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PROPOSTA DE REDAÇÃO

INSTRUÇÕES PARA REDAÇÃO


• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. (Não risque, nem rasure a folha de redação);
• O texto definitivo deve ser escrito à caneta de tinta preta, na folha oficial, em até 30 linhas;
• A redação que apresentar cópia de trecho dos textos motivadores terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção;
Receberá nota zero, em qualquer das situações (expressas a seguir), a redação que
• Tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
• Fugir deliberadamente ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
• A redação que obtiver proposta de intervenção que desesrespeite os direitos humanos receberá zero na
competência V.

TEXTO 1
“... Olha só, a negra ainda é atrevida, disse o homem, lascando um tapa no rosto da mulher. Alguém gritou:
Lincha! Lincha! Lincha!... Uns passageiros desceram e outros voaram em direção a Maria. O motorista tinha
parado o ônibus para defender a passageira: Calma, pessoal! Que loucura é esta? Eu conheço esta mulher de
vista. Todos os dias, mais ou menos neste horário, ela toma o ônibus comigo. Está vindo do trabalho, da luta
para sustentar os filhos... Lincha! Lincha! Lincha! Maria punha sangue pela boca, pelo nariz e pelos ouvidos. A
sacola havia arrebentado e as frutas rolavam pelo chão. Será que os meninos gostam de melão?”
(Trecho do conto 4, Maria, Olhos d’água, p. 39-42).

TEXTO 2
Carolina Maria de Jesus foi uma escritora brasileira que permaneceu anônima até 1960, quando o seu
primeiro livro, Quarto de Despejo, foi lançado. Uma mulher negra, residente na favela do Canindé, em São
Paulo, trabalhava como catadora de papéis e criava sozinha os seus três filhos.
Mesmo com pouco acesso à escolaridade, Carolina Maria de Jesus era apaixonada por literatura. Escrevia
poemas e diários onde relatava as suas condições de vida precárias.
Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada foi um grande sucesso, vendendo mais de um milhão de
exemplares, com traduções em catorze línguas. (https://www.portugues.com.br/literatura/carolina-maria-de-jesus.html)

TEXTO 3
As desigualdades são gritantes entre mulheres brancas e mulheres negras, porém através do
Feminismo Negro, hoje elas possuem mais espaço e visibilidade inclusive nos meios de comunicação. A união
dessas mulheres em coletivos fortalece sua luta, amplia seus espaços de participação na sociedade e traz à
tona a emergência de ações voltadas à associação da luta de classes, combate ao machismo e racismo, já que
a situação da mulher negra na sociedade brasileira, assim como na sociedade mundial, perpassa pelas mais
variadas formas de discriminação. Porém as lutas não são em vão, pois através delas, conquistaram o direito à
educação, e cada vez mais investem no seu crescimento cultural e intelectual. Com isso existem alguns cargos
de alto padrão ocupados por mulheres negras.
A dificuldade em aceitar a igualdade da mulher, advém de séculos vividos 13 Anais do 16º Encontro
Nacional de Pesquisadores em Serviço Social em uma sociedade patriarcal, juntamente com ideário da
inferioridade da população negra, incorrendo na falta de políticas públicas que possam favorecer os assistentes
sociais a prestar assistência à essas mulheres. Logo, cabe aos assistentes sociais em seu compromisso ético-
político, fortalecer as lutas junto às minorias, buscando a conquista de espaços para suas reivindicações e
direitos, visando a emancipação humana, a construção de uma nova ordem societária com superação das
relações de submissão de gênero, raça/etnia e classe indo contrário a qualquer forma de discriminação,
opressão e violência. (Queiroz; Diniz, 2021)

TEXTO 4
Mulheres negras: Desigualdade racial e de gênero
Ser uma mulher negra no Brasil é enfrentar questões e obstáculos que outros grupos da sociedade não
enfrentam. O peso histórico do racismo e do machismo formam um sistema discriminatório na sociedade
brasileira que faz com que as mulheres negras estejam longe de ser prioridade. Em 134 anos, desde a abolição
da escravatura, ainda vemos muitos indícios de uma sociedade racista que inferioriza, principalmente, as
mulheres.
A mudança está próxima:
O primeiro passo para a mudança é dar voz às mulheres negras para que elas possam falar sobre suas
necessidades e seus anseios. Elas já foram muito caladas pela sociedade e, agora, precisam ser escutadas. A
partir disso, é necessário apoio para estruturar estratégias efetivas que dialoguem com essas necessidades.
Então, a mudança estará próxima!
O Fundo Brasil atua na linha de auxílio de projetos que ajudam a visibilizar a luta pelo direito das
mulheres e enfrentamento ao racismo a partir de editais.
(https://www.fundobrasil.org.br/blog/mulheres-negras-desigualdade-racial-e-de-genero/)

TEXTO 5

ACESSO À EDUCAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o
tema “RACISMO ESTRUTURAL: A VIOLAÇÃO DO DIREITO À IGUALDADE CONSTITUÍDO POR LEI
ENFRENTADO PELAS MULHERES NEGRAS NO BRASIL”, apresentando proposta de intervenção que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.

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