel da mulher na
sociedade e as politicas publicas que vem sendo empreendidas e as discussões
contemporanes sobre o debate. .
Na Unidade 1 você vai ter acesso as Teorias Sobre Políticas públicas e políticas de
relações de gênero, Poder e relações de gênero no Estado Brasileiro, Políticas públicas e
educação de gênero, Participação feminina e governança e Preconceitos como elemento
norteador das desigualdades de gênero e de sexualidades.
Logo em seguida, vamos conhecer na Unidade 2 a Lei Maria da Penha, Políticas públicas
para homens no Brasil, A construção de políticas públicas, Referencial teórico e modelos
de análise de políticas públicas, Legislação consolidada sobre a mulher e Gênero e
políticas neoliberais no contexto brasileiro
Objetivos
Compreender os instrumentos teóricos metodológicos de defesa e garantia de
direitos dentro da perspectiva de gênero e sexualidade.
Analisar as políticas públicas sobre sexualidade e gênero de modo sistêmico e
amplo.
Verificar os textos e normativas jurídicas para implantação, e execução e análise
de políticas públicas de gênero.
Bons estudos!
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O conceito de gênero nos conduz a uma compreensão de que desde a infância, meninas
e meninos são educados de modos diferentes e assim vão se desenvolvendo de formas
diferentes e com isso, vão surgindo as desigualdades nas formas de se relacionar.
Com o processo de fortalecimento dos movimentos sociais no final dos anos de 1970, e
início da nova década, anos de 1980, podemos enfatizar que ocorreram importantes
transformações nas relações entre a sociedade e o Estado, no que tange a agenda de
formação e implantação de políticas públicas.
Figura 01 – Heleieth Saffioti – uma das mais importantes pesquisadoras a respeito dos estudos de
genero e patriarcado no Brasil
Fonte: http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2015/08/araraquara-sp-ganha-biblioteca-
com-o-acervo-pessoal-de-heleieth-saffioti.html
Para maior conhecimento a respeito das obras escritas pela professora Dra. Heleieth
Saffioti deixamos aqui algumas sugestões de suas obras que se destinam a pensar a
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respeito da violência doméstica, feminismo, conceito de patriarcado. E, também deixamos
alguns artigos que estão disponíveis na plataforma do Scielo e da Puc/Sp.
http://www.scielo.br/pdf/cpa/n16/n16a07.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2014000100017
http://www4.pucsp.br/neils/downloads/v2_artigo_saffioti.pdf
Também discutiam temas específicos nesses movimentos nas periferias como saúde da
mulher, sexualidade, métodos contraceptivos, violência praticada contra a mulher e com
isso teve uma ligação com a pauta debatida e estudada pelo movimento feminista.
Com o fortalecimento e união das pautas do movimento social urbano de mulheres nas
periferias em que se discutia os temas voltados para as necessidades das mulheres já
citado acima e o movimento feminista, ambos tiveram força e contribuíram decisivamente
para a inclusão do debate de gênero na agenda pública e governamental para que
pudesse ser um tema a ser debatido e enfrentado no que tange os aspectos da
desigualdade entre os gêneros masculino e feminino.
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Fonte: http://abmcjrn.blogspot.com/2008/
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subjugando a inteligência, a força, a capacidade da mulher em tomar decisões em
momentos de confrontos e conflitos.
O poder sempre se fez tão presente nas relações de gênero, desde momento da
educação familiar que quando se nascia uma mulher em uma família, ela era preparada
para a família e as prendas domésticas. Perrot (1998).
Já aos homens, esses, desde cedo, aprendiam a exercer o domínio e o poder, são eles
que são impulsionados a governar, ou seja, a exercer poder sobre uma nação, a
comandar uma equipe em um espaço de trabalho, e delegar as mulheres a gestão do
cotidiano doméstico.
Fonte: https://www.novohomem.com/como-mandar-no-relacionamento/
Figura 04: Representação da mulher e a gestão dos afazeres doméstico e o homem no comando
da gestão da casa e da TV
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Fonte: https://www.vvale.com.br/cbnvaledoiguacu/cbn-tarde-de-noticias/mulheres-continuam-
cuidar-mais-dos-afazeres-domesticos/
Para tanto, se faz necessário avançarmos nesse debate de contrapor a ordem histórica
estabelecida do poder do gênero masculino sobre o feminino, urge a necessidade de
debates nas escolas como já explicitamos em um capitulo nessa unidade, realizar esse
debate nas comunidades, igrejas, para que se possam quebrar os paradigmas do
preconceito que tangenciam essa temática, com vistas a pensar uma sociedade que
mulheres e homens possam viver de forma igualitária e respeitosa, assim também em
posição de horizontalidade e não de subalternidade, ou seja, do homem se sobrepondo a
mulher.
Fundamental também destacar que se tenha o respaldo do aparato jurídico com vistas a
efetivação de implementação de políticas públicas que assegurem o gênero como
condutor articulador das diversas políticas.
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Capítulo 3 – Políticas públicas e educação de gênero
Com base na conferência as ações definidas na conferência mundial de políticas públicas
para mulheres realizada em Beijing no ano de 1995, e sempre enfatizada na trajetória
histórica do movimento composto pelas mulheres, várias ações foram elencadas para
serem trabalhadas de forma descentralizadas e de acordo com os setores, faixa etária,
raça dentre outras especificidades sobretudo ao longo do final da década dos anos de
1990 e ganhasse força e desse sequencia no novo milênio, ou seja o século XXI.
Destacamos aqui nesse capítulo, a educação de gênero, como sendo um tema debatido
nessa conferência para que fosse aglutinado nas agendas governamentais e não
governamentais e trabalhado de forma sistematizada.
Os estudos em gênero, partem do conceito de que todas as pessoas devem ser tratadas
de forma igual, e não diferentes por razões baseadas por questões biológicas, como
exemplo: nasceu menina precisa ser tratada de forma diferenciada de um menino.
Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/4900/os-termos-genero-e-orientacao-sexual-tem-sido-
retirados-dos-documentos-oficiais-sobre-educacao-no-brasil-por-que-isso-e-ruim#
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que exigem cálculos e raciocínio lógico, visto que se formos analisar o modo como logo
são educados em seus primeiros anos de vida, são encorajados a se lançar na vida, a
não temer, não chorar, a se arriscar; ao passo que as meninas são colocadas em uma
posição de dependência do outro, de uma posição de fragilidade física e emocional.
Cabe ressaltar que de forma xula, desprovido de conhecimento cientifico e teórico, fora
apelidado de “kit Gay” por esse setor conservador da sociedade brasileira, indicando que
seria ensinado através das escolas, as crianças serem gays e lésbicas, quando na
verdade, estaria sendo educados a serem respeitosos nas suas diferenças sociais, de
gêneros dentre outros.
Após toda essa situação apresentada, passados três anos, o plano nacional da educação
– PNE, foi aprovado, sem ter em sua redação os termos, identidade gênero, orientação
sexual e gênero.
Gênero:
As diferenças entre homens e mulheres fecundam-se na sociedade a partir das
concepções do que seja feminilidade e masculinidade. São disputas simbólicas que dizem
respeito ao processo de reprodução social, seja na família, nas organizações religiosas,
escolares, nos ambientes de trabalho [...] as desigualdades iniciam-se desde a infância.
Identidade de gênero:
Experiência interna e individual do gênero de cada pessoa, que pode ou não
corresponder ao sexo atribuído no nascimento, incluindo o senso pessoal do corpo que
pode envolver, por livre escolha, modificação da aparência ou função corporal por meios
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2 Ideologia de gênero:
De acordo com a entrevista da professora Maria Cristina Cavaleiro a Revista Nova Escola ao falarem em suposta
“ideologia de gênero” tenta-se dar a entender que trata-se de uma questão dogmática, entretanto, cabe frisar que, há
estudos, pesquisas feitas não só no Brasil como em diversos países que colocam os estudos a respeito do gênero no
patamar de ciência.
Fontes: Violência doméstica contra mulher – uma análise dos aspectos sociais e a política social de proteção. Ano
2017 Mello. Flaviana, Aparecida de.
https://novaescola.org.br/conteudo/4900/os-termos-genero-e-orientacao-sexual-tem-sido-retirados-dos-documentos-
oficiais-sobre-educacao-no-brasil-por-que-isso-e-ruim#
https://novaescola.org.br/conteudo/12698/existe-ideologia-de-genero-na-educacao
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médicos, cirúrgicos ou outros e outras expressões de gênero, inclusive vestimenta, modo
de falar e maneirismos.
Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/noticia/2016/03/menino-tambem-pode-empresa-
gaucha-cria-brinquedo-neutro-e-acende-debate-sobre-generos-cjpl6j3zq007bwscnq3nmwx46.html
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Diante disto, explicitamos aqui como um dos maiores desafios no cenário contemporâneo,
garantir a equidade da participação feminina no mercado de trabalho e mormente nos
processos de governança.
Para tanto, precisamos ressaltar que, as empresas precisam ter um plano bem
estratégico com metas, alinhados as políticas públicas de equidade de gênero para
reparar essa desigualdade e efetivar a participação feminina nos processos de decisão
nos espaços empresariais.
Em relação às políticas públicas, estamos avançando sobretudo a partir dos anos de 1970
a partir da força de movimentos sociais urbanos e movimento feministas, no caso do
universo empresarial, destacamos que tem tido tratados e cartas assinados nas quais
empresas tem se comprometido em equiparar as desigualdades da participação feminina.
Para melhor exemplificar, destacamos uma das maiores iniciativas em nível de plano
global, articulado e direcionado pela ONU Mulheres focalizando o empoderamento
feminino – women´s empowerment.
http://www.onumulheres.org.br/referencias/principios-de-empoderamento-das-mulheres/
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7- Medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da
igualdade de gênero.
Fonte: https://exame.abril.com.br/carreira/mais-mulheres-na-chefia-significa-mante-las-no-banco-
de-talentos/
Como foram explicitados acima, com esses sete princípios norteadores organizados pela
ONU Mulheres, podemos perceber certo avanço significativo quando avaliamos dados
apresentados como os da matéria publicada em 03 de março de 2019 pela Folha de São
Paulo em que aponta a faixa etária de mulheres entre 30 a 49 anos ocupando cargos de
gerencia e diretoria no setor formal aumentaram de 32,3% e 31,9% registro de 2003, para
39,2% e 42,4% no ano de 2017.
