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Tema: Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil.

Tema: Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil

TEMA:O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira“

TEMA: Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”.

TEMA: “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”.

COMO SE AVALIA 1000 PONTOS:

Competência 1: domínio da escrito formal da Língua Portuguesa;


Competência 2: compreender o tema e não fugir da proposta;
Competência 3: organização das ideias;
Competência 4: coesão e coerência; e
Competência 5: proposta de Intervenção.

COMPET. TEXTO 1 TEXTO2 TEXTO 3 TEXTO 4 TEXTO 5

5
TEXTO 1: Portanto,, Diante desse cenário, O poeta modernista, Além disso

é essencial que o governo mitigue os desafios supracitados. Para isso, o Ministério


da Educação – órgão responsável pelo estabelecimento da grade curricular das escolas – deve educar
os alunos a respeito dos empecilhos à preservação dos indígenas, por meio da inserção da matéria
“Estudos Indigenistas” no ensino básico, a fim de explicar o contexto dos silvícolas e desconstruir o
preconceito. Ademais, o Ministério do Desenvolvimento – pasta instituidora da Política Nacional de
Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais – precisa fiscalizar as atividades
econômicas danosas às sociedades vulneráveis, visando à valorização de tais pessoas, mediante
canais de denúncias.

Oswald de Andrade relata, em "Erro de Português", que, sob um dia de chuva,


o índio foi vestido pelo português - uma denúncia à aculturação sofrida pelos povos indígenas com a
chegada dos europeus ao território brasileiro. Paralelamente, no Brasil atual, há a manutenção de
práticas prejudiciais não só aos silvícolas, mas também aos demais povos e comunidades tradicionais,
como os pescadores. Com efeito, atuam como desafios para a valorização desses grupos a educação
deficiente acerca do tema e a ausência do desenvolvimento sustentável.

, outro desafio para o reconhecimento desses indivíduos é a carência do


progresso sustentável. Nesse contexto, as entidades mercadológicas que atuam nas áreas ocupadas
pelas populações tradicionais não necessariamente se preocupam com a sua preservação,
comportamento no qual se valoriza o lucro em detrimento da harmonia entre a natureza e as
comunidades em questão. À luz disso, há o exemplo do que ocorre aos pescadores, cujos rios são
contaminados devido ao garimpo ilegal, extremamente comum na Região Amazônica. Por conseguinte,
o povo que sobrevive a partir dessa atividade é prejudicado pelo que a Biologia chama de magnificação
trófica, quando metais pesados acumulam-se nos animais de uma cadeia alimentar – provocando a
morte de peixes e a infecção de humanos por mercúrio. Assim, as indústrias que usam os recursos
naturais de forma irresponsável não promovem o desenvolvimento sustentável e agem de maneira
nociva às sociedades tradicionais.

existe a falta da promoção de um ensino eficiente sobre as populações


tradicionais. Sob esse viés, as escolas, ao abordarem tais povos por meio de um ponto de vista
histórico eurocêntrico, enraízam no imaginário estudantil a imagem de aborígenes cujas vivências são
marcadas pela defasagem tecnológica. A exemplo disso, há o senso comum de que os indígenas são
selvagens, alheios aos benefícios do mundo moderno, o que, consequentemente, gera um preconceito,
manifestado em indagações como “o índio tem ‘smartphone’ e está lutando pela demarcação de
terras?” – ideia essa que deslegitima a luta dos silvícolas. Entretanto, de acordo com a Teoria do
Indigenato, defendida pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, o direito dos povos
tradicionais à terra é inato, sendo anterior, até, à criação do Estado brasileiro. Dessa forma, por não
ensinarem tal visão, os colégios fometam a desvalorização das comunidades tradicionais, mediante o
desenvolvimento de um pensamento discriminatório nos alunos.
TEXTO 2: No contexto , Portanto, Ademais, Segundo as ideias

cabe aos Estados, por meio de leis e investimentos, com um planejamento


adequado, estabelecer políticas públicas efetivas que auxiliem a população a “navegar”, de forma
correta, na internet, mostrando às pessoas a relevância existente em utilizar o meio virtual
racionalmente, a fim de diminuir, de maneira considerável, o consumo exacerbado, que é intensificado
pela manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados. Além disso, é de suma
importância que as instituições educacionais promovam, por meio de campanhas de conscientização,
para pais e alunos, discussões engajadas sobre a imprescindibilidade de saber usar, de maneira
cautelosa, a internet, entendendo a relevância de uma “polarização digital” para a conscientização da
razão comunicativa, com o intuito de utilizar o meio virtual para o desenvolvimento pleno da
sociedade."

