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Todos somos consumidores e todos temos um papel preponderante e vital na economia, local,
nacional e internacional. As decisões que tomamos afetam:
o Economia
Consumidor como
o Emprego dos trabalhadores
elemento estratégico
o Sucesso e a decadência das empresas
Estudo do modo como sujeitos tomam as suas decisões para gastar os seus recursos disponíveis
(tempo, dinheiro, esforço) face aos produtos disponíveis no mercado (Jacoby, 1976; Mowen e Minor,
2009)
Auxilia os responsáveis pela gestão de marketing nas suas decisões e na elaboração de planos de
marketing. Isto porque, fornece uma base de conhecimento público que permite a segmentação dos
mercados para além de indicadores para o posicionamento das ofertas, melhorando a sua capacidade
para diferenciar os seus produtos (posicionamento é o modo como somos percebidos pelo consumidor).
Auxilia o desenvolvimento de políticas públicas que abrangem o desenvolvimento de leis e
regulamentos que exercem impacto sobre os consumidores no mercado (papel importante).
Auxilia na realização de análises do ambiente e no desenvolvimento de investigações e estudos de
mercado.
É uma das várias teorias económicas que tentam explicar a dinâmica da relação entre o comprador e o
vendedor, e que defendem que o elemento entre a fabricação e o consumo é o consumidor, e que este
irá agir conscientemente de forma racional.
Por Exemplo: Usar a comunidade consumidora como produtora → Pedir à população frases para
iogurtes Danone.
Perspetiva Histórica:
Anos 50 a 60
Época formativa e dedicada ao estudo do indivíduo
o São desenvolvidos todos os esforços para explicar a problemática da seleção da marca e
proporcionar explicações do comportamento a partir do envolvimento social do consumidor
(contexto social);
Aprendizagem Desenvolvimento de um
Personalidade conjunto de teorias e
Estilos de Vida
ferramentas muito mais
Grupos de Referência
Etc.. sofisticadas para se
compreender o consumidor
Perspetiva Atual:
Empresarial:
O consumidor é o elemento central das análises estratégicas das empresas. Para serem bem
sucedidas preocupam-se em ter um conhecimento pormenorizado e profundo do consumidor.
Associações:
Surgimento e proliferação de associações e veículos de informação. (Por exemplo: Deco)
→ Association of consumer research
→ Inúmeras revistas especializadas na matéria (comportamento do consumidor).
Consumismo Consumerismo
Impulsivo: A compra funciona como uma Racional: O consumido sabe o que
forma de alívio do stress e de procura e necessita, compara preços e é
observação (sensação de prazer influenciado pela publicidade mas tenta
imediato); não deixar-se “enganar”;
Compulsivo: Caso mais extremo em que Responsável: O consumidor tem
se apresenta como uma forma de preocupações sobre o impacto do seu
dependência (como drogas) e desordem comportamento de consumo no
emocional; ambiente ou na sociedade;
Irracional: Baseado em valores materiais Controlado/Consciente: Baseado em
e na ostentação; valores sociais e ambientais pelas
gerações futuras;
Consumerismo:
Tipo de atitude oposta ao consumismo e que se caracteriza por um consumo racional, controlado e
responsável e que tem em conta as consequências sociais, económicas, culturais e ambientais do
próprio ato de consumir.
Este tipo de atitude tem vindo a ganhar forma através da intervenção social de diversos indivíduos,
movimentos, associações e outro tipo de organizações, que entre outras atividades, defendem os
interesses dos consumidores e promovem o desenvolvimento sustentável do ponto de vista social,
económico e ambiental.
Observacionais:
Consiste em observar o comportamento do consumidor em diferentes situações: ao
usarem o produto, em idas às compras, consumi-los em casa ou então criarem um ambiente
artificial (muitas vezes utilizado com crianças – planetário).
Comportamento de Compra
Principais características:
Mercadorias → Canetas;
Serviços → Estafetas
Recursos → Informáticos/Faturação;
Informação → Registo Criminal/Jornal/Base de Dados;
Status → Comprar algo (BMW) pelo Status;
Sentimentos → Doação de dinheiro a uma instituição;
Tipos de compras
Compras Excessivas
o Compra por Impulso;
Pura;
Relembrada;
Sugerida;
Planeada;
Por Associação;
Nesta compra, não existe grande envolvimento quanto à perceção do risco, mas há grande
envolvimento em relação à satisfação/gratificação do produto.
