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Algumas funções que podem ser atribuídas ao Estado são a regulação do sistema económico,
a provisão de bens públicos até à redistribuição e intervenção directa na economia. No
entanto, as várias ineficiências que se apontam à sua actuação, levam a que muitos
economistas, principalmente, os da ala mais liberal, defendam a minimização das suas
funções. No entanto, o Estado deve continuar a garantir o fornecimento deste tipo de Bens e
serviços como a Segurança Social, a Saúde e a Educação, dado que deles depende o bem-
estar de muitos indivíduos de classe social baixa.
Porque a Educação Básica (com qualidade) deverá ser garantida para todos, foi criado em
2003 o Programa de Apoio Directo às Escolas para garantir que as escolas do Ensino Básico
adquiram o material básico escolar que garante a realização do processo de ensino e
aprendizagem e de pequenos reparos/manutenção a nível local.
1.3 Metodologia
O presente estudo é eminentemente Bibliográfico/documental. Consistiu na procura de
referências teóricas publicadas em documentos, tomando conhecimento e analisando as
contribuições científicas ao assunto em questão. É de natureza totalmente teórica e foram
usadas as chamadas fontes de papel. Cabe salientar que na maioria dos trabalhos científicos é
exigido uma pesquisa bibliográfica, porém algumas pesquisas são desenvolvidas
exclusivamente por meio dessas fontes.
No presente trabalho, fez-se antes uma análise profunda de documentos oficiais que regulam
a temática em questão e foram posteriormente também analisados outros materiais
bibliográficos já publicados de forma física ou pela Internet para posterior compilação e
descrição, até que se chegou ao actual estado do trabalho.
II. A problemática de Financiamento às Instituições Educativas, caso do programa de
Apoio Directos às Escolas
Nestes termos, coerentes com a defesa e referência essencial aos princípios da liberdade de
escolha individual e do livre mercado, os neoliberais postulam para a política educacional
acções do Estado descentralizadas, articuladas com a iniciativa privada, a fim de preservar a
possibilidade de cada um se colocar, de acordo com seus próprios méritos e possibilidades,
em seu lugar adequado na estrutura social1.
1
Cadernos Cedes, ano XXI, nº 55, novembro/2001, pp.38-39
Uma das primeiras tarefas dos poderes públicos consiste em suscitar um amplo acordo entre
os diferentes atores sobre a importância da educação e sobre o seu papel na sociedade.
Sobretudo nos países em desenvolvimento, só um diálogo permanente com todos os partidos
políticos, associações profissionais ou outras, sindicatos e empresas, pode assegurar
estabilidade e durabilidade aos programas educativos.
Contudo, os economistas também sabem que existem quatro razões devido às quais o
mercado, um simples sistema de procura e oferta, falha no sector de educação. O problema
numa abordagem de mercado em relação à educação pode ser resumido como:
Equidade – uma educação comercial aumentará as desigualdades sócias.
Externalidades - educação produz maiores benefícios para a sociedade do que para os
indivíduos
Imperfeições do Mercado – as instituições financeiras não financiam a educação porque
ela não é um investimento que traga retorno a curto nem médio prazo
Assimetria na informação - acesso desigual a informação importante quer sobre a
quantidade quer sobre a qualidade do produto educacional e custos
2
Plano Quinquenal do Governo 2010-2014, p.12
(...) Assegurar a alocação adequada e equitativa de recursos a todas as +escolas públicas
(...) (PQG, 2010–2014).
3
O governo de Moçambique, anunciou o aumento em cerca de 14% do orçamento alocado
para 2012 ao sector da educação. Todavia, o valor está muito aquém de satisfazer as
actividades programadas para o presente ano. A procura de ensino é muito grande de tal
modo que o governo e seus parceiros não conseguem resolver o problema.
Também, tem havido uma tendência para a redução nos recursos disponibilizados pelos
parceiros internacionais, e o Ministério da Educação terá de buscar meios para sustentar a
expansão do acesso e garantir a qualidade do processo de ensino e aprendizagem.
