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ODS 5 Igualdade de gênero: e sua relação com a psicologia

SDG 5 Gender equality: and its relationship with psicology

Letícya Pacheco
Sophia Maria
Mauricio Morais

RESUMO

É um estudo com o objetivo de fomentar a discursão sobre a


desigualdade de gênero no contexto brasileiro e o seu impacto na psicologia de
acordo com os princípios do 5 objetivo sustentável (ODS). A pesquisa busca
compreender as causas do machismo tal como suas formas de violência na
sociedade. Trata-se de um estudo de natureza básica, com um estudo exploratório
de abordagem qualitativa, cuja metodologia de procedimento utilizada foi a
bibliográfica. A temática discorre sobre a compreensão de papeis de gênero na
sociedade e como eles são estabelecidos pela cultura patriarcal, visa também
entender a forma que essa cultura impacta na saúde mental de inúmeras mulheres
brasileiras, a pesquisa envolve o interesse de todos os cidadãos e em especial as
mulheres.

Palavras-chave: desigualdade de gênero. ODS 5. impactos psicológicos. papeis de


gênero. Transtornos mentais. Psicologia. Opressão de gênero

ABSTRACT
It is a study with the objective of promoting the discussion about gender
inequality in the Brazilian context and its impact on psychology according to the
principles of the 5 sustainable goal (SDG). The research seeks to understand the
causes of machismo as well as its forms of violence in society. This is a basic study,
with an exploratory study with a qualitative approach, whose procedural methodology
used was the bibliographical one. The theme discusses the understanding of gender
roles in society and how they are established by the patriarchal culture, it also aims
to understand the way that this culture impacts on the mental health of countles
Brazilian women, the research involves the interest of all citizens and in particular the
women.

Keywords: gender inequality. SDG 5. Psychological impacts. gender roles. Mental


disorders. Psychology. gender oppression

1 INTRODUÇÃO

Os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) são estabelecidos


pela organização das nações unidas e constituem em metas que visam ser
alcançadas até 2030, no qual é proposto um trabalho coletivo de toda a sociedade
para um mundo mais justo, igualitário e sustentável. O ODS 5 visa alcançar a
igualdade de gênero e combater as problemáticas acerca da desigualdade.
Nesse contexto, é notório como a desigualdade social impacta diretamente
as mulheres em suas vidas, seus locais de trabalho e em seu cotidiano social e
familiar? De que forma essas situações impactam na saúde mental da mulher? E
como o profissional de psicologia pode atuar a fim de amenizar esse problema?

Desse modo, as maneiras de combater essa desigualdade podem ser


vistas como: Aumentando a ocupação de mulheres em cargos de alta liderança;
combater a violência contra a mulher, aplicando novas leis e no cumprimento de leis
existentes; Acompanhamento psicológico para mulheres e homens afetados pela
opressão de gênero.

A principal motivação para a criação do tema pesquisado foi relatar


situações que as mulheres são submetidas a passar ao longo de toda a sua vida e
como pode afetar na saúde mental. Para tanto, mostra-se relevante a realizações do
estudo a fim de explicar a importância da dura luta das mulheres por seus direitos
igualitários aos homens, e que mesmo com leis que lhe garantam esses direitos eles
não são devidamente aplicados na vida real. Acredita-se que a realização dessa
pesquisa irá auxiliar novas percepções aos profissionais de psicologia a orientar na
saúde mental desses pacientes.
A partir do que foi supracitado, tem-se como objetivo geral investigar as
situações de desigualdade social sofrida por mulheres e os danos causados a sua
saúde mental que podem ser adotadas pelo profissional de psicologia para atuar no
acompanhamento de mulheres de acordo com a ODS 5.

No primeiro tópico será abordado e sobre as causas da desigualdade de


gênero e sua origem tal como também será compreendida as suas formas no
cotidiano e seus impactos na vida das mulheres brasileiras.
No segundo tópico será conceituada os princípios e conceitos da ODS 5,
tal como sua importância para a sociedade.
No terceiro tópico será caracterizado os transtornos causados as
mulheres induzidas pelo machismo e analisar estratégias para o profissional de
psicologia no atendimento de mulheres e sua relação com o ODS 5.

