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Material Teórico
Comportamento do consumidor
Revisão Textual:
Profa. Esp. Marcia Ota
Comportamento do consumidor
• Comportamento do consumidor
• Influências no comportamento do
consumidor
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Unidade: Comportamento do consumidor
Contextualização
Vamos iniciar esta Unidade refletindo sobre a necessidade de conhecer os hábitos e costumes
do consumidor e, a partir deste conhecimento as empresas podem se beneficiar, com a criação
de mercados (ou nichos) com base na cultura de uma população.
PRODUTOS DE FÉ
Os empresários brasileiros acabam de acordar para um
Thinkstock/Getty Images
mercado específico: o público judeu tradicional que, por razões
religiosas, só pode consumir produtos kosher, aqueles fabricados
de acordo com as leis bíblicas e sob a supervisão de um rabino.
Não se trata de um mercado gigante – estima-se que no Brasil
vivam cerca de 180 mil judeus, sendo 120 mil só em São Paulo,
nem todos religiosos -, mas é, definitivamente, um bom nicho.
São consumidores fiéis e de poder aquisitivo razoável, que estão
dando bom retorno a quem investe no ramo. Prova disso é que as
vendas, de acordo com fabricantes e comerciantes, estão subindo.
Somente no ano de 1995 a 1996, cresceu cerca de 30%.
Atualmente, são encontrados em gôndolas de lojas divesas
artigos nacionais como suco de laranja, atum, pasta de
dente, biscoitos, açúcar e sal industrializados de acordo com
os princípios kosher, num elenco de itens que, somados aos
importados, passa de uma centena.
Mesmo quem não fabrica no país não perde a chance de apostar no segmento. A Spal,
fabricante paulista da Coca-Cola, mandou buscar na fábrica de Nova York 30 mil caixas ou
equivalente a 720 mil latas de Coca-Cola kosher, que teve fabricação nos Estados Unidos
supervisionada por um rabino (que inclusive viu a fórmula secreta do refrigerante). Outros
produtos feitos sob medida para os judeus no Brasil também exigem a presença de um religioso
na linha de produção. “Uma vez por mês, quando produzimos bolachas kosher, um rabino vem
verificar se está tudo de acordo com os preceitos religiosos”, conta Fernando Simione Júnior,
gerente de marketing da Bauducco. (Fonte: adatado de Crocco, 2006, p.89).
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Comportamento do consumidor
Influências socioculturais
Cultura
As organizações precisam estar atentas às questões referentes à Cultura, Subcultura e Classe
Social, a que pertence o seu público alvo, considerando que precisam ofertar produtos e serviços,
os quais atendam aos mais diferentes públicos.
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Unidade: Comportamento do consumidor
Mowen e Minor (2003) apresentam algumas definições, que colaboram para o nosso entendimento
sobre cultura:
1 - “um conjunto de padrões de comportamento socialmente adquiridos que são transmitidos
simbolicamente aos membros de uma determinada sociedade por meio da linguagem e de
outros meios.”
2 - “ As culturas podem ser distinguidas em termos de suas regras de comportamento, das atitudes,
valores e estilo de vida da população e do grau de tolerância a outras culturas”.
3 - “A cultura é composta de um conjunto de imagens transmitidas pela mídia por meio de sinais
e símbolos importantes”.
Fonte: Mowen e Minor (2003, p. 13).
Subcultura
A cultura exerce fortes influências sobre o cotidiano das pessoas, influenciando no seu
comportamento de compra. Podemos citar alguns exemplos, dos quais podemos nos identificar,
tais como os hábitos de alimentação que adquirimos na infância. No entanto, é muito comum
continuarmos na fase adulta.
No Brasil, é notória a paixão pelo futebol e o carnaval, além de outras influências que
sofremos de outras culturas que denominamos de Subculturas.
Se considerarmos a sociedade brasileira (heterogênea), ou seja, formada por pessoas com
características culturais diferentes, vamos observar a quantidade de subculturas que temos no
país, as quais apresentam comportamentos de consumo distintos e que exercem fortes influências
nos consumidores brasileiros. No entendimento de Samara e Morsch (2005), subculturas são
grupos, dentro de uma cultura, que exibem padrões de comportamento distintos dos demais.
Assim, há fatores a serem considerados, tais como: raça ou origem étnica, nacionalidade,
religião, localização geográfica.
Na cidade de São Paulo, alguns bairros sofrem forte impacto destas subculturas, exemplo,
os bairros da Mooca (cultura italiana), Vila Mariana (cultura portuguesa), Liberdade
(cultura japonesa), etc.
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Classe social
Outro fator relevante a ser considerado é a Classe Social
no comportamento de compra. As classes sociais são
“divisões relativamente homogêneas e duradouras de uma
cultura cujos componentes partilham valores, interesses e
comportamentos semelhantes” (SANDHUSEN, 2003,
p. 192). Alguns fatores ajudam na compreensão da
identificação dos vários estratos sociais, como o grau de
escolaridade, a ocupação, renda, local em que reside, o que
propicia aos profissionais de marketing o desenvolvimento
de um composto mercadológico que possa vir a atender
de maneira eficiente seu público alvo. Via de regra, a
Thinkstock/Getty Images ocupação é utilizada pelos profissionais de marketing para
determinar a classe social que um indivíduo pertence.
