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CAMPUS FLORESTAL
ECONOMIA
FLORESTAL
2011
Débora Almeida 906
Débora Castro 905
Gabriel Henrique 915
Frederico Basus
Jonatas Almeida 957
Jusciléia Teodoro 958
FLORESTAL
2011
1. INTRODUÇÃO
É certo que estudos voltados para economia têm vários segmentos, o campo é
centralizado por diversas ideias – os Dez Princípios da Economia – os quais podem ser
divididos em três grupos:
2. DESENVOLVIMENTO
Para estudo dos quatro primeiros princípios, enquadrados em: como as pessoas tomam
decisões, foi analisada a reportagem de Pereira (2011).
Pequenos Consumidores
Educar nunca foi tarefa fácil para pais nem para os educadores mais experientes. E a
contemporaneidade tem nos colocado novos e árduos desafios, principalmente no que
diz respeito ao consumo. Podemos dizer que, hoje, a formação de nossas crianças não
está somente nas mãos da escola ou da família, pois é compartilhada com as diferentes
mídias, atravessadas por mensagens de apelo ao consumo. E aí está o maior desafio
para os educadores: como integrá-las à educação formal e ajudar o jovem a ter uma
visão mais crítica sobre o que consome? Como educar e formar nossas crianças para
que sejam consumidores mais conscientes no futuro? Antes de nos debruçarmos
especificamente sobre o papel do educador para a transformação da realidade atual,
vale uma reflexão sobre a delicada relação que a criança tem estabelecido com o
consumo. [...]
Apesar da influência das novas mídias e da internet, vale destacar que, no Brasil, é a
televisão que ainda dita tendências de consumo. [...] Daí pode-se dizer sem medo que a
televisão tem sido um dos meios mais constantes no processo de socialização e
formação da criança brasileira. [...]
É certo que, más escolhas geram consequências prejudiciais momentaneamente ou
futuramente. Economicamente isso é comprovado pelo segundo princípio da economia:
“O custo de alguma coisa é aquilo de que se desiste para obtê-la”, reforçando a idéia
que tudo tem um preço. Quando opta-se por bens fúteis, muitas vezes, abre-se mão de
bens essenciais. A preocupação com a relação da mídia com os pequenos consumidores
seria exatamente a má influencia sobre as crianças, quanto à implantação de idéias da
“falsa necessidade”. O que resulta no consumo imprudente e excessivo.
[...] Assim, outra pedagogia se instalou à infância: a da tevê, que passou a ter o poder
não só de entreter, mas de informar e educar. O problema é que essa mídia educa para
o consumo sem reflexão, e não para a cidadania. O mercado enxergou no abandono
das crianças diante das telas uma grande chance de aumentar seus lucros e passou a
criar uma série de programações e produtos feitos sob medida. Foi também nesse
contexto que a publicidade dirigida às crianças entrou em cena com força total e
passou a endereçar ao público infantil mensagens de apelo ao consumo de produtos
voltados tanto a crianças quanto a adultos. [...]
Para ter a certeza de boas escolhas precisamos considerar detalhes minuciosos em cada
decisão. É preciso que elas sejam ponderadas e bem pensadas. Um dos caminhos para
que este procedimento seja bem sucedido é o terceiro princípio da economia: “As
pessoas racionais pensam na margem”. Onde é preciso analisar os benefícios
adicionais contrapondo com os custos gerados para realização do objetivo em questão.
Isso significa que uma pessoa ou empresa que toma decisões baseadas nesse tipo de
visão pode vir a ter um beneficio consideravelmente superior ao efetuar decisões, visto
poder analisar o problema e executar a ação se e só se o beneficio marginal da decisão
ultrapassar o custo marginal.
Hoje, todos somos impactados pela comunicação de mercado, que nos convida a
consumir de forma desenfreada e sem reflexão. Ainda em pleno desenvolvimento e,
portanto, mais vulneráveis que os adultos, as crianças sofrem cada vez mais cedo as
graves consequências relacionadas aos excessos do consumo. A publicidade dirigida ao
público de até 12 anos de idade gera impactos bastante negativos ao desenvolvimento
infantil saudável, pois contribui para o aparecimento de problemas como o
consumismo, a erotização precoce, os transtornos alimentares, a obesidade, o estresse
familiar, o consumo precoce de álcool, a violência e a diminuição das brincadeiras
criativas, entre outros. É claro que são todas questões multifatoriais e que, portanto, a
publicidade não é a única causa de seu aparecimento. No entanto, já se sabe que é um
dos mais importantes entre os fatores que as causam.
Neste pensamento, não é difícil dar sentido ao porque da mídia focar-se tanto no público
infantil, como o é citado na reportagem às crianças tem uma personalidade psicológica
ainda em formação, tornando mais fácil a persuasão por incentivos ao consumo.
