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PARA:
Senhor(a) Prefeito(a),
Assim, esclarece-se que a IHS BRASIL não presta qualquer serviço de telecomunicação, mas
sim empreende esforços para ceder infraestrutura passiva e de suporte1 às operadoras de
telefonia móvel.
1
Segundo o inciso VI do art. 3º da Lei Federal 13.116/15, uma infraestrutura passiva nada mais é que uma infraestrutura de
suporte que é composto por “meios físicos fixos utilizados para dar suporte a redes de telecomunicações, entre os quais postes,
torres, mastros, armários, estruturas de superfície e estruturas suspensas”.
2
Segundo o inciso VIII do art. 3º da Lei Federal 13.116/15, aplica-se o seguinte conceito: “Prestadora: pessoa jurídica que detém
concessão, permissão ou autorização para a exploração de serviço de telecomunicações”.
Para melhor ilustrar, confira a seguinte imagem:
Torre (poste) de
propriedade da IHS
BRASIL. Ela não
transmite nenhum
Equipamentos e sinal e serve apenas
antenas de de suporte passivo.
propriedade da
Operadora de
Telefonia Móvel. Estes
são os equipamentos
ativos que transmitem
os sinais de
telecomunicação.
A IHS BRASIL é tão somente uma proprietária de torres/postes, agindo de forma independe
das operadoras de telecomunicações no Brasil, não emitindo qualquer tipo de sinal de
telecomunicação. O objetivo da IHS BRASIL é, portanto, tornar possível a implantação de
modernos serviços de comunicação sem fio em qualquer localidade do país – sistemas estes
de responsabilidade exclusiva das operadoras3 – proporcionando a melhora nas formas de
comunicação humana e, consequentemente, das relações negociais, econômicas,
aquecimento de mercado e evidente implicação de aumento de renda do município,
justificável pelo progresso iminente.
Aqui, cumpre-nos registrar um pouco mais sobre a o progresso social e econômico que tal
infraestrutura certamente proporcionará ao município. Vejamos:
• A Lei Federal 13.116/15, logo no seu primeiro artigo, já reconhece em âmbito nacional
que a “instalação e compartilhamento de infraestrutura de telecomunicações”, tem “o
propósito de torná-lo compatível com o desenvolvimento socioeconômico do País”. Além
disso, “a gestão da infraestrutura (...) será realizada de forma a atender às metas sociais,
econômicas e tecnológicas estabelecidas pelo poder público”.
• Em recente estudo acadêmico publicado, ficou comprovado pelo Banco Mundial que
para cada aumento de 10% na penetração da banda larga em países em desenvolvimento,
há um aumento médio de 1,38% na taxa de crescimento do produto interno bruto (PIB). E
3
Segundo o inciso VIII do art. 3º da Lei Federal 13.116/15, aplica-se o seguinte conceito: “rede de telecomunicações: conjunto
operacional contínuo de circuitos e equipamentos, incluindo funções de transmissão, comutação, multiplexação ou quaisquer
outras indispensáveis à operação de serviços de telecomunicações”.
2/6
mais: a expansão da banda larga adicionou entre 1% e 1,4% à taxa de crescimento do
emprego4.
Sendo assim, o trabalho desenvolvido pela IHS BRASIL é o de compartilhar um mesmo site
entre diversas operadoras permitindo, assim, o aproveitamento compartilhado e minimizando
eventuais impactos (de ordem ambiental, estético e paisagístico) decorrente das atividades
desenvolvidas pelas operadoras de telecomunicações. Em outras palavras: em vez de cada
operadora ter sua própria torre em uma mesma região do município, elas elegem a IHS
BRASIL para que erga apenas uma e a compartilhe, reduzindo impactos.
Feitos esses esclarecimentos, cumpre mencionar que as Leis vigentes sobre instalação e
funcionamento das Estações de Rádio-Base (ERB) no Brasil, têm, sobretudo, a preocupação
de disciplinar perspectivas urbanísticas e ambientais, buscando minimizar os seus impactos
na cidade e nos habitantes. Assim é que tais normas estão previstas, na seara federal, nas
Leis 9.472/97, 11.934/09 e 13.116/15, além do Decreto Federal 10.480/20 e regulamentadas
pela ANATEL através da Resolução 303/2002, obedecendo, ainda, aos padrões determinados
pela OMS (Organização Mundial de Saúde), no que tange às questões de cunho ambiental e
de exposição humana a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos.