relativo à manipulação do comportamento do usuário, pode-se citar que, no século


XX, a Escola de Frankfurt já abordava sobre a “ilusão de liberdade do mundo contemporâneo”,
afirmando que as pessoas eram controladas pela “indústria cultural”, disseminada pelos meios de
comunicação de massa. Atualmente, é possível traçar um paralelo com essa realidade, visto que
milhões de pessoas no mundo são influenciadas e, até mesmo, manipuladas, todos os dias, pelo meio
virtual, por meio de sistemas de busca ou de redes sociais, sendo direcionadas a produtos específicos,
o que aumenta, de maneira significativa, o consumismo exacerbado. Isso é intensificado devido à
carência de políticas públicas efetivas que auxiliem o indivíduo a “navegar” corretamente na internet,
explicando-lhe sobre o funcionamento do controle de dados e ensinando-lhe sobre como ser um
consumidor consciente.

é importante destacar que grande parte da população não tem consciência da


importância da utilização de forma correta da internet, visto que as instituições formadoras de
conceitos morais e éticos não têm preconizado, como deveriam, o ensino de uma “polarização digital”,
como faz o projeto Digipo (“Digital Polarization Iniciative”), o qual auxilia os indivíduos a acessarem
páginas confiáveis e, assim, diminui o compartilhamento de notícias falsas, que, muitas vezes, são
lançadas por moderadores virtuais. Nesse sentido, como disse o empresário Steve Jobs, “A tecnologia
move o mundo”, ou seja, é preciso que medidas imediatas sejam tomadas para que a internet possa
ser usada no desenvolvimento da sociedade, ajudando as pessoas a se comunicarem plenamente.

do sociólogo Habermas, os meios de comunicação são fundamentais para a


razão comunicativa. Visto isso, é possível mencionar que a internet é essencial para o desenvolvimento
da sociedade. Entretanto, o meio virtual tem sido utilizado, muitas vezes, para a manipulação do
comportamento do usuário pelo controle de dados, podendo induzir o indivíduo a compartilhar
determinados assuntos ou a consumir certos produtos. Isso ocorre devido à falta de políticas públicas
efetivas que auxiliem o indivíduo a “navegar”, de forma correta, na internet, e à ausência de
consciência, de grande parte da população, sobre a importância de saber utilizar adequadamente o
meio virtual. Essa realidade constitui um desafio a ser resolvido não somente pelos poderes públicos,
mas também por toda a sociedade.
TEXTO 3: Portanto, Com efeito, Além disso, Em “Vidas secas”

ao entender que a falta de cidadania gerada pela invisibilidade do não registro


está diretamente ligada à exclusão social, é tempo de combater esse grave problema. Assim, cabe ao
Poder Executivo Federal, mais especificamente o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos, ampliar o acesso aos cartórios de registro civil. Tal ação deverá ocorrer por meio da
implantação de um Projeto Nacional de Incentivo à Identidade Civil, o qual irá articular, junto aos
gestores dos municípios brasileiros, campanhas, divulgadas pela mídia socialmente engajada, que
expliquem sobre a importância do registro oficial para garantia da cidadania, além de instruções para
realizar o processo, a fim de mitigar as desigualdades geradas pela falta dessa documentação. Afinal,
assim como os meninos em “Vidas secas”, toda a população merece ter a garantia e o reconhecimento
do seu nome e identidade.

