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POLÍTICA E GESTÃO

DE EDUCAÇÃO
AULA 03
AS POLÍTICAS
EDUCACIONAIS

Olá!

A política educacional pertence ao grupo das políticas públicas


nacionais. Como tal, constituem um elemento de regulação nacional orientado
pela sociedade civil e que visa assegurar o direito universal à educação de
qualidade e ao desenvolvimento integral dos alunos. Dessa forma, trata-se
de um tipo de instrumento governamental que tem como objetivo fornecer
subsídios para a universalização e ampliação da educação num país, seja em
nível federal, estadual ou municipal.
Nesta aula abordaremos as principais políticas educacionais e quais os
seus objetivos.

Bons estudos!
Nesta aula, você vai conferir que as políticas educacionais além de
auxiliarem na organização do sistema educacional e das instituições de ensino,
Nesta
objetiva aula, com
contribuir você avai conferir cidadã
formação os contextos conceituais
e humana da psicologia
dos sujeitos. entenderá
Sendo assim,
como elaobjetivos
entre os alcançoudesta
o seuaula
estatuto de cientificidade. Além disso, terá a oportunidade
estão:
de conhecer as três grandes doutrinas da psicologia, behaviorismo, psicanálise e
 Compreender a concepção e as práticas das Políticas
Gestalt, e as áreas de atuação do psicólogo.
Educacionais;
 Compreender
Conhecer oso conceito de psicologia
fundamentos da regulamentação do sistema
 Identificar
educacional as ediferentes áreas
da educação de atuação da psicologia
básica;
 Conhecer
Conhecer as áreas de eatuação
a estrutura do psicólogo.
a organização da educação no Brasil para
entender a influência dos diferentes interesses sociais, econômicos
e políticos.
3 POLÍTICAS EDUCACIONAIS

Frequentemente os governos estão estabelecendo instrumentos normativos


como os planos, programas e projetos que compõem o corpus da política pública para
a área da educação. As implementações das ações decorrentes dessa política tendem
a transformar a realidade dos sistemas educacionais e, no caso do Brasil, são
limitadas pelas dificuldades históricas da adesão tardia ao acesso à educação (BALL,
2011).

Portanto, é importante refletir sobre esse assunto, para entender melhor a


situação do país, bem como compreender as ações adotadas pelo governo visando
resolver as demandas escolares, abrindo assim, espaço para a reflexão. Silva e Silva
(2016) entendem que:

O Brasil é um país marcado por exclusões sociais ao longo de toda a sua


história, em qualquer esfera da sociedade: saúde, educação, moradia, entre
outros. No processo educacional, encontramos um dos maiores exemplos
dessas exclusões, que remonta desde o Brasil colônia, em que o sistema
educacional era quase inexistente, já que não havia demanda da estrutura
social e de produção, não havendo assim necessidade de uma abordagem
escolar. As funções de reprodução da ideologia dominante e das relações de
dominação eram cumpridas pelas escolas jesuítas. Ainda no Império e I
República, a Igreja continuou controlando as instituições de ensino, não
alterando substancialmente as funções de educação em relação ao período
colonial (SILVA; SILVA, 2016, p. 21).

Políticas Públicas para Gadotti (2003), refere-se a um processo (com um


conjunto de etapas e regras) voltado para a solução de um problema público. Todos
nós lidamos com isso todos os dias em nossas relações pessoais: desenvolver
soluções para alcançar um objetivo que agrade a um grupo de pessoas.
O autor reforça que ao estabelecer modelos educacionais concebidos por
cidadãos e governo, as políticas públicas possibilitam a criação de uma sociedade
capaz, para trabalhar, questionar e contribuir para o crescimento da nação e por isso
são extremamente importantes para o país.
Fato é, que a educação vai além do ambiente escolar. Tudo o que se aprende
socialmente, observando, repetindo, lembrando e reproduzindo na família, na igreja,
na escola, no trabalho, na rua, no teatro, entre outros espaços, trata-se de educação.
A educação só é escolar se for delimitada por um sistema que seja resultado de
políticas públicas (BALL, 2011).
Torna-se imprescindível a existência de um ambiente próprio do fazer
educacional, que é a escola, e que funcione como uma comunidade que articula partes
distintas de um processo delicado: pais, professores, alunos, servidores, vizinhança e
Estado (enquanto sociedade política que define o sistema através de políticas
públicas) (OLIVEIRA, 2007).
Consequentemente, a política pública educacional tem a ver com as decisões
do governo, com incidência no ambiente escolar enquanto espaço de ensino-
aprendizagem. Essas decisões envolvem questões como: contratação de
profissionais, valorização profissional, carreira, matriz curricular, construção do prédio,
formação docente, gestão escolar, entre outras (SOUSA, 2016).

3.1 O contexto das Políticas Educacionais na perspectiva da legislação

A política educacional faz parte da regulamentação nacional, que é realizada


pela sociedade civil e tem como objetivo assegurar o desenvolvimento integral do
aluno e, sobretudo, o direito geral à educação de qualidade. O direito à educação e o
dever do Estado em mantê-la estão contidos no texto da Constituição Federal de 1988.
No artigo 205 da Constituição Federal fica determinado que:

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será


promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).