Estímulo Resposta
Ambiente de loja: Compra por Impulso;
Estética layout;
Excitação;
Promoção;
Funcionários;
Moderador
Características Pessoais:
Falta de controlo;
Extroversão;
Inovação;
Tendência consumo hedónico;
Tendência consumo Impulsivo;
O Modelo E-O-R (estímulo-organismo-resposta) foi a presentado pela primeira vez por Mehrabian e
Russel (1974):
O Modelo reflete os efeitos do espaço físico no comportamento do consumidor. Estes
confirmaram que existiam estados emocionais que funcionam como variáveis moderadoras entre
estímulos ambientais e o comportamento do consumidor.
Mais tarde, Donovan e Rossier (1982) aplicaram este mesmo modelo para prever o
comportamento do consumidor num ambiente de compra, definindo a loja como o estímulos (E), as
respostas emocionais do consumidor como o organismo (O), e o comportamento do consumidor
como a resposta.
Oniomania:
Envolvimento no Consumo
Publicidade Produto Decisão de Compra
(Krugman 1965; (Hurper & Gardner 1971; Slama & Tashchian 1985;
Zaich Owsky 1994) Bloch 1981) Mittal 1989)
Tipo de Decisão:
Tomada de Decisão Complexa: Tomada de Decisão Limitada:
Procura elevada de
informação tendo em Alto nível de diferenciação e alto nível de
Alto nível de diferenciação e baixo nível de
conta alternativas. envolvimento. envolvimento. (Variedade)
Ex: Carros, joías, casas. Ex: Snacks, brinquedos.
Lealdade á Marca: Rotina:
Hábito:
Baixo nível de diferenciação e alto nível de Baixo nível de diferenciaç
Procura mínima de
informação tendo em envolvimento. Ao e baixo nível de envolvimento.
conta uma marca. (Reduzida dissonância) Ex: Sal.
Pré-Compra
Compra Compra
Esgotamento do produto;
Falha do produto em atender às expectativas;
Mudanças na estrutura familiar;
Mudanças nas tendências culturais (Por exemplo: Preocupações ecológicas);
Moda e novidades;
Incremento educativo;
Visões de Consumo: Publicidades que representem projeções futuras, ou seja, simulações mentais
autoconstruídas de situações de futuro consumo. Por exemplo: Jantares a 2 ou viagens.
Procura de Informação:
A informação que o individuo requer para eliminar o seu estado de desequilíbrio. Inicialmente a
procura é interna e depois externa.
A opinião sobre a marca pode ser inerte (indiferente), ineptas (inaceitáveis) ou consideradas
(aceitáveis/familiares).
NOTA: PM tenta influenciar os processos de procura de informação com o intuito de garantir uma
maior proximidade com os consumidores.
É necessário determinar (base do que vamos comunicar):
Avaliação de Alternativas:
Fase de avaliação das diversas alternativas possíveis;
Fase elevada complexidade em termos cognitivos porque exige grande capacidade de
analisar e de refletir.
Julgamento no consumo:
Atividade mental que leva o consumidor a atribuir causas (internas ou externas) ao
produto/serviço/marca. Pressupõe um pensamento de informação de um modo mais ou menos
controlado.
Forma Controlada: Onde o consumidor está sempre consciente de tudo aquilo que vai julgar.
Forma Não Controlada: Consumidor economiza energias mentais simplificando o processo de
julgamento (mais frequente) → Processamento de informação heurística
Decisão no Consumo
Fase de compra do produto. Estende-se por vários aspetos, o estabelecimento, a quantidade e o
acondicionamento.
Satisfação do Consumidor:
Satisfação pós compra: Estado psicológico traduz a ausência da diferença percebida entre as
expectativas que se tem em relação ao produto r o seu desempenho.