Caro aluno aluna, os dados supracitados, não iriam aumentar como fruto do acaso, são
consequências de estudos, pesquisas e incentivos através de ações de políticas públicas
e tratados e acordos como este que a ONU Mulheres estabeleceu junto ao setor
empresarial para sensibiliza-los de que há de fato essa desigualdade e que se faz
necessário a equiparação da equidade de gênero nos espaço de liderança empresarial.
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Cabe considerar que o ato de chefiar, não consiste simplesmente em dar ordens a
alguém, é trabalhar questões de relacionamento interpessoal, é compreender do que está
sendo gerenciado, é ter manejo com a alta competitividade que há nesse universo de
governança.
Entretanto, apesar de todo avanço que aqui apresentamos e consideramos, não podemos
deixar de explicitar que a equidade de gênero nos espaços de governança ainda não
foram alcançada em excelência e que ainda há um caminho continuar a lograr, visto que,
ainda imperam nos níveis mais altos hierárquicos dentro das empresas, a cultura
arraigada de que a posição de liderança maior seja ocupada por uma pessoa do gênero
masculino.
O fato que não se pode deslocar desse debate é que historicamente a mulher dentro da
lógica do sistema patriarcal, foi tratada de forma inferior e subalternizada, sendo ela a
pessoa a receber ordens e cumpri-las, e não orientada a desobedecê-las.
Esse sistema prevaleceu com muita entonação ditando a ordem moral, religiosa,
econômica, política, social, educacional e cultural. As mulheres, mesmo diante dessa forte
pressão, lutaram e continuam lutando para ter o seu espaço no mercado de trabalho
externo que apenas era destinado ao homem pela lógica patriarcal e de gênero.
Cabe fazer um breve lembrete de que as mulheres aprendiam desde a infância de que o
espaço privado e doméstico a elas pertencia, e aos homens o espaço externo eram-lhes
reservados para irem à busca do sustento familiar.
Faz-se necessário registrar que as lutas históricas das mulheres por se inserirem em
formas igualitárias em espaços de governança, foram de muita importância para hoje
terem esses avanços consolidados.
As mulheres têm buscado a cada dia se especializar para participarem ativamente desse
espaço e poderem ocupar de forma ética, comprometida e profissional, sem nenhuma
forma de desmerecimento ou desvalorização pela sua condição feminina e de gênero.
Assim sendo, desde que os estudos a respeito do conceito de gênero destinado a pensar
e equiparar as desigualdades promovidas baseadas em questões de diferenças
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puramente sexuais começaram a ser divulgados na sociedade, no mesmo bojo veio
informações deturpadas e enviesadas carregando muita desinformação e com isso
contribuindo para os diversos tipos de preconceito a respeito do assunto que tangenciam
os temas de gênero e sexualidade.
Quando nos deparamos com frases como essas apresentadas acima, podemos perceber
o quanto urge a necessidade de desenvolvermos mecanismos de educação e fomentar
ações que quebrem com os paradigmas do preconceito contra a temática para que assim
possamos desenvolver a noção de respeito de equidade entre os gêneros.
O Brasil é um dos países que possuem um dos traços mais machistas do mundo, visto
que está entre os que mais prática violência contra a mulher, estando na 5ª posição entre
os países mais violentos para com as mulheres. Mapa da violência (2015).
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/780389441654006361
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Precisamos também destacar nesse capítulo que quando falamos de preconceito e
desigualdades entre os gêneros, não podemos deixar de considerar a questão racial, ou
seja cor de pele, etnia, além da classe social ao qual a pessoa pertença.
Com esses elementos apresentados, podemos ter uma análise mais aprofundada do
quanto pode estar sofrendo preconceito, principalmente se for negra, moradora da
periferia e pertencente a classe social mais pauperizada e subalternizada da sociedade.
Outro ponto que se faz necessário debatermos a esse respeito, trata-se dos estereótipos
que foram criados e repassados de geração em geração por meio da cultura, educação
familiar, religião sem critério algum, sem conhecimento científico e isso contribuiu
significativamente com o crescimento do preconceito a respeito da questão.
E dessa forma, vão se criando barreiras que impedem de se conversar a respeito desses
conceitos, seja gênero ou sexualidade, vai gerando verdadeiros tabus, formadores de
preconceitos que são disseminados em nossa sociedade através dos grupos e
instituições sociais do mesmo como já mencionamos, tal como ocorre em relação ao
conceito de gênero.
Um ser humano passa a desenvolver sua sexualidade desde quando está sendo gerado
no ventre materno e só para de ter sexualidade quando vem a falecer, portanto
sexualidade é saúde, é vida.
Fonte: https://doity.com.br/sbmfc-seminario-sexualidade
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Para maior aprofundamento e conhecimento a respeito da teoria apresentada nesse
capítulo dessa unidade deixamos aqui como sugestão alguns artigos para leitura e
reflexão:
https://www.fazendohistoria.org.br/blog-geral/2017/12/7/sistematizao-da-oficina-sexualidade-e-
gnero-como-lidar
https://novaescola.org.br/conteudo/80/educacao-sexual-precisamos-falar-sobre-romeo
[Fim da sugestão de leitura complementar ]
fonte: https://believe.earth/pt-br/10-acoes-do-dia-dia-que-promovem-igualdade-de-genero/
Contudo, para contribuirmos com vistas a possibilidade de dar visibilidade ao que de fato
é o conhecimento a respeito do conceito de gênero, romper barreiras do preconceito, do
tabu, da falta de informação, finalizamos esse capítulo com alguns tópicos elencando
abaixo o que consideramos ser primordial para o desenvolvimento da quebra de
paradigma e preconceito a respeito dessa tão emergente temática:
1- Em seu local de trabalho, solicite a seu gestor ou gestora que seja promovido
treinamento que discuta o fim do preconceito a respeito da diversidade de gênero e
sexualidade;
2- Não corrobore em seu dia a dia com atitudes machistas, seja no ônibus, metrô,
trânsito dentre outros locais públicos e/ou privados;
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4- Em sua vivência doméstica familiar, seja empático e gentil, devida as tarefas
domésticas e os cuidados das crianças, afinal essa tarefa não é exclusiva da
mulher;
Fonte: https://aminoapps.com/c/potter-amino-em-portugues/page/blog/sem-medo-de-ser-mulher/
YKWJ_jxubu0eWedzz4lmgxPZ6jN5n3rkMD
São histórias que chocam, que agridem nossos olhos e ouvidos devido a tamanha
capacidade do uso da barbárie contra a outra pessoa, muitas das vezes pelo simples fato
dela ser mulher, por ter desejado não mais manter aquela relação, por ter desejado voltar
a estudar, trabalhar dentre várias outras situações.
Precisamos aqui fazer um breve resgate histórico dos principais documentos jurídicos,
tratados, resoluções para chegarmos ao ano de 2006 quando foi sancionada a lei
11340/2006, comumente conhecida e batizada como lei “Maria da Penha”.
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A Organização das nações unidas – ONU no ano de 1979 aprova uma resolução de
número 34/180 foi a convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação
contra as mulheres.
É importante ratificar que a referida convenção é um grande marco na luta pelo combate
as várias formas de violência praticada contra a mulher, ao passo que, essa convenção
exige dos Estados atitudes de enfrentamento a violência por meio de promulgação de leis
destinadas a coibir e reparar os problemas geradores da violência na sociedade.
Fonte: http://www.mulheressocialistas.org.br/convencao-de-belem-do-para-com-avancos-
legislativos-conquistados-campo-da-prevencao-precisa-ser-melhor-trabalhado/
Entretanto, quando analisamos o tempo cronológico, verificamos que o Brasil sedia uma
importante convenção, que trata de assunto como violência contra a mulher, que define
conceito de violência, de onde ela ocorre de quem são seus potenciais autores de
agressão, todavia, continua sem ter mecanismos mais contumaz no que tange a defesa
das mulheres que necessitam da proteção do Estado.
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Somente no ano de 2006 com muito enfrentamento e resistência se alcançou a lei
11.340/2006 sancionada em 07 de agosto pelo então presidente da república Luiz Inácio
Lula da Silva.
Ganhou este nome em homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes, que por vinte
anos lutou para ver seu agressor preso. Maria da Penha é biofarmacêutica cearense, e foi
casada com o professor universitário Marco Antonio Herredia Viveros.
Em 1983 ela sofreu a primeira tentativa de assassinato, quando levou um tiro nas costas
enquanto dormia. Maria da Penha conseguiu enviar o caso para a Comissão
Interamericana de Direitos Humanos (OEA), que, pela primeira vez, acatou uma denúncia
de violência doméstica.
Fonte: http://www.justificando.com/2018/02/01/convencao-de-belem-do-para-e-o-caso-maria-da-
penha/
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Para maior aprofundamento e conhecimento a respeito da teoria apresentada nessa
unidade II no primeiro capítulo, deixamos como sugestão de leitura complementar a
seguintes leituras a respeito dos avanços notáveis e consideráveis a respeito da lei e o
que ainda precisamos avançar no que tange os direitos de mulheres que sofrem violência
no Brasil:
https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/cidadania-lei-maria-da-penha-
completa-10-anos.htm
https://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI243907,91041-
A+Lei+Maria+da+Penha+e+seus+avancos+no+combate+a+violencia+domestica
https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2019/03/lei-maria-da-penha-ainda-precisa-avancar-
para-permanencia-das-mulheres-no-trabalho/
[Fim da sugestão de leitura complementar]
Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia/313772-1
A lei Maria da Penha proíbe a aplicação de cestas básicas como penas nos casos de
violência doméstica e penas pecuniárias, preconiza que os juizados especiais devem ter
implantado equipes multidisciplinares com profissionais formados nas áreas de Serviço
Social, Psicologia, Direito.
Importa ainda sinalizar que com a promulgação da referida lei, todos os casos que
configurem violência doméstica e familiar praticada contra mulher, não será mais aplicada
a lei nº 9.099/1995.
Destacamos também o artigo 5º que configura como violência doméstica e familiar contra
a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que possa causar a mulher lesão,
dor, sofrimento sexual, físico, psicológica humilhação (dano moral) e patrimonial.