Grupos de referências
Na atualidade, é provável que os grupos de referências sejam uma das mais importantes
influências no comportamento de compra dos consumidores. Além disso, estão associados aos
grupos que o consumidor se identifica, podendo fazer parte ou querer fazer parte ou ainda o
que Sandhusen (2003) denominou de “grupos dissociativos”, os quais os consumidores rejeitam
devido aos seus valores.
Algumas formas dos grupos de referência podem influenciar no comportamento de compra
dos consumidores:
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Unidade: Comportamento do consumidor
Vale salientar que as empresas fazem uso de maneira muito convincente (persuasiva) com
base nos grupos de referência, com a associação de seus produtos aos astros de esporte, cinema,
novelas, quadrinhos, top models ou personagens que estão na mídia e podem influenciar no
comportamento de compra. Os grupos de referência exercem maior influência no processo de
compra, quando os consumidores não estão familiarizados com o produto.
Família
Uma das mais importantes referências que o indivíduo possui é a família, onde se
desenvolvem laços afetivos, valores e também hábitos de consumo. Desse modo, é importante
para o profissional de marketing conhecer quem é responsável pelas compras na família e quais
membros da família influenciam na decisão do que comprar e onde comprar.
A família, ao longo do tempo, passou por várias transformações, o modelo tradicional, como
conhecemos pai, mãe e filhos, mudou, criando novas oportunidades para as organizações na
oferta de produtos e serviços. Atualmente, temos muitas pessoas que moram sozinhas, famílias
constituídas de pessoas do mesmo sexo com ou sem filhos, idosos, além das famílias serem cada
vez menores.
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··Produto: muitos consumidores têm preferência por produtos mais simples do que
alguns que apresentam maior complexidade, exigindo do consumidor maior atenção
na decisão de compra. Aspectos como a embalagem e rótulos, com destaque para os
benefícios do produto, podem ser um diferencial na decisão de compra.
··Preço: os mercados estão cada vez mais competitivos, com a oferta de produtos e serviços
similares, o que requer dos profissionais de marketing, atenção quanto à precificação de
seus produtos. Muitos consumidores, apesar de terem preferências por alguns produtos e
marcas, no processo de decisão de compra, podem optar por produtos de menor valor,
que estejam em promoção ou qualquer ação promocional que os induz a compra.
Influências situacionais
··Ambiente Social: participam, deste ambiente, pessoas com suas respectivas características,
bem como o papel que desempenham e a maneira de interagir entre si. Ambientes cheios,
discussões, fazer compras acompanhada de uma amiga, familiares, etc., pode influenciar no
comportamento de compra.
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Unidade: Comportamento do consumidor
··Tempo: está relacionado ao tempo que as pessoas dispõem para efetuarem suas compras.
Com isso, para pessoas que: moram em grandes metrópoles como São Paulo, trabalham e
têm uma família e uma série de atribuições peculiares do seu dia a dia, o tempo pode ser um
fator determinante no processo de compra, podendo tomar decisões diferentes no momento
em que ocorre a compra. Algumas redes varejistas, atentas à rotina turbulenta de alguns
consumidores, mantêm seus estabelecimentos abertos 24 horas ou, ainda, optam por fazer
suas compras pela internet.
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Informação
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Fonte: Adaptado de Churchill (2012, p.149
Reconhecimento da necessidade
Vejamos o caso da Mariana que estava com fome e não tinha em sua casa algo que pudesse
preparar com rapidez. Temos, portanto, o reconhecimento de uma necessidade, provocada por
um estímulo interno “fome”. Podemos, então, deduzir que o processo de compra do consumidor
começa a partir do reconhecimento de uma necessidade ou problema.
Busca de informações
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Unidade: Comportamento do consumidor
Avaliação de alternativas
Nesta fase, o consumidor pode ter recorrido às fontes pessoais, comerciais, públicas ou
experimentais para avaliar suas escolhas. O consumidor pode considerar as características do
próprio produto (tamanho, design, embalagem, cores, sabores), Preço (condições, formas de
pagamento e benefícios X custos), disponibilidade do produto, dentre outras possibilidades.
Decisão de compra
Após a avaliação de alternativas, o consumidor poderá decidir ou não pela compra. Podem
ocorrer durante este processo, a situação em que o consumidor não encontra o produto ou a marca
de sua preferência, outros fatos podem provocar mudanças nas suas prioridades (necessidades)
de consumo ou ainda podem surgir informações novas sobre o que deseja comprar, necessitando
de uma nova avaliação. Lembrando que, na decisão de compra, será considerado o que comprar,
quando comprar, de quem comprar e as condições e formas de pagamento.
Avaliação pós-compra
Caso a compra seja efetivada, o consumidor poderá avaliar esta experiência de forma positiva
ou negativa. Complementando, Crocco (2006) acrescenta:
Como resposta futura, preveem-se três alternativas possíveis: o abandono (a insatisfação gera
a decisão de não voltar a comprar), a reclamação (a insatisfação pode levar a reclamações e
posterior decisão de dar ou não à marca ou à empresa uma nova chance) e, por fim, a lealdade
(o que significa que o produto será comprado repetidas vezes).
Fonte: Adaptado de Crocco (2006, p. 98).
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Material Complementar
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Unidade: Comportamento do consumidor
Referências
CHURCHILL, G. A.; PETER, J. P. Marketing: criando valor para os clientes. 3. ed. São Paulo:
Saraiva, 2012.
KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing. 12. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2006.
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Anotações
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