Marcio Pochmann: É bom salientar que estamos falando da mesma crise, que iniciou-
se em 2008 e é associante, agora, em uma segunda onda em sua manifestação. Não se
trata de uma crise diferente, embora em 2008 estivesse mais associada a uma natureza
mais financeira. Agora estamos falando de uma crise de natureza fiscal, especialmente
no centro do capitalismo mundial. É uma crise mais grave e ampla.[...]
[...] Enfim, essa crise se expressa de uma forma mais aguda nos países ricos, do ponto
de vista fiscal nesse momento, mas tem uma amplitude que nos permite chamar a
atenção pelo fato de que estamos vivendo uma crise na qual praticamente todos os
países convivem com o regime de economia de mercado, com o capitalismo.
Desde 1981, quando havia uma crise internacional os governos brasileiros geralmente
elevavam a taxa de juros, cortavam investimentos, reduziam gastos públicos,
aumentavam impostos, mantinham o salário mínimo igual e não ampliavam os direitos
sociais.
Em 2008, observamos uma reação no sentido inverso. Houve uma queda da taxa de
juros, mesmo que tenha demorado, a elevação do salário-mínimo, a desoneração fiscal
para determinados setores, ampliação dos gastos sociais e investimentos públicos. Isso
fez com que o Brasil tivesse melhores condições de enfrentar a crise no ponto de vista
da expansão do mercado interno.
A elevação do salário-mínimo para 619 reais em 2012, que ainda precisa ser aprovada
pelo Congresso Nacional, vem a melhorar vários outros benefícios socais que estão
atrelados ao salário-mínimo.
O sexto princípio da economia: “Os mercados são geralmente uma boa maneira de
organizar a atividade econômica” é encontrado basicamente nas nações onde haja a
economia de mercado. Passando o poder de decisões de um comando central para as
inúmeras empresas e famílias, deixando livre o poder de escolha. As empresas tem total
domínio das decisões sobre o que vão produzir, a que preço e quem contratarão para
trabalhar. E as famílias detém o poder de decidir em muitos casos para quem irão
trabalhar, o quê irão consumir e de quem irão adquirir estes bens. Este principio nos
remete ao termo da “Mão invisível” descrito por Adam Smith em “A riqueza das
nações” como “a liberdade de iniciativa e no sistema de preços, lucros, prejuízos e
incentivos” e a auto regulagem do mercado.
No artigo acima fica visível o sétimo principio: “Às vezes os governos podem
melhorar os resultados dos mercados”, o que vem contrapor o conceito da mão
invisível do sexto principio. O ideal da economia é que todos os bens e serviços sejam
transacionados livremente por capital aos preços do mercado. Mas, como “nada é
perfeito” o mercado possui suas falhas, que em muitas vezes só são possíveis de serem
controladas pela intervenção do governo, que pode agir de forma errônea ou assertiva
como apresentado no artigo acima. Desde os anos 80 na presença de alguma crise
internacional os governos brasileiros na intenção de evitar que o país fosse muito
afetado, aumentava a taxa de juros, cortavam gastos públicos e outras atitudes que
“congelavam” a economia brasileira, porém, não surtiam efeito. Em 2008 na eminência
de uma nova crise mundial e enquanto muitos países desenvolvidos entravam em
recessão, fechavam a economia, reduziam os salários e empregos, o Brasil fez diferente
e alcançou o sucesso reduzindo a taxa de juros, investindo em desenvolvimento social,
eliminou ainda alguns impostos de determinados produtos, como por exemplo a redução
de IPI na compra da linha branca e de veículos. Essa atitude fortaleceu o mercado
brasileiro, fazendo o Brasil começar a ser visto com outros olhos.
Para estudo dos princípios 8, 9 e 10, foram analisadas reportagens de Martins (2010),
Duarte (2009) e BBC Brasil (2011) respectivamente.
O fato não constitui propriamente uma novidade. O Banco Central chinês já anunciara
no dia 30 de julho que o valor da produção chinesa em dólar superou a japonesa. Nesta
segunda (16), a subida no ranking do gigante asiático foi confirmada pelo anúncio, em
Tóquio, de que a economia japonesa cresceu 0,4% no segundo trimestre, ficando em
US$ 1,28 trilhão, pouco abaixo do US$ 1,33 trilhão registrado pela China no mesmo
período. [...]
Ascensão
Quando ouvimos que um país cresceu “N” por cento, em relação ao ano anterior ou a
outro país, com certeza estamos nos informando sobre o PIB (produto interno bruto)
referente a eles. Um fator que elimina qualquer dúvida sobre a veracidade deste oitavo
princípio.
A decisão, já esperada por boa parte do mercado, foi tomada por unanimidade. Esse é
o menor patamar da Selic, que retorna assim aos níveis de setembro de 2007, quando o
BC iniciou o ajuste de alta no juro básico. Já o corte de 1,5 ponto percentual é o maior
a ser realizado pelo Copom desde novembro de 2003.
