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Importante:
Este conjunto de textos visa apenas orientar o estudo dos alunos sobre
o conteúdo desenvolvido em sala de aula. Não substitui, portanto, as
discussões em sala de aula sobre os temas abordados ou atividades
desenvolvias. Nas avaliações realizadas, as anotações de aula e as
correções das atividades são igualmente importantes.
São Paulo
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MARKETING – HISTÓRICO E CONCEITUAÇÃO
1. ETIMOLOGIA
Marketing adquiriu seu sentido moderno nos EUA,
acompanhando a evolução das técnicas comerciais. Existem
traduções possíveis em nosso idioma, como comercialização ou
mercadologia, mas não traduzem o dinamismo das suas ações. A
palavra mais próxima do conceito de marketing está há muito em
desuso, é mercância; ato de mercadejar. Por isso optamos por
utilizar a expressão em inglês.
2. HISTÓRICO E CONCEITUAÇÃO
Na Revolução Industrial economistas clássicos teorizaram
sobre a preocupação fundamental com a produção e a distribuição
de bens (1ª. função do marketing), mas não abordaram o consumo
e o desejo dos consumidores. Isso se justificava pela condição
socioeconômica da época, estagnada em níveis muito baixos.
Não reconheceram que a demanda poderia ser criada ou
estimulada, acreditava-se que ela era unicamente regulada em
função dos preços. Keynes, economista inglês, em 1936 mostrou
pela primeira vez que fatores subjetivos, mas não menos
importantes, influenciavam poderosamente o comportamento do
consumidor.
Na década de 1920, quando a capacidade produtiva se
igualou à demanda, surgiram técnicas de venda mais agressivas,
propaganda e guerra de preços como armas de competição.
Nessa época a propaganda tinha como objetivo a venda a qualquer
custo, sem preocupação com o bem-estar do consumidor e da
sociedade em geral. Essa fase onde o cliente é visto como um mero
comprador, já que o foco é na venda do produto, ficou conhecida
como marketing 1.0. Por volta da década de 1940 percebeu-se que
a melhor maneira de competir era a compreensão mais profunda
do que realmente interessava ao mercado, focando a venda no
consumidor, e surge o investimento em pesquisas de mercado e o
marketing 2.0.
Entre meados da década de 1970 e o início da década de
1990 (dependendo do país) o marketing 3.0 passa a ver o cliente
não apenas como consumidor que precisa ser conhecido, mas
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como um ser humano que deve ser respeitado em seus valores,
espiritualidade e demanda social, e as marcas passam a incluir em
seus produtos conceitos de sustentabilidade, inclusão e
responsabilidade social.
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CONCEITOS BÁSICOS
• NECESSIDADE
Lacuna entre uma situação atual e uma situação futura desejada. É
o início das tarefas de marketing, identificar essas necessidades,
que são sempre genéricas e abrangentes, e tentar satisfazê-las
adequadamente. Monitorar as necessidades dos consumidores
deve ser uma tarefa contínua.
O marketing cria necessidade?
• DESEJO
Considerado como anseio ou vontade de posse, é a energia que
atua sobre a necessidade detectada, colocando o consumidor em
estado ativo de compra quando está ao alcance do consumidor. É
sempre específico, dá forma, nome e identidade à necessidade
genérica. Cabe ao marketing direcionar as necessidades do seu
púbico alvo a produtos e serviços específicos.
O marketing cria desejo?
• EXPECTATIVA
Mostra a percepção do consumidor frente ao que o marketing lhe
propõe. A expectativa é formada a partir de: Informações do Meio
+ Elementos Emocionais. Monitorar a expectativa do público e
dosá-la para que ela não seja alta ou baixa demais é a parte mais
difícil do marketing.
Expectativa alta X Expectativa baixa
• HÁBITO
É o objetivo maior do marketing. Indivíduos tendem a apegar-se a
um hábito pela continuidade de uma determinada satisfação,
seja para evitar riscos ou por acomodação.
Cliente fidelizado = Objetivo alcançado?
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AMBIENTE DE MARKETING
AMBIENTE INTERNO
• É o ambiente gerador do produto/serviço, a própria
organização turística, que pode ser dividida em três grupos:
organismos oficiais ou mistos, empresas de turismo
receptivo e empresas de turismo emissivo.
MICROAMBIENTE EXTERNO
• Consumidores – Alterações nas preferências do público-alvo
é a principal preocupação das organizações turísticas.
