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O que é a Psicologia
PSICANÁLISE: Fatores inconscientes são essenciais para a construção de uma boa saúde
mental. Dá grande importância às primeiras experiências vividas. O comportamento é baseado
em fatores inconscientes.
BEHAVIONISMO: Estudo dos estímulos e respostas obtidas de forma científica. Estudava
como os animais se comportavam ao receberem um estímulo, e traçava um paralelo com o
comportamento humano. As experiências eram desenvolvidas em um ambiente controlado. O
comportamento é condicionado por reflexos inatos.
GESTALTISMO: Os dados que nos rodeiam fazem parte da GESTALT, e cada indivíduo
percebe esses dados de uma forma distinta, porém de maneira completa. A análise completa de
um dado é muito mais importante do que a análise específica. A forma como os dados são
recebidos é influenciada pelas características do próprio indivíduo. O todo é maior do que as
partes que o compõe. O comportamento depende do processo perceptivo.
HUMANISMO: Incluiu-se o estudo das necessidades humanas. Maslow hierarquizou as
necessidades humanas em uma pirâmide. O estudo do comportamento é centrado no ser humano.
MATRIZ SÓCIO-HISTÓRICA: O homem está inserido na sociedade, construindo-a e
sendo influenciado por ela. O comportamento é influenciado por fatores culturais históricos.
Teorias da Personalidade
Psicologia Social – É o estudo das condutas humanas que são influenciadas por outras
pessoas.
Atitude – É a organização duradoura de pensamentos e crenças (cognição), dotada da carga
afetiva pró ou contra um objeto social (afeto) que predispõe um indivíduo a ação
(comportamento). Composto de cognição, afeto e comportamento.
Estereótipos - são colocações de certas características a pessoas que pertencem a
determinado grupo. Podem ser positivos ou negativos.
Preconceito – núcleo afetivamente negativo dirigido a um indivíduo ou grupo de pessoas.
Discriminação – deriva do preconceito
Estigma – característica ruim que pode ser atrelada a determinado grupo.
Idade Média – FAMÍLIA PATRIARCAL. O patriarca era proprietário da família, ele decidia as
rumos da família, não existindo o ideal de afeto ou amor. O conceito de família era EXTENSO –
o ambiente familiar era considerado lugar público, os escravos, criados, parentes todos estavam
sob o comando do patriarca. Os filhos não eram educados no seio do lar, mas sim em um ambiente
comunitário.
Sec XIX – INDIVIDUALISMO. Surge a ideia do individualismo, as pessoas passam a se afirmar
diante da sociedade e exprimir suas vontades diante do grupo. Surge o conceito de afeto, amor,
casamento ideal, “amor à primeira vista” e a FAMÍLIA TRADICIONAL incorpora os laços de
afetividade. O ambiente da família passa a ser íntimo, onde a mãe se dedica aos filhos e o pai se
dedica ao trabalho. Os filhos passam a ser educados e aprendem os ofícios no seio familiar.
Sex XX – Diluição da supremacia do homem. Exacerbação do individualismo e a cultura do
descartável repercutem na conjugalidade e na parentalidade. FAMÍLIA
MODERNA. Surgimento de outros tipos de famílias
Tipos de Famílias:
Família Nuclear: é o conceito de família dita como tradicional, heterossexual, constituída sob
o ideal de amor, sendo composta por mãe, pai e filhos. O afeto é o laço que une seus componentes.
Neste ambiente privativo os filhos são educados, recebendo os primeiros valores morais e éticos
desse grupo, e iniciam seu processo de socialização. Na família nucelar atual a mãe deixa de ser
a mulher submissa e o pai não exerce a função de patriarca absoluto, sendo essas funções
compartilhadas por ambos os pais.
Família Monoparental: é a família composta por apenas um dos pais e os filhos. Os motivos
que levam a isso são diversos: divórcio, falecimento de um dos pais, adoção, dentre outros.
Famílias Recompostas: é a família composta por membros que já possuíam relações
familiares anteriores, que foram desconstituídas por algum motivo.
Famílias Homoafetivas: é a família composta por casais homoafetivos. O direito de exercício
das funções parentais não estão mais vinculados ao gênero. Uso da biotecnologia ou adoção.
Famílias sem casamento: alguns casais optam por não se casarem e até mesmo não terem
filhos.
