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Introdução

Algumas funções que podem ser atribuídas ao Estado são a regulação do sistema económico,
a provisão de bens públicos até à redistribuição e intervenção directa na economia. No
entanto, as várias ineficiências que se apontam à sua actuação, levam a que muitos
economistas, principalmente, os da ala mais liberal, defendam a minimização das suas
funções. No entanto, o Estado deve continuar a garantir o fornecimento deste tipo de Bens e
serviços como a Segurança Social, a Saúde e a Educação, dado que deles depende o bem-
estar de muitos indivíduos de classe social baixa.

A Educação assume hoje um papel importantíssimo na atribuição de competências aos


indivíduos, estes que são o garante do futuro do país por isso o Estado deve a todo o custo
criar condições para todo o cidadão tenha no mínimo a escolaridade básica. Para que isso
aconteça, o estado deverá financiar esse importante sector, mas depara-se muitas vezes com
sérias dificuldades financeiras para levar a cabo e com eficácia a concretização de alguns
planos e projectos do sector de educação.

Porque a Educação Básica (com qualidade) deverá ser garantida para todos, foi criado em
2003 o Programa de Apoio Directo às Escolas para garantir que as escolas do Ensino Básico
adquiram o material básico escolar que garante a realização do processo de ensino e
aprendizagem e de pequenos reparos/manutenção a nível local.

Apesar de se ter criado o programa, as dificuldades com o financiamento no sector de


educação ainda persistem e ainda muito tem por se fazer face a globalização que coloca
sérios desafios ao sector de educação. Portanto no presente trabalho pretende-se fazer uma
abordagem sobre A Dificuldade de Financiamento ao Sector de Educação, olhando
especificamente ao para o caso do Programa de Apoio Directo às Escolas.
1.1 Objectivo Geral
Analisar o processo de financiamento às instituições educativas.

1.2 Objectivos Específicos


Caracterizar o estado como provedor e financiador da educação.
Identificar as dificuldades de financiamento para o sector da educação.
Compreender o mecanismo de funcionamento do programa de Apoio Directo às Escolas.

1.3 Metodologia
O presente estudo é eminentemente Bibliográfico/documental. Consistiu na procura de
referências teóricas publicadas em documentos, tomando conhecimento e analisando as
contribuições científicas ao assunto em questão. É de natureza totalmente teórica e foram
usadas as chamadas fontes de papel. Cabe salientar que na maioria dos trabalhos científicos é
exigido uma pesquisa bibliográfica, porém algumas pesquisas são desenvolvidas
exclusivamente por meio dessas fontes.
No presente trabalho, fez-se antes uma análise profunda de documentos oficiais que regulam
a temática em questão e foram posteriormente também analisados outros materiais
bibliográficos já publicados de forma física ou pela Internet para posterior compilação e
descrição, até que se chegou ao actual estado do trabalho.
II. A problemática de Financiamento às Instituições Educativas, caso do programa de
Apoio Directos às Escolas

2.1 Funções do Estado


Conhecem-se três funções básicas do Estado nomeadamente a defesa, administração da
justiça e provisão de bens e serviços públicos.

Para os neoliberais, as políticas (públicas) sociais – acções do Estado na tentativa de regular


os desequilíbrios gerados pelo desenvolvimento da acumulação capitalista – são consideradas
um dos maiores entraves a este mesmo desenvolvimento e responsáveis, em grande medida,
pela crise que atravessa a sociedade. A intervenção do Estado constituiria uma ameaça aos
interesses e liberdades individuais, inibindo a livre iniciativa, a concorrência privada, e
podendo bloquear os mecanismos que o próprio mercado é capaz de gerar com vistas a
restabelecer o seu equilíbrio. Uma vez mais, o livre mercado é apontado pelos neoliberais
como o grande equalizador das relações entre os indivíduos e das oportunidades na estrutura
ocupacional da sociedade.

Nestes termos, coerentes com a defesa e referência essencial aos princípios da liberdade de
escolha individual e do livre mercado, os neoliberais postulam para a política educacional
acções do Estado descentralizadas, articuladas com a iniciativa privada, a fim de preservar a
possibilidade de cada um se colocar, de acordo com seus próprios méritos e possibilidades,
em seu lugar adequado na estrutura social1.

Apesar da visão dos neoliberalistas em defender uma economia puramente de mercado, o


Estado não pode totalmente se desligar da sua missão tal como afirma Carnoy (2002:174),
seja qual for a organização do Estado, da Economia ou do sistema educativo, “o Estado deve
assumir um certo número de responsabilidades para com a sociedade civil, na medida em que
a educação constitui um bem de natureza colectiva que não pode ser regulado apenas pelas
leis de mercado.” Nisso, podemos concluir que o Estado tem como uma das principais
funções oferecer serviços de educação (pelo menos a básica) para a população.

1
Cadernos Cedes, ano XXI, nº 55, novembro/2001, pp.38-39
Uma das primeiras tarefas dos poderes públicos consiste em suscitar um amplo acordo entre
os diferentes atores sobre a importância da educação e sobre o seu papel na sociedade.
Sobretudo nos países em desenvolvimento, só um diálogo permanente com todos os partidos
políticos, associações profissionais ou outras, sindicatos e empresas, pode assegurar
estabilidade e durabilidade aos programas educativos.

