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Na obra Utopia, do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade que não sofre de

quaisquer mazelas. Em contrapartida a ficção, o que se observa na realidade brasileira é o


oposto, levando em consideração os problemas com o ensino que o país passa. A priori, é
essencial destacar como a desigualdade social é fator determinante para uma população sem
instrução. Em adição, faz-se mister ressaltar como cidadãos que não prosseguem com os
estudos tendem a serem marginalizados. Em síntese, é de suma importância que o Estado
tome medidas visando garantir a educação como caminho de transformação social.

Em primeira análise, é indubitável como a desigualdade afeta a educação da população. Isso


ocorre porque, segundo uma matéria do G1, o Brasil é o país com uma das maiores
concentrações de renda do mundo. Nessa conjuntura, é lógico dizer que os jovens mais pobres
terão sua instrução prejudicada, por exemplo por causa da necessidade de trabalhar para
auxiliar no sustento do lar ou para comprar comida. Ora, se os brasileiros em condição de
pobreza têm sua instrução nas escolas limitada, é evidente dizer que eles não conseguirão
utilizar da escolaridade como meio de transformar sua realidade, conseguindo qualificação
para um trabalho bem remunerado.

Além disso, os jovens que abandonam os estudos em virtude dos entraves tendem a seguir
para marginalização. Isso ocorre graças as problemáticas econômicas, que desencorajam as
pessoas a prosseguir os estudos, fazendo as mesmas terem pouca remuneração com o
trabalho formal, tendo em vista sua baixa qualificação. Como consequência da necessidade,
elas seguem para o crime, como roubos, furtos ou tráfico, pois acreditam que compensa,
sabendo que conseguirão mais dinheiro para suprir o básico sua família. Isso é evidenciado em
uma reportagem do G1 que afirma, grande parte dos presos por pequenos crimes não
completaram um cursos superior ou o ensino médio. Resumidamente, caso o Estado não aja
visando o fim dessa conjuntura, é infrutífero cogitar que cidadãos presos em um processo que
resulta em exclusão social consigam acabar com limitações financeiras estruturais por conta
própria.

Infere-se, portanto, que o Poder Público, garantidor dos direitos individuais, aja visando
garantir a educação como um caminho de transformação social. Primeiramente, o Congresso
Nacional deve, através de um projeto de lei, garantir uma bolsa de estudos que custeie
necessidades básicas de estudantes pobres. Logo que implementada com sucesso, essa ação
terá como efeito a garantia das necessidades materiais dessas pessoas, reduzindo a evasão
escola e permitindo a transmutação da realidade de milhões de brasileiros.

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