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Resenha “A Febre”

O filme “A Febre” é um longa-metragem produzido por Maya Da-Rin com o objetivo de


fazer os telespectadores pensarem. Geralmente, quando a gente pensa em índio, imaginamos
um só povo com um único costume, mas o filme nos mostra que isso não é real. Existem
diversos povos indígenas, com suas culturas e línguas. É interessante que ela retrata muito
bem essa visão quando a colega de trabalho de Vanessa disse que havia levado uma índia que
foi encontrada para que ela pudesse se comunicar, mas ela não entendia a língua da outra
índia. Outro momento que pode, inclusive, ser um reflexo do preconceito é quando seu colega
de trabalho fala que pensou que os chineses que haviam chegado no navio eram parentes de
Justino.

Outro ponto muito relevante que deve ser mencionado é que mesmo que Justino
more na cidade por 20 anos ele não perdeu a sua identidade e mantém o que consegue da sua
tradição, tanto ao se comunicar em sua língua materna como ao contar histórias de seu povo.
É uma luta constante para manter as tradições vivas, mesmo que distante do seu lugar de
origem.

Outro momento marcante é quando Wanderlei fala para Justino que onde ele
trabalhava sempre dormia com uma arma porque lá tinha índio de verdade, querendo dizer
que só porque Justino foi para a cidade, fala português e se veste como “branco” deixou de ser
índio.

No fim, o que se pode observar é uma tentativa de resistência, por parte dos
indígenas, para que os seus ensinamentos e sua cultura não sumam, mesmo que a “sociedade
moderna” esteja forçando essa população a se igualar.

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