• Fornecedores e intermediários – Empresas que direta ou
indiretamente entram na composição dos serviços oferecidos
ou os distribui.
• Concorrentes – Oferta de produtos similares que interferem na
estratégia das demais empresas, procurando sempre
diferenciar-se e ser mais competitivo que os concorrentes.
MACROAMBIENTE EXTERNO
Fatores que influenciam as organizações e sobre os quais não
é possível promover alterações. As empresas podem ou não se
adaptar a esses fatores.
• Ambiente demográfico – Tamanho, crescimento e distribuição
da população.
• Ambiente econômico - Renda familiar, gastos com lazer,
inflação, crescimento econômico e emprego do núcleo emissor.
• Ambiente político-legal - processo legislativo que pode
influenciar o turismo.
• Ambiente sociocultural - Manifestações culturais que refletem
o comportamento e o modo de vida das comunidades.
• Ambiente tecnológico - Recursos técnicos como meios de
transporte e comunicações para os quais as organizações
devem estar atualizadas.
• Ambiente ecológico – Um dos principais fatores de atratividade
do turismo. A atuação humana pode beneficiar ou desvaforecer
essa atividade.
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POSICIONAMENTO
1. DEFINIÇÃO E IMPORTÂNCIA
É o ato de desenvolver a imagem de uma marca/produto e
posicioná-la de forma única/especial na mente do público-alvo.
Trata da proposição de valor que oferece uma razão convincente
(as vezes inconsciente) a aquisição da marca/produto. O lugar na
mente em que os consumidores posicionam uma referida
marca/produto é absolutamente fundamental para a
sustentabilidade mercadológica.
2. VERBOS E ADJETIVOS
a. Verbos - refletem as ações importantes imaginadas na empresa
ou com o produto/serviço.
b. Adjetivos - refletem como a empresa/produto/serviço é
qualificado pelo seu público-alvo.
3. ASPECTOS REFERENCIAIS
Fatores que remetem o pensamento do público à região.
Identifica-se a que esse público relaciona a região e se essa
associação é positiva, negativa, limitada, equivocada etc.
a. Recanto característico – local (natural) ou acidente geográfico
que possua uma relação única com a região, como o Pão de
Açucar, Cataratas do Iguaçu, as dunas de Natal ou a neve nas
cidades serranas de Santa Catarina.
b. Construção/equipamento característico – obra que se torna
uma referência, como o Masp, o Cristo Redentor as esculturas
de Aleijadinho ou a Catedral de Brasília.
c. Personalidade – indivíduos com forte relação com um destino,
como Pelé, Aleijadinho, Ivete Sangalo, Ayrton Senna, Romário,
Hebe Camargo e Sílvio Santos.
d. Fato histórico – acontecimentos de grande relevância que
caracterizam um destino como o descobrimento do Brasil em
Porto Seguro, declaração da independência, Guerra dos
Farrapos ou a inconfidência mineira.
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e. Música característica – ritmos característicos como o frevo, o
reggae, tango ou canções como Cidade Maravilhosa, Garota de
Ipanema, Aquarela do Brasil, Sampa e Trem das Onze.
f. Culinária – como o pão de queijo, acarajé, churrasco, pato a
tucupi, tucanaré ou tapioca.
g. Obra artística – como os livros (e também filmes e novelas
adaptados de) Jorge Amado, filmes como Tropa de Elite, Cidade
de Deus e Carandiru.
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ANÁLISE COMPARATIVA DA CONCORRÊNCIA
Lanches – var. X X X
Bebidas – var. X X X
Inovação X X X
Espera - mesa X X X
Espera - pedido X X X
Estacionamento X X X
Divulgação X X X
Público X X X
Rapidez atend. X X X
Cortesia atend. X X X
Limpeza X X X
Promoções X X X
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ANÁLISE S W O T
5) Conclusão:
➢ Produto de Destaque - mais pontos fortes (e importantes) do
que fracos
➢ Produto Instável - mais pontos fracos (e importantes) do que
fortes
➢ Produto Sustentável - equilíbrio entre pontos fortes e fracos
➢ Negócio Ideal - muitas oportunidades e poucas ameaças
➢ Negócio Especulativo - grandes oportunidades e ameaças
importantes que não podem ser ignoradas
➢ Negócio Maduro - poucas oportunidades e ameaças
➢ Negócio Problemático - poucas oportunidades e muitas
ameaças
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PRODUTO
1) ESTRATÉGIA DE DIFERENCIAÇÃO
• Diferenciação funcional
• Diferenciação emocional
3) SEGMENTAÇÃO DE MERCADO
Divisão de um determinado mercado em subconjuntos homogêneos
onde cada um deles possui integrantes com necessidades e
desejos específicos, diferenciando-os do mercado principal.
