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fazer suas compras, pois para ele isto é índice de confiança. Este fato explica
por que 70% dos novos produtos lançados no Brasil assumem marcas já exis.
tentes. Os consumidores suportam mal as mudanças de marca, de conceito e
de estilo publicitário.
O estudo de comportamentos de consumo é uma ciência aplicada originá
ria das ciências humanas e sociais, como a economia, a psicologia, a sociologia
ou ainda a antropologia. Seu objetivo é compreender os comportamentos de
consumo adotando uma perspectiva pluridisciplinar.
No início, os pesquisadores pensavam utilizar todas as ciências envolvidas
com a mesma intensidade, porém pode-se observar que a mais utilizada é a
psicologia. As pesquisas quantitativas e qualitativas aplicadas ao comportamen-
to do consumidor visam à compreensão de tais comportamentos a fim de contri-
buir de maneira eficaz com as decisões estratégicas empresariais.
Se no início o principal objetivo era só compreender para poder prever, hoje
vamos cada vez mais em direção à compreensão fidelizadora. Trata-se de com-
preender o consumidor para fidelizá-lo. Face a um contexto de forte concorrên-
cia, as empresas procuram diferenciar-se umas das outras e, mais do que atrair
clientes, elas desejam, e precisam, fidelizar aqueles que já foram conquistados.
Após terem passado mais anos investindo em prospecção, as empresas fi-
nalmente entenderam que nada pode ser mais rentável do que um cliente fiel.
Além de ser mais barato, pois dispensa todas as despesas feitas com promoção, o
cliente fiel é um forte consumidor potencial de grande gama de produtos da
empresa. Por exemplo, um cliente de banco que tem apenas uma conta corrente
será mais facilmente persuadido para abrir uma poupança ou um seguro saúde
Após terem passado mais anos investindo em prospecção, as empresas fi-
nalmente entenderam que nada pode ser mais rentável do que um cliente fiel.
Além de ser mais barato, pois dispensa todas as despesas feitas com promoção, o
cliente fiel é um forte consumidor potencial de grande gama de produtos da
empresa. Por exemplo, um cliente de banco que tem apenas uma conta corrente
será mais facilmente persuadido para abrir uma poupança ou um seguro saúde
no mesmo banco do que alguém que ainda não é cliente deste.
O ato de compra não surge do nada. Seu ponto de partida é a motivação,
que vai conduzir a uma necessidade, a qual, por sua vez, despertará um desejo.
Com base em tal desejo, surgem as preferências por determinadas formas especí-
ficas de atender à motivação inicial e essas preferências estarão diretamente rela-
cionadas ao autoconceito: o consumidor tenderá a escolher um produto que
corresponda ao conceito que ele tem ou que gostaria de ter de si mesmo, No en-
tanto, e em sentido contrário à motivação, surgem os freios. Trata-se da consci-
ência de risco que vem implícita ou explicitamente relacionada com o produto.
Em meio ao dilema entre a força da motivação e aquela dos freios, impõe-
se a personalidade do indivíduo, a qual desembocará no autoconceito.
A reunião de todas essas variáveis resultará numa percepção particular
dos produtos, que, por sua vez, desencadeará atitudes positivas ou
negativas
com relação a eles, o que, naturalmente, terá impacto sobre suas preferências.
Encerrado esse ciclo, o consumidor terá aprendido diversos fatores sobre os
produtos e sobre si mesmo, o que tornará seu comportamento mais previsível do
ponto de vista mercadológico.
Assim, ao longo dos anos, muitos autores, pertencentes a diferentes escolas
de pensamento, desenvolveram teorias, por meio das quais tentaram refletir e
explicar os processos internos do comportamento do consumidor. Lendo o pri-
meiro capítulo deste livro, acompanharemos, passo a passo, todas essas etapas
enfrentadas pelo consumidor.
A primeira escola a preocupar-se em explicar o comportamento de compra
foi a escola de pensamento econômico. Na realidade, os economistas não se
limitaram a propor um esquema de explicação do consumo, mas elaboraram
um modelo completo da teoria da demanda.
L 2 MOTIVAÇÕES