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DE SUPRIMENTOS
Aldo Santos
1 CONCEITO E EVOLUÇÃO DA GESTÃO DE OPERAÇÕES
Podemos afirmar que esta área é o elo entre a empresa e o cliente em relação à entrega
de um produto ou a realização de um serviço, uma área prática, de execução de
atividades e processos manuais ou com o apoio da tecnologia, e que tem o suporte das
áreas financeiras, comerciais e de Recursos Humanos.
Começamos aqui nossa caminhada por esta grande área estratégica, da qual
conheceremos quatro de suas principais áreas: Produção, Gestão de Materiais e
Patrimônio, Logística e Qualidade.
Neste primeiro bloco, vamos ter uma noção sobre a evolução e o conceito histórico que
envolve estas áreas, a influência da Administração Científica de Taylor para os sistemas
produtivos, o conhecimento do processo através do Modelo de Transformação, as
Estratégias e os Sistemas básicos de produção, além do conceito envolvendo as
metodologias do Just in Time e do Lean Manufacturing.
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1.1 Evolução do sistema de produção, qualidade e logística
Uma das premissas para o conceito de produção já vem da era primitiva, em que o
homem tinha que produzir para sua própria subsistência. Atividades como caçar, pescar,
plantar, construir seu próprio abrigo, produzir suas vestimentas, todo este contexto está
relacionado a aspectos produtivos.
Com a evolução, temos também como exemplo o período medieval, era em que já tinha
uma sociedade mais formada, pessoas morando em castelos e vilas. Ainda havia a
necessidade da subsistência, porém tinham também as construções, o plantio em larga
escala, o comércio e as atividades dos ferreiros, na construção de armas, principalmente
por ser uma era de grandes batalhas.
Com o passar dos anos e o crescimento da sociedade, outros fatores foram surgindo,
dentre eles as duas grandes Revoluções Industriais, o marco para o sistema produtivo.
A primeira era da Revolução Industrial ficou marcada pela criação da máquina a vapor,
a mecanização na agricultura, tendo como base o uso do carvão e do ferro como
material base para a fabricação e funcionamento das fábricas.
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Após certo período, veio a segunda Revolução Industrial, marcada pelo uso do aço e da
eletricidade como fator motor da industrialização. Com a crescente necessidade de
consumo e aumento da demanda e um forte apelo à industrialização, entre os séculos
XVIII e XIX surgiram as primeiras grandes fábricas, e com isso a migração do trabalho
artesanal foi inevitável para as indústrias, principalmente em função dos salários
atrativos e a possibilidade de ganhos reais.
Após a Segunda Guerra Mundial, o Japão devastado teve o apoio dos Estados Unidos
para se reerguer como economia. Um dos fatores que chamaram atenção para este
contexto foram as técnicas orientais, sendo um dos principais precursores o chamado
Sistema Toyota de Produção, no qual com o uso de metodologias e ferramentas
revolucionaram a forma de pensar o sistema produtivo. A base era a eficiência, a
produtividade e a diminuição drástica de desperdícios e custos no sistema produtivo.
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1.1.2 Evolução e conceito de Qualidade
Segundo Mello (2011), o termo qualidade vem do latim qualitate, conceito desenvolvido
por diversos estudiosos e que tem origem na relação das organizações com o mercado.
Entre o final do século XVIII e início do século XIX, houve diversas transformações no
cenário industrial, principalmente:
Mello (2011) e Custódio (2015) relatam os estágios (Figura 1.1) que foram impactantes
no processo de evolução da qualidade no período industrial até os atuais momentos:
1ᵃ Era – Inspeção da Qualidade: este estágio foi dominante na era pós Revolução
Industrial, inclusive no período de Taylor, mentor da Administração Científica. O
conceito se baseava em separar os produtos bons dos produtos ruins, em que a
inspeção de produtos faz parte do processo produtivo, entretanto, feita apenas
no final da produção de um item. Este tipo de abordagem gerou situações como
retrabalho e desperdício de materiais e produtos.