É discutível o papel da mulher na sociedade e a opressão feminina num


mundo dominado pelo homem “Ninguém nasce mulher; torna-se mulher” Beauvoir
(1949) Já que é imposto a mulher pela sociedade, que é discutido na obra “O
segundo sexo” de Beauvoir (1949).

A psicologia não é independente do contexto social e participa, também,


da construção da sociedade, Rutherford (2012), portanto o feminismo e a psicologia
têm desempenhado um papel na construção de gênero, abordado no texto “O
feminismo precisa da psicologia? Reconstruindo uma história e relação de
Rutherford (2012).

2 A ORIGEM DA DESIGUALDADE DE GÊNERO NO BRASIL

Antes de conceituar a desigualdade de gênero é importante entender a


concepção de gênero, é uma classificação descrita como feminilidade e
masculinidade na qual não é obrigatoriamente relacionada ao sexo biológico e sim
com as relações sociais dos papeis impostos a cada sexo esperado pela sociedade
patriarcal como um todo. Diante disso, gênero é uma espécie de performance
comportamental que é ensinado e esperado, portanto ser mulher na sociedade é um
processo de assimilação dos padrões comportamentais (BEAUVOIR 1949).

Para entender a desigualdade de gênero devemos partir da premissa que


desde o início da humanidade o ser humano caminhou para o desenvolvimento de
sociedades patriarcais na qual o homem usou sua força física para dominar o
controle e ter mais poder social que a mulher que ficou sobre o domínio dos homens
ao passar do tempo. Na abordagem de Wright as relações de classe envolvem
distribuição desigual de direitos e poderes em cima dos recursos básicos da
sociedade, visto isso, a figura feminina sempre foi posta como inferior, fraca e
incapaz diferentemente da imagem do homem, essas relações de gênero são
usadas para definir, explicar e justificar as desigualdades (ABBOTT, 2000).

A opressão de gênero pode ser explicada como uma situação na qual


homens e mulheres diferem sistematicamente no resultado do poder social e bem-
estar material, as relações de gênero geram uma opressão na mulher em que, de
acordo que ela enquanto categoria sofre diferentes tipos de prejuízos e opressões
que prevalecem nessas relações sociais (WRIGHT, 1994). O exemplo dessa
opressão é que por muito tempo as mulheres foram impedidas de ter educação
formal, trabalhar fora de casa e não tinham autonomia sobre si e seu próprio corpo.
No entanto a igualdade de gênero ainda não foi atingida e os espaços políticos,
acadêmicos e científicos ainda continuam sendo dominados por homens. No Brasil
os efeitos da a desigualdade de gênero se dá por muitos fatores longo da vida de
todas as mulheres, um deles é a diferença de salários para aqueles que são
inseridos em ocupações tipicamente feminina, também são submetidas a tripla
jornada de trabalho, a violência doméstica, violência sexual e moral.

3 CONCEITUANDO A ODS 5 IGUALDADE DE GÊNERO

Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e


meninas corresponde ao 5⁰ dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), foi
criado pela organização das nações unidas (ONU) com o intuito de cumprir com
acordos feitos para agenda de 2030. Trata-se de uma iniciativa que nasceu da
necessidade de engajar e conscientizar atores-chave da sociedade a respeito de
seu papel e dos esforços necessários para que o cumprimento da agenda 2030 no
país seja bem-sucedido. Ao longo da história, as mulheres conquistaram uma série
de vitórias em prol da igualdade de gênero. Desde o direito de ir à escola, em 1827,
até a sanção da Lei 13.718/2018, que tornou o assédio crime, o gênero feminino tem
se organizado e lutado para realizar essas conquistas. No entanto, a disparidade
entre homens e mulheres permanece na sociedade.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) fez um


