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Por ser uma questão de cunho global, as ações de propagandas infantis também são
vivenciadas no Brasil. Embora a economia passe por um período de recessão, a
vontade de consumir pouco mudou nos brasileiros. Com os jovens não é diferente,
influenciados, muitas vezes, por paradigmas de inferioridade social impostos tanto
pela mídia, quanto pela sociedade, além de geralmente serem desprovidos de uma
educação de consumo, tornam-se adultos desorganizados financeiramente, ao passo
que dão continuidade a esse ciclo vicioso.
Diante desse cenário, os prejuízos são sentidos também pela natureza, uma vez que o
descarte de materiais gera poluição e mudança climática na Terra. No entanto, o
Brasil carece de medidas capazes de intervir em ações publicitárias direcionadas
àqueles que serão o futuro da nação, hoje, facilmente manipulados e influenciados
por personagens infantis e pela modernização em que passam os produtos. Em outras
palavras, é preciso consumir de maneira consciente desde a infância, para que se
construam valores e responsabilidade durante o desenvolvimento do indivíduo.
Dessa forma, sabe-se que coibir a propaganda voltada ao público infanto-juvenil não
é a melhor medida para superar esse problema. Cabe aos pais cobrarem ações do
governo – criação de leis mais rigorosas – além de agirem diretamente na formação e
educação de consumo dos filhos: impondo limites e dando noções financeiras ainda
enquanto jovens. Ademais, as escolas têm papel fundamental nesse segmento. É
imprescindível, também, utilizar a própria mídia para alertar sobre os problemas
ambientais decorrentes do consumo em larga escala e incentivar o desenvolvimento
sustentável.