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Gestão pela
Garantia de Qualidade
Controle de qualidade Total
qualidade
Inspeçã
Fonte: Disponível em
<https://elearning.iefp.pt/pluginfile.php/48390/mod_scorm/content/0/ane03/01ane03t.htm>. Acesso
em: 13 dez. 2019.
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4ᵃ Era – Gestão da Qualidade: os sistemas eram apenas voltados aos produtos e
serviços, mas é necessário ter também a responsabilidade da empresa
envolvendo fornecedores, clientes e funcionários. Com isso, as normas de
qualidade passam a ter enfoque não somente nos processos, mas no sistema de
gestão da empresa como um todo.
Inicialmente, vamos considerar as tribos nômades muito comuns nas eras mais antigas.
Por não ter moradia fixa, a tribo migrava de região para região, mas sempre em função
de alguma situação que poderia vir a ocorrer. O que chama a atenção é que esta
mudança gerava uma estratégia logística; no caso, organizar os utensílios, definir rotas
e tempo até chegar a outra região, entre outros fatores. O que poderia mudar nessas
decisões era a forma como a mudança poderia ocorrer, ou seja, por motivos diferentes.
Outros exemplos podem ser considerados, como as pirâmides do Egito, cuja construção
se deu por meio da movimentação de grandes pedras através de roletes, além da
organização de pessoas na coordenação dessas construções.
Assim como na área de Produção, a Logística começa a ter um enfoque mais estratégico
a partir da década de 1950 que também está relacionado ao avanço da industrialização
e dos conceitos das técnicas orientais, como o Sistema Toyota de produção, no qual há
o estudo de estoques, transporte e movimentos, o modelo do Just in Time, a produção
enxuta e diversos outros fatores.
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A evolução do conceito de logística tende a se tornar mais amplo com o comércio
eletrônico e a redução de estoques ao longo da cadeia, e hoje essa é uma das áreas que
ainda requer estudos para diminuição de custos e tempos de entrega para atender as
necessidades dos clientes. Em suma, produção, logística e qualidade estão intimamente
ligados cada um com suas especificidades, mas com um resultado conjunto.
Neste período, três importantes teorias são difundidas (Quadro 1.1), cada uma
defendendo seu ponto de vista, e considerando em outras certa convergência em alguns
temas, mas também críticas veementes sobre as ideias defendidas pelos seus autores.
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Como já mencionamos anteriormente, a Administração Científica teve como idealizador
o Engenheiro Frederick Winslow Taylor (1856-1915) e seus estudos se baseavam na
aplicação de métodos científicos na produção, com o objetivo de alcançar elevada
eficiência industrial, devido à preocupação em reduzir desperdícios e elevar a
produtividade. Seu método consistia na observação e mensuração dos resultados, por
isso que se denomina Administração Científica.
É óbvio que o estudo de Taylor não busca apenas a eficiência através de modelos
práticos, é também necessário observar a figura do empregado e suas necessidades de
motivação.
No chamado Primeiro Período de Taylor, ele procurou como fator motivador pagar
salários altos e ter baixos custos unitários de produção, exigindo uma quantidade “x” de
produção em troca de pagamento. No treinamento e aperfeiçoamento das aptidões, na
denominada “especialização do trabalhador”, a ideia central era de que um operário
fazendo a mesma atividade repetitiva teria tanta habilidade que poderia gerar mais
produção.
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1) Vadiagem sistemática: consistia em que os trabalhadores reduzem de forma
proposital seu rendimento com o interesse na proteção do emprego, pois
acreditam que o maior rendimento do homem ou máquina irá gerar
desemprego;
2) Desconhecimento da gerência da rotina de trabalho do funcionário e do tempo
necessário para execução; e
3) A falta de uniformidade das técnicas ou métodos de trabalho.