levantamento que foi publicado em 2021 que indica que 54,4% das mulheres com 15
anos ou mais fazem parte da força de trabalho (pessoas empregadas ou que estão
procurando emprego) no Brasil em 2019. Enquanto entre os homens, nessa mesma
época, o percentual foi de 73,7%. Outros pontos importantes que temos que levar
em relevância foi durante a pandemia, os números de denúncias contra violência
doméstica cresceram exponencialmente em todo o mundo. De acordo com dados do
Anuário Brasileiro de Segurança Pública, entre março e abril de 2020, meses críticos
da crise sanitária, os casos de feminicídio aumentaram 41,4%. Esses dados sobre
gênero servem para mapear as diferenças entre homens e mulheres e fornecer
informações que embasam políticas públicas para reduzir as disparidades no acesso
à justiça e bem-estar que existem entre os gêneros.

A igualdade de gênero é mais do que um objetivo em si mesmo, é uma


previa para enfrentar o desafio de reduzir a pobreza, promover o
desenvolvimento sustentável e construir um bom governo (ANNAN,2004 )

Dentro da ODS 5 se apresentam nove metas nas quais se desdobram a


procurar e envolver as dimensões mais importantes desta questão, passando por
temas como a violência, a discriminação, o reconhecimento do trabalho doméstico
não remunerado, políticas de redução das desigualdades de gênero, entre outros.
Elas implicam num processo de redução da vulnerabilidade das mulheres e do
aumento das suas próprias capacidades de desenvolvimento.

Alinhadas a este Objetivos, podem ser realizadas campanhas de


conscientização e estímulo à denúncia de violência doméstica, apoio e voluntariado
em projetos para mulheres, oferecimento de cursos de artesanato e possíveis fontes
de renda, oficinas e palestras sobre saúde da mulher, bazar nas empresas locais
com a venda de produtos de mulheres da comunidade, promoção de aulas de
defesa pessoal para mulheres, criação e/ou estímulo a creches comunitárias.

4 OS IMPACTOS QUE AS OPRESSÕES DE GÊNERO CAUSAM AS MULHERES


E A SUA RELAÇÃO COM A PSICOLOGIA

A mulher brasileira é submetida ao longo da vida a tripla jornada de trabalho


na qual está inserida no mercado e na vida doméstica juntamente a criação dos
filhos. Visto isso, ao contrário do que ocorre com os homens, a inserção das
mulheres no mercado de trabalho produtivo é limitada por essas responsabilidades
domésticas e familiares a tendo que se adaptar a todas essas funções, mulheres
tendem a consideravelmente ter mais sintomas de angustia psicológica e desordens
depressivas que os homens, quadros depressivos correspondem ao terceiro
problema de saúde entre mulheres, além de transtornos depressivos, transtornos
mentais como a ansiedade, transtornos de ajustamento, insônia, estresse,
transtornos de alimentação e anorexia nervosa predominam entre as mulheres e
estão relacionado a fatores psicossociais e ambientais( BERTOLOTE, 2001) Dentre
esses fatores é a inserção em uma sociedade patriarcal na qual a figura da mulher é
desvalorizada. O sofrimento relacionado ao trabalho doméstico acontece por conta
das tensões geradas pela monotonia, repitividade e desvalorização relacionada ao
papel de gênero que a mulher tem que cumprir e a vivência cotidiana acumulada
dessas tensões geram diferentes formas de transtornos psíquicos.

o sofrimento (e a reação a ele) é construído socialmente e moldado segundo


os valores e ideais estereotipados de gênero, havendo caminhos privilegiados
(porém não excludentes) de subjetivação (distintos) para homens e mulheres,
os quais se tornam evidentes na expressão do adoecimento psíquico. . .
aquilo que parece ser algo extremamente individual, ou seja, a vivência de
um conjunto de mal-estares no âmbito subjetivo, expressa regularidades que
são moldadas por uma dada configuração social ( ZANELLO, FIUZA E
COSTA, 2005; p.239).

