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Relações Étnico-Raciais
no Brasil
Constituição de 1988.
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei n. 8.069, de 1990.
LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n. 9.394, de 1996, e
tantas outras.
Contudo, o grande problema é que nossas leis não têm correspondência com nossa vida
cotidiana, o que dificulta, e muito, que sejam colocadas em prática.
Visam a proteger grupos de minorias, bem como a promover sua inclusão social e a garantia
de acesso a direitos fundamentais desses cidadãos.
Segundo o Portal Brasil, “um estatuto é um regulamento ou código com significado e valor de
lei ou de norma”.
Fonte: http://www.brasil.gov.br
Art. 5º: “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer
atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”.
No dia 20 de julho de 2010, o projeto foi aprovado com emendas, validando, por meio da Lei
n. 12.288, o Estatuto da Igualdade Racial.
Pena de até três anos para quem praticar racismo pela internet.
Lei n. 6.001/73: “dispõe sobre as relações do Estado e da sociedade brasileira com os índios
e coloca que estes sendo – relativamente incapazes – devem ser tutelados”.
Novo Código Civil (2003) – retira os índios da condição de relativamente incapazes [...] estipula
legislação própria:
Art. 26, do cap. 2, § 4º – “O Ensino de História do Brasil levará em conta as contribuições das
diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes
indígena, africana e europeia.”
Daí para a aprovação da Lei n. 10.639, de 2003, foi um passo, garantindo a afirmação, o
reconhecimento e a valorização dos negros no quadro da diversidade da cultura brasileira.
Lei n. 10.639, de 2003
Altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e inclui no currículo oficial da rede
de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”.
O Brasil foi o primeiro país do continente americano a criar leis específicas para o combate ao
racismo. Entre a legislação sobre o assunto, encontramos o Estatuto da Igualdade Racial, que
trata de pontos importantes a serem operacionalizados na sociedade brasileira. Indique qual
ação a seguir é contemplada no Estatuto.
O Brasil foi o primeiro país do continente americano a criar leis específicas para o combate ao
racismo. Entre a legislação sobre o assunto, encontramos o Estatuto da Igualdade Racial, que
trata de pontos importantes a serem operacionalizados na sociedade brasileira. Indique qual
ação a seguir é contemplada no Estatuto.
Racismo à brasileira: uma ideologia cada vez mais difícil de se detectar, desvendar
e decodificar.
Derivam dessas ideias cristalizadas expressões do tipo: os “pretos de alma branca”, “tenho
bons amigos pretos” e muitas outras que se perpetuaram e criaram raiz em nossa sociedade
historicamente racista.
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/189854940526117723/
Internalização da ideologia do branqueamento
“O inconsciente racial coletivo brasileiro não acusa nenhum incômodo em ver tal
representação da maioria do seu próprio povo, e provavelmente de si mesmo, na televisão
ou no cinema” (Araujo, 2008, p. 984).
Fonte:
http://nodeoito.com/estereotipos-
racistas-novelas-brasileiras/
Imagens e representações do negro na mídia
Revisão:
Hoje – personagens negros em papéis semelhantes aos dos brancos, com família
constituída, com profissão bem remunerada, com formação acadêmica.
Fonte: https://www.hypeness.com.br/2021/04/representatividade-negra-
Fonte: Fonte: https://veja.abril.com.br/coluna/tela- na-comunicacao-e-tema-de-debate-no-prosa-apenas-isso-basta/
https://midia4p.cartacapital.com.br/homogeneizar-a- plana/lazaro-ramos-estou-cansado-do-debate-
populacao-negra-e-uma-visao-colonial-afima-a-filosofa- raso-de-so-inserir-negros-na-tv/
e-feminista-negra-djamila-ribeiro-em-entrevista-ao-4p/
Filósofa
Diretor
Ator
Jornalista
Juízes Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2020/12/juizes-negros-se-unem-
contra-desigualdade-racial-nos-tribunais-e-cobram-avanco-em-cotas.shtml
Interatividade
De que formas a literatura, a mídia e a escola podem ser responsáveis pela permanência
de estereótipos raciais?
De que formas a literatura, a mídia e a escola podem ser responsáveis pela permanência
de estereótipos raciais?
É como se todas as cabeças pensassem num único sentido: contra nós mesmos.
O conceito de violência simbólica (Pierre Bourdieu, sociólogo francês)
A violência simbólica é uma das formas de dominação mais profundas e cruéis que se pode
conceber: mecanismos sutis de dominação social utilizados por indivíduos, grupos ou
instituições e impostos sobre outros.
Imagens e representações que, muitas vezes, o professor traz de maneira inconsciente para
sua prática cotidiana em sala de aula e que colaboram para a reprodução de estereótipos.
Os estereótipos vão sendo assimilados como verdades pela criança, que é vítima dessa
violência simbólica.
(Cavalleiro, 2000).
O processo de construção da identidade afrodescendente
na infância e na juventude
Dificuldade enfrentada por crianças e adolescentes afrodescendentes em construírem sua
identidade negra.