Em seus estudos, Taylor contribuiu com uma das mais conhecidas regras de estudos
voltadas para a Administração Científica conhecida como ORT – Organização Racional
do Trabalho.
Este estudo era embasado em pontos necessários para poder ter um melhor rendimento
produtivo, caracterizados como:
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o Perda de tempo;
o Aumento da rotação de pessoal;
o Doenças;
o Acidentes;
o Diminuição da capacidade de esforço.
Condições de trabalho
• Padronização
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o Matérias-primas e componentes;
o Tempos de produção.
Muitos destes estudos ainda são presentes até hoje em muitas empresas como
forma de gerenciar os sistemas produtivos.
1.3 Sistema Toyota de Produção: Lean Manufacturing, Just in Time, Sistema Push e
Pull
O Sistema Lean Manufacturing, que traduzindo significa Produção Enxuta, foi um dos
grandes pilares do Sistema Toyota de Produção que hoje é muito utilizado nas indústrias
automotivas do Brasil.
Hoje, temos diversos casos de implementação do Lean em empresas dos mais diferentes
setores, tais como: construção civil, aeronáutica, siderurgia, papel/celulose, alimentos,
saúde, seguradoras, bancos, tecnologia da informação, indústria naval, farmacêutica,
entre outros.
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Para o sucesso da transformação Lean, o ideal é que o conceito seja aplicado em todas
as áreas da empresa, de vendas a compras, de finanças a Recursos Humanos. Este
conceito não está vinculado a escalas de produção, setores da economia e outros
fatores, portanto pode ser aplicado a qualquer empresa.
Para Paranhos Filho (2012), é uma proposta de mudança da mentalidade, voltada para
sua empresa/produto, visando à satisfação total do cliente sem que ele tenha que pagar
pelas falhas e desperdícios que ocorrem durante os processos envolvidos na
fabricação/manuseio.
reduzindo tempo;
reduzindo estoques;
reduzindo área;
reduzindo etapas;
reduzindo defeitos.
O Sistema Lean Manufacturig considera desperdício tudo que não agregue valor ao
cliente e que não tenha correlação com as práticas adotadas na empresa.
Foram estabelecidos então oito principais desperdícios que devem ser evitados na
organização:
Foi com base nesta filosofia que o Sistema Toyota se instaurou e constituiu uma das
maiores empresas no âmbito mundial e suas ideias são, ainda hoje, utilizadas
largamente por outras empresas.
Outra filosofia ou metodologia adotada no Sistema Toyota de Produção foi o JIT – Just
in Time. Característico de uso nas empresas automotivas (até hoje), este sistema tem
como premissa básica não ter formação de estoques e fabricar o produto de forma
planejada, adquirindo seus componentes apenas quando for fabricar. Engana-se,
porém, quem pensa que o Just in Time pode vir a ser aplicado somente nas empresas
fabris. Muitas vezes estes processos ocorrem no segmento de serviços e nem nos damos
conta dele funcionando.
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Vamos supor que uma determinada empresa pretenda fabricar um lote de 500
computadores já encomendados por um determinado cliente. A empresa não tem peças
suficientes para montá-los, então faz um planejamento junto aos seus fornecedores de
peças e componentes, justamente para a montagem dos 500 computadores.
Sendo assim, todo o planejamento é feito e os fornecedores são acionados para o envio
das peças componentes para a montagem dos computadores. Assim que todo o
planejamento está redondo, é necessário acionar os fornecedores para as entregas dos
componentes. Assim que eles chegam, são levados à linha de produção e executada a
montagem e os testes. Dependendo da negociação, estes 500 computadores já estão
vendidos e, sendo assim, após os testes e conferência final, já é preparada sua carga
para despacho.
Uma das ferramentas de apoio ao JIT é o Kanban, termo de origem japonesa que
significa cartão ou sinalização, o qual auxilia o processo de identificação dos fluxos e
abastecimento nas linhas produtivas, evitando sua falta e abastecendo somente quando
necessário, evitando também o excesso de estoques.
