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REDAÇÕES ENEM

Tema: Os desafios da infância brasileira


Na obra cinematográfica “O território de brincar” a disparidade entre as vivências infantis de
diferentes grupos socioeconômicos brasileiros e as dificuldades acopladas a elas é representada
através da narrativa de vida de crianças de diferentes regiões. Ao sair da ficção, o cenário
apresentado também é vigente na atual conjuntura brasileira, uma vez que, em razão da crise de
valores éticos e morais, esse grupo continua exposto a liquefação da estrutura familiar e a
exploração infantil. Por isso, é imprescindível a resolução imediata dessa problemática.
Primeiramente, sabe se que a família é o principal modelador durante a formação de características
cognitivas do indivíduo ainda nos primeiros anos de vida. Isso ocorre porque, assim como teorizado
pelo filósofo contratualista John Locke, o ser nasce como uma folha em branco, sem possuir
nenhum conhecimento inato, e adquire suas singularidades através das experiências vivenciadas ao
longo da vida. Dessa forma, jovens sem uma estrutura familiar adequada são expostos a moldes
sociais de comportamento externos, muitas das vezes, inadequados para sua faixa etária,
dificultando a plena vivencia infantil.
Ademais, a exploração sexual e do trabalho juvenil doméstico também é um importante catalisador
do cenário de desapropriação da infância, uma vez que impede que esses jovens possam gozar dos
seus direitos à educação, liberdade e lazer, assegurados pelo ECA- Estatuto da Criança e do
Adolescente. Dessa maneira, condicionando a muitos brasileiros traumas e condições
socioeconômicas desfavoráveis decorrentes da necessidade de lidar com desafios e deveres da
maioridade sozinhos e despreparadamente. Como exemplo, o caso da menina Ana do longa-
metragem, que desenvolve problemas mentais em razão dos abusos sofridos quando jovem.
Diante dos fatos apresentados, conclui-se que a negligência familiar e exploração infantil produz
efeitos na sociedade para além da esfera individual. Portanto, o Ministério dos Direitos Humanos e
da Cidadania, conjuntamente com a iniciativa privada, deve, através da implementação do projeto
“Criança livre” fiscalizar e fornecer amparo para crianças das regiões mais segregadas e
desfavorecidas do Brasil, para que por conseguinte seja possível o acesso a uma infância digna para
todos os brasileiros.

Tema: A educação financeira do brasileiro


Segundo a escritora e economista Maria Conceição Tavares, uma estabilidade financeira individual
e coletiva somente poderá ser alcançada com o conhecimento pleno sobre a estrutura econômica
brasileira e sua repercussão no cenário internacional. No entanto, na atual conjuntura brasileira, em
razão de uma negligência estatal quanto ao sistema educacional nacional, muitos brasileiros
continuam estagnados em uma posição de ignorância e endividamento. Por esse motivo é
imprescindível a resolução imediata dessa problemática.
Primeiramente, sabe-se que a precariedade das escolas e espaços estudantis governamentais é um
dos principais empecilhos na obtenção de condições e conhecimentos ideais para o cenário
financeiro do país. Isso acontece porque, assim como teorizado pelo filósofo Pitágoras, a educação
durante a infância é uma importante ferramenta na formação de adultos conscientes e preparados
para enfrentar as adversidades da maioridade de forma equilibrada. Dessa forma gerando uma
massa populacional qualificada e menos propensa a adquirir dívidas ou ceder à praticas
consumistas, assim alterando a longo prazo a estrutura econômica nacional.
Ademais, a falta de profissionais qualificados também é um importante catalisador desse cenário de
desinformação, uma vez que, faz a manutenção do não entendimento do funcionamento de uma
adequada gestão econômica. Dessa maneira, impedindo que medidas previamente estabelecidas
pelo Ministério da Educação, que visam integrar o estudo financeiro dentro do cotidiano de
estudantes, alcancem as expectativas dos programas, como por exemplo a homologação da BNCC -
base nacional comum curricular- que adicionou esse setor da educação como obrigatório na grade
escolar dos estudantes.
Diante dos fatos apresentados, conclui-se que a negligência estatal quanto a infraestrutura e a
qualidade dos profissionais públicos disponíveis para a educação financeira produz efeitos na
sociedade para além da área educacional. Portanto, o governo federal, conjuntamente com a
iniciativa privada, deve, através da implementação do projeto social “Economia segura”, instaurar
no ideário dos futuros cidadãos nacionais, práticas e pensamentos conscientes quanto a autogestão
monetária, para que por conseguinte seja possível a melhora no quadro financeiro brasileiro.