Mães virgens: Mães solteiras que optaram por fazer inseminação artificial e tiveram seu filhos
por cesariana, continuando virgens mesmo após terem seus filhos.
Hoje, verifica-se que não existe uma forma de organização familiar ideal que, garanta um
desenvolvimento mais sadio ou mais patogênico. A falta de um dos genitores
(monoparentalidade) ou os divórcios e recasamentos dos genitores, ou ainda a presença de duas
pessoas do mesmo sexo (homoparentalidade) exercendo as funções parentais não são
necessariamente causas de patologias. Estas também se desenvolvem no contexto da família
tradicional.
Casal Conjugal x Casal Parental : O casal conjugal funda-se nas relações sexuais e no afeto
recíproco entre os cônjuges, enquanto o casal parental, responde pela necessidade de levar bem a
criação de seus filhos. Vale reforçar a compreensão de que a ruptura do vínculo conjugal não
deveria ameaçar o vínculo existente entre pais e filhos, nem implicar em separação parental. O
desejável seria que, após uma separação conjugal, os pais pudessem transmitir segurança aos
filhos, em relação ao amor parental, e acordar sobre a melhor maneira de com eles conviver.
Princípio do melhor interesse da criança: fundado no art 227 da CF/88 e ampliado pelo ECA
significa que, ao tratar da filiação, os operadores do Direito devem observar o que realmente é
o melhor para a criança e/ou adolescente, de modo a favorecer sua realização pessoal,
independentemente da relação biológica que tenha com seus pais.
Guarda unilateral x Guarda Compartilhada: Nos modelos tradicionais a mãe era fundamental
na criação dos filhos, daí o conceito de guarda unilateral, quando apenas um dos pais, geralmente
a mãe, exercia a função parental, por se acreditar que ela teria melhores condições para exercê-la.
Com a reformulação do CC se legitima a guarda compartilhada, que pretende atenuar o impacto
negativo da ruptura conjugal, mantendo ambos os pais envolvidos na criação dos filhos. Sua
proposta é corresponsabilizar ambos os genitores em todas as decisões e nas atividades referentes
aos filhos, de modo que possam participar em igualdade de condições. O que se compartilha é a
guarda jurídica, seus deveres e direitos legais em relação à assistência prestada aos filhos e não,
necessariamente, à guarda física.
Alienação Parental fere o melhor interesse da criança, pois o interesse dos pais prevalece sobre
os interesses dos filhos, provocando danos em seu desenvolvimento. Ela é descrita como sendo a
interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por
um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou o adolescente sob a sua autoridade,
guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à
manutenção de vínculos com ele.
- Pai Alienador = o que abastece o sentimento de repugnação do filho ao outro pai.
- Pai Alienado = o que é repugnado ou odiado.
A menos que um dos pais seja física ou psicologicamente nocivo para o filho, nada justifica a
privação do exercício da função parental, sendo a convivência com ambos os pais um direito
inalienável atribuído à criança. A criança, enfim, tem o direito de continuar ligada às duas famílias
e ser impregnada por suas histórias.
Violência
Violência: ação ou efeito de violentar, de empregar força física (contra alguém ou algo) ou
intimidação moral contra (alguém); ato violento, crueldade, força”. No aspecto jurídico, o
mesmo dicionário define o termo como o “constrangimento físico ou moral exercido sobre
alguém, para obrigá-lo a submeter-se à vontade de outrem; coação.
Agressividade: é como se fosse uma força, um comportamento, algo que ajuda a sobrevivência
e a adaptação do indivíduo. Para essa autora (Mangini, 2008), a agressividade é uma
característica da personalidade que aparece no comportamento da pessoa.
É complexa a relação entre agressividade e violência, pois nem sempre uma pessoa violenta
possui comportamento agressivo.
Teorias da Agressividade:
Formas de Violência:
Violência Estrutural: forma violência que atentam contra grupos considerados “diferentes”, é
uma forma de discriminação.
Violência Psicológica: é um tipo de violência que geralmente ocorre de forma “indireta”, como
humilhações, ameaças, palavrões, privação de liberdade, entre outras. Diferente da forma
“direta” e explícita da violência física é importante ressaltar o caráter implícito da violência
psicológica.
