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Segundo o autor existem muitas propostas das políticas públicas, mas ele
pessoalmente conclui que nenhuma delas oferece uma visão inclusiva que
resulte em soluções para os problemas sociais e econômicos com moralidade,
poder de intervenção, exercício pleno de cidadania e uma cultura política
compatível com a formulação de agendas públicas entre estado e sociedade.
Vamos com o projeto do PIL, com base nas Leis existentes, provar que a
sociedade necessita e deseja esta educação e o estado está devidamente
estruturado para a demanda.
O QUE MAIS ME PREDEU NESTE TEXTO FOI A FORMA COMO FOI CONTADA A
HISTÓRIA DA GÊNESES DO SURGIMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS NO
MUNDO E NO BRASIL E A FORTE INFLUÊNCIA DO CAPITALISMO NOS MODOS
DE MANIPULAÇÃO ECONÔMICA, POLÍTICA,CULTURAL E SOCIAL.ESTE TEXTO
PERCORRE POR VÁRIAS VERTENTES DA POLÍTICAS PÚBLICAS,DESVENDADO
COMO ELA E POR DENTRO E QUAL E O SEU PAPEL DENTRO DA SOCIEDADE
ONDE A DIVISÃO DE CLASSE E UMA CONSTANTE DESDE O PRINCIPIO DA
HUMANIDADE.
O primeiro texto descreve muito bem o que é uma política pública e também
narra um pouco da história das políticas públicas no mundo. Ainda neste texto,
é possível entender o sistema capitalista e como este modelo econômico
interfere nas políticas públicas e, por sua vez, na educação, que é o que nos
interessa. Em suma, este texto trata das relações de trabalho, da produção e
dos hábitos de consumo da sociedade.
Desta forma, faz-se necessário o preparo para o trabalho, isto é, a
educação e a informatização. Sendo assim, tudo que se faz de políticas
públicas, se volta para o mercado de trabalho através do conhecimento. É a
partir disto que entram as divisões de trabalho para uma produção em massa.
Neste sentido, isto é bom para o desenvolvimento da economia, mas não é
para o conhecimento e para o avanço da educação. Na verdade, este modo de
trabalho é bom para o capitalismo, mas quanto ao crescimento social não,
porque muitos estão fadados ao fracasso e a ficarem sujeitos a um trabalho
subalterno para a vida toda.
Trazendo o entendimento deste texto para o dia a dia do meu trabalho com
os alunos da EJA, percebo o quanto é importante para eles estarem ali e para
poderem evoluir no conhecimento e, consequentemente, no trabalho. Hoje
mesmo eu encontrei uma ex-aluna do ano passado trabalhando como caixa de
um supermercado. Fiquei feliz por vê-la ali trabalhando. No entanto, quando
conversei com ela, fiquei sabendo que abandonou os estudos por causa daquele
emprego que ela acabara de conseguir. Ela disse que o horário de trabalho
estava incompatível com a escola e que a direção da escola e, até mesmo os
professores, não a estimularam em continuar os estudos, mesmo sendo uma
diferença pequena de atraso na chegada.
Esta história me faz destacar o que o que li no segundo texto, Das Políticas
de Governo à Política de Estado, pois mostra o quanto a educação pública ainda
é incoerente com as necessidades dos alunos, pois isto é políticas públicas. Se
um aluno parou de estudar porque precisa trabalhar para se sustentar, é
porque a educação não compensa para ele, pois ele precisa comer. Isto é uma
questão de política de Governo e de Estado, visto que as famílias atualmente
são tão desestruturadas a ponto de não poder manter um jovem na escola sem
precisar trabalhar. Este segundo texto que li relata os planos para a educação e
como se desencadearam estes planos ao longo dos anos, da promulgação da CF
88 aos planos do governo FHC e Lula.
O texto narra os benefícios e os malefícios de cada um. Se formos mais
longe, na época da educação de nossos pais e avós, veremos que a educação
tinha eficácia, pois os jovens concluíam a educação básica com um curso
profissionalizante a ponto de exercê-lo no mercado de trabalho com qualidade e
eficiência. É verdade que o Governo FHC fez mudanças qualitativas na
economia e na educação, mas era para uma minoria. Já o governo Lula chegou
para ampliar o sistema educacional de forma que alcançasse muitos e colocasse
grande quantidade de jovens dentro das universidades, o que foi muito bom,
mas já não está sendo suficiente atualmente. O governo atual não consegue
administrar a quantidade de jovens que estão com diplomas na mão, a pressão
dos que querem entrar no Ensino Superior e manter os que estão em curso.
Isto afeta o mercado de trabalho e a economia, pois o que muitos exigiam de
conhecimento antes, atualmente não é mais suficiente.
Para ficar mais claro, existem os dois lados da moeda: de um lado, existem
cidadãos bem formados e instruídos, mas que não acham um emprego à altura
do seu conhecimento e salário que os atraiam. De outro lado, existe o mercado
de trabalho oferecendo emprego, mas que não tem tanta mão de obra
interessada assim, porque acha pouco o que está sendo oferecido, tanto o
salário, quanto o teor do serviço. Voltando à história da minha ex-aluna, se
fosse há 20 anos, ela não estaria ali empregada como caixa de um
supermercado, pois a exigência era maior, isto é, ela teria que ter concluído
obrigatoriamente o Ensino Médio. Por outro lado, hoje, quem tem um diploma
de nível superior (o antigo terceiro grau), só consegue encontrar emprego de
nível médio e salário para nível médio também. Aí entra outro ciclo vicioso,
vamos nos qualificar mais fazendo cursos profissionalizantes, pós-graduação
para melhorar as ofertas de emprego. Nisto, a concorrência está cada dia
maior, principalmente quando se fala em concurso público. Antigamente, digo,
há mais ou menos 20 anos, concurso público era bem raro, mas era bem
almejado pelos mais estudados e de nível superior. Também era mais fácil para
os ricos. Já atualmente, existe a máquina de concurso público e, por mais que
tenha a exigência de curso básico (Ensino Médio) ou superior (graduação,
especialização, mestrado e doutorado), isto não faz muito diferença, porque a
concorrência para nível médio tem sido para todos os níveis, o desempate é
mesmo na nota de corte, ou seja, no números de acertos de questões.
Abraços,