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Título: Desigualdade no Brasil

Referência: desigualdade social.


Por Tarso Coelho, em 2022/10/22.
A desigualdade social é tema recorrente na literatura nacional, a exemplo do romance O
Cortiço, do naturalista Aluísio Azevedo. Esta, por sua vez, não data de agora, e encontra raízes
na história e formação do povo brasileiro, pavimentada numa lógica de exclusão e injustiça
contra determinados grupos.
O país formou-se a partir da mistura de diferentes etnias, mais notadamente os índios,
negros e lusitanos. Todavia, esta relação não se deu num cenário de equilíbrio de forças. Pelo
contrário, o regime escravista, implantado pelos portugueses para exploração do Pau Brasil,
condenou os demais povos à pobreza e imobilidade social. Esta realidade ainda repercute em
nossos dias, dado que negros e pardos costumam ser minoria em universidades e postos de
trabalho formal.
Outro fator responsável por produzir este estado de coisas foi a própria classe política,
que, anos mais tarde, obstou a ascensão econômica dos grupos outrora marginalizados no
processo colonizatório. Trata-se, desta vez, da Lei de Terras, de 1850, responsável por restringir
a posse da terra a cidadãos com elevada faixa de renda. Com efeito, o povo desabrigado se viu
obrigado a migrar para os grandes centros. As favelas são, ainda hoje, reflexo deste processo,
onde a ausência do Estado se faz sentida no crescimento da violência, circulação de drogas e
carência de serviços essenciais nestas localidades.
Portanto, são necessárias medidas de natureza reparatória tendo em vista a solução do
problema em análise. Logo, o Estado brasileiro, em parceria com o Ministério da Educação,
deverá fornecer instrução técnica gratuita, visando a capacitação de grupos historicamente
excluídos para o mercado de trabalho. Apenas deste modo será possível fazer justiça à parcela
do povo brasileiro historicamente excluída, contribuindo, deste modo, para uma melhoria no
quadro atual.

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