Fonte: https://wallpapercave.com/wp/2QoagXQ.jpg
Conceito de identidade: grupo social e cultura
A criança percebe o mundo que a rodeia, passa a compreender sua regras, linguagens,
hábitos, proibições etc. e é capaz de interiorizar alguns elementos culturais no processo de
sua constituição como indivíduo, sujeito de sua própria identidade (Laraia, 2008; Kemp,
2009).
Fonte:
https://www.beyondce
liac.org/wp-
content/uploads/2021
/03/Untitled-design-5-
768x432.png
Trabalhar a diversidade
3. Ter atitudes com os educandos em relações não discriminatórias e equitativas nas reações
cotidianas.
Influência dos livros: principalmente (didático e paradidático)
Reforça estereótipos.
Da Educação
Livro didático: inúmeras pesquisas demonstram que a maioria traz uma representação muito
simplificada dos fatos históricos.
Isso faz com que a criança afrodescendente não tenha parâmetros de igualdade e
diversidade para a construção de sua identidade étnico-racial.
Diversidade e currículo
Os currículos são frutos de escolhas políticas e debates calorosos que incorrem em incluir ou
excluir assuntos, disciplinas ou aspectos que nos interessam ou não no processo de
formação da criança e do jovem.
Lei n. 10.639/2003: reconhece a necessidade urgente de incluir, de uma vez por todas em
nossos currículos, a problemática das relações étnico-raciais, por meio do estudo da história
e da cultura africana e afro-brasileira em todos os níveis escolares, chegando também à
formação universitária de professores e professoras.
A prática educativa com intencionalidade
“Entender o que é a pobreza e como ela afeta de maneira trágica a vida de uma grande
parcela da população.
A prática educativa precisa ser desenvolvida com intencionalidade e persistência com vistas à
promoção da igualdade racial. Quais são os desafios para os educadores* nessa sua prática?
A prática educativa precisa ser desenvolvida com intencionalidade e persistência com vistas à
promoção da igualdade racial. Quais são os desafios para os educadores* nessa sua prática?
Reformulação dos currículos, dos projetos pedagógicos, dos planos de aula, de materiais
didáticos e paradidáticos; enfim, de toda a prática educativa de modo geral.
1. Respeito às africanidades.
2. Reconstrução do discurso pedagógico.
3. Estudo da recriação das diferentes raízes da cultura brasileira.
Repensando práticas pedagógicas antirracistas
Fonte: https://mskiusam.com
As instituições sociais e a comunidade
Isso significa conhecer a comunidade ou grupo social, seu perfil socioeconômico, o entorno
da escola, os principais problemas do bairro e da cidade; bem como as principais
manifestações culturais da comunidade, arte, música, religiosidade e outros aspectos que
aproximem de todos os envolvidos na dinâmica social.
Como profissionais, o que podemos fazer?
“Incorporar o discurso das diferenças não como um desvio, mas como algo enriquecedor de
nossas práticas e das relações entre as crianças. Isso irá possibilitar desde cedo o
enfrentamento de práticas de racismo e a construção de posturas mais abertas às diferenças
e, consequentemente, a construção de uma sociedade mais plural” (UFSCar/NEAB, 2004, p.
32).
Fonte:
https://www.conexaoboas
noticias.com.br/projetos-
sobre-diversidade-etnico-
racial-serao-premiados/
Como profissionais, o que podemos fazer?
“Repensar a preponderância desse modelo hegemônico de vida (de ser). Escapar de toda
essa homogeneização a partir da qual fomos produzidos e com a qual nos acostumamos.
Lutar contra todas as formas de ‘assujeitamento’ (uma maneira de modelar as pessoas de
uma mesma forma), uma luta contra as forças que nos querem fracos, tolos e servos, além
de racistas” (UFSCar/NEAB, 2004, p. 32).
Interatividade
a) Respeito à pluralidade.
b) Procurar desenvolver relações interpessoais, mais afetuosas e significativas.
c) Buscar uma subjetividade livre de clausuras e modelos preestabelecidos.
d) Refletir sobre modelos hegemônicos de homogeneização e “assujeitamento”.
e) Todas as alternativas estão corretas.
Resposta
a) Respeito à pluralidade.
b) Procurar desenvolver relações interpessoais, mais afetuosas e significativas.
c) Buscar uma subjetividade livre de clausuras e modelos preestabelecidos.
d) Refletir sobre modelos hegemônicos de homogeneização e “assujeitamento”.
e) Todas as alternativas estão corretas.
Referências
KEMP, K. Identidade cultural. In: GERREIRO, S. (org). Antropos e psique: o outro e sua
subjetividade. 9. ed. São Paulo: Olho d´agua, 2009.
LARAIA, R. B. Cultura: um conceito antropológico. 22. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
SANTOS, Hélio. A busca de um caminho para o Brasil: a trilha do círculo vicioso. São Paulo:
Editora Senac, 2018.
ATÉ A PRÓXIMA!