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1. A violência doméstica é considerada aquela em que ocorra no âmbito de convívio
permanente das pessoas que convivem com a ofendida, tendo ou não vínculo
familiar;
Violência física – é toda forma de violência que ocorre agressão e lesão a integridade
física e corpórea da mulher;
Violência sexual – toda a forma de forçar a mulher a ter relação sexual sem o desejo, o
querer e a vontade da mulher, quando ocorre o uso da força e sendo contra sua vontade
e seu desejo, já está ocorrendo violência sexual; a mulher tem direito e não realizar sexo
quando não está disposta; se isso ocorrer e ainda vir com violência física, de forma
forçada e causando lesões é considerado uma violência sexual.
Cabe ainda nesse conceito sinalizar que, comercializar imagens, vídeos íntimos também
são considerados violência sexual contra a mulher, assim como, impedir a mulher de
utilizar métodos contraceptivos, forçar matrimonio, provocar o aborto sem ser o desejo da
mulher tudo isso a partir de chantagens, coerção, chantagens, manipulações e subornos.
Violência psicológica – considerada por especialista da área como uma das formas de
violência mais silenciosa, por ser aquela que em primeiro momento, não se detecta com
facilidade, haja vista não ter marcas impressas, ou seja, não deixa evidências concretas,
como a violência física, patrimonial, sexual.
Todavia, importa sinalizar que o seu conceito é de que ela seja uma forma de violência
que cause danos emocionais, diminuição da autoestima, prejudica o desenvolvimento das
emoções, decisões dentre outros.
A mulher, passa a ficar insatisfeita com tudo, perde o estímulo pelo que costuma fazer,
seja estudos, trabalho, passeios, cuidados com o próprio corpo, saúde, aparência.
O autor da violência realiza com frequências ameaças do tipo de que a mulher não
conseguira nenhum outro homem que queira conviver com ela, que aceite ela como
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companheira, limita seu direito de ir e vir, promove processos de ridicularização como:
você é uma mulher feia, só eu que lhe aguento, você não presta para nada, ninguém
vai lhe querer.
Violência moral – toda e qualquer forma de ofender a moral e integridade da pessoa, aje
de forma a atingir e abalar sua integridade, sua cidadania. Promove ataques por meio de
palavras de baixo calão, difama, ofende e humilha a mulher em qualquer lugar.
E, por fim, não menos importante a violência patrimonial – essa forma de violação ao
direito humano da mulher é aquela em que o homem subtrai da mulher seus objetos
pessoais tais como: documentos pessoais como identidade, carteira de trabalho, cartão
de transporte, cartão de banco, cartão de crédito, esconde, ou destrói os objetos de
trabalho da mulher a fim de causar-lhe prejuízos e impedimentos para não ir ao trabalho.
Há situações ainda em que o homem não trabalha e apenas a mulher trabalha e ele
controla todo o dinheiro da mulher e ela não pode ter a liberdade de fazer absolutamente
nada com o seu salário.
E, por fim, outro ponto importante de destaque são as medidas protetivas de urgências
que estão previstas e dispostas no artigo 18º em que o juiz tem um prazo de até 48
(quarenta e oito) horas para expedi-las.
Contudo precisamos registrar que a lei Maria da Penha é uma das três leis mais
importantes do mundo, possibilitou a prisão em flagrante, alterou o código de processo
penal, possibilitou ao juiz que decrete a prisão preventiva do autor (a) de violência
doméstica, dentre vários avanços aqui neste capítulo apresentados.
Por fim, fica um compromisso para que busquemos o conhecimento e que tenhamos
compromisso de leva-lo a diante para que mais e mais mulheres possam se apropriar
dele e assim romper com essas várias formas de violência e saber que existe uma lei que
as protege e ampara.
Quando pensamos em políticas públicas para o gênero masculino - homem, o que vem ao
imaginário? Se pensarmos que eles sempre foram privilegiados simplesmente pelo fato
de terem nascido homens em uma sociedade patriarcal em que é determinada pelos
papéis de gênero, talvez já colocaríamos no debate o questionamento da razão pela qual
haveria a necessidade de ser politicas publicas especificas para o gênero masculino,
uma vez que sempre detiveram espaços de poder e privilégio.
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Estamos buscando nesse capítulo realizar essa reflexão para compreendermos que de
certa forma, o homem é oprimido por esses padrões desse mesmo padrão patriarcal que
impulsiona essa masculinidade tóxica, durante muito tempo o homem, desde a sua
infância lhe foi furtado o direito a ter noção, por exemplo, de brincar desenvolvendo o
cuidado.
Outro ponto que podemos trazer para reflexão e debate é que quando se tornam
adolescentes, as meninas logo são conduzidas para os cuidados do corpo, sua saúde
precisa estar em dia, uma vez que logo estará em mudanças para receber a primeira
menarca, seus seios estão crescendo, os pelos estão se desenvolvendo, porém, ao
analisarmos o desenvolvimento da puberdade nos meninos, é perceptível que não há o
mesmo grau de envolvimento e preocupação em fazer consultas, acompanhamentos e
exames, e isso, corrobora mais uma vez para o processo de afastamento do homem em
relação ao auto cuidado e cuidado com outrem.
Fonte: http://www.criandocomapego.com/ele-nao-brinca-de-bonecas-brinca-de-ser-pai/
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https://www.redebrasilatual.com.br/cultura/2017/03/a-principal-causa-de-morte-dos-homens-e-o-
machismo/
https://envolverde.cartacapital.com.br/por-uma-sociedade-melhor-meninos-deveriam-brincar-de-
boneca-e-de-casinha/
[Fim da sugestão de leitura complementar.]
Diante dessa conjuntura, percebemos também que o machismo leva os homens ao não
cuidado com as doenças como o câncer de próstata pelo fato do exame ser retal,
possuem em sua maioria, um modo mais agressivo de dirigir, o consumo alto de bebidas
alcoólicas dentre outras circunstancias.
Assim sendo, o poder público, precisou ter um olhar mais cauteloso e em sua totalidade,
baseado nos impactos nocivos que o sistema patriarcal e os papeis de gênero produziram
na vida dos homens no que tange os aspectos sobretudo, com relação ao auto cuidado, a
viver de forma perigosa, sem cautelas, e, assim, pensar estratégias de intervir nessas
várias realidades.
Há estudos em que apontam que nos Estados Unidos da América- EUA, já se apontavam
esse paradoxo entre o poder atribuído aos homens pela sociedade patriarcal, e a
facilidade a morbimortalidade a que eles se sobrepõem, comparado às taxas das
mulheres. COUTO e GOMES (2012).
Esses fatores, nos leva a reflexão do quanto um sistema como é o patriarcado, mesmo
demonstrando inúmeras vantagens ao homem, manifesta seu lado nefasto quando se
trata de questões como essas relacionada a proteção, saúde e cuidado.
Assim sendo, importa assinalar que temos um grande desafio posto na agenda das
políticas públicas no que tange o cuidado específico voltado para o homem. No Brasil, no
ano de 2009, obtemos a Política Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem –
PNAISH devem ser discutidos e amparados na transversalidade e equidade de gênero.
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Essa política tem como diretriz, viabilizar ações na área da saúde destinadas a contribuir
de modo crucial para o entendimento da realidade do gênero masculino nos mais diversos
contextos políticos, econômicos, culturais e sociais e respeitando os níveis de gestão e
organização dos sistemas de saúde a nível municipal e estadual.
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Fonte: https://ocp.news/geral/no-mes-do-homem-especialistas-alertam-para-os-cuidados-
com-a-saude
De acordo com a figura 16 acima em que diz: Homem que é homem se cuida,
importante mencionarmos a respeito do mês de novembro que ficou convencionado como
mês de cuidado integral para com a saúde do homem: saúde física, sexual, infecções por
doenças sexualmente transmissíveis, diabetes, hipertensão. Além dessas doenças é
preparada a campanha de prevenção, sensibilização e conscientização ao câncer de
próstata.
Fonte: https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/novembro-azul-membro-do-cfm-alerta-
pediatras-sobre-a-importancia-da-prevencao-ao-cancer-de-prostata/
Para ficar ainda mais por dentro dessa importante campanha de sensibilização e
conhecimento, deixamos aqui alguns links para que você fique ainda mais por dentro
dessa importante campanha:
https://minutosaudavel.com.br/novembro-azul/
http://bvsms.saude.gov.br/ultimas-noticias/2535-novembro-azul-mes-mundial-de-combate-ao-
cancer-de-prostata
[Fim do saiba mais]
E, por fim, destacamos a lei nacional de nº 11.108 de 2005, mais conhecida como a lei do
acompanhante que determina a rede pública ou privada que a gestante tenha como
acompanhante o companheiro durante todo o trabalho de parto, parto e pós-parto.
A referida lei aponta que quem determina ser esse acompanhante será a gestante,
podendo ser o pai da criança, o parceiro atual, dentre outros.
Essa lei é válida para partos naturais, cesariana, e se a presença deste acompanhante for
de adolescente, não poder ser impedido pelo hospital ou por qualquer profissional que
componha a equipe multidisciplinar que esteja responsável pelo parto, e do mesmo modo,
não pode haver quaisquer tipos de exigências de que esta pessoa escolhida para ser o/a
acompanhante, tenha feito e/ou participado de algum tipo de treinamento e/ou
capacitação para o momento em questão.
Contudo, importa aqui sinalizar que, alguns avanços são considerados e já estão sendo
feitos no âmbito das políticas públicas, mormente no âmbito saúde, entretanto precisamos
enfatizar que, ao contrário das políticas públicas empreendidas para as mulheres que
foram impulsionadas por meio de lutas oriundas de movimentos sociais, essa política aqui
nos referirmos, não são advindas de processos de lutas sociais, entretanto, não se deve
pensa-la de forma separada as demais políticas e sim, pensar de forma universal,
buscando uma equidade e transversalidade sempre a partir dos princípios da equidade de
gênero.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/glossario_tematico_saude_homem.pdf
https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/maio/21/CNSH-DOC-Perfil-da-Situa----o-de-
Sa--de-do-Homem-no-Brasil.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_trabalhador_envolver_planejamento.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232005000100010
[ Fim da sugestão de leitura complementar]
28
Segundo SOUZA (2006) O conceito em termos gerais a respeito do termo políticas
públicas, refere-se a um conjunto de ação ou instrumento do governo.