O papel do Estado corresponde, igualmente, a uma exigência de equidade e de qualidade em


matéria de educação. Na lógica da equidade e do respeito pelo direito à educação trata-se,
pelo menos, de evitar que o acesso à educação seja recusado a determinadas pessoas ou
grupos sociais; é sobretudo importante que o Estado possa ter um papel redistributivo,
principalmente em favor de grupos minoritários ou desfavorecidos.

2.2 Porquê o estado deve financiar a educação?


Os economistas argumentam, em geral que o sector privado está melhor equipado para
alocar, fornecer e gerir os recursos com mais eficácia. Sendo guiados por motivações de
procura de lucros, assume-se que o sector privado promove a eficácia, desempenho
competitivo e responsabilidade no mercado.

Contudo, os economistas também sabem que existem quatro razões devido às quais o
mercado, um simples sistema de procura e oferta, falha no sector de educação. O problema
numa abordagem de mercado em relação à educação pode ser resumido como:
 Equidade – uma educação comercial aumentará as desigualdades sócias.
 Externalidades - educação produz maiores benefícios para a sociedade do que para os
indivíduos
 Imperfeições do Mercado – as instituições financeiras não financiam a educação porque
ela não é um investimento que traga retorno a curto nem médio prazo
 Assimetria na informação - acesso desigual a informação importante quer sobre a
quantidade quer sobre a qualidade do produto educacional e custos

É legítimo que o estado seja o actor mais importante no financiamento e aprovisionamento da


educação. Isto é parcialmente por causa da fraqueza do sector privado e do aprovisionamento
do mercado em relação à natureza do “artigo educação”. A natureza da educação é que tem
elevados retornos, sofre de externalidades e é dominada por imperfeições e assimetrias na
informação como dissemos anteriormente.
Segundo FLEISCH, CLERCQ e CROSS (sd, p.103) Há outras razões para o governo
aumentar o seu papel central no financiamento e aprovisionamento da educação.
“O governo está interessado em manter um certo controlo sobre a educação, por
causa da contribuição que virá mais tarde para os valores sócio-políticos da
construção da nação e da cidadania democrática, bem como para o cumprimento de
mandatos de equidade e redistribuição. Assim, o estado, muitas vezes, financia e
aprovisiona a educação por razões políticas e ideológicas: reduzir e resolver as
desigualdades do passado, abrir oportunidades aos pobres e desfavorecidos e
permitir uma contribuição para as necessidades colectivas/ nacionais.”

2.3 Dificuldades de Financiamento


Países em desenvolvimento como Moçambique, devido ao crescente aumento demográfico,
aos atrasos de escolarização e a escassez de recursos financeiros, enfrenta muitas dificuldades
para viabilizar os seus planos e projectos no sector de educação. Além disso, o sector de
educação entra em concorrência na utilização dos recursos públicos com os outros domínios
de intervenção do Estado (agricultura, transportes, saúde, etc), e suportam as dificuldades
globais do orçamento e das opções políticas, no que se refere à repartição dos recursos
públicos, situação que faz com que seja mais difícil serem colocados em prática os planos e
projectos nesse sector.

2.4 Alocação de recursos


O Estado Moçambicano valoriza a educação segundo descreve no Plano Quinquenal do
Governo (PQG) 2010-2014:
“O Governo encara a educação como um direito fundamental de cada cidadão, um
instrumento para a afirmação e integração do indivíduo na vida social, económica e
política, um factor indispensável para a continuação da construção de uma
sociedade moçambicana, baseada nos ideais da liberdade, da democracia e da
justiça social, e também como instrumento principal da formação e preparação da
juventude para a sua participação efectiva na edificação do País.”2

No que diz respeito aos recursos financeiros o governo pretende:

2
Plano Quinquenal do Governo 2010-2014, p.12
(...) Assegurar a alocação adequada e equitativa de recursos a todas as +escolas públicas
(...) (PQG, 2010–2014).

Nos principais instrumentos de planificação governamentais, a alocação de recursos ao sector


da educação é vista como prioritária: o Plano Estratégico da Educação e Cultura (2006
2010/2011), por exemplo, estabeleceu que, em 2009, o governo deveria alocar 25% de seu
orçamento ao sector da educação. Na prática, o sector da educação continua a receber mais
recursos que a maioria dos demais sectores, mas os valores alocados à educação nos últimos
quatro anos, enquanto percentagem dos recursos totais previstos no orçamento, têm
observado uma redução gradual. Em 2007, segundo o relatório da AFRIMAP (2012), o sector
recebeu cerca de 22% dos recursos totais sendo que, em 2010, os recursos alocados
reduziram para 18% do total e, em 2011, para 17,2%, como ilustra a tabela a seguir.

Ano 2007 2008 2009 2010 2011


Orçamento para 22% 18.4% 19.3% 18% 17.2%
Educação

3
O governo de Moçambique, anunciou o aumento em cerca de 14% do orçamento alocado
para 2012 ao sector da educação. Todavia, o valor está muito aquém de satisfazer as
actividades programadas para o presente ano. A procura de ensino é muito grande de tal
modo que o governo e seus parceiros não conseguem resolver o problema.