Ademais além da tripla jornada de trabalho como causador de problemas


mentais, a violência contra a mulher também se faz presente na causada desse
problema, ela é um estruturante da desigualdade de gênero, esse ato designa-se
como uma das principais formas de violação dos seus direitos humanos, atingindo-
as em seus direitos à vida, à saúde e a integridade física. A violência contra as
mulheres e se manifesta de diversas formas. De fato, o próprio conceito definido na
Convenção de Belém do Pará (1994) aponta para esta amplitude, definindo violência
contra as mulheres como “qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause
morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito
público como no privado” (Art. 1°). Além das violações aos direitos das mulheres e a
sua integridade física e psicológica, a violência impacta também no desenvolvimento
social e econômico de um país e na saúde mental. Uma das formas mais
importantes para poder enfrentar a violência contra as mulheres é a Lei Maria da
Penha - Lei nº 11.340/2006. Esta lei, além de definir e tipificar as formas de
violência contra as mulheres (física, psicológica, sexual, patrimonial e moral),
também prevê a criação de serviços especializados, como os que integram a Rede
de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, compostos por instituições de
segurança pública, justiça, saúde, e da assistência social.

Como consequência do patriarcalismo, as mulheres também são


constantemente pressionadas a um padrão de beleza a ser seguido imposto pela
sociedade machista, por isso é mais comum que mulheres desencardem transtornos
alimentares, eles são considerados problemas psicológicos e mentais, na qual a
pessoa tem hábitos alimentares anormais que afetam a sua saúde física e mental.
Os transtornos alimentares podem desencadear outras psicopatologias e
consequências, como: depressão; ansiedade; fobias; suicídio. Os transtornos
alimentares, bulimia e anorexia, são os mais comuns em mulheres. De acordo com o
Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), a anorexia nervosa afeta
cerca de 1% da população feminina mundial e, enquanto isso, a bulimia nervosa
atinge 5% das mulheres do mundo. A questão do padrão de beleza vem de um
conceito que está relacionado às características físicas que são os tidas como ideais
e se transformam os modelos a serem seguidos pelas pessoas, principalmente
mulheres, porém esses modelos de padrão já vem de anos de acordo com o
período, cultura e idade das pessoas. Além disso, 49% já se sentiram intimidados
por não fazerem parte do padrão de beleza mais aceito e 46% já se sentiram
rejeitados por alguém por causa de suas aparências físicas. Isso tudo mostra que
não pertencer a um padrão aceito pela sociedade ou tentar fazer parte desse padrão
pode trazer sérias consequências psicológicas para as pessoas, principalmente
mulheres. E os dados comprovam isso: 40% já tiveram problemas com a saúde
mental causados pela aparência e autoestima. (SALGADO, 2023).

“A equidade de gênero não implica na igualdade entre homens e mulheres,


seja no estado de saúde, seja no consumo de serviços da saúde, mas o
atendimento equitativo das necessidades dos homens e mulheres"
(BARATA,2009).Os efeitos da desigualdade de gênero nos processos de produção
de saúde, adoecimento e autocuidado são testemunhados por psicólogas. O debate
de gênero desafia e transforma conhecimentos já instituídos em várias linhas da
psicologia, a problematização de gênero qualifica o trabalho de psicólogos e
psicólogas, diante disso é importante de modelos de atenção em saúde associados
as condições de vida cotidianas e aos modos de resistência a fim de dar conta de
condições opressivas de acordo com as vivencias de sofrimento psico emocional
reveladas nas condições de gênero da pessoa e violência estrutural na qual esta
inserida (ZANELLO, FIUZA E COSTA, 2015).

5 METODOLOGIA

Esse estudo trata-se de uma pesquisa de natureza do tipo pesquisa


básica com o objetivo exploratório, abordagem qualitativa. Quanto ao procedimento
utilizado como instrumento de fundamentação pesquisa bibliográfica, com a análise
de livros, artigos e periódicos sobre o tema.