O Estado precisa ter conhecimento claro e estratégico dessas questões, ter tudo
devidamente catalogado, pesquisado e mapeado para que assim possa se pensar ações
concretas com vistas a melhorar a situação de vida dessas populações.
Figura 18 Representação por meio de símbolos dos mais variados tipos de políticas públicas
Fonte: http://m.sabedoriapolitica.com.br/ci%C3%AAncia-politica/politicas-publicas/
Por outro lado, trazemos um contraponto para compor esse debate, há a teóricos, em que
defendem que o Estado não deva ser o único responsável em promover política pública, e
que instituições privadas, podem ter essa responsabilidade, desde que, as ações se
destinam a atender as necessidades públicas.
Assim sendo, o entendimento é que os recursos públicos estão cada vez mais
“incipientes” para desenvolver todo o ciclo de implementação e implantação das políticas
públicas e vê na parceria com setor privado, uma alternância fundamental para dar conta
dessas necessidades da população. SCHEINEIDER (2005.)
29
e serviços de atendimento com vistas a diminuição e equiparação/reparo das
desigualdades provocadas no cerne da sociedade, apresentamos abaixo um passo a
passo de forma didática de como as do esse ciclo:
Formação da agenda:
Formulação da política:
Nessa segunda fase, é aonde que se apresenta as possíveis soluções e/ou alternativas, é
o momento em que se define quais os objetivos da política em que se está sendo
empreendida, quais serão os programas a serem desenvolvidos e as linhas de ação.
Nessa fase também, são analisadas alternativas prováveis para minimizar possíveis
problemas que possam surgir.
Os atores políticos desenvolvem suas teses (propostas e planos) e fazem a defesa para
que possam convencer da viabilidade das ações para atender à necessidade coletiva.
Implementação da política
Avaliação
30
Nessa fase, se controla e supervisiona a efetivação da política, o que permite a correção
de possíveis falhas para maior concretização. Inclui-se também a apreciação do
desempenho e dos resultados do projeto.
Figura 19 representação em forma ilustrativa do ciclo das políticas públicas que apresentamos
acima
Fonte: https://www.politize.com.br/ciclo-politicas-publicas/
De acordo com a representação gráfica, apresentada na figura 19, o que esse gráfico nos
apresenta, é dando a idéia de como funciona o ciclo das politicas públicas: inicia-se na
formação da agenda, o próximo passo é a formulação das políticas, em sequencia, é feito
o processo de tomada de decisão e assim a implementação e, consequentemente a
avaliação.
Ainda, nesse tocante que a figura apresenta, cabe ressaltar que descrevemos o passo a
passo, mas é importante registrar que de fato as ações são em ciclo, pois, quando se
chega à fase da avaliação, o ciclo pode reiniciar novamente.
31
CNBB - 14 de abril
Coleta Nacional da Solidariedade
Domingo de Ramos
fonte: https://cnbbne2.org.br/campanha-fraternidade-conheca-o-que-sao-e-quais-os-tipos-de-
politicas-publicas-existentes/
Essas informações descritas acima, por meio da campanha da fraternidade, ratifica que a
igreja católica segue a doutrina social da igreja pensada por São Tomas de Aquino, com
vistas a fortalecer o bem comum e as obras sociais a quem mais precisa e necessita.
Cabe destacar que enquanto ator político, a igreja, em seu setor mais progressista, em
um determinado período da história da sociedade brasileira, sempre esteve à frente de
movimento sociais pensando ações para impulsionar o Estado a promover as políticas
públicas, tanto que nesse ano de 2019, trouxeram o debate para dentro da igreja e levar a
informação e conhecimento a respeito desse tema para a população seguidora dessa
religião.
32
[Fim do saiba mais]
O que podemos concluir desse debate nesse capítulo é que, política pública é para o
benefício da população e precisa ser pensada para atender as necessidades sociais,
culturais, educacionais, saúde, infra estruturais, habitacionais dentre outras.
Contudo, podemos pensar uma agenda que possa unir atores tanto dos setores
religiosos, privados que tenham o mesmo pensamento e direcionamento frente às
necessidades do coletivo da nação e que possam pensar de forma ampla e constitucional
essas políticas públicas.
http://www.scielo.br/pdf/ts/v1n2/0103-2070-ts-01-02-0105.pdf
[Fim da sugestão de leitura complementar]
A análise de política pública, como campo de estudo disciplinar surge nos Estados Unidos
da América em uma conjuntura de aumento significativo da presença interventiva do
Estado por meio das políticas públicas com vistas a possíveis resoluções de problemas
da população.
Cabe sinalizar que o processo de análise de políticas públicas tem como parte de seus
referenciais teórico, a ciência política, todavia se aporta também na economia, história,
psicologia, sociologia.
O objetivo das análises de políticas públicas não está em explicar como se estabelece o
sistema político, mas sim, a lógica da atividade pública, analisar seus processos e
determinantes, suas rupturas e continuidades, os recursos, as articulações entre os atores
políticos.
33
Para ficar por dentro, e conhecerem quem foram os principais teóricos que contribuíram
para a sistematização da análise de forma científica das políticas públicas, segue link do
café com sociologia:
https://cafecomsociologia.com/os-pais-fundadores-da-area-de-politicas/
Bom café!
[Fim do saiba mais]
O presente modelo destina-se a dar respostas a algumas indagações como: como e por
que se alteram as agendas políticas ao longo do tempo? Entre um arsenal de problemas,
como os agentes políticos selecionam soluções para os problemas?
Para Kingdon, esse modelo criado por ele está balizado em três conceitos centrais:
Os empreendedores políticos – quem faz a mediação e negociação
Contudo cabe ressaltar que esse modelo recebe algumas críticas, como a
interdependência dos fluxos, para se tornar mais estratégico; outro ponto considerado de
crítica é a pouca atenção ao contexto institucional.
34
Esse modelo de análise de política pública, é considerado uma unidade de análise, mais
apropriada para analisar procedimento político. Tem por definição um conjunto de atores
políticos que se integram em organizações privadas e públicas e que possuem interesse
por área determinada política e buscam influenciar uma área determinada.
Os participantes no processo político, buscam realizar alianças com atores dos mais
variados níveis governamentais e partilham suas opiniões e pensamentos próximos, é
esse compartilhamento de pensamento e conceitos semelhante que os aproximam e
também os fazem competir o que ocasiona dinâmicas de mudanças nas políticas públicas
e de recomposição de emergências das questões problemas.
Face a esse outro modelo que apresentamos, tem como teóricos responsáveis Jenkins-
Smith e Paul Sabatier. O referido modelo tem como primícias, localizar uma vicissitude ao
exemplo heurístico das etapas que sobrepujava o campo de estudo das políticas, também
se destina a compendiar os aprimores contributos das abordagens top-down e bottom-up,
explicativas da implementação de políticas e agrupar conhecimento técnico nas teorias do
processo político.
Contudo, a finalidade desse modelo, foi disponibilizar uma elucidação lógica sobre os
fundamentais fatores que comprometem o procedimento político. ARAÚJO e
RODRIGUES (2017).
A duração, mais que as tensões, assinalarem-se a maioria das áreas de política, contudo
as crises acontecem. Portanto, compreender o processo político sugere ponderar as
condições de permanência e concomitantemente as condições da transformação.
Contudo, a análise, de políticas públicas, tem uma grande importância, visto que, se
coloca como uma ferramenta que visa à qualidade das políticas públicas empreendidas.
Apresentamos modelos que buscam gerar várias possibilidades de compreensão e
modos de como analisar políticas públicas, e assim, adotar o modelo mais apropriado a
partir do entendimento de cada profissional, rumo a uma eficiência e eficácia na execução
das políticas públicas.
http://www.scielo.br/pdf/rap/v49n4/0034-7612-rap-49-04-00847.pdf
35
Boa leitura!
[Fim da sugestão de leitura complementar]
Constituição de 1824:
Quem era considerado cidadão era apenas o homem, o direito estabelecido a mulher era
de que ela podia trabalhar em empresa privada, todavia não podia prestar concurso
publico objetivando ingressar em carreira publica.
Constituição de 1934:
Garanti descanso antes e após o parto, assistencia sanitaria e medica a gestante
tudo a partir da previdencia social;
Nessa constituição já reconhece em seu texto a igualdade entre os sexos
masculino e feminino e
Proibe trabalhos para as mulheres em locais considerados insalubres.
Constituição de 1937:
Conservou os mesmos direitos já adquiridos e acrescentou o direito de participar dos
processos de decisão politica a partir do voto;
E que tiveram de esperar mais de meio século para terem direito a frequentarem banco
universitário?
Além de terem de lutar arduamente para terem o reconhecimento civil e político para
poder terem o direito de votar? Para saber um pouco mais sobre esse histórico do nosso
país a respeito dos direitos que hoje são consolidados, precisamos buscar a história, para
isso deixamos aqui o link da matéria da revista pragmatismo político que contribuirá com
mais conhecimento e informação a vocês nossos alunos e alunas:
https://www.pragmatismopolitico.com.br/2017/03/historia-mulheres-brasileiras-luta-direitos.html
[Fim do saiba mais]
36
https://www.pragmatismopolitico.com.br/2017/03/historia-mulheres-brasileiras-luta-direitos.html
Constituição de 1946:
Elimina-se a expressão sem distinção de sexo do seu texto, quando isso representa um
ato de total retrocesso pois na constituição de 34 se alcançou a expressão de igualdade
entre os sexos masculinos e feminino.
Constituição de 1967:
Destaque para o prazo em cinco anos de redução no tempo de aposentadoria que era de
35 anos e passou para 30 anos.
Constituição de 1969:
Não houve nada de expressivo nem de forma positiva nem negativa face aos direitos das
mulheres
Constituição de 1988:
Um marco consubstancial em relaçao aos direitos sociais, politicos e civis, o retorno ao
estado democratico de direito e com isso obtivemos uma serie de avanço em sua
textualidade:
Esses são um dos variados direitos em que destacamos da Constituição Federal de 1988,
entretanto sabemos que ainda há um caminho a percorrer visto que as desigualdades
persistem, mas temos as legislações consolidadas que servem para nos embasarmos,
para poder fazer valer o direito quando este, estiver sendo adulterado, e/ou violado.