Em termos absolutos, os valores alocados e executados no sector da educação têm-se mantido


estáveis, com pequenas variações no período 2008-2011: em 2008, foram alocados e
executados pelo sector cerca de 17.161 milhões de meticais, quantia que subiu para 18.228
milhões de meticais em 2009, e reduziu para 17.698 milhões de meticais em 2010.
(AFRIMAP, 2012:80)

2.5 Apoio externo ao desenvolvimento do sector da educação


Em 2001, o Banco Mundial desenhou um plano de acção para implementar o determinado na
Declaração de 2000 de Dakar-Senegal e, também, nos Objectivos do Desenvolvimento do
Milénio, a Iniciativa Acelerada de Educação para Todos (Fast Track Initiative for Education
for All), cujo principal objectivo é “acelerar o progresso para o objectivo principal da
3
‘Crise da Educação em Moçambique: cerca de duzentas mil crianças sem vagas em 2012’, Observatório dos Países de Língua Oficial
Portuguesa, 16 de Janeiro de 2012. Disponível em http://www.oplop.uff.br/boletim/1027/crise-da-educacao-em-mocambique-cerca-de-
duzentas-mil-criancas-sem-vagas-em-2012
Educação para Todos de garantir o ensino primário universal para rapazes e raparigas até
2015”. Para os países sem recursos mas que apresentassem planos estratégicos e
comprometimento político para a implementação da Iniciativa, o Banco Mundial e parceiros
bilaterais e multilaterais comprometeram-se a mobilizar os recursos necessários para o
financiamento das actividades.

O financiamento das despesas e investimentos do governo de Moçambique no sector da


educação depende consideravelmente de doações e empréstimos oferecidos por agências
internacionais e parceiros de cooperação bilateral e multilateral. Também, diversas iniciativas
têm sido implementadas por organizações não-governamentais estrangeiras no âmbito da
educação. O diálogo entre o governo e seus parceiros internacionais é constante e articulado,
mas a dependência de recursos externos continua a trazer dificuldades em termos de
planificação.

Também, tem havido uma tendência para a redução nos recursos disponibilizados pelos
parceiros internacionais, e o Ministério da Educação terá de buscar meios para sustentar a
expansão do acesso e garantir a qualidade do processo de ensino e aprendizagem.

Os parceiros de cooperação de Moçambique partilham da visão do governo no tocante à


prioridade que deve ser dada ao sector da educação nas políticas públicas, e desde há muito
colaboram no desenvolvimento do sector. Há vários projectos individuais de organizações
internacionais, mas os principais doadores têm buscado trabalhar em conjunto para aprimorar
a eficácia da ajuda-externa oferecida.

O relatório da Open Society Iniative for Southern Africa, citando AKERSON (2004) afirma
que em 2002, após alguns anos de debate, o Ministério da Educação e o Ministérios do Plano
e Finanças, do lado do governo, assinaram um Memorando de Entendimento (MdE) com o
Banco Mundial, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Países Baixos, Irlanda e Suécia, criando um
fundo comum, o Fundo de Apoio ao Sector da Educação (FASE), por meio do qual o apoio
destes doadores seria canalizado para as instituições do sector da Educação. O MdE foi
aprovado na vigência do Plano Estratégico da Educação I (1999–2005). Em 2006, na
sequência da aprovação do Plano Estratégico da Educação e Cultura II (2006–2010/11), o
Memorando de Entendimento foi revisto; no novo Memorando, que esteve em vigor no
período abrangido pelo PEEC II (2006–2010/11), não mais faziam parte o Banco Mundial e a
Suécia, mas juntaram-se ao grupo o Reino Unido e a Alemanha. Em 2009, os recursos do
Fundo representavam mais de 25% do orçamento da educação e entre 60–70% de toda a
ajuda-externa directa para o sector. Para os próximos anos, contudo, os compromissos
assumidos pelos parceiros indicam uma redução no apoio ao sector da educação e, em 2013,
prevê-se que a contribuição esteja em menos de 20% do orçamento do sector.

Nos termos do MdE assinado em 2006, o princípio orientador da cooperação entre


Moçambique e seus doadores no âmbito do FASE é a realização dos Objectivos do
Desenvolvimento do Milénio (ODMs) para a educação, no que se incluem a “(...) equidade
regional e de género, garantia de qualidade e relevância para as necessidades de Moçambique
e um empenhamento no fortalecimento das capacidades institucionais e de gestão financeira
do MEC a fim de se assegurar a utilização eficaz, eficiente e económica de fundos, com o
mais alto grau de transparência.” O MdE estabelece regras para a cooperação, assim como
mecanismos de monitoria e avaliação do processo.

Em termos de programas, o FASE financia o Apoio Directo às Escolas (ADE), a construção


de escolas a baixo custo, a distribuição de livros escolares e a formação continuada de
professores (CRESCER).

Para o triénio 2011-2013, prevê-se uma redução gradual na ajuda-externa, e o sector da


educação terá de buscar formas para financiar o seu défice.

2.6 Programa de Apoio Directo às Escolas (ADE)


Muitas iniciativas foram tomadas para responder ao desafio do sector de educação, das quais
cita-se, o desenvolvimento de um novo currículo para o ensino básico, a abolição das
propinas escolares no ensino básico que tem em vista a eliminação de algumas barreiras de
custo para o acesso e conclusão, o projecto-piloto de apoio as crianças órfãs e vulneráveis nas
escolas públicas do ensino básico e a criação em 2003 do Programa do Apoio Directo às
Escolas (ADE), entre outras.