é nítido que o deficitário registro civil repercute, sem dúvida, na persistente falta
de pertencimento como cidadão brasileiro. Isso acontece, porque, como já estudado pelo historiador
José Murilo de Carvalho, para que haja uma cidadania completa no Brasil é necessária a coexistência
dos direitos sociais, políticos e civis. Sob essa ótica, percebe-se que, quando o pilar civil não é
garantido – em outras palavras, a não efetivação do direito devido à falta do registro em cartório –, não
é possível fazer com que a cidadania seja alcançada na sociedade. Dessa forma, da mesma maneira
que o “mais novo” e o “mais velho” de Graciliano Ramos, quase 3 milhões de brasileiros continuam por
ser invisibilizados: sem nome oficial, sem reconhecimento pelo Estado e, por fim, sem a dignidade de
um cidadão.

a falta do sentimento de cidadania na população não registrada reflete, também, na


manutenção de uma sociedade historicamente excludente. Tal questão ocorre, pois, de acordo com a
análise da antropóloga brasileira Lilia Schwarcz, desde a Independência do Brasil, não há a formação
de um ideal de coletividade – ou seja, de uma “Nação” ao invés de, meramente, um “Estado”. Com isso,
o caráter de desigualdade social e exclusão do diferente se mantém, sobretudo, no que diz respeito às
pessoas que não tiveram acesso ao registro oficial, as quais, frequentemente, são obrigadas a lidar
com situações humilhantes por parte do restante da sociedade: das mais diversas discriminações até
o fato de não poderem ter qualquer outro documento se, antes, não tiverem sua identificação oficial.

, obra literária do modernista Graciliano Ramos, Fabiano e sua família vivem uma
situação degradante marcada pela miséria. Na trama, os filhos do protagonista não recebem nomes,
sendo chamados apenas como o “mais velho” e o “mais novo”, recurso usado pelo autor para
evidenciar a desumanização do indivíduo. Ao sair da ficção, sem desconsiderar o contexto histórico da
obra, nota-se que a problemática apresentada ainda percorre a atualidade: a não garantia de cidadania
pela invisibilidade da falta de registro civil. A partir desse contexto, não se pode hesitar – é
imprescindível compreender os impactos gerados pela falta de identificação oficial da população.
TEXTO 4: De acordo , Urge, portanto, Consequentemente, Sob essa análise,

com o filósofo Platão, a associação entre saúde física e mental seria


imprescindível para a manutenção da integridade humana. Nesse contexto, elucida-se a necessidade
de maior atenção ao aspecto psicológico, o qual, além de estar suscetível a doenças, também é alvo
de estigmatização na sociedade brasileira. Tal discriminação é configurada a partir da carência
informacional concatenada à idealização da vida nas redes sociais, o que gera a falta de suporte aos
necessitados. Isso mostra que esse revés deve ser solucionado urgentemente.

, que o Ministério da Saúde crie uma plataforma, por meio de recursos digitais,
que contenha informações a respeito das doenças mentais e que proponha comportamentos e
atitudes adequadas a serem adotados durante uma interação com uma pessoa que esteja com alguma
patologia do gênero, além de divulgar os sinais mais frequentes relacionados à ausência de saúde
psicológica. Essa medida promoverá uma maior rede informacional e propiciará um maior apoio aos
necessitados. Ademais, também cabe à sociedade e a mídia elaborar campanhas que preguem a
contrariedade ao preconceito no que tange os doentes dessa natureza, o que pode ser efetivado
através de mobilizações em redes sociais e por intermédio de programas televisivos com viés
informativo. Tal iniciativa é capaz de engajar a população brasileira no combate a esse tipo de
discriminação. Com isso, a ideia platônica será convertida em realidade no Brasil.

, tais motivadores geram incontestáveis e sérios efeitos na vida dos indivíduos


que sofrem de algum gênero de doença mental. Tendo isso em vista, o acolhimento insuficiente e a
falta de tratamento são preocupantes, uma vez que os acometidos precisam de compreensão, respeito
e apoio para disporem de mais energia e motivação no enfrentamento dessa situação, além de
acompanhamento médico e psicológico também ser essencial para que a pessoa entenda seus
sentimentos e organize suas estruturas psicológicas de uma forma mais salutar e emancipadora. O
filme “Toc toc” retrata precisamente o processo de cura de um grupo de amigos que são
diagnosticados com transtornos de ordem psicológica, revelando que o carinho fraternal e o
entendimento mútuo são ferramentas fundamentais no desenvolvimento integral da saúde. Mostra-se,
assim, que a estigmatização de doentes mentais produz a escassez de elementos primordiais para que
eles possam ser tratados e curados.

