Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O estudo Buzz Kids aborda este mês a percepção e a memorização de 185 crianças, entre
publicidade televisiva é inegável, pelo seu impacto ao nível das atitudes, das crenças
Resultados do estudo
No estudo Buzz Kids à avaliação da memorização da publicidade concluiu que 48% das
crianças afirma conseguir lembrar-se de uma publicidade a uma marca e 52% não tem
qualquer recordação. Não se registaram diferenças significativas entre rapazes e
raparigas.
Das crianças que responderam afirmativamente, 73% são do Porto e 27% são de Lisboa.
Um resultado que aponta claramente para uma maior memorização da publicidade junto
das crianças do Porto, e que nos remete para a importância de avaliar quais os factores
que poderão estar na base deste comportamento. Talvez, a socialização das crianças
associada à dispersão geográfica.
O sector automóvel é a categoria com mais referências de marcas. No total das 11 marcas
referidas destacam-se a Mercedes (7,8%), a Ferrari (6,3%) e a BMW (4,7%). No sector da
alimentação a Telepizza e a Milka são as marcas mais referidas (3,1%).
Estes são apenas alguns exemplos, os restantes pode consultar no gráfico 2, mas são
resultados que expressam dois tipos de comportamento: o afecto das crianças à categoria
de produto versus o impacto das marcas aspiracionais.
Na realidade os nossos estudos têm vindo a apontar para uma crescente ligação destas
marcas a estes pequenos consumidores: referem-nas espontaneamente, preferem os seus
produtos e memorizam as suas campanhas de publicidade.
Vamos ser práticos, ao ver a Publicidade de um refrigerante super gelado, você sente vontade
de tomar? Se a resposta for sim, o seu desejo ultrapassou a sua necessidade, então, o seu
comportamento foi influenciado por tal imagem inserida no contexto da campanha, na qual a
marca do produto está diretamente ligada aos seus desejos e emoções.
No processo de decisão de compra são observados muitos pontos que podem atrapalhar sua
finalização, como: Publicidade mal planejada, comunicação não eficaz dentro da empresa, mau
acompanhamento do cliente, produtos ou serviços inferiores
Tais empresas auxiliam diretamente nas tomadas de decisão referentes à escolha de uma
marca, um sabor, uma cor, uma embalagem, etc.
O interessante disso tudo é ver como a nossa mente trabalha de acordo com os estímulos
sensoriais que são apresentados a cada segundo, onde as nossas necessidades ultrapassam os
desejos, e vice-versa. A mente humana é algo extraordinário, vale a pena conhecer esse
mundo repleto de imaginações e sensações.
Atualmente, a propaganda está na TV, nos jornais, nas rádios, na Internet, nas fachadas das
lojas, nos pontos de ônibus e até nos próprios ônibus urbanos. Há propaganda na rua, dentro
da sua casa e até em banheiros públicos e privados. O alcance da propaganda é
impressionante. E a influência exercida por ela também. Ainda mais quando falamos de jovens
e adolescentes. Já parou para pensar nisso? Vamos discutir mais sobre o assunto:
Para muitos, quando se fala em propaganda, a primeira forma que vem à memória é a
propaganda comercial (também chamada de publicidade). Mas o termo, em sua origem, era
usado principalmente no contexto político, relacionado aos esforços de persuasão
patrocinados por governos e partidos.
Logo, é importante perceber que: toda propaganda visa convencer seu público de algo, mas
nem toda propaganda tem o objetivo de vender ou estimular o consumo. Existem, além das
citadas propagandas políticas, as propagandas com recomendações de saúde, por exemplo,
propagandas com estímulo a denúncias, propagandas para incentivar doações a causas sociais,
etc.
O que ocorre, atualmente, é que os altos custos envolvidos na produção e divulgação das
propagandas acarretam em uma maior porcentagem de propagandas comerciais na maioria
dos meios de comunicação. Aliás, esse é nosso próximo ponto; veja:
A propaganda e o consumo
Como mencionado, toda propaganda visa influenciar seu público. E no caso da propaganda
comercial (a publicidade) o objetivo é exatamente convencer seu público a comprar algo.
Para tanto, a publicidade estuda o comportamento de cada público específico a que será
direcionada e elabora estratégias para tentar convencê-lo a consumir, usando textos, imagens,
cores, trilhas sonoras, apoio de celebridades, promoções, entre outros.
Além disso, a propaganda comercial permeia o dia a dia de uma grande parte da sociedade
atual, presente não só na TV, mas também nas rádios, na Internet e nas ruas (desde as
fachadas até os ônibus urbanos).
A questão é que, para jovens e adolescentes, que ainda estão em fase de formação de seu
caráter e de seus padrões, essa presença massiva da propaganda comercial e a influência de
consumo inevitavelmente exercida por ela podem ser fatores prejudiciais.
Mas é bom lembrar que, em parte, a propaganda só reflete o comportamento de seu próprio
público e há ainda diversos outros influenciadores de consumo, como algumas novelas, filmes
e seriados, alguns canais de youtube dedicados a determinados assuntos (ex.: alguns vlogs ou
blogs de moda que pregam a ostentação), entre outros.
Mas esse público, por mais específico que seja (ex.: homens de 20-35 anos da região X que
pratiquem determinado esporte), ainda terá várias diferenciações entre seus componentes. Só
que a propaganda nivela essas diferenciações, aproveitando-se de padrões e generalizações já
criados pela sociedade para facilitar a comunicação com um público mais amplo.
A propaganda e a obesidade
E a propaganda comercial de alimentos tem ainda outro ponto a seu favor: lida com uma
necessidade básica do ser humano que é a de comer. Provoca sua fome e seus desejos
alimentares. Dessa forma, pode ter uma influência ainda maior.
Reconhecer o real objetivo de persuasão das propagandas é o primeiro passo. Além disso, é
preciso manter crianças, jovens e adolescentes bem informados e atentos a esse tipo de
tentativa de persuasão. Se você tem filhos, procure conversar com frequência com eles sobre
o assunto, explicando, na medida da compreensão de cada um, sobre esse objetivo de
convencimento. Mostre também que o consumo pode ser uma atividade que satisfaz algumas
necessidades, mas não é a chave da felicidade.
Claro que não dá para isolar as crianças, jovens e adolescentes completamente da influência
da propaganda. Mas estimular outras atividades pode ser uma opção interessante para gerar
novas ideias e formas de enxergar o mundo. Quem sabe trocar aquele tradicional passeio no
shopping, por exemplo, por outras atividades, como esportes, encontros em família e com
amigos, contatos com a natureza, etc.