Insatisfação Satisfação
Desconfirmação negativa Confirmação
Se o desempenho do produto não Se o desempenho atende às
atender às expectativas; expectativas do consumidor ele fica
satisfeito;
Dissonância cognitiva Consonância cognitiva
Desconfirmação positiva: Se o
Desempenho excedeu as expectativas;
O consumidor vive com a insatisfação através da atuação: Pública, queixa á empresa envolvida, ou
privada, boicote individual ao fabricante (divulgação boca-a-boca da experiência negativa).
Cultura e Valores
“Cultura e valores”
Segundo Tylor, é o “conjunto complexo que inclui os conhecimentos, as crenças, a arte, a lei, a
moral, os costumes e todas as outras capacidades hábitos adquiridos pelo homem enquanto
membro de uma sociedade”. Pode manifestar-se dos mais diversos modos, mas fá-lo principalmente
nos comportamentos. Estes são a concretização das normas e dos valores vigentes num
grupo/comunidade, afetando profundamente as decisões de compra e as estratégias de marketing e
publicidade.
Características da cultura:
Invisível;
Satisfaz necessidades dos membros da comunidade no domínio:
Sentimento de pertença social (mecanismos de identificação)
Ideologia;
Segurança (reduz ansiedade e incerteza);
Estabilidade (património histórico alterado);
Aprendida;
Inventada, surge como um produto natural das relações e interações estabelecidas devido a:
Ideologias, crenças e ideias;
Tecnologias;
Organizações, modos de agrupamento das pessoas;
Partilhada;
Adaptativa (sistema aberto);
Organizada;
Em Portugal:
Distância hierárquica – média
Individualismo/coletivismo – equilíbrio
Evitamento de incerteza – elevado
Masculinidade/feminilidade – baixo
Valores Instrumentais:
Referem-se a modos desejáveis de conduta e são motivadores para alcançar os estados finais de
existência.
Medem as abordagens básicas que os indivíduos utilizam nos seus modos de vida para atingirem
os valores de expressão final.
Valores Finais:
Referem-se a estados finais de existência. São idealizados para apurar a expressão dos estados
finais de existência.
Valores Pós-Materialistas:
Relacionados com os objetivos da vida que privilegiam a qualidade de vida, a autonomia
individual, a participação social, as dimensões estética, intelectual, ambiental e humanista da
vida e, os esforços no sentido de promover a tolerância e a participação social, são elementos de
destaque.
Regra geral: Surgem após longos períodos de segurança física e económica.
Tendências Culturais
Conteúdo Individual:
o Incorporar beleza no que nos rodeia;
o Tendência para o misticismo e para a introspeção;
o Valorização do tempo de lazer;
o Tendência para viver o dia-a-dia;
o Desenvolvimento da criatividade pessoal;
o Autorrealização;
o Simplificação da vida;
Médico-Corporais:
o Melhorar o aspeto, a aparência física e a saúde corporal;
o Tendência para a natureza e atividade desportiva, e para a automedicação;
Proteção Extra:
o Familiaridade;
o Romantismo;
o Novas formas sociais e culturais;
o Tendência para o consumismo, novas formas de materialismo;
o Pacifismo;
o Ecologia;
É um consumidor funcional, bem informado, preocupado com o meio ambiente. A formação tem
lugar fundamental como consequência de uma elevada competitividade e necessidade do domínio de
novas tecnologias. O grande acesso à educação propiciará consumidores cosmopolitas, independentes e
inovadores. Este quer produtos funcionais, que lhe simplifique a vida e poupe tempo. As
telecomunicações serão as princiapis responsáveis por alterações no consumo.
Estilos de Vida:
Reflete o modo como a pessoa vive que, é determinado por fatores demográficos, económicos,
culturais, sociais e internos e, que se manifesta de forma significativa no comportamento de consumo,
que codifica um comportamento específico característico de cada estilo de vida.
Determina-se e segmenta-se o mercado em diferentes perfil de consumidores segundo os seus
estilos de vida.
Inicialmente a medição dos estilos de vida realizou-se quase exclusivamente com recurso a:
Questionários ALO;
VALS 1 e 2;
Global Scan;
Monitor Yankelovitch;
VALS 1 e 2:
Nos finais do anos 70, é apresentada um programa de análise de estios de vida denominado
VALS (values and lifestyle).
