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Fórum de Financiamento da Educação

Fórum 1
À luz do PNE, julgue comente a seguir.

A inclusão da educação de jovens e adultos nas formas de financiamento da


educação básica é uma meta do PNE.

Certo ou errado?

Comente:
O Plano Nacional da Educação, PNE, Lei nº 13.005, foi aprovado em 25 de
junho de 2014. Tem como objetivos: desenvolver estratégias capazes de
garantir o aperfeiçoamento do ensino em todas suas instâncias, através do
estabelecimento de diretrizes, objetivos, metas e de uma sistematização do
sistema educacional em colaboração com ações integradas de diferentes
esferas federativas. O PNE 2014-2024 foi fruto de uma grande articulação
democrática por parte dos entes federados como de diversos setores da
sociedade civil. Como trata da concretização de grandes objetivos com metas
estipuladas para realizações a médio prazo, ele se estrutura ao redor de 4
grandes eixos de atuação (ALVAREZ, 2016): 1) Estruturar e universalizar a
educação básica 2) Expandir o ensino superior 3) Promover a igualdade e a
diversidade 4) Valorizar a carreira dos profissionais da educação

Persistiu a histórica escassez de oportunidades de formação para os


educadores da EJA e nenhuma medida de política educacional foi tomada para
reverter essa situação, de modo que, no início do terceiro milênio, pouco mais
de 1% dos cursos de formação docente no país ofereciam habilitação
específica para atuar com essa modalidade da educação básica (Di Pierro,
Abbonizio & Graciano, 2004; Soares, 2010).

Existem metas que o PNE destaca para serem alcançadas, uma delas é a
questão do ensino de jovens e adultos, na tentativa de elevar a taxa de
alfabetização para 93,5% isso até 20015 até o final da vigência deste PNE,
erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a
taxa de analfabetismo funcional.

Mas esse plano foi tão vetado, pelo presidente da época Fernando Henrique
Cardoso (1995-2002) induziu à municipalização e focalizou o investimento
público no ensino fundamental de crianças e adolescentes, mediante a criação,
em 1996, de fundos de financiamento em cada uma das unidades da
Federação. Por força de veto presidencial à lei que regulamentou o Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do
Magistério (FUNDEF), as matrículas na EJA não puderam ser consideradas, o
que restringiu as fontes de financiamento e desestimulou os gestores a
ampliarem as matrículas na modalidade.

Persistiu a histórica escassez de oportunidades de formação para os


educadores da EJA e nenhuma medida de política educacional foi tomada para
reverter essa situação, de modo que, no início do terceiro milênio, pouco mais
de 1% dos cursos de formação docente no país ofereciam habilitação
específica para atuar com essa modalidade da educação básica (Di Pierro,
Abbonizio & Graciano, 2004; Soares, 2010).

O discurso técnico-político que justificou a secundarização da formação dos


adultos na agenda da política educacional apoiava-se no suposto caráter
profilático das medidas que priorizavam a formação das novas gerações, com
base no argumento propalado por organismos multilaterais de crédito e
assessoramento de que os investimentos na EJA mostravam-se pouco efetivos
(Torres, 2002).

O governo procurou silenciar a resistência a esse tipo de perspectiva,


suspendendo em 1996 as atividades da Comissão Nacional de Educação de
Jovens e Adultos criada no governo anterior, mas as vozes dissonantes
encontraram outros canais de expressão nos fóruns de EJA que proliferaram
nos estados a partir daquele ano (Di Pierro, 2008; Soares, 2003).

O processo de construção do PNE resultou na Lei 10.172/01, foi aprovado a


fim de consolidar um conjunto de reformas, para assim se criar um modelo
educacional de políticas gerais. As propostas rotuladas “modernização
nacional”, a que o governo deveria se adequar seriam para atender as
mudanças capitalistas que ocorriam no mundo "modernização da sociedade",
"inovação tecnológica", "erradicação da pobreza", "adequar a educação e o
mundo do trabalho às novas tecnologias" e a "consolidação da ordem social"
como horizonte. As propostas do PNE se aprovadas seriam realmente de
grande importância para quem por algum motivo não pode estudar na “época
certa”, mas o governo deu prioridade de investimento a formação da nova
geração, dessa forma não houve interesse do governo em questão para se
educar jovens e adultos, como se tinha proposto nas metas do PNE.

