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Se considerar todos os encontros que temos a cada dia com os produtos, marcas e
propagandas, sem mencionar as escolhas de pessoas e de gastos de tempo, você começará a
entender algo do escopo de um assunto chamado comportamento do consumidor. Mais do que
uma área especializada do marketing, o comportamento do consumidor afeta quase todos os
aspectos da nossa vida diária.
Hoje em dia, as empresas reconhecem que o consumidor é rei. Sabendo por que e
como as pessoas consomem os produtos, os profissionais de marketing conseguem
compreender como podem melhorar os produtos existentes, quais tipos de produto são
necessários no mercado e como atrair os consumidores a comprar seus produtos. Em
essência, a análise de comportamento do consumidor ajuda as empresas a descobrir como
agradar o rei e com isso impactar diretamente a receita. A longo prazo, um não existe sem o
outro. Sem a satisfação do consumidor, não seria possível às organizações aumentarem suas
vendas e receitas.
A manufatura surgiu no início do século XIX e floresceu durante a guerra civil, dando
início ao poder dos produtores do final do século XIX até a primeira parte do século XX. Os
produtores dominavam o que seria produzido e, em último caso, o que seria disponibilizado
para os consumidores comprarem. Os varejistas começaram a impor seus pontos de vista
sobre o que fabricar, como os produtos deveriam ser embalados, onde deveriam ser
estocados, qual o seu preço e como deveriam ser vendidos . Os varejistas dominavam os
outros membros da cadeia porque eram a ponte entre a produção e o consumo.
No fim do século XX, o poder mudou de mãos, alimentado pela formalização do estudo
do comportamento do consumidor e da implementação da pesquisa do consumidor. O
crescimento da concorrência e a diminuição do crescimento da população criou um ambiente
no qual muitas companhias estavam perseguindo os consumidores que eram bombardeados
por pressão de tempo e milhares de anúncios por dia. O novo milênio trouxe um novo chefe
que iria ditar quais produtos e serviços estariam disponíveis aos consumidores.
Por uns poucos anos após a Segunda Guerra Mundial, era fácil predizer o que os
consumidores iriam comprar – qualquer coisa que as empresas pudessem produzir. Os
consumidores estavam se recuperando da escassez experimentada durante a Depressão e os
anos de guerra. A era da escassez acabou, entre os anos 60 e 70, e com o seu fim veio uma
nova era – a era do marketing. Durante esse tempo, a capacidade de produção ultrapassava a
demanda, exigindo que o estudo do comportamento do consumidor se desenvolvesse para
além das suas raízes econômicas.
Trocar a orientação para vendas para a orientação para o marketing exigiu um conjunto
de ferramentas muito mais sofisticado para se compreender os consumidores e o que eles se
interessam em comprar.
Para poder ter sucesso nesta era, as empresas precisarão afiar suas habilidades em
áreas como tecnologia de informação, decisões de compra do consumidor, branding e
estratégias de internet. E precisarão afiar também suas habilidades já desenvolvidas em
propaganda, comunicação e marketing.
A observação domiciliar leva os profissionais de marketing para dentro das casas das
pessoas para constatar exatamente como os produtos são consumidos.
Os grupos de foco são frequentemente utilizados para lidar com uma variedade de
questões relativas aos consumidores e ao consumo. Normalmente esses grupos de foco
consistem em 8 a 12 pessoas convolvidas em uma discussão liderada por um moderador hábil
em fazer que os consumidores discutam um assunto em profundidade, focado em um tópico de
interesse do pesquisador. Comparado com um levantamento em larga escala por telefone ou
pelos correios, os grupos focais podem ir a fundo em determinados aspectos específicos sobre
como os consumidores se preparam para comprar, decidem a compra e usam os produtos.
Vários estrategistas de marketing estão colocando muito mais ênfase na retenção dos
consumidores que na busca de novos consumidores, pois geralmente é mais barato reter os
seus consumidores que atrair os novos. Portanto, a fidelidade do cliente baseada em genuína
satisfação dos consumidores um dos maiores ativos que uma empresa pode desenvolver.
Há vários anos, os supermercados, que operam em uma indústria com margens baixas
e altamente competitivas, procuraram formas de se diferenciar dos concorrentes. Uma fartura
de promoções encabeçada pelos comerciantes implicava que a maioria das lojas da região
teria de fazer o mesmo. Muitos deles adotaram cartões de cliente preferencial, tentando passar
descontos especiais para seus clientes preferenciais, no lugar de premiar aqueles que só
vinham atrás de promoções. Os consumidores entraram nesses programas com vistas a
conseguir as vantagens de membros especiais.
- institua uma política de qualidade total. Comprometimento total com a excelência a partir da
alta gerência por meio de um sistema eficaz de círculos de qualidade (grupos de empregados
que se encontram regularmente para resolver problemas), um sistema de sugestões dos
empregados, amplo uso de princípios de controle estatístico de qualidade, o objetivo por “zero
defeitos”, e programas constantes de treinamento. Um compromisso com a qualidade ajuda a
garantir que os produtos vão satisfazer os consumidores, promover a confiança e as vendas
futuras.