6 RESULTADOS E DISCURSSÃO

No ano de 2018, segundo o Fórum Brasileiro se Segurança Pública,


registrou que a maioria das vítimas de feminicídio foram mulheres, negras, com
baixa escolaridade e com idade entre 30 a 39 anos sendo que: 61% ; eram negras,
70,7% ;haviam cursado somente o ensino fundamental e 76,5% ;tinham entre 20 e
29 anos. O panorama também feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública se
mostrou alarmante tendo: 1.206 (feminicídio), 263.067 (casos de violência corporal
dolorosa) e 66.041 (estrupos). As três modalidades de violência contra a mulher são
cometidas majoritariamente por homens próximos, da convivência familiar.
O Atlas da Violência, de 2019, realizado pelo Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), aponta que num intervalo de 10 anos, entre 2007 e
2017, o feminicídio praticado no Brasil aumentou 30,7%.
Outro levantamento feito pelo Instituto DataSenado, Pesquisa Nacional
sobre Violência Doméstica e Familiar, revela uma tendência de mudança no perfil do
agressor. Entre 2011 e 2019, a violência contra mulheres foi praticada em maior
percentual pelo atual companheiro, porém, esse perfil demonstrou, nesse intervalo
de tempo, uma inclinação à queda. Em 2011, 69% das agressões foram praticadas
pelo atual companheiro, em 2019, esse percentual foi de 41%. Já o número de
agressões cometidas por ex-companheiros cresceu, em 2011, eles respondiam por
13% dos casos de violência doméstica, em 2019, eram 39%, tecnicamente
empatados com o companheiro atual.
Todas essas estatísticas significam que a cada 7 horas, uma mulher é
assassinada no Brasil, a cada 2 minutos, há um registro de lesão corporal. Ocorrem
180 estupros por dia no Brasil, mais da metade deles são cometidos contra meninas
entorna da faixa etária de 13 anos.
Portanto, de acordo com esses dados é visível como a desigualdade
social é um grave problema que precisa ser combatido urgentemente e essa é a
importância da ODS 5 no contexto atual, há muito o que se avançar e isso passa por
questões estruturais como maior acesso à educação, a busca da equidade e não da
igualdade, no sentido de se respeitar as diferenças, entre elas, podemos falar da
questão da pobreza menstrual que restringe o acesso de diversas meninas às salas
de aula. Precisamos de políticas públicas e de leis que garantam a paridade salarial
para homens e mulheres na mesma função e de ampliar as oportunidades para as
mulheres que são mães, em especial, as mães solos, para que se rompa esse ciclo
em que muitas profissionais são demitidas após suas licenças maternidades.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto, opressão social atinge diretamente as mulheres em suas vidas


de modo que impacte ao longo de seu cotidiano causando problemas e adoecimento
mental nas vítimas do machismo a patriarcalismo com base nos papeis de gênero
discutidos anteriormente, que impõe a forma de como a sociedade feminina deve se
portar e os impactos disso, como os padrões de beleza estabelecidos, violências e
opressões que acontecem cotidianamente. Visto isso foi observado o papel
importante que o profissional de psicologia exerce ao se deparar com essas
situações como o atendimento psicológico às vítimas e fazer com que elas resgatem
sua condição de sujeito, bem como sua autoestima, seus desejos e vontades, que
ficaram encobertos e anulados durante todo o período em que conviveram em uma
relação marcada pela violência. Desta forma, elas poderão ter coragem para sair da
relação que, durante muito tempo, tirou delas a condição de ser humano, tornando-
as alienadas de si mesmas. Este é um processo que continua ativo durante um
longo período no psiquismo da mulher, mesmo que ela já tenha colocado um ponto
final na relação. Pois, no período em que sofreu as violências,o parceiro a
desqualificava de todas as formas, através da violência psicológica e moral.
(HIRIGOYEN, 2006; SOARES, 2005).

Ademais, é importante visar a importância do ODS 5 que tem como


objetivo a Igualdade de gênero, entre seus objetivos consta; acabar com todas as
formas de discriminação, eliminar todas as formas de violência, valorizar o trabalho
de assistência e doméstico, participação plena e afetiva de mulheres para cargos de
liderança, direitos iguais aos recursos econômicos, adotar e fortalecer políticas
sólidas e legislação aplicável, assegurar o acesso universal a saúde sexual e
reprodutiva. Todos esses objetivos tentam melhorar o problema que é a
desigualdade de gênero, por mais que ela seja enraizada na sociedade, é
importante combater ela no dia a dia.

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