Atualmente, há várias formas de fazer esta sinalização além dos cartões, como o Kanban
eletrônico através da sinalização de luzes, o sistema de duas caixas, e outras
possibilidades específicas. Para que o sistema funcione, é necessário ter organização e
disciplina.
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O sistema Pull, ou de produção puxada, tem sido uma estratégia utilizada pelas
empresas em função do mercado consumidor comprar apenas aquilo que lhe interessa.
Para a empresa, esta estratégia é ideal para regular sua produção e estoques.
Geralmente, são produtos de saída os quais têm que se controlar o consumo ou
demanda do mercado, ou seja, a empresa só produzirá o que o mercado realmente está
consumindo.
Uma ferramenta útil para este tipo de sistema são as “previsões” quantitativas. A
empresa pode até fazer estoque destes produtos, mas não deve ser tão elevado, pois
pode ter o risco de ficar com esse estoque parado por um tempo. Alguns exemplos de
produtos são: equipamentos eletroeletrônicos, celulares, móveis (estes muito em
função da inovação do mercado), cosméticos de aromas ou fragrâncias específicas (pois
vai muito em função do gosto do cliente), vestuário e calçados (também em função de
moda). No varejo em geral, muitos destes produtos têm a sua produção puxada em
função da demanda.
O sistema Just in Time, por exemplo, utiliza o sistema de produção puxada, ou seja, só é
produzido através de pedido de encomenda.
A estratégia de produção é uma análise que deve ser feita em função do mercado em
que a empresa está inserida, do tipo de produto ou serviço fornecido e das variáveis que
o envolvem. Novamente reforçamos que uma empresa não necessariamente produz um
bem físico, ou seja, transforma matéria-prima em produto acabado. Ela pode produzir
serviços, solução ao cliente, bem-estar, entre diversas outras atividades, e é por isso que
ela deve conhecer o mercado no qual está inserida.
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A Gestão de Operações está mais condicionada às empresas comerciais e de serviços,
como um restaurante no qual envolve a gestão de alimentos, funcionários, atendimento
ao cliente, demanda, prato do dia, entre outras variáveis. Para se ter um bom resultado
é necessário se fazer uma boa gestão de cada um dos processos.
Outros exemplos que envolvem operações são as áreas de construção civil, bancos,
empresas de logística, prestadoras de serviços, ou seja, empresas que não
necessariamente transformam um produto, mas sim proveem uma solução ao cliente.
Os autores consideram que uma empresa tem três áreas centrais: comercial, produção
e desenvolvimento de produtos. A área comercial é responsável por divulgação e vendas
dos produtos ou serviços e é essencial para prover o retorno para a empresa através da
comercialização. A área de desenvolvimento de produtos é responsável por criar ou
modificar produtos para atender às necessidades e gostos dos clientes. E a área de
produção é responsável por transformar os produtos e serviços para atender à
necessidade dos clientes.
Também há as áreas de apoio, que dão suporte às áreas principais e são tão importantes
quanto elas: Recursos Humanos, Logística, Financeira e Administrativa. A área de
Recursos Humanos, como o próprio nome diz, está relacionada com o trato com os
funcionários, dando suporte a eles e às áreas da empresa, contratando, treinando e
avaliando os funcionários, além da gestão de pessoal, como pagamentos, benefícios e
suporte. A área Financeira é responsável por investimentos, custos, pagamentos e toda
a gestão da saúde financeira da empresa. A Logística faz a gestão de compras de
materiais e estoques, transportes e distribuição. E a área administrativa, na qual é um
braço da Financeira, dá suporte à infraestrutura da empresa, como manutenção,
vigilância, limpeza e outras atividades diversas.