é necessário salientar que fatores relevantes são combinados na


estruturação dessa problemática. Dentre eles, destaca-se a ausência de informações precisas e
contundentes a respeito das doenças mentais, as quais, muitas vezes, são tratadas com descaso e
desrespeito. Essa falta de subsídio informacional é grave, visto que impede que uma grande parcela da
população brasileira conheça a seriedade das patologias psicológicas, sendo capaz de comprometer a
realização de tratamentos adequados, a redução do sofrimento do paciente e a sua capacidade de
recuperação. Somada a isso, a veiculação virtual de uma vida idealizada também contribui para a
construção dessa caótica conjuntura, pois é responsável pela crença equivocada de que a existência
humana pode ser feita, isto é, livre de obstáculos e transtornos. Esse entendimento falho da realidade
fez com que os indivíduos que não se encaixem nos padrões difundidos, em especial no que concerne
à saúde mental, sejam vítimas de preconceito e exclusão. Evidencia-se, então, que a carência de
conhecimento associado à irrealidade digitalmente disseminada arquitetam esse lastimável panorama.
TEXTO 5: Convém ressaltar, Diante dos fatos supracitados, Na obra, Na obra, Em consequência disso,

, faz-se necessário que a Escola promova a formação de cidadãos que


respeitem às diferenças e valorizem a inclusão, por intermédio de palestras, debates e trabalhos em grupo,
que envolvam a família, a respeito desse tema, visando a ampliar o contato entre a comunidade escolar e as
várias formas de deficiência. Além disso, é imprescindível que o Poder Público destine maiores investimentos
à capacitação de profissionais da educação especializados no ensino inclusivo e às melhorias estruturais nas
escolas, com o objetivo de oferecer aos surdos uma formação mais eficaz. Ademais, cabe também ao Estado
incentivar a contratação de deficientes por empresas privadas, por meio de subsídios e Parcerias
Público-Privadas, objetivando a ampliar a participação desse grupo social no mercado de trabalho. Dessa
forma, será possível reverter um passado de preconceito e exclusão, narrado por Machado de Assis e ofertar
condições de educação mais justas a esses cidadãos.

a princípio, que a má formação socioeducacional do brasileiro é um fator


determinante para a permanência da precariedade da educação para deficientes auditivos no País, uma vez
que os governantes respondem aos anseios sociais e grande parte da população não exige uma educação
inclusiva por não necessitar dela. Isso, consoante ao pensamento de A. Schopenhauer de que os limites do
campo da visão de uma pessoa determinam seu entendimento a respeito do mundo que a cerca, ocorre
porque a educação básica é deficitária e pouco prepara cidadãos no que tange aos respeito às diferenças. Tal
fato se reflete nos ínfimos investimentos governamentais em capacitação profissional e em melhor estrutura
física, medidas que tornariam o ambiente escolar mais inclusivo para os surdos.

os deficientes auditivos encontram inúmeras dificuldades em variados


âmbitos de suas vidas. Um exemplo disso é a difícil inserção dos surdos no mercado de trabalho, devido à
precária educação recebida por eles e ao preconceito intrínseco à sociedade brasileira. Essa conjuntura, de
acordo com as ideias do contratrualista Johm Locke, configura-se uma violação do “contrato social”, já que o
Estado não cumpre sua função de garantir que tais cidadãos gozem de direitos imprescindíveis (como direito
à educação de qualidade) para a manutenção da igualdade entre os membros da sociedade, o que expõe os
surdos a uma condição de ainda maior exclusão e desrespeito.

“Memórias Póstumas de Brás Cubas”, o realista Machado de Assis expõe, por meio
da repulsa do personagem principal em relação à deficiência física (ela era “coxa), a maneira como a
sociedade brasileira trata os deficientes. Atualmente, mesmo após avanços nos direitos desses cidadãos, a
situação de exclusão e preconceito permanece e se reflete na precária condição da educação ofertada aos
surdos no País, a qual é responsável pela dificuldade de inserção social desse grupo, especialmente no ramo
laboral.

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