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CICLO DE VIDA DO PRODUTO TURÍSTICO
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ANÁLISE DE PORTIFÓLIO DE PRODUTO - BCG
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VACA LEITEIRA - Produto que tem alta participação em um
mercado maduro, com baixa taxa de crescimento. Gera
rendimentos fartos com um mínimo de investimento, apenas o
suficiente para sua manutenção. É a maior fonte de recursos para
os investimentos futuros da empresa em novos produtos.
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SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
Tipologia da distribuição
Nível da distribuição
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POLÍTICA DE PREÇO
Para definir sua política de preços uma empresa deve analisar sua
estrutura de custos, o nível de inovação do produto, o preço dos
concorrentes e o tipo da sua demanda. Deve também identificar o
objetivo da sua precificação, que podem ser:
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COMUNICAÇÃO PUBLICITÁRIA
TEMA DA MENSAGEM
É a ideia central da mensagem a ser transmitida. Trata-se de um
aspecto abstrato, que explica benefícios de forma ampla.
Essa ideia pode ser explícita (Bombril tem 1001 utilidades) ou
implícita (Natura. Bem Estar Bem X O mundo é mais bonito
com você)
Como o emissor provoca a percepção desejada no receptor
Reflete a USP (unique selling proposition) que resume a principal
razão da compra a ser compreendida pela audiência visada,
como por exemplo: status, exclusividade, sedução, beleza,
autoestima, poder, praticidade, economia etc.
SLOGAN
Concentra a ideia do tema da mensagem – como se toda a
campanha pudesse ser resumida nele. (A diferença é que o
ESTADÃO funciona. Ou, De mulher para mulher, MARISA)
Facilita a percepção da marca, produto, serviço ou destino e
transmite as características e os benefícios de um produto.
(Sonhe com o mundo, a CVC leva você)
Deve ser positivo, breve, simples, incisivo e direto. (BRASIL.
Sensacional !)
Um bom slogan é extremamente eficiente para fixar a marca e
transmitir as qualidades/características de um produto. (Sonhe
com o mundo, a CVC leva você)
Deve-se ter em mente que nem o melhor dos slogans é mais
importante que o próprio produto. (SÃO PAULO, deixe essa
cidade surpreender você) (PRAIA DO FORTE RESORT, a
polinésia brasileira)
LOGOMARCA TURÍSTICA
Elemento principal de lembrança no mercado e expressa a
identidade corporativa da empresa ou do destino. Formada por
nome, logotipo (arranjo visual das letras que faz com que o
nome seja reconhecido) e isotipo (imagem icônica
representativa da marca).
FREQUÊNCIA DE CAMPANHA
LINEAR – veiculação semanal por pelo menos 9 meses por ano.
Indicada para produtos de massa, consumo elevado e contínuo.
ONDA – veiculação mínima quinzenal entre 4 a 8 meses por ano.
Indicada para produtos que não são sazonais e nem de massa.
CONCENTRADA – feita semanalmente e por no máximo 3 meses
por ano. Indicada para produtos tipicamente sazonais.
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INSTRUMENTOS PROMOCIONAIS
• Propaganda
• Publicidade
• Relações Públicas
• Merchandising
• Folheteria
• Fam tour
• Promotores
• Ambientação
• Programas de fidelidade
• Eventos
• Patrocínio
• Audiovisual
• Internet / redes sociais
• Workshop
• Descontos
• Brindes, concursos e sorteios
• Up Grade
• Comissionamento
BIBLIOGRAFIA
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CHIAS, JOSEP. Turismo o negócio da felicidade. São Paulo: Senac, 2006.
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São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
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KOTLER, Philip et al. Marketing de lugares. São Paulo: Prentice Hall, 2006.
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MATTAR, Fauze N. Pesquisa em marketing. São Paulo: Atlas, 1996.
MORRISON, Alastair. Marketing de hospitalidade e turismo. São Paulo:
Cengage Learning, 2012.
PEREIRA, Marcos. Marketing de cidades turísticas. São Paulo: Chronos,
2001.
PORTER, Michael E. Competição. Rio de Janeiro: Campus, 1999. (cap. 1, p. 2
ZACCARELLI, Sérgio B., Edmir. Estratégia e Sucesso nas empresas. São
Paulo: Saraiva, 2000.
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