Ainda sobre as questões ambientais, o cotejado Princípio da Precaução não pode ser aplicado
no presente caso. É que o Supremo Tribunal Federal (STF) recentemente deu provimento ao
Recurso Extraordinário (RE) 627189 e fixou a tese de que “enquanto não houver certeza
científica acerca dos efeitos nocivos da exposição ocupacional e da população em geral a
campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos, (...), devem ser adotados os parâmetros
propostos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), conforme estabelece a Lei
11.934/2009”. A matéria, com repercussão geral reconhecida, foi analisada na sessão de
08/06/2016 pelo Plenário da Corte.
Ou seja, a IHS BRASIL não se enquadra no conceito de fonte poluidora descrito na legislação
federal (Lei Complementar 140/11, Lei Federal 6.938/81 e Resolução CONAMA 237/97).
Por não ensejar qualquer risco de dano ao meio ambiente, sua atividade sequer foi elencada
como suscetível de licenciamento pelo ordenamento Federal, restando, desta forma, isenta
de qualquer obrigação de cunho ambiental.
4
Para mais detalhes, vide o livro “Banda Larga no Brasil – passado, presente e futuro”, organizado por Peter Knight, Flavio
Feferman e Nathalia Foditsch (São Paulo, Figurati), 2016.
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Neste diapasão, é importante ressaltar que a pretendida infraestrutura vertical NÃO irá, em
hipótese alguma:
Neste sentido, servimo-nos do presente expediente para informar e requerer que este r.
Município proceda com a expedição concomitante, por meio de processo único, simplificado
e no prazo de até 60 (sessenta) dias contados do protocolo5, de:
5
Segundo a Lei Federal 13.116/15, temos:
“(...)Art. 7o As licenças necessárias para a instalação de infraestrutura de suporte em área urbana serão expedidas mediante
procedimento simplificado, sem prejuízo da manifestação dos diversos órgãos competentes no decorrer da tramitação do
processo administrativo.
§ 1o O prazo para emissão de qualquer licença referida no caput não poderá ser superior a 60 (sessenta) dias, contados da data
de apresentação do requerimento.
§ 2o O requerimento de que trata o § 1o será único e dirigido a um único órgão ou entidade em cada ente federado.
§ 3o O prazo previsto no § 1o será contado de forma comum nos casos em que for exigida manifestação de mais de um órgão
ou entidade de um mesmo ente federado.
§ 4o O órgão ou entidade de que trata o § 2o poderá exigir, uma única vez, esclarecimentos, complementação de informações
ou a realização de alterações no projeto original, respeitado o prazo previsto no § 1o.
§ 5o O prazo previsto no § 1o ficará suspenso entre a data da notificação da exigência a que se refere o § 4o e a data da
apresentação dos esclarecimentos, das informações ou das alterações pela solicitante.
§ 6o Nas hipóteses de utilização de mecanismos de consulta ou audiência públicas, nos processos a que se refere o caput, o
prazo previsto no § lo deste artigo não será postergado por mais de 15 (quinze) dias.
§ 7o O prazo de vigência das licenças referidas no caput não será inferior a 10 (dez) anos e poderá ser renovado por iguais
períodos.
§ 8o Será dispensada de novo licenciamento a infraestrutura de suporte a estação transmissora de radiocomunicação por ocasião
da alteração de características técnicas decorrente de processo de remanejamento, substituição ou modernização tecnológica,
nos termos da regulamentação.
§ 9o Será dispensada de novo licenciamento a infraestrutura de suporte a estação transmissora de radiocomunicação com
padrões e características técnicas equiparadas a anteriores já licenciadas, nos termos da regulamentação da Agência Nacional
de Telecomunicações (Anatel).
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• Certidão prévia de viabilidade/certidão de uso e ocupação do solo (CUOS) ou outra
que as valha, indicando expressamente eventual existência ou não de restrição urbanística,
zoneamento, ambiental, patrimônio histórico/cultural ou outras aplicáveis. Nestes particulares,
rogamos que seja informado também o embasamento legal para tais eventuais restrições;
Fica registrado, ainda, que o Art. 8 da Lei Federal 13.116/15 expressamente estabelece que
quaisquer atos de “órgãos competentes não poderão impor condições ou vedações que
impeçam a prestação de serviços de telecomunicações de interesse coletivo”.
§ 10. O processo de licenciamento ambiental, quando for necessário, ocorrerá de maneira integrada ao procedimento de
licenciamento indicado neste artigo. (...)”
6 Art. 13. Na hipótese de não haver decisão do órgão ou da entidade competente após o encerramento do prazo estabelecido
no § 1º do art. 7º da Lei nº 13.116, de 2015, a pessoa física ou jurídica requerente ficará autorizada a realizar a instalação em
conformidade com as condições do requerimento apresentado e observada a legislação municipal, estadual, distrital e federal.