O relatório da Open Society Iniative for Southern Africa, citando AKERSON (2004) afirma
que em 2002, após alguns anos de debate, o Ministério da Educação e o Ministérios do Plano
e Finanças, do lado do governo, assinaram um Memorando de Entendimento (MdE) com o
Banco Mundial, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Países Baixos, Irlanda e Suécia, criando um
fundo comum, o Fundo de Apoio ao Sector da Educação (FASE), por meio do qual o apoio
destes doadores seria canalizado para as instituições do sector da Educação. O MdE foi
aprovado na vigência do Plano Estratégico da Educação I (1999–2005). Em 2006, na
sequência da aprovação do Plano Estratégico da Educação e Cultura II (2006–2010/11), o
Memorando de Entendimento foi revisto; no novo Memorando, que esteve em vigor no
período abrangido pelo PEEC II (2006–2010/11), não mais faziam parte o Banco Mundial e a
Suécia, mas juntaram-se ao grupo o Reino Unido e a Alemanha. Em 2009, os recursos do
Fundo representavam mais de 25% do orçamento da educação e entre 60–70% de toda a
ajuda-externa directa para o sector. Para os próximos anos, contudo, os compromissos
assumidos pelos parceiros indicam uma redução no apoio ao sector da educação e, em 2013,
prevê-se que a contribuição esteja em menos de 20% do orçamento do sector.
O programa de ADE é financiado pelo FASE e visa segundo a Resolução 27/2010, fornecer
subsídios directos a todas as escolas públicas do ensino básico para aquisição de materiais
escolares e apoio às crianças vulneráveis e às raparigas mais necessitadas.
Segundo o MINED (2008:06), O programa de apoio directo as escolas desempenha um papel
importante no ensino básico dado que constitui uma das grandes fontes de financiamento das
escolas públicas deste subsistema de ensino em Moçambique. Este programa foi estabelecido
para fornecer subsídios directos a todas as escolas de EP1 e EP2 para a aquisição de materiais
escolares para apoiar o esforço de aprendizagem e a implementação do novo currículo. Por
isso as escolas, através deste programa adquirem o material básico escolar que garante a
realização do processo de ensino e aprendizagem e de pequenos reparos /manutenção.
2.6.4 Despesas que não devem ser suportadas pelo fundo do programa ADE
O fundo do programa ADE não deve ser utilizado para o pagamento de:
Pessoal de encargos sociais;
Festividades e comemorações (escolares);
Agua, luz, telefone, aluguer de viaturas e taxas de qualquer natureza;
Combustíveis, materiais para a manutenção de veículos, transporte para desenvolver
acções administrativas.
Numa altura em que se pretende alcançar a Educação Básica para Todos desde os
centros urbanos até as zonas mas recônditas, o Apoio Directo às Escolas mostra-se
importante útil porque é uma das formas de garantir a que as escolas básicas consigam
com qualidade (apesar de inúmeras dificuldades) dar as competências básicas às
crianças e ou adultos.
Sendo Cumprido com efectividade o objectivo do ADE nas escolas, será também
cumprido paulatinamente o objectivo da declaração de Dakar de maneira específica e
não só, mas também estarão a ser cumpridos os objectivos universais da educação na
sociedade globalizada em que vivemos.
Bibliografia
AFRIMAP & OPEN SOCIETY INIATIVE FOR SOUTHERN AFRICA. Moçambique:
A prestação efectiva de serviços públicos no Sector da Educação, Maputo, 2012
1.3 Metodologia.................................................................................................................2
2.6.4 Despesas que não devem ser suportadas pelo fundo do programa ADE................10
Conclusão........................................................................................................................12
Bibliografia......................................................................................................................13
Francisco Germano Caetano Raiva
Trabalho de Conclusão
apresentado ao Departamento de
PAGE, Faculdade de Ciências de
Educação e Psicologia, para
efeitos de obtenção do Grau
académico de Licenciatura em
PAGE .
.
Universidade Pedagógica
Maputo
2012
Francisco Germano Caetano Raiva
Universidade Pedagógica
Maputo
2012
O papel das ONGs na Educação
A Ação Educativa tenta mostrar que, para melhorar as condições de vida da população
excluída do Brasil, é necessário melhorar a Educação.
O que é ONG:
ONG é a sigla para Organização Não-Governamental. São todas
as organizações, sem fins lucrativos, criadas por pessoas que
trabalham voluntariamente em defesa de uma causa, seja ela,
proteção do meio ambiente, defesa dos direitos humanos,
erradicação do trabalho infantil, etc.