37
Figura 22: representação da luta feminina pela igualdade de direito e oportunidades
Fonte: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=841
Após esse breve resgate histórico em que realizamos, apresentamos algumas outras
legislações que já estão consolidadas para garantia dos direitos das mulheres:
Já falamos dessa lei em um capitulo nessa unidade por isso vamos apenas cita-la que é a
lei 11.340-2006 mais conhecida como lei Maria da Penha;
Temos a lei conhecida como lei nº 13.104/2015 conhecida como do Feminicidio, foi criada
com o objetivo de dar visibilidade aos casos de assassinatos de mulheres simplesmente
por morrerem pelo fato e/ou pela sua condição de serem mulheres.
Essa lei tem por objetivo dar mais providencias rigorosas aos numeros de assassinatos
que vem crescendo nos ultimos anos.
Quando uma mulher perde seu direito de viver por razões do genero, ou seja
simplesmente por ela ser mulher, por ter sofrido violencia domestica por parte de seu
compaheiro ou ex companheiro, comete suicidio em razão das violencias sofridas, o crime
deixa de ser qualificado enquanto homicidio, e passa a ser qualificado, baseado nessa lei
como um feminicidio e torna-se um crime hediondo, e a pena chega a ser de 12 a 30 anos
de regime fechado.
Outra importante lei é a CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas, e nela contem um
importante direito estabelecido a mulher trabalhadora que é o direito dela ter seis
dispensas médicas durante o ano para poder se consultar com médicos especialistas e/ou
realizar exames de rotina para cuidados de sua saúde.
38
Mais recetemente, no ano de 2018, tivemos a promulgação da lei 13.718 que tipifica os
crimes de importunação sexual e divulgação de cena de estupro e torna público,
estabelece aumento de pena para esse tipo de crime e define em seu artigo 215 A:
Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a
própria lascívia ou a de terceiro pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não
constitui crime mais grave.
Todavia há projetos em que visam garantir o direito das mulheres em terem no momentgo
do parto a presença das suas doulas; exames geneticos para mulheres que tem
propensão a a desenvolver cancer de mama e pena para empregadores que efetuarem
pagamentos salariais inferiores a mulheres em razões pura e simplesmente pela sua
condição de ser mulher.
Esses são alguns dos projetos de lei que estão em tramitação na camara federal do
congresso brasileiro, destinada a debater e quem saber se tornar lei em prol aos direitos
das mulheres brasileiras.
39
Muito embora, obtivemos avanços significativos em ter termos de direitos em relação a
mulher, iniciativas com vistas a equidade de gênero não somente a nível internacional,
como também no cenário mundial, ainda persistem as desigualdades entre mulheres e
homens.
Cabe ressaltar que nos últimos anos, diversas políticas de cunho neoliberal foram
empreendidas, e isto reverbera diretamente para a população de forma desastrosa,
sobretudo aos economicamente menos favorecidos e as mulheres.
Iniciamos esse parágrafo citando como exemplo de política neoliberal mais recente a
reforma trabalhista brasileira e a reforma previdenciária que está em andamento, cabe
ressaltar que elas agem de forma nefasta, e sua ação é direta face aos direitos das
mulheres.
Fonte:http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2017/03/mulheres-protestam-contra-reforma-
da-previdencia-no-interior-do-rs.html
Essa figura 23 em que podemos observar, é um cartaz em cartolina que diz: Pelo
reconhecimento dos direitos e do trabalho das mulheres, é uma das formas de explicitar a
indignação por parte de muitas mulheres em relação a reforma da previdência e o quanto,
que essa reforma, irá prejudicar as mulheres trabalhadoras do campo e também da
cidade.
40
[Início Sugestão de leitura complementar]
Para saber maiores detalhes da edição da Revista Carta Capital citada nesse capítulo,
deixamos aqui, o link da matéria para maior aproveitamento e acúmulo de conhecimento:
https://www.cartacapital.com.br/opiniao/mulher-negra-e-pobre-e-quem-mais-paga-imposto-no-
brasil/
[Fim da sugestão de leitura complementar]
Desse modo, podemos destacar também outra política neoliberal empreendida nesses
últimos anos, foi o direcionamento para ser realizada uma emenda constitucional que
“congela” por cerca de 20 anos investimentos públicos nas políticas sociais como
educação, saúde, assistência social e segurança pública.
Essas investidas neoliberais afetam diretamente a vida das pessoas mais vulneráveis e
as mulheres, são, de certo modo, vulneráveis em vários sentidos, sobretudo por razões
das desigualdades socioeconômicas e por questões da sua própria segurança.
Outra política a que possamos colocar no bojo das políticas neoliberais e que afetam as
mulheres, é a reforma da previdência social, visto que essa vem com objetivo de
aumentar o tempo de contribuição previdenciária para homens e mulheres e, por
conseguinte, alargar o tempo para solicitar a aposentadoria, tanto para trabalhadores do
campo quanto da área urbana.
Figura 24 – Deputadas federais reunidas em defesa da aposentadoria para as mulheres
Contra a reforma da previdência
Fonte: https://www.cn1.com.br/noticias/1/61507,em-ato-na-camara-mulheres-protestam-contra-
reforma-da-previdencia.html
41
Para saber maiores detalhes a respeito de como a reforma da previdência, enquanto um
projeto neoliberal atinge em vários pontos a questão de gênero a que tratamos nesse
capítulo, deixamos aqui, o link da matéria do caderno de economia do site UOL para
maior aproveitamento e acúmulo de conhecimento:
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2019/03/08/dieese-reforma-da-previdencia-
mulheres.htm
[Fim da sugestão de leitura complementar]
Por compreensão, essse modo flexível podemos dizer que ele pode ser interpretado de
várias formas, capacidade do trabalhador (a) em assumir novos postos de trabalho; ser
um profissional de consegue desenvolver varias tarefas – polivalente, a flexibilização
também está no modo de contratação desse trabalhador, ajustes salariais de acordo com
a conjuntura politica e economica dentre outros.
Cabe destacar que, análises biológicas, trazem a tona, a compreensão de que homens e
mulheres são biologicamente distintos, e por essa distinção entende-se que mulheres
possuem menos força fisica que os homens, seus corpos são mais fragéis e dai o sentido
das tarefas e atividades serem categorizadas e divididas por sexo masculino e feminino.
Todavia, cabe destacar que as delimitações de atividades laborais não são fixas, podendo
ser diferenciadas a cada época, homens e mulheres são capazes de desempenhar
tarefas que façam interface com a reprodução da vida e produção ligada ao setores de
produtivos.
42
Fonte: https://veja.abril.com.br/economia/oit-mulheres-ganham-15-a-menos-que-homens-na-
america-latina/
A partir de SCOTT (1995), podemos apreender que a inserção da categoria gênero nos
desnuda a apreensão melhor, do real em nossa sociedade, pois o trabalho externo, está
diretamente marcado pelos papéis socialmente estabelecido ao gênero.
Com avanço dos estudos a respeito dos direitos das mulheres, com as lutas
estabelecidas em prol da igualdade de direitos entre os generos, obteve-se ganhos
significativos para as mulheres, contudo ainda persiste uma desigualdade quando se
analisa a inserção da mulher nos meios de produção, pois as mulheres se inserem em
sua maioria, nos setores que constitui as desigualdades provocadas pela divisão sexual,
mulheres ocupam os setores mormente de prestação de serviços, atividades agrícolas,
industria textil que deflagram abertamente essa diferença entre os generos nos meios de
produção.
A divisão sexual do trabalho é o que elucida o estreito vínculo entre trabalho remunerado
e não remunerado. Articulando a esfera da produção econômica e da reprodução social,
foi possível observar que as obrigações domésticas limitavam o desenvolvimento
profissional das mulheres, implicando carreiras descontínuas, salários mais baixos e
empregos de menor qualidade BRUSCHI (2006).
43
Quando avaliamos a participação da mulher nos meios de produção, precisamos
atentarmos a reprodução da vida, uma vez que essa mulher, além de desempenhar as
atividades de trabalho produtivo, também tem a função da reprodução da vida e isso
interfere na sua condição fisica e saúde.
Ademais, a mulher não cumpre apenas a atividade produtiva externa, há que considerar
que além de suas responsabilidades com o trabalho externo, elas não deixam de ter as
responsabilidades com as tarefas domésticas e o cuidado com os filhos.
http://www.anpad.org.br/admin/pdf/EOR324.pdf
http://circuitomt.com.br/editorias/artigos/140391-jornada-tripla-feminina--uma-incursao-a-
realidade.html
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142016000200123
https://pt.wikipedia.org/wiki/Divis%C3%A3o_sexual_do_trabalho
[Fim da sugestão de leitura complementar]
E, por conclusão, do debate feito aqui, podemos pensar algumas questões que poderiam
ser norteadoras no que tange a igualdade no processo de reprodução e produção entre
os generos, um dos caminhos podemos avaliar ser a educação, de forma a equaliza a
desigualdade que ainda persiste? Mas para que isso aconteça se faz necessário uma
reforma no modo de educar, para que o processo seja de respeito as diferenças e
igualdade a partir da equidade.
A mulher, historicamente, como bem estudamos nas unidades anteriores, ao nascer e ser
educada, já recebia de sua família, uma educação diferenciada daquela direcionada aos
homens, uma vez que essa, deveria aprender muito bem o ofício de desempenhar as
prendas domésticas: lavar e alvejar bem as roupas, preparar uma boa comida, cuidar
muito bem da casa, passar roupas, fazer pequenos ajustes em roupas das pessoas da
família , cuidar dos filhos dentre outras atividades do universo doméstico.
44
Entretanto, a partir do século XVIII, com a revolução industrial em percuso, ao passo que,
as industrias iam se expandindo e surgindo outras, foi-se necessitando de mão de obra
para o labor fabril.
O grande industriário, percebeu que, a mão de obra feminina lhe seria muito mais
economica em termos de salário a ser pago, visto que a mulher tinha um papel de
inferioridade ao homem, assim as mulheres passaram a se inserir por longas horas de
jornadas nas fabricas e ainda permaneciam com as tarefas domiciliares.