Violência Sexual: agressor abusa do poder que tem sobre a vítima para obter gratificação
sexual, sem o seu consentimento, sendo induzida ou obrigada a práticas sexuais com ou sem
violência física
Violência Física: é o uso da força com o objetivo de ferir, deixando ou não marcas evidentes
BULLYING:
1) ações repetitivas contra a mesma vítima em um período prolongado de tempo;
2) ocorrência de um desequilíbrio de poder, entre agressor e vítima, dificultando a
defesa da vítima; e
3) ausência de motivos que justifiquem os ataques.
Relação psicólogo e violência: é preciso ter um olhar mais abrangente das causas e
consequências da violência, a análise deve ultrapassar a relação particular e deve atingir a
sociedade como um todo.
Psicologia e a Justiça
A Justiça é um sistema aberto de valores, em constante modificação, o Direito, é um conjunto de
princípios e regras destinado a realizá-la.
O operador do Direito deve adequar o Direito à Justiça. Isso ocorre porque sendo a Justiça um
sistema aberto de valores e suscetível às mudanças, por melhor que seja a lei, sempre terá de ser
ajustada às transformações sociais e aos novos ideais de Justiça.
O psicólogo trabalha por um justiça mais justa, que atenda às demandas sociais.
Acesso à Justiça x Acesso ao Judiciário
A democratização do acesso à Justiça não pode ser confundida com a mera busca pela inclusão
dos segmentos sociais ao processo judicial. Não se trata, pois, de conceder o acesso à Justiça
enquanto instituição estatal, mas, em verdade, viabilizar o acesso à ordem jurídica justa.
O acesso a justiça vai além da viabilização do trâmite de processos judiciais, está ligado com
o empoderamento* social. O acesso a Justiça visa prover uma Justiça Restaurativa, que vai além
da simples solução inter partes, ela visa apoiar o ofendido, restaurar o agressor e modificar a
sociedade.
*Empoderamento: Conscientização; criação; socialização do poder entre os cidadãos; conquista
da condição e da capacidade de participação; inclusão social e exercício da cidadania.
Empoderamento é a conscientização e a participação com relação a dimensões da vida social.
Justiça Restaurativa x Justiça Retributiva
Justiça Restaurativa: busca-se alcançar a responsabilização do autor do ato infracional, sem
deixar de oferecer-lhe o apoio de que necessita. Paralelamente, é oferecido à vítima atendimento
e acolhimento de sua dor, bem como a oportunidade de ressignificação e restituição de dano,
mesmo que simbolicamente.
Conflito
Mecanismos de autocomposição de conflitos
Negociação: Chamamos de negociação quando pessoas com problemas e/ou processos entre elas
lidam diretamente para a transformação e restauração de relações, buscando a solução para as
suas disputas ou trocas de interesses. A negociação está baseada em princípios, sendo o mais
importante a cooperação, buscando um acordo com ganhos mútuos. (2 vontades divergentes
chegam a um acordo)
Mediação: é um meio de solução de conflitos em que duas ou mais pessoas, com a colaboração
de um terceiro, que é o mediador, expõem o problema. O mediador as escuta, questiona e vai
trabalhando com elas a comunicação, de forma construtiva, para chegar, eventualmente, a um
acordo. (2 vontades divergentes são auxiliados pelo mediador a encontrar uma solução –
mediador é neutro)
Conciliação: é um meio alternativo de resolução de conflitos em que as partes confiam a uma
terceira pessoa (neutra), o conciliador, a função de aproximá-las e orientá-las na construção de
um acordo” (2 vontades divergentes são auxiliados pelo conciliador a encontrar uma solução
– conciliador exerce postura ativa)
O grande mediador/resolutor dos conflitos é o Estado, que o faz por meio do Poder Judiciário.
3 princípios básicos devem ser utilizados pelo Estado para resolver tais conflitos:
1) AUTONOMIA: O Estado precisa ter liberdade e possuir autonomia em suas decisões.
Só assim poderá dar uma solução definitiva, provendo segurança jurídica.
2) DEMOCRACIA: O Estado precisa respeitar as diferenças entre as partes, buscando
o bem comum e o interesse público.
3) CIDADANIA: O Estado deve respeitar os direitos e exigir que os deveres dos
cidadãos sejam cumpridos.
Relação entre os profissionais da Psicologia e do Direito:
- Respeito ao código de ética profissional
- Utilização dos CONCEITOS definidos pelas profissões, possibilitando uma
comunicação clara e objetiva.
- Manutenção dos padrões éticos e profissionais de cada classe.