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O modelo de transformação (Figura 1.2) é uma técnica de análise e avaliação dos
insumos, processos e informações essenciais para a transformação de um produto ou
serviço. O modelo é basicamente composto de:
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Quadro 1.2 – Exemplos de modelo de transformação
Este mesmo processo pode ocorrer em diversas áreas e segmentos (Quadro 1.2), mas
sempre de forma estruturada para que venha a ser um processo adequado e correto.
Podemos dizer que o mapeamento das entradas, transformação e saídas é vital para a
organização produtiva.
De uma forma geral as empresas têm um perfil produtivo e neste contexto explanamos
os chamados 4 Vs da Produção, no qual detalharemos a seguir.
1) Volume de produção: uma empresa pode ter duas variáveis neste sentido, ou
tem alto volume de produção ou baixo. Como alto volume vamos identificar
aquelas empresas que produzem produtos em grandes quantidades, por
exemplo, uma indústria de bebidas, de açúcar, de papel, onde seu produto é
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produzido em larga escala. Já algumas empresas têm que limitar a quantidade
produzida, pois grandes volumes podem gerar desperdícios de estoques. Alguns
exemplos envolvem empresas de tecnologia, de cosméticos (em função da
grande variedade de produtos), os próprios restaurantes, uma pizzaria, entre
outros diversos exemplos. Neste contexto atual é nitidamente observado que as
características da maioria das empresas estão vinculadas ao baixo volume de
produção, muito em função do próximo “V” que discutiremos a seguir.
2) Variedade de produção: está relacionada à quantidade de produtos diferentes
que são produzidos ou fornecidos pela empresa. Uma empresa com baixa
variedade em seu portfólio tende a produzir altos volumes, por exemplo, uma
distribuidora de água mineral, um fabricante de leite longa vida, entre outras
empresas que envolvem produtos com alta demanda de mercado. Já algumas
empresas trabalham com uma variedade alta de produtos, isto faz com que ela
tenda a produzir um pouco de cada para atender ao mercado consumidor. Um
grande exemplo é a indústria de cosméticos, a qual tem em seu portfólio uma
grande variedade de produtos de beleza, pois o gosto do cliente é variável e,
portanto, a empresa tende a produzir apenas aquilo que o mercado está
consumindo.
3) Variação de demanda: a variação de demanda também pode ser alta ou baixa.
Em um hipermercado, em uma farmácia a variedade de demanda é alta, pois
cada produto tem uma saída baixa ou média, com algumas exceções, e isto gera
uma necessidade de atendimento a demanda de forma muito particular. O
mesmo exemplo é em um restaurante à la carte onde você pode ter vários
pratos, porém sai um pouco de cada. Já em empresas que têm baixa variedade
em sua demanda, tende a ter poucos produtos e alto volume de demanda, como
é o caso de uma distribuidora de água mineral, uma rede de fast food com pratos
padronizados, e você tem uma opção limitada. Porém, é possível que em uma
empresa tenha uma variação no volume de demanda de um produto ou serviço
para outro.
4) Grau de visibilidade: vamos considerar como grau de visibilidade o contato do
cliente com a empresa. Um bom exemplo é o restaurante, em que o garçom é
colocado na linha de frente e, dependendo do contato com o cliente, se seu
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atendimento não for o mais adequado, o garçom trará desconfiança a ele. Neste
mesmo estabelecimento, temos a cozinha, onde muitas vezes o cliente não tem
acesso, gerando um grau de visibilidade baixa e por isso não pode ser avaliado
como bom ou ruim por ele. Mesmo que o cliente tenha acesso, nem sempre esta
visita ocorrerá.
De qualquer maneira, esta é uma das estratégias mais interessantes para se conhecer o
perfil de funcionamento da empresa.
Dentre este movimento temos diversos termos que devem ser incorporados às
empresas para a produção de bens e serviços, como: big data, internet das coisas,
inteligência artificial e muito mais.