- crie expectativas realistas. Lembre-se de que a satisfação está baseada na forma como as
expectativas dos consumidores são respondidas.
- proporcione garantias. A garantia dos produtos cresceu nos últimos anos pela possibilidade
da diminuição dos riscos de uma marca ou produto particular. Apesar da evidência de que as
garantias são mais importantes para avaliação de uma nova marca, todas as empresas usam-
na para encorajar as vendas e criar uma relação com o consumidor.
- proporcione informações sobre o uso do produto. Os consumidores devem receber
informações sobre como os produtos devem ser usados (para garantir o melhor desempenho
do produto), enquanto os projetistas de produtos devem antecipar as formas como os
consumidores podem adaptar o produto para uso nas suas condições reais ou aos seus estilos
de vida.
Apesar de muitas empresas terem adotado uma perspectiva global, na qual todas as
áreas do mundo podem ser vistas como oportunidades para comercializar ou adquirir produtos,
a pergunta é se é possível usar o mesmo programa de marketing em todos os países. Ou os
programas de marketing devem ser modificados para cada país? Existem muitas
considerações estratégicas a ser feitas em termos de custo, imagem de marca, mensagem e
métodos da propaganda e eficácia que devem ser avaliadas antes de decidir qual a melhor
solução para um produto em particular. Se os programas de marketing devem ser modificados
para cada cultura, as empresas fracassarão se não desenvolverem produtos, promoções e a
própria organização específicos para cada país. Porém, grandes economias de escala e
vantagens de imagem de marca unificada são conseguidas se o programa de marketing for
padronizado. A verdade é que existem diferenças culturais entre os consumidores de diferentes
culturas que devem ser consideradas em algum ponto do plano de marketing. O desafio é
construir o cerne da estratégia de marketing com base nos traços universais e não nas
diferenças. Pensar globalmente e agir localmente tem sido a escolha estratégica de muitos
especialistas de marketing.
Ninguém compra um produto a não ser que haja um problema, uma necessidade ou
um desejo. O objetivo é analisar como os indivíduos ordenam fatos e as influências para tomar
decisões que são lógicas e consistentes para eles.
Todos estão expostos a uma enxurrada de mensagens competindo por suas atenções,
mas cada um compreende, aceita e retém apenas algumas delas. O valor da marca e a
imagem favorável da marca nas mentes dos consumidores auxiliam as empresas a introduzir
suas mensagens.
O melhor vendedor gerencia os atributos gerais e a imagem da loja para alcançar uma
carteira de clientes preferenciais dentro do mercado-alvo e gerir, em pequenos detalhes, todos
os aspectos da experiência de compra dentro da loja.
- consumo: Depois de o consumidor realizar a compra e tomar posse do produto, o consumo
pode ocorrer – o ponto no qual o consumidor utiliza o produto. O consumo pode ocorrer tanto
imediatamente quanto em um momento posterior.
- conhecimento: é definido como informação guardada na memória. Isso inclui ampla coleção
de itens como disponibilidade e características dos produtos e serviços; onde e quando
comprar; e como utilizar o produto. Um objetivo principal da propaganda é o de a venda
fornecer conhecimento relevante e informação aos consumidores, assim como assisti-los na
tomada de decisão, especialmente na solução de problemas ampliados.
- atitudes: o comportamento é fortemente influenciado por atitudes sobre uma dada marca ou
produto. Uma atitude é simplesmente uma avaliação geral de uma alternativa, variando de
positiva a negativa. Uma vez formadas, as atitudes têm o papel diretivo na escolha futura e são
difíceis de mudar. Ainda assim, a mudança de atitude é um objetivo comum do marketing.
- classe social: as classes sociais são divisões dentro da sociedade que agrupam os indivíduos
que compartilham valores, interesses e comportamentos similares. Diferenças de status
socioeconômico podem levar a diferentes formas de comportamento de consumo (por exemplo,
os tipos de bebidas alcoólicas servidas, o estilo do carro conduzido, os estilos de vestidos
preferidos).
É mais provável que as compras repetidas sejam feitas baseadas em hábitos ou rotinas
quem simplificam a vida do consumidor. O comportamento habitual toma diferentes formas
dependendo do processo de decisão seguido na compra inicial: fidelidade à marca ou à
empresa e inércia.
Os consumidores geralmente expressam sua satisfação com suas marcas atuais, mas
continuam se engajando na troca de marca. O motivo é a busca de variedade, que ocorre
quase frequentemente quando há muitas alternativas similares, substituição usual de marca e
alta frequência de compra. Isso pode acontecer simplesmente porque alguém está entediado
com sua escolha de marca atual, ou pode estimulado por dicas externa tais como as queimas
de estoque de lojas, ou cupons que promovem a troca.