Todavia, isso requer, ainda, um estudo político e sociológico mais profundo, principalmente
no que diz respeito à regulamentação e representatividade de instituições políticas
(partidos, agremiações) e sociais (clubes e agremiações sociais), e também às
suas responsabilidades atuais perante a lei e as determinações constitucionais.[carece de
fontes]
Essas organizações podem complementar o trabalho do Estado, podendo
receber financiamentos e doações dele, assim como de entidades privadas, para tal fim.
Atualmente, estudiosos têm defendido o uso da terminologia "organizações da sociedade
civil" para designar tais instituições.
É importante ressaltar que, no Brasil, o termo "ONG" não tem valor jurídico, sendo que a
qualificação de OSCIP (ou as antigas "entidades de utilidade pública") é o reconhecimento
oficial e legal mais próximo do que se entende por ONG.[3][4]
No Brasil, três figuras jurídicas correspondentes no novo Código Civil Brasileiro compõem
o terceiro setor: associações, fundações e organizações religiosas (que foram,
recentemente, consideradas como uma terceira categoria). Elas também cumprem a
função de combater as reminiscências do totalitarismo.[5]
Entidades como o ActivistFacts dedicam-se a rastrear fontes de financiamento de ONGs,
investigar suas agendas e, divulgá-las para o público.[6]
No Brasil
Esses espaços organizacionais do Terceiro setor (ou do quinto setor) situados entre a
esfera pública e a privada, identificados por alguns autores como públicos não estatais,
cumprem papel relevante para a sociedade. Na verdade, é preciso constatar que o
surgimento dessas organizações sem fins lucrativos, que têm como objetivo o
desenvolvimento de atividades de interesse público, deu-se pelo motivo da não eficiência
por parte do poder público em atender as necessidades da sociedade. Há de se ressaltar
que esses espaços organizacionais constituem importantes alternativas de sistematizar a
sociedade como um todo, promovendo ações sociais, culturais, assistenciais
etc. Betinho define as organizações não governamentais da seguinte forma:
Uma ONG define-se por sua vocação política, por sua positividade política:
“ uma entidade sem fins de lucro cujo objetivo fundamental é desenvolver uma
sociedade democrática, isto é, uma sociedade fundada nos valores
da democracia – liberdade, igualdade, diversidade, participação
e solidariedade. (...) As ONGs são comitês da cidadania e surgiram para
ajudar a construir a sociedade democrática com que todos sonham.[carece de fontes] ”
Quando operam com recursos públicos, estão sujeitas ao controle externo da
administração pública, exercido pelo Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de
Contas, e com fiscalização regular feita pelo Ministério Público. As Organizações
Sociais e Organizações da sociedade civil de interesse público devem cumprir
um contrato com exigências governamentais para continuarem recebendo financiamento
público.[1]
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2005 estavam registradas
338 mil fundações privadas e associações sem fins lucrativos, que empregavam 1,7
milhão de pessoas em todo o país, com salários médios mensais de 1 094,44 reais. O
tempo médio de existência dessas instituições era de 12,3 anos e a Região sudeste do
Brasil abrigava 42,4% delas. Essas instituições são, em geral, de pequeno porte, e 79,5%
(268,9 mil) delas não possuem sequer um empregado formalizado. A grande maioria não
possui espaço físico para realizar as obras que promete.[7]
Anualmente, o Instituto Doar, O Mundo Que Queremos e Rede Filantropia, em parceria
com a Fundação Getúlio Vargas, premia as melhores ONGs do Brasil.[8] Em fevereiro de
2020, o jornal O Imparcial listou várias ONGs para se tornar voluntário.[9]
Áreas de atuação
Em sua grande maioria, as ONGs tentam suprir as demandas da população em áreas de
competência legal do Estado mas em que este não consegue atuar de forma eficiente.