Tão logo a decisão foi anunciada, os principais bancos públicos e privados do país
divulgaram repasse do corte para os consumidores.
Quando leigos em economia deparam com este tipo artigo, normalmente levanta-se a
questão: o que faz com que surjam crises, inflação, aumento e redução de juros? As
respostas são diversificadas, mas basicamente partem do nono princípio: “Os preços
sobem quando o Governo emite moeda demais”. Quando os governos emitem muita
moeda, a população fica com um “poder aquisitivo” mais elevado, acentuando-se ainda
mais o problema da escassez. Como sobra mais dinheiro no mercado, existe uma
demanda ainda maior por produtos e serviços, ou seja, amplia-se a demanda.
Considerando-se que a oferta não acompanha o aumento da demanda, os preços sobem,
acarretando uma alta taxa de inflação.
Com a elevação dos preços provocada pela abundância de moeda (inflação), os preços
se tornam mais caros. Se o preço de um produto (ou bem) sobe, é necessária uma maior
quantidade de moeda para adquiri-lo, assim ocorre uma desvalorização da moeda.
Nessa situação, o Banco Central de cada país toma uma reação mais expansionista ou
mais contracionista, em função do risco de inflação que um país sofre. Um dos
reguladores da quantidade de dinheiro no mercado utilizado pelos governos é a taxa
Selic.
Existe uma operação praticada no mercado (uma das mais seguras por sinal) que é
aquela feita entre os bancos. Assim, os bancos emprestam dinheiro entre si de modo a
cobrir falhas no orçamento. Em troca do dinheiro emprestado, os bancos dão em
garantia esses títulos públicos adquiridos do governo (títulos com inadimplência quase
zero). Como essas operações, consideradas as mais seguras, são baseadas nos títulos do
governo, e como esses títulos são baseados na taxa Selic, todas as outras operações, com
risco mais elevado, também serão baseadas nesta taxa.
Dessa forma, quando o governo aumenta a taxa Selic, o crédito no mercado ficará mais
caro, por conseqüência teremos uma demanda menor por produtos e serviços,
reduzindo-se assim os seus preços e regulando a inflação.
Conforme citado na reportagem de Duarte (2009) o governo reduziu a taxa Selic para
11,25% ao ano; essa medida teve um efeito positivo. Visto que o dólar se valorizava em
relação ao real (graças mais especificamente à Zona do Euro), o governo tomou essa
medida para aumentar a quantidade de moeda no mercado e assim estimular uma
redução nos preços (principalmente da commodities).
Afetados por rigorosas medidas de ajuste anunciadas pelo governo nos últimos dias,
milhares de portugueses aderiram neste sábado (15) aos protestos contra a "ganância
corporativa", parte de um movimento que se espalhou pela Europa e pelos Estados
Unidos.
Ao longo do caminho, placas de venda de imóveis e muitas lojas fechadas são alguns
dos sinais mais visíveis da crise. O desemprego já atinge 13,2% dos portugueses.
[...] O governo do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho também foi criticado por
disponibilizar dinheiro para os bancos no mesmo momento em que anuncia medidas de
rigor.
Tiago Gillto, do movimento Precários Inflexíveis, disse que "a manifestação reage ao
caminho da precariedade (do trabalho)".
A indignação dos portugueses vem da reprovação das medidas adotadas pelo governo
de seu país, na tentativa de conter a crise que atinge a Europa. Quando tomamos
conhecimento de uma crise econômica deste porte, normalmente de imediato já nos
deparamos com conseqüências como elevação do nível de desemprego. O porquê disto,
pode ser explicado pelo décimo princípio de economia: “Sociedade Enfrenta um
Tradeoff de Curto Prazo entre Inflação e Desemprego”.
3. CONCLUSÃO
Ao final deste trabalho, podemos concluir que os dez princípios de economia, definidos
por Mankiw, em analogia as regras da igreja católica para que seus fiéis obtenham sua
“passagem para o céu”, podem ser chamados de os 10 mandamentos da economia. Pelos
quais a sociedade guia-se para conseguir satisfazer suas necessidades ilimitadas com um
mercado escasso. Relacionando notícias do nosso cenário econômico atual a estes
conceitos, fica fácil enxergar como eles estão presentes no nosso cotidiano e entender,
pela base, como funcionam questões complexas que ditam nossa economia.
Tabela 1: Resumo dos 10 princípios de economia
1. As pessoas enfrentam
Tradeoffs
4. As pessoas reagem a
incentivos
7. O governo pode
potencialmente melhorar os
resultados do mercado
8. A produtividade é a fonte
fundamental dos padrões de
vida
BBC BRASIL. (15 de out. de 2011). Folha. Acesso em 15 de out. de 2011, disponível
em Folha.com: http://www1.folha.uol.com.br/bbc/991329-ajuste-economico-rigoroso-
pauta-indignacao-dos-portugueses.shtml