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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO

AMAZONASESCOLA SUPERIOR DE

TECNOLOGIA

LAURA BIANCA ALVES GOMES

MATRÍCULA: 2315290013

TEMA: RACISMO NO BRASIL

MANAUS 2023
RASCIMO NO BRASIL

No romance, O sol é para todos de Harper Lee, percorre a narrativa de Scout,


criança sensível e observadora, filha do advogado Finch no qual é responsável
pela defesa de um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca no
município de Maycomb, Alabama.

De caráter estrutural e sistêmico, a desigualdade racial no Brasil é


inquestionável e persiste devido a fragilidade de políticas públicas para o seu
enfrentamento. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) Abre em uma nova guia, enquanto os pretos e pardos representam 56%
da nossa população, a proporção deste grupo entre todos os brasileiros abaixo
da linha de pobreza é de 71%, já a fração de brancos é de 27%. Quando
olhamos os números de extrema pobreza, a discrepância quase triplica: 73%
são negros e 25% brancos. Nessa perspectiva, construir uma sociedade mais
igualitária requer a compreensão do papel de cada estrutura socioeconômica
na reprodução do racismo para elaborar estratégias efetivas de enfrentamento.
Recentemente, no final da cerimônia de posse das ministras anielle Franco e
Sônia Guajajara foi sancionada a lei que equipara a injúria racial ao
crime de racismo, pelo presidente Luiz Inácio Lula da silva.
A norma altera a Lei do Crime Racial (7.716/1989) e o Código Penal (Decreto-
Lei nº 2.848/1940) para tipificar como racismo a injúria racial. As políticas
públicas servem como uma possível solução para enfrentar os casos de
desigualdade racial e preconceito.
Quando falamos na pauta educacional e de empregabilidade, Os negros
(pretos e pardos) representam 56% da população brasileira, e, devido às
politicas de cotas, o número de alunos negros no ensino superior cresceu
quase 400%, entre 2010 e 2019, chegando a 38,15% do total de matriculados,
segundo dados do site Quero Bolsa. Mesmo com o crescente número de
pessoas negras em universidades e ambientes acadêmicos, o número no
mercado de trabalho não reflete o mesmo cenário.
As cotas são reservas de vagas para determinados segmentos minoritários da
população, como pessoas negras (pretas ou pardas), indígenas e pessoas com
necessidades especiais.
Apesar de a maior parte da população brasileira ser negra (54%, segundo o
Pnad/IBGE de 2017), essa população encontra-se ainda fortemente excluída
do ensino superior, ocupa postos de empregos que exigem menor qualificação
e tem a renda mensal menor que a da população considerada branca
Mesmo possuindo ensino superior e cursos de qualificação, trabalhadores
negros estão em menor número no atual mercado.

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De acordo com uma pesquisa do Instituto Locomotiva, o salário médio de
homens não negros com ensino superior em 2019 ficou em R$ 7.033,00,
enquanto o dos negros ficou em R$ 4.834,00, uma diferença de 31% a menos.
Já as mulheres negras com formação superior receberam no ano passado
salário médio de R$ 3.712,00 contra R$ 4.760,00 das mulheres brancas.
Comparando cargos de chefia, apenas 0,7% dos negros ocupam cargos altos
em ambientes de trabalho.

A respeito do meu ponto de vista, a educação acerca do racismo deveria ser


trabalhado primeiramente em casa junto com o núcleo familiar. A
conscientização e o respeito são valores trabalhados ao longo de período, com
essa carência outro ambientes acabam sofrendo as consequências, como por
exemplo o ambiente escolar e universitário.Uma pesquisa conduzida pelo
Instituto de Referência Negra Peregum (Ipec) e Projeto SETA mostra que 38%
dos entrevistados disseram que escolas, faculdades e universidades são os
locais onde mais sofreram preconceito racial. Batizado de ‘Percepções Sobre o
Racismo’, o levantamento foi finalizado em julho.
Analisando todos esses cenários no qual o racismo se manifesta, fica claro que
os debates devem se intensificar e promover a igualdade entre pessoas,
independente da classe social, crença ou gênero sexual. O governo atual
passou a fazer promoção de diversas pautas para a comunidade negra,
juntamente com leis que equiparam a população.
Uma das soluções seria a busca por posturas antirracistas principalmente nas
instituições de ensino e ambientes familiares, buscar representatividade de
povos étnicos, promoção de atividades que foquem na redução de
esteriótipos e preconceitos

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://www.gov.br/mdh/pt-br/navegue-por-temas/igualdade-etnico-racial/acoes-
e-programas/politica-nacional-de-promocao-da-igualdade-racial

https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sete-em-cada-dez-cidades-ignoram-lei-
que-combate-racismo-nas-escolas-diz-pesquisa/

https://www.cut.org.br/noticias/racismo-estrutural-segrega-negros-no-mercado-
de-trabalho-548e

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