O programa de ADE é financiado pelo FASE e visa segundo a Resolução 27/2010, fornecer
subsídios directos a todas as escolas públicas do ensino básico para aquisição de materiais
escolares e apoio às crianças vulneráveis e às raparigas mais necessitadas.
Segundo o MINED (2008:06), O programa de apoio directo as escolas desempenha um papel
importante no ensino básico dado que constitui uma das grandes fontes de financiamento das
escolas públicas deste subsistema de ensino em Moçambique. Este programa foi estabelecido
para fornecer subsídios directos a todas as escolas de EP1 e EP2 para a aquisição de materiais
escolares para apoiar o esforço de aprendizagem e a implementação do novo currículo. Por
isso as escolas, através deste programa adquirem o material básico escolar que garante a
realização do processo de ensino e aprendizagem e de pequenos reparos /manutenção.

Espera-se que através do programa ADE as escolas beneficiárias melhorem as condições de


aprendizagem, o aproveitamento pedagógico, baixem o nível de desistência e de repetições de
classes. Este programa deve estimular o acesso ao ensino.

2.6.1 Objectivos do programa ADE.


Dentre vários objectivos do programa ADE, destacam-se os seguintes:
 Fornecer subsídios directos a todas as escolas de EP1 e EP2 para a aquisição de
materiais escolares para apoiar o esforço da aprendizagem e a implementação do novo
currículo;
 Criar um “fundo de aumento de qualidade na escola” para apoiar a descentralização
dos recursos administrativos a nível da escola.

2.6.2 Atribuição de valores as escolas


Compete ao Ministério da Educação calcular o valor que é atribuído às escolas públicas do
ensino básico, em cada fase do programa. O valor é calculado de acordo com o número de
alunos matriculados e número de turmas existentes.

2.6.3 Despesas a ser suportadas pelo fundo do programa ADE:


Os fundos do programa ADE deverão ser utilizados para o pagamento das seguintes
despesas:
- Lápis - Sebentas
- Borrachas - Livro de turma, livro de ponto
- Afiadores - Papel de fotocópia/papel de lustro e
- Esferográficas vegetal/ cartolina
- Réguas - Tesouras
- Cadernos de exercício - Cola
- Tinta de china, tinta para a pintura do - Agrafos
quadro preto - Máquinas de escrever manual
- Giz - Lâmpadas
- Apagadores - Tomadas/fichas eléctricas
- Quadro preto - Pregos
- Transferidores para o quadro preto - Fechaduras
- Compassos para o quadro preto - Bolas
- Máquinas calculadoras (não científica) - Vassouras
- Sólidos geométricos (caixa métrica) - Esteiras para salas de aula
- Gramáticas - Armário com fechadura para guardar
- Dicionário da língua portuguesa livros de biblioteca
- Dicionário da língua inglesa - Rolos de plásticos para a cobertura de
- Tabuadas salas de aulas
- Mapas diversos - Pequenos reparos/manutenção
- Pastas de arquivo/furadores/agrafadores

2.6.4 Despesas que não devem ser suportadas pelo fundo do programa ADE
O fundo do programa ADE não deve ser utilizado para o pagamento de:
 Pessoal de encargos sociais;
 Festividades e comemorações (escolares);
 Agua, luz, telefone, aluguer de viaturas e taxas de qualquer natureza;
 Combustíveis, materiais para a manutenção de veículos, transporte para desenvolver
acções administrativas.

2.6.5 Os mecanismos de funcionamento do programa


Para o funcionamento do programa ADE são produzidos pelo MINED diversos materiais
formativos e informativos tais como Formulários de Registos de Despesas por Escolas:
Carta de Autorização – informa o montante atribuído a cada escola e nele é indicada a lista
de material elegível.
Nota de Encomenda – indica-se nele, o tipo de material adquirido, as quantidades e os custos
dos mesmos.
Nota de Detalhe da Despesa – preenchida após o preenchimento da nota de encomenda.
Os fundos do programa ADE são transferidos para as contas dos Serviços Distritais de
Educação Juventude e Tecnologia que por sua comunicam as escolas sobre a existência deste
valor nas suas contas bancárias.
O levantamento dos recursos financeiros é feito pelo director da escola e o representante da
comunidade e os fundos devem ser utilizados de forma racional com vista a trazer benefícios
directos às escolas.

Para o uso dos fundos, sugere-se:


 O reforço da funcionalidade dos conselhos de escola;
 A aquisição de um material com qualidade e preços acessíveis;
 Garantia da devolução de valores caso se justifique
 Monitoramento do programa de ADE
 Controlo do material adquirido
 Garantia da transparência no programa.

2.6.6 Situações que podem comprometer a continuidade de algumas escolas no


programa ADE
As escolas poderão ser excluídas da prestação seguinte se:
 Omitirem assinaturas nos formulários de registos de despesa por escola;
 Não apresentarem os justificativos das compras;
 Comprarem os materiais fora dos prazos definidos;
 Comprarem algum material que não conste na lista de materiais elegíveis;
 Os materiais adquiridos não tiverem sido utilizados na escola;
 Não apresentarem o processo de prestação de contas completo.
Conclusão
Sendo a Educação a base para o desenvolvimento do país na medida em que ela é
responsável pela atribuição do CHA (Conhecimentos, habilidades e atitudes) aos
indivíduos, conclui-se que é de deveras importante que se atribua especial atenção a este
sector.

O financiamento é o ponto de partida para que o sector de educação consiga realizar e


alcançar seus objectivos a médio e longo prazo, porque a disponibilidade de recursos
financeiros, conjugados com o pessoal e a aquisição de material didáctico permite a que
a educação cumpra a sua missão sem sobressaltos.

