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MEIOS DE COMBATE AO RACISMO

No quadrante pensar do sociólogo francês Émile Durkheim, a sociedade civil pode ser
comparada a um “corpo biológico”. Por ser, assim como esse, composta por múltiplas
partes que interagem sobre si. Contudo, no país isto não ocorre, visto que, em pleno
século XXI, os caminhos de luta contra o racismo ainda são precários. Esse entrave é
fruto principalmente de políticas públicas atrasadas, bem como de uma educação
extremamente concentrada.
Em um primeiro plano, um olhar atento ao passado permite perceber a complexidade
do problema. Desde o Apartheid, em meados do século XX, marcado por um contexto
de exclusão e segregação racial, até políticas de governos brasileiros recentes, a
discriminação sempre fez-se presente, prova disso, pode ser observado quando o país,
apenas no ano de 2010, criou o Estatuto da Igualdade Racial. Essa demora, reverberou
na atual conjuntura de marginalização da população que representa cerca de 56% do
país, dessa maneira, direitos fundamentais como o devido acesso à educação muitas
vezes não são assegurados agravando ainda mais o quadro nacional.
Além de visão retrógrada, a educação que tem como uma de suas funções auxiliar no
combate ao racismo, está completamente polarizada. Esse quadro emergiu durante a
Era Vargas, com o direcionamento dos investimentos estatais para grandes centros
urbanos, dessa forma, a população periférica, mais uma vez sentiu o descompasso do
Estado, notoriamente, no que tange a acesso as universidades públicas por negros e
pardos, visto que, apenas no ano de 2012 a Lei de Cotas foi sancionada, contemplando
50% das vagas disponibilizadas pela instituição aos alunos de escola pública que, em
maioria, fazem parte dessa maior parcela da população.
Destarte, os caminhos de combate ao racismo não são tomados. Para que o país
possa ser mais articulado como um “corpo biológico”, cabe ao Tribunal de Contas da
União, repassar uma maior verba ao ensino que por meio de um contato, o aluno
beneficiado que aceitar tal acordo, ao término do curso, pagará uma pequena simbólica
taxa ao Estado que, desse modo as instituições públicas poderão manter um maior
número de alunos ingressos, assim como poderão aumentar a porcentagem relacionada
as cotas, dessa maneiram os alunos negros e pardos terão um devido acesso à
educação, bem como, gradativamente o racismo será amortecido.

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