O Ministério da Educação (MEC), das secretarias municipais de educação e


das secretarias estaduais, são responsáveis pela implementação da política nacional
de educação. Desde 1996, o principal instrumento que garante a educação no país é
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), que regulamenta
todo o sistema educacional brasileiro.
Fonte: Adaptado de Sousa, 2016

Uma das principais questões levantadas pela LDB é a criação de uma base
comum que deve orientar o desenvolvimento dos currículos da educação básica: a
Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A BNCC representa o conhecimento que
todo aluno tem direito de aprender, considerando o ensino por meio das habilidades
e competências a serem desenvolvidos na escola (GADOTTI, 2003).
A partir de dados coletados em todo o território nacional, o Plano Nacional de
Educação (PNE), permite identificar as necessidades mais urgentes e traçar planos
de ação para garantir a qualidade da aprendizagem, tanto na educação básica quanto
no ensino superior, que no Brasil é de responsabilidade dos governos municipal,
estadual e federal.

Em relação aos projetos educacionais, selecionamos alguns dos mais


importantes que estão em andamento no país, conforme entendimento de Sousa
(2016), confira:
Essas ações visam eliminar as disparidades sociais deixadas pelo longo
período de escravidão no Brasil, que deixou grande parte da população nas piores
condições de ascensão social e de acesso aos direitos básicos. É direito de todo
cidadão a educação gratuita e de qualidade, cabendo ao poder público, aos estados
e municípios dar suporte para que todos os requisitos sejam atendidos. No entanto,
existem muitas crianças e jovens que ainda não tem tal direito contemplado. O artigo
4º da LDB dispõe sobre a educação básica, como sendo um direito de todos e um
dever do Estado de proporcionar a mesma (BRASIL, 1996).
O financiamento da educação básica e pública no país conta com recursos
derivados de três esferas de governo. Na educação infantil, a oferta e o financiamento
são de responsabilidade dos municípios, já a oferta e o financiamento do ensino médio
cabem aos estados e Distrito Federal, sendo o Ensino Fundamental o único em que
as responsabilidades são compartilhadas entre os Estados, o Distrito Federal e pela
rede municipal (SOUSA, 2016).
A União é responsável por medidas complementares e redistributivas para
garantir oportunidades educacionais de padrão mínimo de qualidade para todos.
Também cabe à União, recolher e aplicar os recursos arrecadados com os impostos,
calcular o percentual mínimo do orçamento para investimento em educação, para
então realizar os repasses aos estados e municípios. As diretrizes de financiamento
também adotam programas de apoio à manutenção e desenvolvimento de redes
educativas.
A avaliação é uma verificação legítima para saber se a política educacional está
sendo bem implementada, especialmente quando os resultados se relacionam com
variáveis como ensino, aprendizado e liderança. São introduzidos os conceitos de
política de avaliação e a sua ligação com a política educativa.

Fonte: Adaptado de Sousa, 2016

O principal objetivo deste sistema é avaliar a qualidade do ensino do sistema


educacional brasileiro com base em testes padronizados e questionários
socioeconômicos. O resultado dessa avaliação mostra o Índice de Desenvolvimento
da Educação Básica (Ideb).
Fonte: Adaptado de Sousa, 2016

O ANA é um censo, e por isso é disponibilizada sua aplicação a todos os alunos


matriculados no 3º ano do Ensino Fundamental. Nas escolas multisseriadas, é
aplicada a uma amostra.

Fonte: Adaptado de Sousa, 2016

Segundo Sousa (2016), com base nessas características esta avaliação perde
sua missão de avaliar o ensino médio.

Fonte: Adaptado de Sousa, 2016

Os resultados indicam a nota de 1 a 5 de cada curso, classificado como


Conceito Preliminar de Cursos (CPC). Contudo, a nota é composta por:

 Nota do aluno no Enade 40%;


 Insumos: 30%,
 IDD: 30%.

Essas notas credenciam ou recredenciam os cursos de graduação, podendo


até fechar o curso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BALL, Stephen J.; MAINARDES, Jefferson (org.). Políticas educacionais: questões


e dilemas. São Paulo: Cortez, 2011.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

GADOTTI, Moacyr. Concepção dialética da educação: um estudo introdutório. 14ª


edição. São Paulo: Cortez, 2003.

OLIVEIRA, A. F. Percalços da escola e desafios da educação. In: OLIVEIRA, Adão F.


De; NASCIMENTO, Claudemiro G. do (orgs.). Educação na alternância: cidadania e
inclusão social no meio rural brasileiro. Goiânia: Editora da UCG, 2007.

PIANA, M.C. As políticas sociais no contexto brasileiro: natureza e desenvolvimento.


In: A construção do perfil do assistente social no cenário educacional [online].
São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.

SILVA, Ítalo Batista da.; SILVA, Ed Francklin da. Aspectos históricos dos planos
nacionais de educação do brasil: da década de 30 à de 80. Holos, ano 22, 2006.

SOUSA, H. G; SILVA, G. M. M. A. Política e legislação da educação. INTA: Sobral,


2016.

VIANNA, M.L.T.W. Em torno do conceito de Política Social: notas introdutórias. Rio


de Janeiro: Escola Nacional de Administração Púbica-ENAP, 2002.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996.

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