Numa altura em que se pretende alcançar a Educação Básica para Todos desde os
centros urbanos até as zonas mas recônditas, o Apoio Directo às Escolas mostra-se
importante útil porque é uma das formas de garantir a que as escolas básicas consigam
com qualidade (apesar de inúmeras dificuldades) dar as competências básicas às
crianças e ou adultos.

Sendo Cumprido com efectividade o objectivo do ADE nas escolas, será também
cumprido paulatinamente o objectivo da declaração de Dakar de maneira específica e
não só, mas também estarão a ser cumpridos os objectivos universais da educação na
sociedade globalizada em que vivemos.
Bibliografia
AFRIMAP & OPEN SOCIETY INIATIVE FOR SOUTHERN AFRICA. Moçambique:
A prestação efectiva de serviços públicos no Sector da Educação, Maputo, 2012

CARNOY, Martin. Mundializaçao e Reforma da Educação: O que os planejadores


devem saber.UNESCO, Brasília, 2002.

FLEISCH, Brahm; CLERCQ, Francine de & CROSS, Michael. Programa Avançado


em Política, Planificaçao e Gestão da Educação; Módulo 1: Análise Sectorial, Revisao
e Estabelecimento da Política. School of Education of the University of the
Witwatersrand, Johannerburg, s/d.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA, Plano Estratégico de Educação e


Cultura, 2006/2010–11, Maputo, 2006

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA, Programa de Apoio Directo às


Escolas: Manuel de Procedimentos 9ª fase, Maputo, 2008.

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, CONSELHO DE MINISTROS, Resolução


17/2010 de 27 de Maio - Estratégia Nacional de Segurança Social Básica 2010-2014,
Maputo, 2010
Índice
Introdução..........................................................................................................................1

1.1 Objectivo Geral............................................................................................................2

1.2 Objectivos Específicos................................................................................................2

1.3 Metodologia.................................................................................................................2

2.1 Funções do Estado.......................................................................................................3

2.2 Porquê o estado deve financiar a educação?................................................................4

2.3 Dificuldades de Financiamento...................................................................................5

2.4 Alocação de recursos...................................................................................................5

2.5 Apoio externo ao desenvolvimento do sector da educação.........................................6

2.6 Programa de Apoio Directo às Escolas (ADE)...........................................................8

2.6.1 Objectivos do programa ADE..................................................................................9

2.6.2 Atribuição de valores as escolas...............................................................................9

2.6.3 Despesas a ser suportadas pelo fundo do programa ADE:.......................................9

2.6.4 Despesas que não devem ser suportadas pelo fundo do programa ADE................10

2.6.5 Os mecanismos de funcionamento do programa....................................................10

2.6.6 Situações que podem comprometer a continuidade de algumas escolas no


programa ADE.................................................................................................................11

Conclusão........................................................................................................................12

Bibliografia......................................................................................................................13
Francisco Germano Caetano Raiva

A Problemática de Financiamento às Instituições Educativas. Caso do Programa


de A.D.E

Trabalho de Conclusão
apresentado ao Departamento de
PAGE, Faculdade de Ciências de
Educação e Psicologia, para
efeitos de obtenção do Grau
académico de Licenciatura em
PAGE .
.

Universidade Pedagógica
Maputo
2012
Francisco Germano Caetano Raiva

A Problemática de Financiamento às Instituições Educativas. Caso do Programa


de A.D.E

Licenciatura em Planificação, Administração e Gestão da Educação

Universidade Pedagógica
Maputo
2012
O papel das ONGs na Educação

Projeto Kidsmart, o primeiro contato de crianças carentes com o computador

Conheça duas ONGs, sigla de Organização Não-Governamental, que lutam para


melhorar as condições da Educação em nosso país. Apresentamos: Instituto Avisa
Lá e Ação Educativa.

O Instituto Avisa Lá tem seu foco de ação na formação continuada de educadores e de


outros profissionais que trabalham na Educação Infantil e no Ensino Fundamental. O
objetivo dessa ONG é melhorar a qualidade da Educação através do desenvolvimento
profissional e pessoal dos educadores e do fortalecimento das escolas e dos centros
educacionais. Faz isso contribuindo para a qualificação de educadores que trabalham em
instituições que atendem crianças de baixa renda. Funciona, também, como um centro
de produção de conhecimento em Educação através de um site na internet, da produção
de vídeos de formação e de outras publicações, além de contribuir para a formulação e
para a implementação de políticas públicas que resultam numa Educação de melhor
qualidade.
Seus principais projetos são:
- Kidsmart, IBM e Memória Local, e Museu da Pessoa
Esses projetos visam à capacitação de professores para o uso do computador na prática
pedagógica. São programas destinados à rede pública de escolas de Educação Infantil e
de Ensino Fundamental, propondo-se a introdução do computador como parte do
cotidiano da Educação.
- Capacitar Regional e Tutoria
Programas que atuam junto a ONGs e Secretarias de Educação e desenvolvem a
formação continuada de educadores.
- Vídeos para a formação de educadores
Trata-se de uma coleção de vídeos dirigidos à formação continuada dos educadores.
Alguns exemplos são: Ambiente Alfabetizador, vídeo que retrata, além de atividades
comuns em creches (como brincadeiras e jogos), uma preocupação em colocar crianças
de 3 a 6 anos em contato sistemático com a escrita.
Outro exemplo é Romeu e Julieta, vídeo que mostra como é possível melhorar a
capacidade de leitura e de escrita das crianças de 8 a 12 anos. A partir da história de
Romeu e Julieta, um texto trágico e relativamente conhecido, a leitura e os aspectos da
representação teatral são trabalhados. O teatro mobiliza muitos interesses, emoções,
hipóteses e desejo de aprender. Possibilita, também, a redescoberta dos sentidos da
leitura e da escrita.
Com esses projetos, o Instituto Avisa Lá faz sua parte para melhorar as condições da
Educação no Brasil.