Segundo a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (ABONG), em
1998, as áreas de atuação das ONGs entrevistadas eram:[1]
7. Organização Popular/Participação
12 60,87 [1]
Popular
ONGs e mídia
As ONGs desempenham um papel crescente na cobertura de notícias. Conforme os
orçamentos das redações jornalísticas encolhem, as organizações não governamentais
moldam as notícias, tanto indireta quanto diretamente.[10][11][12] Esse relacionamento beneficia
as ONGs, ampliando sua presença na grande imprensa, promovendo conscientização e
transmitindo sua causa.[13][14]
Pesquisas recentes examinaram os processos pelos quais as ONGs solicitam a cobertura
de notícias. Em Getting into living rooms: NGO media relations work as strategic
practice [Entrando nas salas de estar: trabalho de assessoria de comunicação no terceiro
setor como prática estratégica, em tradução livre], Ruth Moon destaca duas estratégias
das ONGs para alcançar seus objetivos: complacência e barganha''.[15]
Segundo Moon, a complacência é uma estratégia ativa em que uma organização escolhe
aderir a alguns valores notícia (como proximidade, atualidade e proeminência). Como
exemplos, a autora cita a construção de boas relações com jornalistas de modo a se tornar
uma fonte confiável, a publicação de pesquisas sobre temas relevantes para a ONG, a
associação com celebridades e a promoção de eventos.
Já a barganha é “uma forma específica de compromisso em que uma organização tenta
convencer uma parte externa a atender algumas de suas demandas ou expectativas”.[15] Na
pesquisa de Moon, a barganha ficou mais evidente na promoção de viagens
estrategicamente organizadas. Segundo a autora, nessas situações, os repórteres ainda
têm algo que a ONG quer - uma voz confiável para aumentar a conscientização sobre uma
questão ou alavancar o perfil da organização - e a liberdade de produzir conteúdo para
esse efeito ou não, mas a equipe da ONG tem maior poder de orientar a cobertura
jornalística por meio de seleções de fontes e locais.
Ver também
Organização não governamental de ambiente
Think tank
Fontes
As Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil
2002 - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada – IPEA, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE,
Estudos e Pesquisas Informação Econômica - número 4, 2.ª edição, Rio de Janeiro,
2004
Referências
1. ↑ Ir para:a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac http://www.senado.gov.br/senado/
conleg/artigos/especiais/OrganizacoesNaoGovernamentais.pdf
2. ↑ Hatt, Paul, and Foote, Nelson (1953). 'On the expansion of the tertiary,
quaternary, and quinary sectors,' American Economic Review, May.
3. ↑ SEBRAE. O que é Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP.
2017. link.
4. ↑ Leite, M. A. S. (2003). O terceiro setor e as organizações da sociedade civil de
interesse público: OSCIPs. Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, 2003. link.
5. ↑ EU slams NGOs bill: 'Reminiscent of totalitarian regimes'
6. ↑ «Activistfacts». (em inglês). Consultado em 28 de dezembro de 2019
7. ↑ - IBGE
8. ↑ «Prêmio 100 melhores ONGs do Brasil anuncia os vencedores de 2019». Época
Negócios. Rede Globo. Consultado em 19 de abril de 2020. Cópia arquivada em 9 de
janeiro de 2020
9. ↑ «Ongs: onde se inscrever e o que fazer para se tornar voluntário?». O Imparcial.
1 de fevereiro de 2020. Consultado em 6 de fevereiro de 2020
10. ↑ Grayson, L (2014). The role of non-government organisations (NGOs) in
practising editorial photography in a globalised media environment. Journalism Practice
8(5): 632–645.
11. ↑ Powers, M (2015). Contemporary NGO-journalist relations: Reviewing and
evaluating an emergent area of research. Sociology Compass 9(6): 427–437.
12. ↑ Powers, M (2016). The new boots on the ground: NGOs in the changing
landscape of international news. Journalism 17(4): 401–416.
13. ↑ Thrall, AT, Stecula, D and Sweet, D (2014). May we have your attention please?
Human-rightsNGOs and the problem of global communication. The International Journal of
Press/Politics, 19(2): 135–159
14. ↑ Jacobs, RN and Glass, DJ (2002). Media publicity and the voluntary sector: The
case of nonprofit organizations in New York City. Voluntas: International Journal of
Voluntary and Nonprofit Organizations 13(3): 235–252.
15. ↑ Ir para:a b Moon, R. (2018). Getting into living rooms: NGO media relations work as
strategic practice. Journalism, 19(7), 1011-1026.
11. No Brasil, uma ONG deve ter um estatuto registrado em cartório, CNPJ e
inscrição estadual para funcionar legalmente. Isso possibilita a captação
de recursos, abertura de conta bancária, etc.
12. Uma ONG legalizada e idônea pode complementar o trabalho do poder
público e receber doações de entidades privadas e do próprio Estado.