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Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2021
Carla Maria Biala
Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2021
Índice
1.Introdução...........................................................................................................................4
1.1. Objectivos.......................................................................................................................4
1.1.1. Geral.............................................................................................................................4
1.1.2. Específicos...................................................................................................................4
1.2. Metodologias...................................................................................................................4
2.3. As atribuições................................................................................................................10
4.Conclusão..........................................................................................................................14
4.Bibliogafia.........................................................................................................................15
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1.Introdução
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
1.2. Metodologias
Nesse sentido, quando tal comparação não se mostra favorável ao próprio grupo, elas irão
adotar diferentes estratégias para recuperar o favoritismo de seu próprio grupo, como
forma de assegurar uma autoestima positiva.
Healy e Romero (2000) observou que as pessoas de auto do que as de autoestima mais
baixa. Outros estudos têm verificado que as pessoas que vivenciam uma diminuição de sua
autoestima tende a expressar maior preconceito (Fein & Spencer, 1997).
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A teoria da identidade social, em suas múltiplas vertentes, pode ser vista, portanto, como
uma abordagem que, nos últimos 30 anos, vem procurando elucidar o papel desempenhado
pelo autoconceito nos processos e relações intergrupais, mediante a articulação de
fenômenos de natureza sociocognitiva, motivacional e macrossocial que permeiam a vida
coletiva. Inicialmente surgida na Europa, ela tem sido adotada cada vez mais como
referencial por pesquisadores de diversas partes do mundo, incluindo-se aí muitos
psicólogos norte-americanos, podendo ser considerada atualmente uma das mais
significativas teorias para a análise das relações entre o indivíduo e o grupo (Hogg, 2006).
Nesse sentido, ela vem sendo utilizada mais recentemente não apenas no estudo das
relações intergrupais, mas também na investigação da Auto categorização e de vários
processos grupais, como a coesão, a liderança, a influência social etc. No entanto, ela
continua sem resolver um de seus principais desafios, qual seja promover a maior
compreensão dos aspectos afetivos que se encontram subjacentes às formas mais hostis e
destrutivas de comportamento intergrupal (Brown, 2000).
Segundo Rodrigues (2007, p. 203), a percepção social é condição para a interação humana.
O processo perceptivo é permeado por variáveis que se intercalaram entre “o momento da
estimulação sensorial e a tomada de consciência daquilo que foi responsável pela
estimulação”. Estas variáveis influenciam em como as pessoas percebem determinado
comportamento (LUZA, 2008).
No caso da percepção social, quando ouvimos uma pessoa falando de outra, acontece que
algumas características, por serem mais centrais que outras, fazem com que nos atenhamos
a elas e, portanto, existe a tendência de que as informações recebidas primeiramente
exerçam maior representatividade do que as apresentadas posteriormente.
Outra variável que influencia na percepção que teremos de determinada pessoa são os
estereótipos, estes podem ser positivos ou negativos, e consistem em designar
características às pessoas de determinado grupo, ao qual inferimos características típicas.
Destaca-se que, ainda, devemos considerar a variável preconceito, neste caso a
representação do grupo é negativa, e este “influi decididamente no processo perceptivo”,
como veremos determinada pessoa (RODRIGUES, p. 220, 1996).
De acordo com Rodrigues (1996), a Teoria da Gestalt com seus direcionamentos e estudos
em relação à percepção exerceu grande influência na Psicologia Social, promovendo maior
entendimento e melhor desenvolvimento de pesquisas que contribuíram para que muitos
conceitos da Gestalt fossem transpostos para a Psicologia Social. Cognição e boa
organização perceptiva (proximidade, semelhança, experiência passada, boa forma,
assimilação e contraste) são exemplos dessa transposição (SÁ, 2009).
A percepção social, um dos processos que mais interfere nas relações humanas, obteve
grandes benefícios ao incorporar diversos conceitos da Gestalt. Foi possível descobrir que
essa percepção de pessoas é baseada em princípios semelhantes aos da percepção de
objetos e obedece, portanto, as leis da boa forma (RODRIGUES, 1996). Entretanto, ao
contrário da percepção de objetos, a percepção social da ênfase para a atribuição de
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intenções. Outra diferença crucial é que nela, além de perceber, também é possível ser
percebido (RODRIGUES, ASSMAR & JABLONSKI, 2002).
A percepção em si é um processo que segue uma trajetória que parte de uma estimulação
sensorial e vai até a tomada de consciência. É algo extremamente complexo, pois no
caminho está sujeito a uma série de importantes interferências cognitivas que serão
determinantes para o resultado perceptivo final (RODRIGUES, 1996).
Duas perspectivas teórica foram centrais na orientação dos estudos sobre formação de
impressões: construcionismo, ou processamento de informações, e associacionismo, ou
processamento guiado dos dados. A primeira perspectiva, construtivista, tem como ideia
central o fato de que a formação de impressões é determinada por processos cognitivos e
afetivos de quem percebe, sendo esta a perspectiva teórica que guia, por exemplo, os
estudos de Asch (1946). Para a segunda perspectiva, associacionista, as características
De um modo geral, os estudos sobre formação de impressões mostraram que esse processo
consiste na formação de representações sobre uma pessoa a partir de poucas informações,
sendo esse processo determinado por fatores de ordem cognitiva, como os estereótipos
(Caetano, 1993). No entanto, outros fatores podem ser elencados como relacionados à
formação de impressões como o efeito de ordem, o efeito de halo, e as distorções de
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A. Seletividade perceptiva: diz respeito ao fato de que apesar das pessoas serem
bombardeadas por uma grande quantidade de estímulos, apenas uma parte é
captada.