Ficou claro que tivemos dois projetos PNE de naturezas diferentes e


antitéticas, que vislumbraram, na sua complexidade, o confronto de princípios e
ideias no que diz respeito a concepções de homem, de educação e de
sociedade

Fórum 2

O mundo tem vivido graves crises econômicas, na medida em que


grandes instituições financeiras do mundo todo quebraram, e trouxeram
consigo graves consequências, não apenas para a economia, mas
também para o bem-estar social dos indivíduos, o papel do Estado como
regulador dos mercados financeiros entrou novamente para a agenda de
discussões. Desse modo, considerando os pensadores da economia,
comente sobre as diferenças entre as teorias econômicas clássicas e a
situação atual.

Segundo Karl Max (1867), O que distingue uma época económica de outra, é
menos o que se produziu do que a forma de o produzir.

Os doutrinadores clássicos acreditavam que o Estado deveria intervir para


equilibrar o mercado (oferta e demanda), através do ajuste de preços (“mão-
invisível”). Já o marxismo criticava a “ordem natural” e a “harmonia de
interesses” (defendida pelos clássicos), afirmando que tanto um como outro
resultava na concentração de renda e na exploração do trabalho.
A economia é uma disciplina em constante mudança, na medida em que os
sistemas econômicos estão sempre mudando. A ferramenta de pesquisa
fundamental é o método histórico-dedutivo, e uma de suas variedades - o
"método do fato histórico novo". O economista começa com a observação da
realidade econômica, assume que o conhecimento anteriormente acumulado é
razoavelmente válido e busca fatos novos, novas regularidades e tendências
que estejam emergindo historicamente. A partir dessa observação, dos fatos
históricos novos observados, de sua própria experiência e das ferramentas
econômicas disponíveis, ele tentará desenvolver seu próprio modelo do
sistema ou complementar os modelos existentes. Ele sabe que seu modelo é
intrinsecamente provisório, na medida em que a realidade sob estudo está
historicamente mudando.

Qual é a importância do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento


da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação?

O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de


Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) atende toda a educação
básica, da creche ao ensino médio. Substituto do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério
(Fundef), que vigorou de 1997 a 2006, o Fundeb está em vigor desde janeiro
de 2007 e se estenderá até 2020.

É um importante compromisso da União com a educação básica, na medida


em que aumenta em dez vezes o volume anual dos recursos federais. Além
disso, materializa a visão sistêmica da educação, pois financia todas as etapas
da educação básica e reserva recursos para os programas direcionados a
jovens e adultos.

Sobre o PROUNI - programa do governo que favorece a entrada em IES


privada, promovendo a inclusão pelo estudo. Como será o desempenho destes
alunos no ensino superior, será que eles contribuem e elevam as discussões
em sala de aula ou não?
A importância do acesso ao ensino superior fundamenta-se no aumento das
exigências para ingressar no mercado de trabalho, nas transformações das
profissões, bem como na expectativa de aumento da renda e ascensão social
(AMARAL; OLIVEIRA, 2011). Neste cenário, a educação tem apresentado
estrita relação com o desenvolvimento, tornando necessária a elaboração de
propostas pelos governos que beneficiem o maior número possível de
indivíduos, mediante a aplicação racional dos recursos públicos (SARAIVA;
NUNES, 2011).

Sem dúvida nenhuma esse é um tema gerador de discussão em sala de aula,


acredito que é realmente uma oportunidade muito grande, de pessoas de baixa
renda conseguirem ingressar no ensino superior por meio do PROUNI, é um
meio de tentar diminuir de certa forma a desigualdade social, a partir do
momento em que pessoas que não teriam condições de frequentar uma
faculdade conseguirem realizar tal feito, se sentem incluídas e com
expectativas de conseguir uma colocação melhor no mercado de trabalho,
além disso as faculdades privadas que aderirem ao PROUNI é oferecido, em
contrapartida, isenção de alguns tributos federais .

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