A Ação Educativa tenta mostrar que, para melhorar as condições de vida da população
excluída do Brasil, é necessário melhorar a Educação.

A ONG Ação Educativa pretende ajudar na construção da cidadania e na superação das


desigualdades e da exclusão que atinge grande parte da população de nosso país. Para
isso, seu foco de ação é Educação e juventude: a Educação é fundamental para a
construção da democracia e da igualdade; e a juventude, com boa Educação, pode
promover essas mudanças.
Seus principais projetos são:
- Integrar pela Educação
O projeto tenta dar novos sentidos para a Educação escolar. Seu objetivo é criar uma
Educação que satisfaça às necessidades básicas da população. O objetivo é que os
professores opinem sobre a orientação da Educação promovida pela escola e envolvam
os demais funcionários, alunos e seus familiares nas decisões sobre os sentidos e os
tipos de atividades de aprendizagem.
- Cursos Experimentais de Educação de Jovens e Adultos
Esse projeto consiste em turmas de alfabetização e pós-alfabetização para jovens e
adultos. Essas turmas são espaços de experimentação de propostas pedagógicas, de
materiais didáticos e de campo de estágio para a formação de educadores.

- Culturas juvenis, educadores e escola


O projeto tem em vista a construção de uma escola mais interessante para os
adolescentes através do reconhecimento, por parte dos educadores, da legitimidade das
culturas (música, dança, teatro etc.) juvenis e do fortalecimento da participação dos
alunos na elaboração e no desenvolvimento de projetos culturais na escola. Dessa
forma, procura-se aumentar a probabilidade de sucesso escolar dos jovens.
Significado de ONG

O que é ONG:
ONG é a sigla para Organização Não-Governamental. São todas
as organizações, sem fins lucrativos, criadas por pessoas que
trabalham voluntariamente em defesa de uma causa, seja ela,
proteção do meio ambiente, defesa dos direitos humanos,
erradicação do trabalho infantil, etc.

A expressão “Organização não Governamental” foi empregada


pela primeira vez no ano de 1950, pela ONU (Organização das
Nações Unidas), para fazer referência às organizações civis que
não tinham nenhum vínculo com o governo.

A partir dos anos 1960 e 1970, a questão da degradação


ambiental passou a ser preocupação de muitas pessoas em
todo o mundo. Como resultado disso, surgiram movimentos que
deram origem a Organizações não governamentais. Nos anos
70, já havia mais de 10 000 ONGs no Brasil.

A ONG faz parte do Terceiro Setor da sociedade, que são as


instituições privadas, sem fins lucrativos que têm a finalidade
de dar complementar os serviços de ordem pública. Essas
organizações devem funcionar legalmente, com registro em
cartório, CNPJ e inscrição estadual.

A ONG é mantida financeiramente por pessoas físicas,


empresas privadas, fundações e em alguns casos com a
colaboração do próprio Estado. Os trabalhos são desenvolvidos
por funcionários contratados e principalmente por voluntários.

Muitas ONGs, em todo o mundo, foram organizadas para


defender o meio ambiente. Entre eles destaca-se o Greenpeace
(do inglês green=verde, e peace=paz), que atuam em muitos
países. Quando o meio ambiente está ameaçado, o Greenpeace
e outras ONGs protestam publicamente para que a população
tome conhecimento dos desastres ambientais.

As Organizações não Governamentais (ONGs) são organizações sem fins lucrativos,


constituídas formalmente e autonomamente, caracterizadas por ações de solidariedade no
campo das políticas públicas e pelo legítimo exercício de pressões políticas em proveito de
populações excluídas das condições da cidadania.[1] Sua ascensão histórica está ligada à
crise fiscal do Estado e ao desenvolvimento da sociedade civil no sentido de uma
cidadania ativa. Porém, seu conceito não é pacífico na doutrina, existindo muitas
divergências. Fazem parte do chamado setor terciário, o setor de serviços e comércio. No
entanto, algumas teses o definem como parte do setor quinário, o setor sem fins lucrativos.
[2]

Todavia, isso requer, ainda, um estudo político e sociológico mais profundo, principalmente
no que diz respeito à regulamentação e representatividade de instituições políticas
(partidos, agremiações) e sociais (clubes e agremiações sociais), e também às
suas responsabilidades atuais perante a lei e as determinações constitucionais.[carece de
fontes]
Essas organizações podem complementar o trabalho do Estado, podendo
receber financiamentos e doações dele, assim como de entidades privadas, para tal fim.
Atualmente, estudiosos têm defendido o uso da terminologia "organizações da sociedade
civil" para designar tais instituições.
É importante ressaltar que, no Brasil, o termo "ONG" não tem valor jurídico, sendo que a
qualificação de OSCIP (ou as antigas "entidades de utilidade pública") é o reconhecimento
oficial e legal mais próximo do que se entende por ONG.[3][4]
No Brasil, três figuras jurídicas correspondentes no novo Código Civil Brasileiro compõem
o terceiro setor: associações, fundações e organizações religiosas (que foram,
recentemente, consideradas como uma terceira categoria). Elas também cumprem a
função de combater as reminiscências do totalitarismo.[5]
Entidades como o ActivistFacts dedicam-se a rastrear fontes de financiamento de ONGs,
investigar suas agendas e, divulgá-las para o público.[6]