Muitas são as concepções sobre o conceito de Indústria 4.0, mas no geral todos sempre
a associam, principalmente, ao uso da automação e tecnologia da informação, além das
principais inovações tecnológicas desses campos.
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A automação e a robótica já vêm há algum tempo substituindo a mão de obra na
indústria e tem avançado cada vez mais na área de serviços, onde, aliadas à tecnologia
da informação, fazem com que o cliente passe por um processo de compra através do
autoatendimento.
E independente.
(...)
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Não ocorre de forma instantânea, vai se construindo ao longo do tempo, se
transformando na velocidade em que o avanço vai se tornando inevitável.
Esta nova revolução já é um braço da terceira revolução, que “chegou junto com a
informática, internet, computadores pessoais e toda a gama de plataformas digitais que
modernizou o trabalho em fábricas e escritórios” (FIA, 2018).
Internet das coisas (...) também conhecida pela sigla IoT (de Internet of
Things), é um conceito que trata da conexão de aparelhos físicos à rede.
Não se trata de ter mais dispositivos para acessar a internet, mas sim a
hiperconectividade ajudando a melhorar o uso dos objetos.
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Big Data
(...)
(...)
Inteligência Artificial
Essa é uma questão bastante polêmica e temida por muitos que tentam
enxergar o futuro da IA a longo prazo, tema que abordaremos mais adiante.
(...)
Computação em nuvem
Como toda mudança, conceitos novos trazem impactos positivos e negativos. Dentre os
impactos positivos temos, é óbvio, a questão da facilitação de tarefas, maior
produtividade, qualidade e agilidade dos processos. Assim como deve reduzir a mão de
obra operária, pode dar oportunidades para o conhecimento científico, abrindo espaço
para novos profissionais.
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Mas tudo indica que o saldo, no final, será negativo.
(...)
(...)
Para não ficar para trás, o país precisa formar profissionais qualificados,
para planejar, executar e gerenciar as inovações tecnológicas.
(...)
Conclusão
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A teoria de Taylor é uma visão crítica ao processo de fabricação, mas que até hoje se faz
presente em muitas empresas. Porque não seria importante medir os tempos de
produção? Se isto não ocorrer, as pessoas podem trabalhar no tempo que elas querem?
Imagine ir a um fast food e levar mais de 30 minutos para ter o lanche, porque o
funcionário fez o mesmo no seu tempo. É claro que é um exemplo exagerado, até
porque isto não ocorre, e justamente porque os tempos de atendimento e entrega são
medidos e monitorados.
As contribuições das metodologias também não tão novas que envolvem o Lean
Manufacturing e o Just in Time é presente até hoje nas indústrias automobilísticas, e se
percebermos, elas continuam no mercado e sempre fortes em seus segmentos.
Podemos constatar que estas metodologias são um sucesso. Atualmente, no cenário em
que estamos passando a enxugar processos e diminuir desperdícios, já não é mais
necessário apenas, é obrigatório.
Quando estudamos, às vezes damos pouca importância a contextos mais técnicos, como
o modelo de transformação e as estratégias de produção. Porém, ao montar um negócio
ou empreendimento nos vemos com várias decisões a serem tomadas, processos
desorganizados por falta de conhecimento, desperdícios, atrasos, refugos, entre outras
situações. E o nosso lucro vai junto com esta falta de conhecimento. Então, isto nos faz
refletir quanto a importância de entender e mapear um processo, conhecê-lo, medi-lo
e melhorá-lo através dos objetivos de desempenho, saber a melhor estratégia para o
negócio. Quando não há este conhecimento, ele ocorrerá através de erros e acertos,
porém isto poderá ser muito tarde.
Por fim, vimos o importante e alarmante conceito que envolve a indústria e sua
revolução, também conhecida como Indústria 4.0. Nela são abordados aspectos básicos,
transformações do setor, exemplos de conceitos aplicados, vantagens e desvantagens
que podem gerar a partir deste conceito.
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REFERÊNCIAS
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