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REDAÇÃO MODELO ENEM

(ENEM 2021 - "Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no


Brasil")

 INTRODUÇÃO DE MILHÕES:
Na aclamada série norte-americana, “Você”, exibida pelo catálogo Netflix, é
retratada a infância do protagonista, Joe, o qual não possui registro civil, dado que
passou parte de sua vida em um orfanato. Fora das telas, essa realidade, infelizmente,
faz parte do cotidiano da pátria verde-amarela, uma vez que ora vulnerabilidade
social, ora a inércia estatal perpetuam a invisibilidade dessa parcela social e ferem a
garantia de acesso a cidadania no Brasil. Logo, é mister, para reverter esse quadro e
garantir direitos básicos, analisar os fatores que propiciam esse revés e atenuá-los.

 ARGUMENTAÇÃO PIQUE DOS CAMPEÕES:


Diante desse contexto, é lícito postular a fragilidade social como propulsora da
celeuma. Segundo o notório geógrafo Milton Santos, “a cidadania só é efetiva quando
atinge todo o contingente populacional”. Tal assertiva, embora correta, não é patente
hodiernamente, haja vista que as pessoas sem registro civil, sobretudo a classe mais
pobre, é excluída do exercício dos direitos. Isso porque a ausência desse documento
primário inviabiliza uma vida digna - assegurada pela Constituição Federal de 1988
que garante, em seu artigo 6º, o acesso aos bens sociais mais básicos e importantes:
saúde e educação. Por consequência, é nítido observar a marginalização desses
brasileiros, tendo em vista que apenas sobrevivem subjugados e invisíveis perante os
olhos da lei. Por isso, é inadmissível que essa vivência tão desumana, semelhante de
Joe, transfigure-se no mundo real.

Sob esse viés, é fulcral salientar o caráter prejudicial estatal que configura-se como
principal percalço na resolução do entrave. É fato que a abolição da escravidão-
assinada pela princesa Isabel através da lei Áurea-foi um marco na história brasileira.
Todavia, é impossível não notar o relapso dos governantes do período ao não
inserirem os ex-escravos na sociedade. Esse ocorrido histórico, de maneira
lamentável, repetiu-se em 1997, ao tornar gratuito a criação de certidões de nascimento,
contudo, as pessoas que ainda não possuíam* continuam enfrentando dificuldades. De
acordo com 3º presidente dos EUA, Thomas Jefferson, “a aplicabilidade das leis é mais
importante que sua criação”. Concomitante a esse ideal, fica claro que apenas criar
leis não promove reais mudanças sociais é necessário aplicá-las. Assim, é indiscutível
que um longo caminho ainda precisa ser percorrido para, verdadeiramente,
alterar essa conjuntura nociva.

 CONCLUSÕES ANOTA QUE É MIL:


Portanto, a vulnerabilidade e inércia que corroboram nessa invisibilidade não podem
ter continuidade. Para tanto, o Governo Federal deve efetuar companhas para
aumentar os registros civis, por meio de simpósios não só no âmbito acadêmico, como
também em locais públicos, espera-se com isso, que essas pessoas tenham acesso a uma
vida digna. Além disso, o Ministério da Educação, através da BNCC- Base Nacional
Comum Curricular-, crie um componente específico, por intermédio da educação
comportamental, a qual ensine nem só empatia, como conivência em sociedade. Talvez,
com essas alterações de princípios o futuro da nação tupiniquim alcance a
cidadania ideal de Milton.
(ENEM 2020 – “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”)

 INTRODUÇÃO DE MILHÕES:
Na famosa série norte-americana, “os 13 porquês” é retratado o sofrimento diário
vivenciado pela protagonista, Hannah, que possue* um quadro depressivo grave e fim
terrível: suicídio. Fora das telas, na atualidade quase 12 milhões de brasileiros têm
depressão, uma vez que ora a falta de educação comportamental, ora a ineficácia do
sistema público de saúde perpetuam o estigma associado às doenças mentais na pátria
verde-amarela. Logo, é primordial analisar os fatores que propiciam esse cenário.

 ARGUMENTAÇÃO PIQUE DOS CAMPEÕES:


Nesse contexto, é lícito postular o caráter negligente educacional que configura-se
como propulsor da celeuma. De acordo com escritor Rubem Alves, “Há escolas que
são gaiolas e há escolas que são asas.” De maneira análoga, é nítido observar que o
sistema de ensino brasileiro priva o conhecimento emocional extremamente necessário
para um desenvolvimento saudável - concomitante à obra Estação Carandiru do médico
Drauzio Varella. Consequentemente, é notório os danos da desinformação, a qual
auxilia na perpetuação de preconceitos e em procurar apenas por tratamentos, devido
surgimento de doença mental, e não em medidas de profilaxia para obter uma
mentalidade sadia. Desse modo, faz-se mister o aprimoramento da educação
comportamental, com o fito de diminuir finais similares aos da Hannah.

Sob esse viés, é válido pontuar o enorme papel da ineficácia da saúde brasileira como
agravante da problemática. Segundo o filósofo Platão, “é necessário não apenas
viver, mas viver bem”. Tal assertiva, embora correta, não é patente ao que tange o
sistema de saúde nacional, haja vista que os hospitais são precários tanta pela falta de
atendimento, quanto pela ausência de aparatos vitais, como leitos e medicações-
consoante ao portal de notícias da G1. Por consequência, o contingente populacional,
de forma geral, não tem um tratamento de qualidade. Portanto, é inadmissível que um
direito básico, a vida, seja violado corriqueiramente.

 CONCLUSÕES ANOTA QUE É MIL:


Diante dos aspectos supraditos, é essencial uma melhoria nos principais pilares da
vida: saúde e educação. Para tanto, o Ministério da Saúde deve destinar mais verba
para o tratamento das doenças mentais, por meio de não só reforma dos centros
existentes, como também em parcerias com aplicativos, os quais monitoram
cotidianamente os sentimentos, a exemplo disso o Cíngulo. Visando, assim,
proporcionar melhor qualidade de vida. Ademais, cabe ao Governo Federal criar uma
nova disciplina, por intermédio da BNCC-Base Nacional Comum Curricular-, a
qual é responsável pelas alterações educacionais. Espera-se, dessa maneira, que as
escolas sejam asas e libertem, através da educação emocional, a nação tupiniquim.

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