Fonte: https://annanerd.com.br/revolucao-industrial/
Desse modo, a partir da inserção da mulher no mercado de trabalho externo, mesmo que
em um cenário como esse representado na figura 26, as mulheres foram buscando cada
vez mais, dentre os séculos, formas de se consolidar no mercado de trabalho externo e
remunerado.
https://www.thinkwithgoogle.com/intl/pt-br/tendencias-de-consumo/mulheres-e-o-mercado-de-
trabalho-os-desafios-da-igualdade/
[Fim da sugestão de leitura complementar]
45
No Brasil, a partir dos anos de 1930, no governo de Getulio Vargas, foi-se organizado e
consolidado as leis trabalhistas – CLT e iniciou-se com isso, um processo de regulação
dos direitos das mulheres brasileiras trabalhadoras.
A inserção da mulher se deu mais precisamente na década de 40, pois após a 2ª guerra
mundial, muitos homens retornam da guerra multilados, ou então mortos, daí com o
processo de industrialização tardio que o Brasil teve, as mulheres passaram a se inserir
nessas industrias como as siderurgicas, petroliferas, dentre outras.
Nos anos de 1960, a partir de então, ingressam no setor textil, sendo um deles até os dias
atuais um dos que mais contratam mulheres, entretanto sempre com salários inferiores
aos homens.
https://noticias.r7.com/economia/mulheres-ainda-ganham-205-a-menos-do-que-homens-diz-ibge-
08032019
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-03/pesquisa-do-ibge-mostra-que-mulher-ganha-
menos-em-todas-ocupacoes
https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2019/03/ibge-mulheres-recebem-em-
media-795-do-salario-dos-homens-cjsz32ld601a601uj53ox8ph5.html
[Fim do saiba mais]
46
Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/participacao-feminina-no-mercado-
trabalho.htm
Em contraponto a essa realidade acima descrita, cabe ressaltar aqui alguns avanços de
consolidação da inserção da mulher no mercado de trabalho, a partir dos dados
publicados no Cadastro Nacional de Atividades Economicas (CNAE), demonstra um
crescimento de inserção de mulheres nos setores da rede hospitalar, generos alimenticios
como restaurantes, bares e similares, administração pública nas tres esferas.
O que podemos destacar ainda nesse bojo, é que amplos progressos sobrevêm ao
alongado dos anos, presentemente a mulher se sobressai em grandes divisões no
mercado de trabalho, no entanto, a procura por progressos além disso permanece, como
visto a contenda salarial ainda existe, e há abundantemente o que evoluir, posto que o
oportuno mercado de trabalho está sempre em constante incremento.
47
O presente capítulo, destina-se a trazer elementos para construção do conhecimento e
debate a respeito do processo de inserção feminina na politica e o processo de cotas, e,
para tanto, faremos uma breve reflexão do caminhar desse processo de inserção e a
politica de cotas para garantir a participação feminina na politica brasileira.
Ao longo de todo essa disciplina, não há como negar as desigualdades de genero que
estão no cerne da sociedade, porem ao analisarmos a participação de mulheres na
politica, observamos que essa desigualdade de genero torna-se alarmante, visto que, a
politica, historicamente foi reduto genuinamente masculino.
Destacamos a Lei 9.504/97 que constitui no artigo 10, § 3º, a destinação de uma
porcentagem de 30% a 70% das candidaturas para cada sexo. Apesar das mulheres
terem avançado no universo político, cabe ressaltar que ainda há uma predominância de
homens na politica, e em números parcos, mulheres assumindo cargos politicos.
Temos por conseguinte, que, o estabelecimento da politica de cotas, tem por base a
reserva de vagas que podem ou não vir a ser preenchidas caso a candidata venha ou não
ser eleita.
Importante trazermos a reflexão que apesar da mulher ter conquistado o direito ao voto a
partir da década de 1930, e, por conseguinte, o direito de concorrer aos cargos públicos
da carreira política, ainda temos de considerar que o número de mulheres na arena
politica brasileira, ainda é ínfimo.
Quando as mulheres ainda não tinha o direito a participar do processo eleitoral brasileiro,
no ano de 1928, no Estado do Rio Grande do Norte (RN), é eleita a primeira mulher para
assumir um cargo eletivo no executivo municipal.
Cabe destacar que, mesmo com o direito ao voto em 1932, muitas mulheres, e com a
primeira mulher a cargo do poder executivo em 1928, apenas 58 anos após essa primeira
candidatura, que podemos observar que outras mulheres assumiram cargos de
investidura publica politica.
Para mais informações sobre as mulheres brasileiras que ficaram na história politica em
se candidatar e serem vencedoras do pleito eleitoral, segue a matéria abaixo do site do
G1:
http://g1.globo.com/politica/noticia/2010/11/80-anos-antes-de-dilma-alzira-soriano-abriu-espaco-
feminino-no-executivo.html
[Fim do saiba mais]
Figura 28 – Alzira Soreano – eleita a primeira prefeita mulher em 1928 na cidade de Lages no
Estado do Rio Grande do Norte
48
Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2010/11/80-anos-antes-de-dilma-alzira-soriano-abriu-
espaco-feminino-no-executivo.html
Trata-se de uma luta incansavel e insessante, visto que é uma luta contra a hegemonia de
poder do homem no universo politico, uma vez que a dominação do genero masculino se
da, além das varias formas de violências, e se reproduz pela lógica do patriarcado, nesse
caso, devemos considera-la como uma violencia simbolica que advém do gênero
masculino para o feminino BOURDIEU (1985).
Ainda no tocante desta lei, é imposto que 10% do tempo de propaganda gratuita em rádio,
televisão e demais meios de comunicação, sejam destinados a dar notoriedade e
visibilidade para a participação feminina na politica.
49
Figura 29 – Senadoras mulheres no Senado Federal Brasileiro
Fonte: http://www.bahiatodahora.com.br/destaques-esquerda/noticia_destaque3/mulheres-que-
atuam-na-politica-estao-diante-do-desafio-de-consolidar-as-conquistas
E, para finalizar, entendemos que só foi possível hoje termos candidaturas femininas na
politica, bem como, a participação e inserção delas nos partidos políticos, em virtude das
politicas de cotas.
É sabido que a sua inserção ainda é ínfima, mas que não há como mais deixar as
mulheres de fora do pleito eleitoral e politico, as cotas, já se consolidou como um direito
feminino, compreendemos também que no século passado, teve quem ousasse e assim
pode abrir caminhos para que as mulheres contemporaneas pudessem ter esse direito
assegurado, mesmo que no formato de cotas.
O planejamento familiar é considerado como uma ação de saúde, e uma necessidade dos
seres humanos. Há no entanto, controvérsias a esse respeito, visto que, em razão do
cuidado com a vida, a igreja orienta a contracepção por intermédio de métodos naturais,
entretanto, não apresenta, boa adesão mesmo por parte das mulheres católicas.
COELHO (2005).
50
Com o número de natalidade de brasileiro ter apresentado uma queda nas últimas quatro
décadas aproximadamente, o Estado compreende que faotres ligados a inserção da
mulher no mercado de trabalho externo, e os métodos de contracepção, tenho sido
preponderantes para esse declínio nas taxas de natalidade. COELHO (2005).
Foi no ano de 1983, que o planejamento familiar é assumido enquanto politica publica e
inserido no Programa de Assistência Integral a Saúde da Mulher – PAISM. Entretanto
somente na constituição federal de 1988, no artigo 226 paragrafo 7ª que traz em sua
redação a proteção a saúde da mulher, e com base nesse artigo, no ano de 1996, aprova
a lei de nº 9.263 que dispõe sobre o planejamento familiar.
2- Controle de natalidade:
É concebida por alguns países, como uma solução para o crescimento populacional, a
partir de políticas públicas para o incentivo da diminuição do número de nascimentos no
país, por meio de campanhas, distribuição gratuita de contraceptivos, preservativos, entre
outros.
Desde 1998, o estado brasileiro vem prestando auxilio as pessoas no que tange o
planejamento familiar e fazendo a entrega gratuita de métodos contraceptivos; no ano de
2007, desenvolveu-se a politica nacional de planejamento familiar destinada a atender a
população com campanhas educativas sobre os direitos sexuais e reprodutivos.
51
A partir da lei nº 9.263 de 1996 - do planejamento familiar, essa ação passa a ser parte
do conjunto de ações voltadas para o cuidado, não somente da saúde da mulher, como
também ao homem e o casal, a partir de uma visão de totalidade e integralidade.
Fonte: http://www.ufes.br/conteudo/ccs-recebe-evento-sobre-m%C3%A9todo-natural-de-preven
%C3%A7%C3%A3o-de-gravidez
As atividades de ordem clínica, são as consultas com profissional de medicina, que deve
realizar a anamnese da paciente, solicitar exames fisicos e ginecológicos, com atenção
especial para o auto-exame das mamas e exame de colpocitologia oncótica popularmente
conhecido como preventivo ou papa nicolal, além do momento da escolha por qual
método e a prescrição deste. MINISTÉRIO DA SAÚDE (2002).
52
E, por fim, a atividade de aconselhamento consiste em um procedimento de escuta ativa,
humanizada, focada no individuo. É o estabelecimento do vínculo de confiança da pessoa
atendida com o profissional.
Essa atividade consiste em identificar e acolher a demanda da pessoa e/ou casal; suas
dúvidas, medos, questionamentos, relacionados no que tange o planejamento familiar,
prevenção as Infecções sexualmente transmissíveis entre outras. MINISTÉRIO DA
SAÚDE (2002).
Figura 31 – diversos métodos contraceptivos exibidos
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44615686
Tem por efeito colateral fluxo intenso menstrual em algumas mulheres, há situações de
desconforto, mas ainda assim é o que mais protege.
Minipilula:
É um tipo de anticoncepcional para ser administrado via oral, entretanto, possui apenas
um hormonio e a mulher não intemrrompe o uso para menstruar, ele é tomado de forma
continua. Não há riscos de trombose, mas, como possui uma dosagem baixa de
hormonio, precisa ter cautela e tomar sempre no mesmo horário.
