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A Constituição Federal de 1988, norma de maior hierarquia do sistema

jurídico brasileiro, assegura os direitos e o bem-estar dos cidadãos.


Entretanto, ao observar os desafios da educação financeira, verifica-se que
esse preceito não é constatado como desejavelmente na prática, dado que
a educação financeira ainda representa um desafio para a sociedade
brasileira, o que revela um governo que não se importa com a população.
Nessa lógica, é possível analisar a lacuna educacional e a visão capitalista
como impulsionadores da problemática.
Nessa perspectiva, a falha educacional é um fator crucial para a existência
do entrave na sociedade, já que, por não ter sido normalizado, a maioria
das escolas não aplicam uma disciplina de economia, elas preferem aplicar
as matérias mais comuns. Nesse sentido, segundo o economista britânico
Arthur Lewis, “Educação nunca foi despesa. Sempre foi investimento com
retorno garantido”. Dessa maneira, nota-se o valor da educação, inclusive
da financeira, uma vez que a economia é necessária para ter uma vida
propícia. Consequentemente, a lacuna educacional pode gerar dívidas e
busca por empréstimos, o que resulta numa “bola de neve” cada vez mais
difícil de ser superada.
Ademais, o incentivo do capitalismo também pode ser apontado como
impulsionador do problema, visto que os indivíduos são facilmente
influenciados pelos blogueiros famosos que fazem propagandas de
lançamento e compartilham cupons de desconto, essas pessoas muitas
vezes vêm as compras excessivas como terapia. Segundo o filósofo polonês
Zygmunt Pauman “Consumo, logo existo”, nessa fala ele reflete que “ter” é
maior do que “ser”. Sob esse viés, ao observar que inúmeras pessoas são,
constantemente, persuadidas e incentivadas ao gasto exagerado, nota-se
que isso é consequência da falta de educação financeira nas instituições
educacionais.
Diante desse cenário, para combater os problemas enfrentados pelos
desafios da educação financeira no Brasil, é necessário que o Ministério da
Educação, principal órgão público responsável pela legislação e
regulamentação da educação no Brasil, realize uma alteração na grade
curricular do Ensino Médio, por meio da aplicação de uma matéria que
ensine educação financeira de forma didática para que os alunos se
interessem mais, com o intuito de romper com os endividamentos e
melhorar a qualidade de vida financeira da sociedade brasileira.

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