§ 1º O órgão ou a entidade gestora poderá solicitar, uma única vez, esclarecimentos, informações ou alterações no projeto
original, observado o prazo previsto no caput.
§ 2º O prazo estabelecido no caput ficará suspenso no período entre a data da notificação da exigência de que trata o § 1º e a
data da apresentação dos esclarecimentos, das informações ou das alterações pela pessoa física ou jurídica detentora.
§ 3º Nas hipóteses de utilização de consulta ou de audiência públicas durante o processo de licenciamento, o prazo estabelecido
no caput não será prorrogado por mais de quinze dias.
§ 4º Na hipótese de descumprimento das condições estipuladas no requerimento ou na legislação, o órgão ou a entidade pública
poderá cassar, a qualquer tempo, a licença prevista no caput.
§ 5º Caberá recurso administrativo com efeito suspensivo das decisões de que tratam o caput e o § 4º.
§ 6º A retirada dos equipamentos de infraestrutura de suporte será de responsabilidade da pessoa física ou jurídica requerente
das licenças de instalação, caso seja determinada em decisão do recurso administrativo do órgão competente.
§ 7º O disposto neste artigo não dispensa a obtenção de autorização ou permissão prévia do responsável pelo imóvel privado,
pelo imóvel tombado ou protegido por legislação especial ou pelo imóvel público de uso especial ou dominical em que a instalação
será realizada.
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jurisprudência aplicada7, independentemente da expressa previsão de outro prazo em Lei
Municipal, que fica sobreposto pela referida Lei Federal e seu Decreto regulamentador.
Nestes termos.
P. deferimento.
7
“O STF decidiu que licença não despachada no prazo legal é considerada concedida (RTJ 7/415)” - MEIRELLES, Hely Lopes;
“Direito de Construir”, São Paulo, Malheiros, 11ª ed. 2013. p. 218.
6/6
28/02/23, 15:26 CERTIDAO DÉBITOS POPUP
CERTIDÃO NEGATIVA
Nº. 11146/2023
CERTIFICA, para os devidos fins, que o imóvel abaixo descrito acha-se QUITES COM SEUS
IMPOSTOS para com a Fazenda Municipal de Salto, conforme o período descrito abaixo. Nada mais.
Dado e passado pelo Departamento de Rendas da Prefeitura da Estância Turística de Salto, em
28/02/2023.
*** Foram consultados que não há débitos até a presente data ***
Inscrição: 01.07.0078.0010.0001
Local: RUA UMBRIA Nº 01 LOTE 01 QUADRA 05 VILLAGE JOAO JABOUR CEP 13329-051 SALTO SP
Lote: 01 Quadra: 05
Fica ressalvado à Fazenda Municipal o direito de, a qualquer tempo, lançar e cobrar qualquer importância que lhe venha a ser julgada
e devida.
https://cidadaosalto.meumunicipio.digital/apex/salto01/f?p=331:11:15902100911129::::: 1/1
PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE SALTO
RESPONSÁVEL CPF/CNPJ
TESTADAS
LOGRADOURO TESTADA
RUA UMBRIA 48.38
OBSERVAÇÕES
ISENÇÃO/REDUÇÃO
MOTIVO PROCESSO DAT. INICIO DAT. FIM FATOR USUÁRIO DAT.
NOME EMPRESARIAL
IHS BRASIL CESSAO DE INFRAESTRUTURAS SA
1/1
Paço Municipal - Avenida Tranquillo Giannini, nº 861, Distrito
Industrial Santos Dumont, Salto/SP, CEP: 13.329-600
Telefone: 0 (11) 4602-8500
Site: www.salto.sp.gov.br
_______________________________________________________________________
CERTIDÃO
Júlia Betini Bolognesi, Diretora de Departamento de Supervisão do Uso e Ocupação
Do Solo, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura da Estância Turística de Salto,
no uso de suas atribuições legais, CERTIFICA, para os devidos fins, a pedido de IHS BRASIL
CESSÃO DE INFRAESTRUTURAS SA, através do processo administrativo nº2795/2023, que:
Observações:
1°) A emissão da presente certidão NÃO AUTORIZA O FUNCIONAMENTO de
estabelecimentos comerciais e/ou industriais, devendo o interessado providenciar toda a
documentação necessária junto aos órgãos competentes no âmbito Municipal, Estadual e
Federal, bem como obter as licenças ambientais de instalação e operação junto aos órgãos
específicos.