53
É a combinação de dois hormonios no mínimo e é o método mais utilizado pelas mulheres
brasileiras. É apresentado sua eficacia, porém, quando ministrado diariamente, ele age
inibindo a ovulação da mulher.
Tem por maleficios o risco de trombose, e enquanto beneficios, a diminuição das cólicas
menstruais, fluxo de sangramento e diminui a tensão pré menstrual – TPM.
Diafragma:
Esse também pertence ao grupo dos métodos contraceptivos de barreira, entretanto, não
previne doenças como as camisinhas, e como método de contracepção possui uma
eficacia bem inferior comparado a todos os outros. Ele é introduzido na vagina da mulher
e precisa colocar de acordo com o tamanho do útero. É uma alternativa para aquelas
mulheres que não conseguem se adaptar ao método oral.
Fonte: http://arevistadamulher.com.br/ginecologia/content/2406762-saiba-como-funciona-o-
diafragma-e-os-pros-e-contras-deste-metodo-contraceptivo
54
Se faz necessário que cada mulher possa ter o direito de escolha ao método de forma
respeitada e não impositiva, que elas possam fazer as escolhas baseadas nas
orientações de forma correta coerente por parte do profissional de saúde tanto de seus
beneficios e tambem de suas desvantagens.
Contudo, que o debate a respeito de tudo que foi tratado nesse capítulo, vise o bem estar
e a saúde de todos os membros da familia de forma universal e integral e que o Estado
cumpra com seu papel de orientar, aconselhar, promover ações educativas e fornecer o
método mais apropriado e adequado a realidade de cada pessoa.
Importa destacar que no Brasil, é permitido a prática do aborto, apenas em casos de feto
anencéfalo, estupro ou que essa gestação esteja pondo a vida da gestante em risco
lembrando que até a 12ª semana de gestação.
Importa destacar que existem dois paradigmas, frente a questão do aborto no Brasil,
sendo eles: o direito natural deve ser respeitado em relação ao feto, e o outro que o
Estado não deve interferir no direito de escolha da mulher.
55
Fonte: https://jornalggn.com.br/direitos-humanos/audiencia-publica-debate-legalizacao-do-aborto-
no-stf/
A figura acima apresenta um cartaz de cartolina, erguido por uma manifestante que está
escrito a seguinte frase: Ricas pagam, pobres morrem, todas sofrem, é outro ponto que
merece trazermos como reflexão.
O fato é que, mulheres economicamente menos favorecida, são as que mais sofrem, uma
vez que, essas por sua vez, não possui condições economicas e financeira para poder
pagar o procedimento em clinicas particulares, ao passo que mulheres com condições
financeiras mais favoráveis, realizam o aborto nessas clínicas.
Ainda no que diz respeito ao mencionado na matéria do jornal Estadão do dia 01-07-2018,
informa que mais de 25 milhoes de abortos que colocam em risco a vida da mulher, são
feitos anualmente de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, sendo
que a maioria desses abortos ocorrem em regiões de países em desenvolvimento como
América Latina, continente Áfricano e continente Asiatico.
Trazemos aqui como exemplo mais concreto e prático de país que legalizou o aborto, o
caso do Uruguai, de acordo com matéria do site G1 do dia 16 de agosto de 2018, mostra
que a partir do momento que a lei da descriminalização do aborto foi sancionada, informa
que a taxa de mortalidade de mulheres reduziu consideravelmente, tanto que um diretor
56
de maternidade pública, nessa matéria, declara que praticamente o número chegou a
zero.
O que está em voga na discussão do aborto no caso brasileiro é que os argumentos para
permitir ou seguir proibindo a prática, são embasados nos mais variados argumentos
como religiosos, questão de saúde pública, vulnerabilidade social, direitos sexuais dentre
outros.
Seguindo a corrente que são contrárias, a uma defesa nítida de que a vida inicia-se com a
fecundação do óvulo com o espermatozóide, logo nas primeiras semanas já é possível
ouvir os batimentos do coração do feto. Sendo assim, a partir dessa ánalise, a vida se
encerrará caso ocorra um aborto.
Ao passo que a corrente a favor da legalização do aborto, é deixa livre para a mulher
decidir se deseja ou não realiza-lo, sem que ela seja incriminada/enquadrada enquanto
criminosa caso opte pelo aborto; e que, mesmo não sendo autorizado ainda, essa prática
ocorre de maneira clandestina seja por métodos mais rudimentares, no caso de mulheres
mais empobrecidas, seja em clínicas particulares, que apenas pessoas que possuem
condições financeiras conseguem acessar.
Se faz necessário, um amplo debate com a população, apresentando todos os riscos que
se ocorre quando se realiza o aborto de maneira clandestina, colocar que, não é pelo fato
de não ter tido uma relação sexual segura, e sim, muitas das situações, a pessoa até faz
uso de métodos contraceptivos, entretanto, pode ter ocorrido falhas, outro fato é que
vivemos em um país extremamente machista e que viola os direitos das mulheres,
sobretudo em suas próprias residencias, e isso, faz com que muitas mulheres mesmo não
querendo ter relações sexuais sem proteção, acabam sendo submetidas a essa prática
ocasionando uma gravidez não desejada.
Entretanto, é pensar que alinhado a questão de saúde pública, entrará para o campo da
educação sexual, e terá toda orientação e procedimentos necessários a serem seguidos e
obedecidos, regulamentados em lei, desarticulando assim, as práticas clandestinas que
ceifam vidas de muitas mulheres todos os anos.
Contudo, o Brasil, é reconhecido como país laico, então partindo desse pressuposto,
decisões que interfiram diretamente a questões de foro mais intimo da vida da pessoa,
deve ser respeitado, balizados pelo principio da imparcialidade e laicidade, não devendo
ser embasados em preceitos religiosos, afinal devemos ter por compreensão que cada
pessoa é livre para decidir a partir do seu desejo, consentimento e crença.
57
O presente capítulo, tem por compromisso, apresentar elementos para construção do
conhecimento e debate a respeito da temática – Violência doméstica e, para tanto,
faremos uma breve reflexão dos conceitos sobre o assunto, e as consequencias dessa
forma de violência que acomentem sobretudo mulheres, crianças e idosos.
Meninas logo que começam a ganhar seus primeiros brinquedos, percebe-se que todos
remetem a ideia de casa, ou seja, utensílios que são usados em uma unidade doméstica
como: geladeira, ferro de passar roupa, vassoura, rodo, fogão, panelinhas dentre outros.
Além disso, destaca-se também o uso de bonecas se assemelhando a bebês, onde deve
ser implicado o cuidado para trocar de roupa, dar banho, amamentar simbolizando o
cuidado para com os filhos.
Ao observamos essas práticas sem criticidade, nos parece inofensivo, porém, esse modo
de educar promove desigualdades futuras no modo de homens e mulheres se
relacionarem e isso, acaba, acarretando formas violentas e abusivas, colocando homem
na condição de superioridade e mulheres na condição de submissão e inferioridade ao
homem.
Temos por compreensão, que com a alternância desse modo de educar apresentado
acima, podemos obter relações mais saudáveis, menos tóxicas, e com isso, poderíamos
obter queda nos números de violência doméstica no país.
58
É importante sinalizar que mesmo a mulher que não aceita continuar a relação marital, e
essa, passa a ser seguida pelo ex-companheiro em qualquer espaço que ela frequenta,
seja trabalho, escola, universidade e esse homem, a agredir nesses espaços, mesmo não
tendo sido no ambiente doméstico, se configura violência doméstica, pelo fato de terem
se relacionado em foro íntimo e doméstico.
Fonte: https://canalcienciascriminais.com.br/violencia-domestica-mulher-silencio/
A Lei Maria da Penha, tipifica como violencia doméstica e familiar as violências fisica,
sexual, patrimonial, moral e psicologica. Cabe salientar que muitos casos, esses tipos de
violência ocorrem simultaneamente na vida da mulher.
Precisamos contrapor alguns mitos que são difundidos na sociedade brasileira como
verdades em relação a violência doméstica, como exemplo dizeres que escutamos no
cotidiano de que “ a mulher está nessa situação porque gosta de apanhar”, não podem
ser consideradas como verdades, apresentamos alguns pontos que contribuem para
muitas mulheres tentarem permanecer nesse ciclo de violência.
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Fonte: https://assets-institucional-ipg.sfo2.cdn.digitaloceanspaces.com/2017/04/ciclo-da-violencia-
domestica.jpg
De acordo com a representação gráfica, apresentada na figura 35, o que esse gráfico nos
apresenta, é dando a idéia de como funciona o ciclo da violência doméstica, em um o
relacionamento afetivo conjugal. EXPLOSÃO – é a fase violenta, com xingamentos e
surras, ARREPENDIMENTO – pedido de desculpas e promessas do fim da violencia e a
LUA DE MEL – tudo fica perfeito até a nova agressão.
O que essa figura 35 nos demonstra também, é que de fato a violencia domestica é
estruturada em ciclo que compoe fases, mas, a violencia domestica, pode acontecer com
todas essas fases ocorrendo simultaneamente, e quanto mais tempo a mulher vitima
dessa violencia, se manter nesse ciclo, mais riscos de vida ela estará sendo submetida,
tendo em vista que, cada vez que ocorre o pedido de desculpas e por um tempo, parece
que “tudo mudou”, a situação fica mais abusiva, nociva, agressiva e tóxica para a mulher,
podendo muitas das vezes ser fatal, isto é, ocorrer um feminicidio.
Podemos dizer que a mulher, quanto mais tempo ela permanecer nesse ciclo, mais
violenta e agressiva a relação vai se tornando, o homem na fase da explosão é quando
além dos xingamentos, ele profere agressões fisicas e psicologicas, e por vezes sexuais e
também patrimoniais, depois do ocorrido, ele demonstra um arrependimento
momentaneo, alega estar de cabeça quente, e pede desculpas, prometendo por um fim
na violência, a mulher por sua vez, acredita e chegam viver a fase da lua de mel,
momentos de carinho, afeto, atenção até reiniciar o processo de violencia, só que cada
vez mais agressivo.
Sensibilizamos aqui para outro ponto, a mulher acredita que se ela perdoar, ele poderá
voltar a ser aaquele homem pelo qual ela se apaixonou, podemos afirma com toda
certeza de que a mulher não gosta de apanhar, porém ela gosta do autor da violência qué
o seu companheiro.