VALS 1: Esta abordagem é utilizada pelas empresas americanas para segmentar os mercados
e para orientar o lançamento de novos produtos. Permite dividir a população adulta americana
em 9 segmentos de acordo com valores dominantes do grupo e estilos de vida.
Limitações: Segmentos muito desiquilibrads do ponto de vista quantitativo faz com que haja
uma revisão surgindo a VALS 2.
VALS 2: 40 afirmações baseadas em atitudes, valores e atividades cujos resultados
classificam:
o Auto-orientação (objetivos e comportamentos impulsionados por princípios e
crenças, estatuto, interação social e atividades do individuo).
o Recursos (capacidade física, psíquica e material do individuo para responder à auto-
orientação dominante).
Apresenta-se sob forma de inquérito anual constituído a partir de uma escala de 31 valores
reveladores de tendências de fundo da sociedade americana. Variáveis socio-económicas e
demográficas, comportamentais, opiniões e atitudes. Investigar as oportunidades de novos produtos e
renovação dos emas de expressão publicitárias
Abordagem mais abrangente quando comparada com os outros métodos de identificação do Estilo
de Vida e já foi utilizada com êxito.
Baseia-se em critérios que agrupam os consumidores:
o Objetivos (o que querem);
o Motivações (porque querem);
o Valores; 4 C’s: Decisivos nas escolhas individuais de alta e
o Contexto cultural e social; baixa implicação;
7 Famílias de Consumidores:
Do estudo dos 4C’s resultam 7 tipos de família de consumidores que estão divididas em 3 grupos:
Constrangidos;
Adaptados;
Transformadores;
Adaptados: (53%)
Segurança, aceitação social, reconhecimento.
3. Integrados (30%) – Mais de 30 anos, escolaridade média e superior, tradicionais. São
poupados, cautelosos, apresentam preocupações económicas, centrados
na segurança familiar.
4. Ambiciosos (9%) – Jovens adultos, escolaridade média, superior. Bem sucedidos, ambiciosos,
materialistas. Dão valor ao status.
5. Vencedores (14%) – Escolaridade média e superior, auto confiantes, otimistas, competitivos,
líderes. Com um estilo de vida profissional. Têm como objetivo o sucesso
material e o poder, e dão valor ao reconhecimento social.
Transformadores: (34%)
Individualismo, divergência das regras, procuram mudança. Orientação interna para necessidades
individuais mais do que orientação para valores e aparência externa.
6. Inquietos (12%) – 18-30 Anos. Escolaridade média e superior. Rebeldes, liberdade, vanguarda
cultural. Compra por impulso, produtos não massificados.
7. Reformadores (22%) – Somente mulheres, com mais de 30 anos com escolaridade superior.
Têm como objetivo melhorar o mundo, têm elevado sentido de
responsabilidade. Comportamento de compra mediado, pouco
consumistas.
Família:
Trata-se de uma das instituições de socialização no consumo mias importantes, isto porque as
decisões de consumo influenciam várias pessoas, logo torna-se importante conhecer o fluxo de
influência. O consumo varia de acordo com o ciclo de vida da família - em cada fase deste ciclo de vida
existe maior propensão para um determinado tipo de consumo.
Alterações demográficas:
Desde 1970 que ocorre o aumento exponencial do número de agregados familiares mas uma
diminuição do numero de pessoas por eles constituídos. Isto acontece devido à nupcialidade tardia e o
surgimento de novos formatos familiares, casa-se menos, existe uma baixa taxa de fecundidade e
como consequência um crescimento do trabalho feminino e um aumento de monoagregados devido
ao aumento dos divórcios .
Papeis da Família:
Parental Yielding: Quando a tomada de decisão é influenciada pelo pedido da criança, seja porque
viu na TV ou porque os colegas também têm. A criança tem o papel de influenciador e utilizador.
A publicidade tem a capacidade de influenciar as crianças uma vez que se encontram a desenvolver
o seu cognitivo, isto porque são vulneráveis à persuasão e não têm noção do real.
A célula familiar evolui com o tempo. A noção de ciclo de vida familiar procura apreender esta
evolução identificando uma série de fases-chave. Corresponde ao conjunto de etapas diferenciadoras
que dividem a vida do individuo de acordo com a sua idade, emprego, numero de filhos e tipos de
consumo.