No Brasil
Esses espaços organizacionais do Terceiro setor (ou do quinto setor) situados entre a
esfera pública e a privada, identificados por alguns autores como públicos não estatais,
cumprem papel relevante para a sociedade. Na verdade, é preciso constatar que o
surgimento dessas organizações sem fins lucrativos, que têm como objetivo o
desenvolvimento de atividades de interesse público, deu-se pelo motivo da não eficiência
por parte do poder público em atender as necessidades da sociedade. Há de se ressaltar
que esses espaços organizacionais constituem importantes alternativas de sistematizar a
sociedade como um todo, promovendo ações sociais, culturais, assistenciais
etc. Betinho define as organizações não governamentais da seguinte forma:

Uma ONG define-se por sua vocação política, por sua positividade política:
“ uma entidade sem fins de lucro cujo objetivo fundamental é desenvolver uma
sociedade democrática, isto é, uma sociedade fundada nos valores
da democracia – liberdade, igualdade, diversidade, participação
e solidariedade. (...) As ONGs são comitês da cidadania e surgiram para
ajudar a construir a sociedade democrática com que todos sonham.[carece de fontes] ”
Quando operam com recursos públicos, estão sujeitas ao controle externo da
administração pública, exercido pelo Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de
Contas, e com fiscalização regular feita pelo Ministério Público. As Organizações
Sociais e Organizações da sociedade civil de interesse público devem cumprir
um contrato com exigências governamentais para continuarem recebendo financiamento
público.[1]
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2005 estavam registradas
338 mil fundações privadas e associações sem fins lucrativos, que empregavam 1,7
milhão de pessoas em todo o país, com salários médios mensais de 1 094,44 reais. O
tempo médio de existência dessas instituições era de 12,3 anos e a Região sudeste do
Brasil abrigava 42,4% delas. Essas instituições são, em geral, de pequeno porte, e 79,5%
(268,9 mil) delas não possuem sequer um empregado formalizado. A grande maioria não
possui espaço físico para realizar as obras que promete.[7]
Anualmente, o Instituto Doar, O Mundo Que Queremos e Rede Filantropia, em parceria
com a Fundação Getúlio Vargas, premia as melhores ONGs do Brasil.[8] Em fevereiro de
2020, o jornal O Imparcial listou várias ONGs para se tornar voluntário.[9]

Áreas de atuação
Em sua grande maioria, as ONGs tentam suprir as demandas da população em áreas de
competência legal do Estado mas em que este não consegue atuar de forma eficiente.
Segundo a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (ABONG), em
1998, as áreas de atuação das ONGs entrevistadas eram:[1]

ÁREA TEMÁTICA N.º de ONGs % Ref

1. Educação e/ou Profissionalização 121 65,76 [1]

2. Saúde/DST-Aids 73 39,67 [1]

3. Criança e/ou Adolescente 89 48,37 [1]

4. Agrária/Agrícola 47 25,54 [1]

5. Ambiental/Ecológica 63 34,27 [1]

6. Desenvolvimento Regional/Local 38 20,65 [1]

7. Organização Popular/Participação
12 60,87 [1]

Popular

8. Direitos Humanos 87 47,28 [1]

9. Povos Indígenas 13 7,07 [1]

10. Racismo/Negros 24 13,04 [1]

11. Relação de Gênero/Mulher 104 56,52 [1]

12. Arte e Cultura 45 24,46 [1]


13. Trabalho e Renda 71 38,59 [1]

14. Comunicação 44 23,91 [1]

15. Questões Urbanas 52 28,26 [1]

16. Justiça e Segurança Pública 28 15,22 [1]

17. Direitos do Consumidor 1 0,54 [1]

18. Políticas Públicas 13 7,07 [1]

19. Relações Internacionais 3 1,63 [1]

20. Desenvolvimento Institucional 2 1,09 [1]

21. Cidadania/Democracia 5 2,72 [1]

22. Tecnologia 3 1,63 [1]

23. Segurança Alimentar 3 1,63 [1]

24. Migrantes 3 1,63 [1]

25. População de Rua 3 1,63 [1]

26. Ecumenismo 4 2,17 [1]

ONGs e mídia
As ONGs desempenham um papel crescente na cobertura de notícias. Conforme os
orçamentos das redações jornalísticas encolhem, as organizações não governamentais
moldam as notícias, tanto indireta quanto diretamente.[10][11][12] Esse relacionamento beneficia
as ONGs, ampliando sua presença na grande imprensa, promovendo conscientização e
transmitindo sua causa.[13][14]
Pesquisas recentes examinaram os processos pelos quais as ONGs solicitam a cobertura
de notícias. Em Getting into living rooms: NGO media relations work as strategic
practice [Entrando nas salas de estar: trabalho de assessoria de comunicação no terceiro
setor como prática estratégica, em tradução livre], Ruth Moon destaca duas estratégias
das ONGs para alcançar seus objetivos: complacência e barganha''.[15]
Segundo Moon, a complacência é uma estratégia ativa em que uma organização escolhe
aderir a alguns valores notícia (como proximidade, atualidade e proeminência). Como
exemplos, a autora cita a construção de boas relações com jornalistas de modo a se tornar
uma fonte confiável, a publicação de pesquisas sobre temas relevantes para a ONG, a
associação com celebridades e a promoção de eventos.
Já a barganha é “uma forma específica de compromisso em que uma organização tenta
convencer uma parte externa a atender algumas de suas demandas ou expectativas”.[15] Na
pesquisa de Moon, a barganha ficou mais evidente na promoção de viagens
estrategicamente organizadas. Segundo a autora, nessas situações, os repórteres ainda
têm algo que a ONG quer - uma voz confiável para aumentar a conscientização sobre uma
questão ou alavancar o perfil da organização - e a liberdade de produzir conteúdo para
esse efeito ou não, mas a equipe da ONG tem maior poder de orientar a cobertura
jornalística por meio de seleções de fontes e locais.

