Tema: Racismo. Proposta de redação: A persistência do racismo na sociedade brasileira.
Casa grande e senzala
Por Danilo César Rezende Reis – 3º EM No século XXI, em meio a sistemas de governo pautados nos ideais democráticos, muito se discute acerca do racismo. A expressão “somos todos iguais” reflete a realidade mundial ou é apenas uma falácia ideológica? Nesse contexto, o panorama histórico aliado à ineficiência de ações para combater o racismo tornam o preconceito, principalmente contra os afrodescendentes, uma realidade pulsante. Para entender o racismo, é preciso trazer à tona a época das Grandes Navegações, período, a partir do qual, os negros foram coisificados pelos colonizadores europeus. Isso equivale a dizer que, durante 400 anos, os afrodescendentes foram marginalizados – e isso com o aval do Estado, sempre com panos quentes às mãos. Embora hoje tenhamos amplamente divulgada a máxima “somos todos iguais”, o combate ao racismo é ineficiente, o que fica claro não só pelo grande número de negros pobres e analfabetos, mas também pela disparidade entre as remunerações de brancos e negros, ainda que ocupem postos iguais. Isso sem contar o fato de a cultura afro não ser explorada em programas de grande alcance na TV – grifa-se, ainda, que os negros ainda ocupam cenas depreciativas em larga escala nas telinhas. Sem dúvida, a igualdade entre raças é falácia dos tempos modernos. Sendo assim, é evidente que o racismo ainda permeia as relações sociais. Para solucionar o problema, cabe ao Estado não só fiscalizar eficientemente situações de discriminação, com a equiparação salarial entre negros e brancos, como também adotar políticas afirmativas no âmbito das escolas. As mídias televisivas devem criar programações que divulguem e valorizem a cultura afro. Nós, cidadãos, devemos ser mais conscientes, ajudando o Estado a erradicar o racismo. Afinal, uma Democracia não pode ser polarizada, como na obra de Gilberto Freire, entre casa grande e senzala, ou seja, entre brancos e negros. Existe um lugar social e polidamente aceito que abrigue, democraticamente, a todos nós.