Outro mito que precisamos elucidar, se refere ao fato de que a violência doméstica é em
decorrência do uso de alcool, entretanto, cabe salientar que o fato da agressão ter
ocorrido, não se justifica apenas pelo uso etilico, essa substancia tende a agravar a
violência, mas, não deve ser analisado como o motivo causador da situação de violência.
60
Muitas mulheres possuem medo de denunciar e a violência que sofre, se agravar, outras
pensam muito na situação dos filhos, pois temem que se o marido ficar preso, as crianças
sentirão falta dele e ainda ela entende que essa prisão o prejudica em relação ao vinculo
de trabalho.
E, para finalizar, se faz necessário que todos profissionais que atuam no atendimento
frente a essa temática, sejam profissionais que estejam atuando de modo imparcial, livre
de qualquer preconceitos, julgamentos, rótulos e esteriótipos, compreendendo que para
essa mulher ter dado o passo de romper com a violencia sofrida e ter buscado aparato
judicial e o serviços socioassistenciais, foi uma tarefa muito dificil e nesse momento ela
precisa ser escutada ativamente e empaticamente, acolhida e orientada sempre
balizando-se a partir dos conhecimentos éticos, técnicos e legais, eque tenhamos praticas
educativas de forma igualitaria e ensinando respeito, e acima de tudo quebrando com o
paradigma de diferenças e superioridade e inferioridade entre os generos.
61
Fonte: https://midia.gruposinos.com.br/_midias/jpg/2018/12/27/assedio_coletivo-3645082.jpg
A respeito do assédio sexual, trata-se de ações que praticam contra outrem de modo a
constranger a pessoa, de deixa-la muitas das vezes sem reação ao que está ocorrendo.
O assédio sexual em muitos casos, ocorrem no ambiente de trabalho, o ato em si é
considerado uma forma de violência, pois afeta diretamente a moral e o emocional de
quem sofre.
Pode ter várias formas de assédio, a partir do uso da violência fisica, emocional e coerção
que, por sua vez, acaba constrangindo a pessoa que está sofrendo o assédio. Há
situações em que a pessoa que pratica, faz de modo intencional e tem uma finalidade,
obrigar a pessoa que está sofrendo o ato de assédio a fazer algo contra sua vontade.
Quem realiza a prática do assédio, pode ser um colega de trabalho, familiares, um chefe,
cliente, entrevistador quando está buscando uma vaga de emprego etc.
As mulheres que sofrem de assédio, na maioria das circunstancias, elas estão em cargos
inferiores, e são persoadidas a cometer atos sexuais – “favores” para que em troca
possam ser beneficiadas com uma promoção de cargo que, por sua vez, elevará sua
renda mensal.
62
Cabe ainda dizer que assobios, palavras de baixo calão, palavras que ofendem a
integridade e moral da mulher, também são consideradas outra forma de assediar.
Figura 37 – representação de assédio sexual sofrido por mulher em seu ambiente de trabalho
Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Carreira/noticia/2017/10/pesquisa-diz-que-53-das-
mulheres-sofreram-assedio-sexual-no-trabalho.html
Você sabia que uma pesquisa noticiada na revista época, revelou que das mulheres
entrevistas 53% responderam já ter sofrido algujm tipo de assédio ?
Para saber mais a respeito desse assunto, deixamos disponibilizado o link abaixo com a
matéria da revista Época que está tratando dessa temática.
https://epocanegocios.globo.com/Carreira/noticia/2017/10/pesquisa-diz-que-53-das-mulheres-
sofreram-assedio-sexual-no-trabalho.html
[Fim do saiba mais]
No campo das normas juridicas, o assédio sexual de acordo com o código penal artigo
216-A refere que é o ato de constranger alguem, com intuito de obter vantagem lou
favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierarquico
ou ascendencia inerentes ao cargo, função.
Sobre a pena prevista para esse crime, no artigo 216-A, trata de 01(um) a 02 (dois) anos.
63
Desse modo, podemos compreender que esse ato é tipificado penalmente como um crime
desde de 2001. Para ser considerado e enquadrado como assédio, a vítima, basta se
manter na postura de não aceitam ao assédio.
Entretanto cabe sinalizar que, elogios sem conotação sexual, paqueras e convites para
sair sem o uso da coerção, intimidação, não são considerados crimes de assédio sexual.
Ocorrendo assédio no ambiete de trabalho, a pessoa que cometeu assédio, deve
responder tanto criminalmente, quanto nas esferas trabalhista e/ou administrativa.
Em relação a pessoa que sofre assédio, podemos elencar aqui diversos danos que lhe
são causados como abalo de sua saúde emocional, baixa auto estima, introspecção,
tendencia ao isolamento, tristeza constante, pedidos de demissão quando está
relacionado ao trabalho, baixa produtividade, afastamentos médico com frequencia,
absenteismo, depressão, stress, sentimento de culpa pelo assédio sofrido entre outros.
Importa destacar que as instituições tem um papel fundamental nesses casos, no sentido
de buscar viabilizar ações para prevenir esse tipo de crime, como: organizar o código de
ética e as normas instituicionais, mencionando sobre o assédio, a gravidade e as
penalidades, incentivo a praticas respeitosas entre os colegas de trabalho, etc.
E, por fim, a pessoa que sofre o assédio tem por direito, publicizar os fatos ocorridos para
que possa ser feito algo para reparar esse dano causado pelo ato de assédio, buscar
contar para pessoas de sua confiança, orientações de profissionais, denunciar nos canais
de disque dencuncia, e no caso de mulheres, podem estar acionando o disque denuncia
180 que trata especificamente dos casos de violencia praticada contra mulher, registrar
ocorrencia em qualquer delegacia e/ou no caso de mulheres denunciar nas delegacias
especializadas no atendimento a crimes contra mulheres.
64
Fonte: http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/a_prostituicao_deve_ser_regulamentada_.html
Cabe informar que por mais que se referencie a prostituição como prática a partir do
genero feminino, há também homens que trabalham enquanto profissionais do sexo.
Entretanto, nos atentaremos, nesse capítulo, a pratica de prostituição por parte das
mulheres. Em varios paises do mundo, há muitas mulheres que sem outras alternativas
para conseguir se manter e prover a manutenação de quem depende delas, veem na
prostituição uma forma de adquirir meios financeiros para sua subsistencia.
Há no imaginario da sociedade de que essa é a “dificil vida facil”, trantado como algo
simples e muito facil de ser executado, até por ser ato sexual. Porém, não se trata de um
ato sexual movido pelo desejo, amor, paixão, trata-se de sexo para fins exclusivamente
como meio para obter-se recursos financeiros.
As mulheres não podem escolher seus parceiros, como se fosse em uma relação de
intimidade, deve estar ali a postos para atender e satisfazer os seus clientes de acordo
com a vontade exclusivamente deles, não havendo nada além do cumprimento do dever
por parte delas; ou seja, o dever de prestar um bom serviço para o seu cliente.
Por outro lado, há mulheres, que, utilizam-se da pratica da prostituição como modo de
ganho financeiro, porém para complemento de renda, e isso, não as coloca tanto em
exposição como é o caso das mulheres que so obtem meios de manter a si e sua familia
por intermedio da pratica da prostituição.
65
Ao passo que tem mulheres, que estão em condição de escravização em bordeis para
fins exclusivo de prostituição, estas por sua vez, ficam limitada ao seu direito de ir e vir,
recebem um valor muito infimo em relação ao valor cobrado pelo sexo, pois, o dono do
estabelecimento fica com a maior parte do dinheiro.
Porém, precisamos compreender que o crime não é essa mulher que está cometendo, e
sim, o dono do estabelecimento que as colocam em regime de escravidão.
Para saber mais a respeito desse assunto, deixamos disponibilizado o link abaixo com a
matéria do site mega curioso, que está tratando dessa temática fazendo uma analise
histórica e cultural.
https://www.megacurioso.com.br/polemica/89167-5-tipos-de-profissionais-do-sexo-que-existiram-
ao-longo-da-historia.htm
[Fim do saiba mais]
Esse projeto de 2012, tem por objetivo, regulamentar a prostituição enquanto profissão,
porém é claro ao dizer que trata-se da regulamentação para pessoas, a partir, dos 18
anos completo, em condições fisicas e mentais para exercer a profissão e que prestar
essa modalidade de serviço de forma voluntária, o que quer dizer que a pessoa não deve
estar em condição analoga ao trabalho escravo, casos desse tipo, continuarão sendo
considerados crime, pois trata-se de exploração do trabalho, no caso, sexual, e deverá os
envolvidos e responsáveis serem punidos.
Cabe ressaltar que a regulamentação por meio da lei, visa a redução dos riscos inerentes
a saúde da profissional e também, direitos previdenciarios, trabalhistas e auxilio da
justiça.
Já os grupos favoráveis a essa lei, endossam a importancia dela pelo fato de que
reduziria a pratica do preconceito e com isso seriam menos rotuladas e estigmatizadas na
sociedade, além de favorecer um atendimento de saúde apropriado, por intermédio do
sistema de saúde pública, com isso reduzindo a disseminação de infecções sexualmente
transmissíveis.
3
Trata-se de uma pessoa que fazia faculdade de ciências sociais na USP no regime militar, deixou a universidade para
trabalhar como prostituta em São Paulo, depois, Minas Gerais, e tendo indo para o Rio de Janeiro. Sendo na cidade do
Rio de Janeiro, que passou a se dedicar e militar pelos direitos das mulheres prostitutas. Disponível em: <
http://www.umbeijoparagabriela.com/?page_id=293>.
66
Contudo, em relação ao procedimento de regulamentação, paira um acirrado discurso de
senso comum, regado a muito conservadorismo e sob o aspecto juridico, o fato de não se
regulamentar a pratica profissional da prostituição, trata de uma inconstitucionalidade
visto que não as reconhece enquanto trabalhadoras que vendem sua força de trabalho, a
prestar serviços sexuais, não será a ausencia de regulamentação que colocará essa
profissão em termos de finitude, pois sempre existiu na história da humanidade e
continuará a existir enquanto houver demandas para esse tipo de serviço prestado.
VIEIRA e JUNIOR (2015).
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