O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Organização não governamental

Ver também
 Organização não governamental de ambiente
 Think tank

Fontes
 As Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil
2002 - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada – IPEA, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE,
Estudos e Pesquisas Informação Econômica - número 4, 2.ª edição, Rio de Janeiro,
2004

Referências
1. ↑ Ir para:a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac http://www.senado.gov.br/senado/
conleg/artigos/especiais/OrganizacoesNaoGovernamentais.pdf
2. ↑ Hatt, Paul, and Foote, Nelson (1953). 'On the expansion of the tertiary,
quaternary, and quinary sectors,' American Economic Review, May.
3. ↑ SEBRAE. O que é Organização da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP.
2017. link.
4. ↑ Leite, M. A. S. (2003). O terceiro setor e as organizações da sociedade civil de
interesse público: OSCIPs. Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, 2003. link.
5. ↑ EU slams NGOs bill: 'Reminiscent of totalitarian regimes'
6. ↑ «Activistfacts». (em inglês). Consultado em 28 de dezembro de 2019
7. ↑ - IBGE
8. ↑ «Prêmio 100 melhores ONGs do Brasil anuncia os vencedores de 2019». Época
Negócios. Rede Globo. Consultado em 19 de abril de 2020. Cópia arquivada em 9 de
janeiro de 2020
9. ↑ «Ongs: onde se inscrever e o que fazer para se tornar voluntário?». O Imparcial.
1 de fevereiro de 2020. Consultado em 6 de fevereiro de 2020
10. ↑ Grayson, L (2014). The role of non-government organisations (NGOs) in
practising editorial photography in a globalised media environment. Journalism Practice
8(5): 632–645.
11. ↑ Powers, M (2015). Contemporary NGO-journalist relations: Reviewing and
evaluating an emergent area of research. Sociology Compass 9(6): 427–437.
12. ↑ Powers, M (2016). The new boots on the ground: NGOs in the changing
landscape of international news. Journalism 17(4): 401–416.
13. ↑ Thrall, AT, Stecula, D and Sweet, D (2014). May we have your attention please?
Human-rightsNGOs and the problem of global communication. The International Journal of
Press/Politics, 19(2): 135–159
14. ↑ Jacobs, RN and Glass, DJ (2002). Media publicity and the voluntary sector: The
case of nonprofit organizations in New York City. Voluntas: International Journal of
Voluntary and Nonprofit Organizations 13(3): 235–252.
15. ↑ Ir para:a b Moon, R. (2018). Getting into living rooms: NGO media relations work as
strategic practice. Journalism, 19(7), 1011-1026.

2. Organização Não Governamental (ONG) é uma instituição privada sem


fins lucrativos que tem como objetivo atuar em áreas onde não chega o
poder público.

3. A ONGs promovem suas atividades através do voluntariado e são


encontradas em setores como as políticas públicas, defesa do meio
ambiente, saúde, educação, etc.
4. O que é Ong?

5. A expressão Organização Não Governamental foi empregada pela


primeira vez no ano de 1950. A Organização das Nações Unidas (ONU) a
utilizou para definir as organizações civis que não tinham nenhum
vínculo com o governo.

6. As ONG's desenvolvem trabalhos na área da educação, saúde, assistência


social e direitos humanos. Além disso, podem pressionar o poder público
para obter melhorias na prestação dos serviços oferecidos à sociedade,
tanto na esfera local, estadual, nacional como na esfera internacional.

7. Fazem parte do Terceiro Setor da sociedade, ou seja, enquanto o


Primeiro Setor é o governo e o Segundo Setor são as empresas privadas,
o Terceiro Setor são as instituições privadas. Sem fins lucrativos, esse
setor tem a finalidade de gerar serviços de ordem pública.

8. As ONGs buscam apoio financeiro através de várias fontes, entre elas:


pessoas físicas, empresas privadas, fundações e entidades
governamentais.

9. Seu principal objetivo é fomentar ações nos mais diversos campos do


conhecimento para os setores mais vulneráveis da sociedade.
10. Como criar uma ONG?

11. No Brasil, uma ONG deve ter um estatuto registrado em cartório, CNPJ e
inscrição estadual para funcionar legalmente. Isso possibilita a captação
de recursos, abertura de conta bancária, etc.
12. Uma ONG legalizada e idônea pode complementar o trabalho do poder
público e receber doações de entidades privadas e do próprio Estado.

13. As ONG's desenvolvem seus trabalhos com funcionários contratados e


principalmente com voluntários (com no mínimo 18 anos de idade), os
quais se comprometem em dedicar parte do seu tempo às atividades da
Organização.

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