Tema= a forca dos jovens para a garantia de direitos na sociedade brasileira

Na obra literária “O ódio que você semeia”, a autora Angie Thomas revela, a partir da representação
das manifestações criadas por alunos que vivenciam a morte do seu colega negro em razão da
violência policial, a importância e as adversidades enfrentadas por jovens na luta pelo acesso aos
direitos inadvertidos na sociedade. Ao sair da ficção, sem desconsiderar o contexto da produção,
essa realidade de dificuldade também é vigente na atual conjuntura brasileira , uma vez que
motivada pro uma negligência estatal, em conjunto com a falta da democratização do alcance à
internet, o pleno reconhecimento dos problemas sociais e a organização de grupos de resistência
tornam-se caminhos possíveis para apenas uma parcela minoritária da população. Assim ,é
imprescindível o reconhecimento dos empecilhos impostos a esses indivíduos para que seja possível
a superação imediata dessa problemática.
Dessa maneira, sabe-se que o baixo investimento estatal na manutenção de instituições educacionais
e infraestruturais de qualidade é um dos principais ratificadores desse quadro desafiador. Isso ocorre
porque, consoante ao filósofo contratualista John Locke, o homem é em seu estado de natureza um
ser desprovido de ideias, sendo moldado ao longo da sua vida decorrente das convenções sociais
experienciadas desde o nascimento, principalmente as anteriores à fase adulta . Dessa forma, cria-se
uma massa populacional juvenil alienada quanto aos problemas nacionais existentes e mais
facilmente manipulada pelos órgãos de dominação, impossibilitando o levante social contrário as
situações de vulnerabilidade impostas pelas classes de dominância hierárquica e se auto-
subordinando futuramente à segregação de uma vida controlada.
Ademais, a falta de acesso à tecnologia de qualidade pelos grupos periféricos no Brasil é,
paralelamente, um importante catalisador desse cenário, em razão do impedimento da promoção da
integração imaterial dos fluxos de informações de diferentes regiões e usuários em um só canal
pelas plataformas midiáticas em diferentes setores da estratificação social. Consequentemente, gera-
se uma intensificação de uma estrutura imaginária social que condiciona historicamente as crianças
e os adolescentes de classes sociais mais baixas à não articulação de movimentos coletivos que
reivindiquem mudanças no panorama vivido, assim como ,por exemplo, ocorrido durante o período
da ditadura militar brasileira, no qual esse grupo foi a principal vítima dos atos institucionais
silenciadores e degrades desses governos.
Depreende-se, portanto, que a força da movimentação juvenil para a obtenção dos direitos
garantidos ao homem pela Constituição Federal de 1988, está diretamente ligado aos impasses
promovidos pela classe detentora de poder a esse processo. A fim de intervir nesse paradigma,
propõe-se que o Governo Federal, em foco os Ministérios da Educação e Cidadania, realize ,a partir
da criação do projeto “Eu protagonista”, a garantia da do suporte financeiro e educacional aos
jovens que desejam protestar por seus direitos institucionalmente. Para que por conseguinte ocorra a
mitigação da repressão sofrida pela juventude, possibilitando o aparecimento de mais mobilizações
e questionamentos que desarticulem a estrutura desigual socioeconômica atual do país, assim como
os alunos insatisfeitos do livro de Harper Lee.

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