Segundo a Lei da Inércia, de Newton, a tendência de um corpo é permanecer parado
quando nenhuma força é exercida sobre ele. Fora da física, é possível perceber a mesma condição no que concerne a educação financeira no Brasil, visto que é um problema tratado com descaso o qual atinge a vida da maioria dos cidadãos brasileiros. Nesse contexto, torna-se evidente como causas a base educacional lacunar, bem como o consumismo. Convém ressaltar, primeiramente, que a base educacional lacunar é um fator determinante para a persistência desse problema. Para Kant, o ser humano é resultado da educação que teve. Diante dessa perspectiva, se há um problema social, há como base uma lacuna educacional. No que tange a educação financeira, nota-se que a falta dela gera uma grande influência quanto a formação de toda uma população. Se as pessoas não têm acesso à informação séria sobre finanças, sua visão será limitada, o que dificulta a erradicação dos problemas financeiros do país. Em segundo lugar, a má influência midiática é um forte empecilho para a formação de uma boa educação financeira no país, visto que ela diariamente leva jovens e adultos a adquirirem a cultura do consumismo. Nesse sentido, o conceito de “sociedade do consumo” se torna bastante útil, pois é um termo utilizado para designar uma sociedade que se caracteriza pelo consumo massivo. Platão contribuiu para a discussão ao definir que o amor (Eros) era o desejo por aquilo que não se tem. Nesse sentido percebe-se uma analogia entre o amor platônico e o consumo, gerando então o consumismo, que tanto prejudica a formação de uma boa educação financeira no país, dificultado sua resolução. Portanto, para que a educação financeira passe a fazer parte da realidade brasileira, medidas precisam ser tomadas. Para que isso ocorra, o MEC deve desenvolver palestras em escolas, a serem webconferenciadas nas redes sociais desses órgãos, por meio de entrevistas com vítimas dos problemas financeiros e especialistas em finanças, com o objetivo de trazer mais lucidez sobre a importância da educação financeira e erradicar esse problema. Além disso, especialistas em economia, com o apoio de ONG’s, devem desenvolver ações que revertam a má influência midiática sobre o consumismo. Tais ações devem ocorrer por meio da produção de vídeos que alertem a importância de uma boa educação financeira. Dessa maneira, espera-se promover uma melhora no que tange à questão da educação financeira, pois ela não será mais um problema em estado de inércia, mas sim, de resolução.