B. Experiência prévia: a familiaridade em relação a um estímulo faz com que a
pessoa tenha maior disposição para responder a ele. Enfim, nossas vivências
passadas nos predispõem a mais facilmente percebermos os estímulos conhecidos
em detrimento dos desconhecidos.
C. Condicionamento: a sombra do behaviorismo também tem seu espaço na
psicologia social. Quando reforçarmos certos tipos de percepções colocando outros
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Para a percepção social, todas estas interferências são de extrema relevância, uma vez que
permitem compreender como um indivíduo muitas vezes coloca significado nas ações de
outras pessoas. Pode-se dizer que a maneira como a ação do outro é percebida,
independente do seu significado real e dependente das interferências cognitivas, vai
determinar o tipo de resposta que será dada. Neste processo, a atribuição de causas aos
fatos observados ou vivenciados assume importante papel, destacado inicialmente por Fritz
Heider (1970) (SÁ, 2009).
2.3. As atribuições
Segundo essa teoria, os alunos têm suas ações influenciadas por suas explicações causais e
expectativas, gerando em muitos casos sucesso ou fracasso. Se, por exemplo, diante de
uma disciplina, o aluno considerar que sua aprovação dependerá apenas do que fizer, sua
forma de agir será consideravelmente diferente do que se considerar que o professor o
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persegue e tudo fará para reprová-lo. Sob determinadas circunstâncias, o aluno (e qualquer
pessoa) pode adquirir a chamada impotência ou desamparo aprendido. Neste caso, o
indivíduo não visualiza uma relação controlável por ele, determinando fortemente suas
ações futuras.
Weiner (Weiner & Kukla, 1970) acredita ainda que falsas expectativas do professor o
levam a ter comportamentos que influem no desempenho futuro do aluno. Weiner (1984)
nos coloca que, quando avaliamos os comportamentos dos outros, damos mais importância
ao esforço do que à habilidade, no caso de determinar punição ou recompensa. Se, em caso
de sucesso, atribui-se sua causa esforço, recompensa-se mais o indivíduo do que se o
sucesso for atribuído à habilidade. Já, no fracasso, pune-se mais se for atribuído à falta de
esforço do que à falta de habilidade.
Para Heider (1958), de acordo com Álvaro e Garrido (2006) as relações interpessoais são
percebidas a partir de uma relação de causalidade. Nesse sentido, a causalidade consistiria
em uma forma de organização cognitiva que surge quando se percebe o meio social como
composto pelas pessoas e suas ações e, essa relação de causalidade apresentada por Heider
(1958) foi denominada por este autor como uma forma de “psicologia ingênua” que orienta
nossas ações e nossas relações com meio social. Ainda de acordo com Álvaro e Garrido
(2006), Heider (1958) propôs que a atribuição de causalidade pode ocorrer de duas formas:
De acordo com Michener et al. (2005) a escolha entre uma atribuição disposicional ou
situacional depende, em grande parte, das pressões da situação sobre a pessoa, a exemplo
das exigências de um papel normativo, ou as recompensas ou punições envolvidas na
situação.
Locus de causalidade
Estabilidade
Controlabilidade
O processo das atribuições dá-se ainda pela formação de juízos firmados sobre os boletins
de desempenho dos educandos.
Sabemos empiricamente que o processamento por boletins tem lugar ao tomar decisões
acerca de admitir candidatos na graduação. Se um pedido mostra um expediente regular,
boas recomendações e um candidato com interesses centrados na aplicação da psicologia
dos negócios, isto poderia fazer com que o jurado da admissão remonte a outro estudante
de características similares. Se o outro teve êxito, é mais que provável que o jurado admita
ao novo, pois supõe-se que sua atuação será similar à do anterior.
A teoria da atribuição compreende, assim, aspectos ocultos nas práticas educacionais e que
têm grande relevância no que diz respeito ao processo de motivação dos educandos para a
aprendizagem. Os modelos e estereótipos criados para justificar os desempenhos positivos
e negativos dos educandos e que permanecem subjacentes nas práticas desenvolvidas em
salas de aula são responsáveis pelo desenvolvimento de conceitos de capacidade ou
incapacidade e mesmo para que o educando adquira auto-confiança em lançar-se a um
determinado intento.
Quase sempre atribuímos a algo ou alguém (ainda que seja a nós mesmos) nossas
realizações e fracassos e também as realizações e maus desempenhos dos outros. É nesse
sentido que os atribucionistas classificam os conceitos como fundamentais para a
motivação na aprendizagem. Trata-se de entender: como é que o educando se vê? Como o
educador vê o educando? Como as pessoas de suas relações o vêem e confirmam sua
condição de capacidade ou incapacidade para o aprender e o realizar-se? Sendo assim, de
acordo com Shrauger e Terbovic (1976), as crianças com um alto conceito de si mesmos
valoraram suas habilidades mais alto depois de um êxito que as crianças com baixo auto-
conceito, mais encontraram assim mesmo que os sujeitos de alta auto-estima avaliam mais
alto seus resultados que os sujeitos de baixa auto-estima, inclusive no caso de que seus
rendimentos não diferiram grande coisa na realidade.
4.Conclusão
No presente trabalho, concluiu-se que uma interação social começa quando uma pessoa
percebe a outra. A percepção de pessoas (percepção social) envolve julgamento ou juízo
avaliativo. Essa avaliação que fazemos dos outros é importante para ajudar a decidir como
se comportar com as outras pessoas.
Assim, para efetuar essas avaliações, todos utilizam diversos indícios, como dados do
contexto, observações do comportamento verbal e não-verbal, informações provenientes de
experiências anteriores, entre outros.
4.Bibliogafia