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São Paulo, 15 de maio de 2023

Itinerários formativos
Trabalho Módulo 10
Professora Valquíria
Colégio Objetivo Unidade Cantareira 1CA1
Guilherme Bagdonas Filipino, Gustavo De Silva
Moura, Pedro Curioni, Luiz Otávio Sanches De
Jesus
A carne mais barata do mercado
O Brasil é conhecido por ser a última nação a proibir a escravidão.
Entretanto, apesar da Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel em 1888, o cenário
nacional ainda é marcado por racismo. Isso persiste, no século XXI, devido às
consequências da exclusão, bem como por criação de estereótipos durante os anos
de 1900.

Em primeiro plano, é pertinente considerar os efeitos do regime escravocrata


no Brasil. É notório que, após o fim da escravidão, não ocorreu a inserção efetiva de
descendentes africanos na sociedade. Dessa forma, ex-escravos, a partir do fim do
século XIX, ficaram à margem dos âmbitos sociais, ocupando regiões periféricas em
cidades e, muitas vezes, excluídos do conjunto de direitos civis e sociais. Logo,
historicamente gerou-se um estigma social que colaborou com a permanência do
racismo até os dias atuais.

Ademais, é válido apontar o descaso histórico do Estado com relação às


minorias. Nesse contexto, no Brasil, foram adotadas medidas de equidade, como
cotas raciais, somente nos anos 2000, enquanto os Estados Unidos, famoso por sua
segregação racial, propuseram a inclusão de negros às garantias democráticas na
década de 60. Desse modo, a persistência da intolerância racial pode também ser
entendida como fruto do não seguimento do Princípio da Igualdade do filósofo
Aristóteles, que explana tratamento diferenciado a parte da população com o intuito
de estabelecer uma democracia includente.

Fica evidente, portanto, que, no Brasil, o racismo persiste em virtude de


raízes históricas. Logo, com o intuito de atenuar essa realidade de intolerância, o
governo deve manter cotas em universidades, as escolas precisam ministrar aulas e
palestras acerca da cultura africana e a mídia, por meio de telenovelas, deve
desenvolver ficção engajada, alertando a importância da inserção do negro na
sociedade, bem como demonstrar as causas e consequências da exclusão social
que ocasionam injúrias raciais e o racismo. Talvez, assim, a intolerância racial, no
cenário nacional, seja amenizada e a música “A Carne”, cantada por Elza Soares,
seja apenas um relato do passado preconceituoso e excludente do Brasil

Século XXI e o Racismo


Século XXI e o Racismo
O preconceito é uma ideologia de atitudes ofensivas por motivos de
intolerância à diferentes etnias que fere o ideal de dignidade humana, e por ser uma
questão racial faz parte da construção da sociedade brasileira, que tem raízes
escravistas. No entendo, mesmo com tantos programas de inclusão social, inclusive
raciais, esse problema continua persistente.

Avaliar uma pessoa pelas características físicas é preponderante nos dias de


hoje, principalmente a cor da pele. Com isso, percebe-se que o racismo está
presente nas escolas, no ambiente de trabalho e até mesmo nas ruas, quando a
vítima é ofendida pelo agressor. Um fato muito recorrente são os comerciais
televisivos que mostram, na maioria das vezes, pessoas brancas fazendo
propagandas. Por isso, torna-se importante salientar que o artigo 5° da Constituição
Federal declara que todos os cidadãos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, e, portanto, não há justificativa para qualquer tipo de
discriminação.

Hoje, existem vários programas de nível federal para garantir à inclusão das
pessoas que sofrem com racismo, além da política de cotas ofertadas para pessoas
negras que visa a interação destes à sociedade. Entretanto, ainda é um desafio
minimizar esse impasse, já que muitos ainda ignoram o prazer de conviver em
harmonia com a diversidade étnica brasileira. Ainda, dados do Fórum Brasileiro de
Segurança Pública mostrou que as chances de um jovem negro ser assassinado no
Brasil é maior que a de um jovem branco.

Torna-se evidente, portanto, que medidas precisam ser tomadas para


combater à desigualdade. O poder judiciário deve garantir que as discriminações e
os atos de ofensas verbais ou físicas sejam mais fiscalizados. Inerente a isso, as
vítimas precisam estar cientes de seus direitos e fazer uma denúncia realizando um
Boletim de Ocorrência para que as pessoas que cometem atos violentos sejam
devidamente punidas conforme a lei. É fundamental que as escolas e as famílias
como construtores de valores dos indivíduos, eduquem as crianças visando toda a
nossa história, desde a sua formação e colonização até os dias atuais, para que
entendam que o preconceito foi herdado dos colonizadores e que precisa ser
cessado
Brasil atual: "O fantasma da ópera"
O filme brasileiro "Cidade de Deus", retrata bem a realidade do País, que
muitas vezes é mascarada no cotidiano.Os negros à margem da sociedade, tem
relação direta com a história da escravidão e da visão eurocêntrica.Sabendo que a
lei nº 7.716, já tem a função de coibir o racismo, o que nos resta é efetiva-la.Sendo
o racismo uma forma primitiva e incorreta de agir.

Em primeira análise, vemos o governo e a população, preocupados com


apenas um lado da sociedade, lembrando a máscara do fantasma da ópera, que
cobre apenas um dos lados do rosto. A lei contra o preconceito, existe a décadas,
porém, a mesma serviu apenas para velar o mesmo.As comunidades carentes e as
penitenciárias, são em sua grande maioria compostos por negros, o que demonstra
claramente que há a necessidade do cumprimento da lei através de políticas
públicas, visando a igualdade

Nas comunidades marginalizadas, como a Cidade de Deus no Rio de


Janeiro, os moradores não tem acesso à boa educação ou até mesmo saneamento
básico, o que não deveria acontecer, segundo os direitos humanos, somos todos
iguais.Mas isto ocorre por conta de um fator histórico de escravidão racial, que
deixou suas mazelas na sociedade.A meritocracia deve ser uma realidade, sendo
que, todos tem a mesma capacidade, assim como mostrou Jesse Owens (campeão
olímpico) a Hitler, que duvidava do seu potencial por ser negro.

Logo, entende-se que para a lei 7.716 funcionar, o MEC (Ministério da


Cultura e Educação) deve, por meio dos recursos públicos, reforçar a política de
cotas nas universidades e reformar o ensino médio, com maior carga horária,
matérias optativas e melhores salários aos professores.O saneamento básico,
também, é uma carência de muitos bairros brasileiros, cuja função do governo é
garanti-lo através de programas sociais.Com boas condições de moradia e
educação,os negros terão oportunidade de crescimento, reduzindo a desigualdade e
o preconceito.

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