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Como todas as políticas públicas, as políticas educacionais devem ser construídas a partir de
diálogo com a sociedade civil, através de processos de escuta e de participação da comunidade
escolar, além de conselhos e de entidades do setor privado.
No Brasil, as políticas educacionais passaram por diversas reformulações ao longo dos anos.
Neste artigo, vamos entender o que são as políticas públicas da educação, como elas são
implementadas e quais as principais vigentes no Brasil.
No contexto social e político da emergência do projeto industrial brasileiro, nos anos 1930, a
criança é vista como um campo de intenções sociais. Constata-se isso, a partir do surgimento
de um conjunto de práticas que ofereciam assistência social e apresentavam medidas de
controle sobre a infância dos mais pobres, pois esse conjunto de práticas foi ordenado no
código de menores de 1927, quando a criança pobre começou a ser identificada como
“menor”.
A compreensão da educação como uma política pública julga a sua entrada como parte das
estratégias e projetos definidos no âmbito estatal visando à criação, reprodução e manutenção
das estruturas de poder. Neste sentido, as políticas públicas são interpretadas como ações que
constituem uma relação mediada entre os interesses do Estado e as demandas da sociedade,
que emergiram do próprio desenvolvimento do capitalismo.
A expansão da oferta de educação extra-familiar não se explica apenas pelo trabalho materno,
pois um número significativo de crianças pequenas que frequentam creches-pré-escolas são
filhas de mães que não trabalham fora (no Brasil, principalmente a partir dos 4 anos de idade),
sejam elas mais ou menos, ricas, instruídas, chefes de domicílio ou cônjuges. Isto é, a
“expansão da educação infantil, principalmente da pré-escola, também encontra sua razão de
ser em nova concepção de pequena infância”.
Não só como pesquisadora, mas também discente, devemos defender que a grande
importância da formação de professores tanto no decorrer na trajetória acadêmica quanto à
formação continuada, e até mesmo nas instituições educacionais. Isso deveria ser um fator
essencial dentro das próprias políticas públicas, e assim:
“a revalorização da profissão docente deve começar pelos cuidados com a formação do
professor. Tornar os cursos de pedagogia momentos efetivos de reflexão sobre a educação é
condição para a superação da atividade meramente burocrática em que mergulham muitos
desses cursos”
Dessa forma essa mudança fez com que os estágios passassem a ter outra função, deixando de
acreditar que o estagiário aprende apenas pela observação do docente. Este processo de
formação de professores se faz presente desde sua formação inicial a docência até a sua
realização profissional. Após a ruptura com essa concepção tradicional da transmissão o
estágio passou a se constituir como sendo:
Para Kramer (2011) o desenvolvimento de políticas públicas seria para uma redistribuição e
próprio reconhecimento dos direitos humanos e a criação de mecanismos institucionais que
possam permitir e encarar as linhas socioeconômicas e culturais causadores de injustiça.
Para Haddad (2006), o Brasil foi palco de diversos movimentos sociais, no final dos anos de
1970, em plena ditadura militar, resultando na abertura política. Destacou-se que o
movimento de Luta por Creches resguardar-se um novo conceito de creche como uma questão
de direito, em oposição à tradição caritativa e de custódia.
A Política Educacional deve ter como foco uma escola pública com um projeto de educação
com qualidade social, que seja inovador, projetado de forma ativa e participativa. A
democratização da educação implica acesso à escola, à gestão e ao conhecimento, com a
garantia de um ensino que oportunize e transforme as vidas dos indivíduos. Logo, por ser um
direito do cidadão, a unidade escolar precisa ser um local de produção e recriação de saberes,
socialização desses saberes e de dilatação das relações sociais, ou seja, onde ocorra a inclusão
social, visto ser e acontecer no contexto capitalista.
A primeira infância é o período da vida da criança desde o nascimento até os seus 6 anos de
idade. É um momento considerado essencial para o desenvolvimento físico, emocional, social
e cognitivo da criança, e estudos demonstram que o investimento em políticas públicas para a
primeira infância é o mais eficaz para reduzir as desigualdades socioeconômicas na idade
adulta.
Vimos que as políticas para a educação das crianças bem pequenas (0 a 3 anos) no contexto
brasileiro surgem com o desenvolvimento das creches, com destaque para a proclamação da
educação infantil como direito das crianças (inclusive 4 a 5 anos) e como primeira etapa da
educação básica.Nesse enredo onde as conquistas ocorrem articuladas e de forma crescente,
as políticas públicas que contemplam a Educação Infantil vão aumentando, porém surgem
diversos entraves para a implementação das mesmas, e principalmente a conquista do pleno
direito à Educação por parte dessas crianças. (VICTOR, 2009; 2011, p.130). Como o objeto
deste estudo é a questão da judicialização das vagas em creche, é pertinente que observemos
mais atentamente as questões relativas ao acesso das crianças bem pequenas à creche e o
exercício pleno de seus direitos enquanto sujeitos e as políticas públicas a elas relacionadas.A
Política Educacional deve ter como foco uma escola pública com um projeto de educação com
qualidade social, que seja inovador, projetado de forma ativa e participativa. A democratização
da educação implica acesso à escola, à gestão e ao conhecimento, com a garantia de um
ensino que oportunize e transforme as vidas dos indivíduos. Logo, por ser um direito do
cidadão, a unidade escolar precisa ser um local de produção e recriação de saberes,
socialização desses saberes e de dilatação das relações sociais, ou seja, onde ocorra a inclusão
social, visto ser e acontecer no contexto capitalista.
A partir da CF/1988 e da legislação que se agregou a ela, ocorre uma outra regulamentação da
Educação com instrumental jurídico necessário para dar ação concreta ao que foi
esta-belecido, buscando garantir sua efetividade, inclusive via poder judiciário. Desde então, o
poder judiciário passou a ter funções mais próximas e significativas na efetivação do direito à
Educação e muito recortadamente na educação infantil, dando início a um novo tempo entre o
Judiciário e a Educação, através de ações judiciais visando garantir a efetividade do direito à
Educação. Uma expressão que era incipiente ganha volume e a “judicialização da educação”
passa a ocorrer com a intervenção deste ente nas questões educa-cionais em vista da proteção
e garantia desse direito, para cumprirem-se as funções constitucionais do Ministério Público e
ou-tras instituições legitimadas. Na coreografia entre a Educação e o Poder Judiciário, Cury e
Ferreira (2009, p.35, grifo nosso) esclarecem:
[...] pode-se resumir que a garantia do direito à educação, sob o enfoque legal, ocorre nos
se-guintes tópicos:
• Qualidade da educação.
A lacuna entre a previsão da garantia do direito educacional via políticas públicas e a sua
efetivação é o lócus de atuação central do poder judiciário. A judicialização na Edu-cação
representa a busca de mais e melhores instrumentos de defesa de direitos juridicamente
protegidos. Essa proteção judi-cial avança na consolidação desse direito da criança e do
adolescente e exigência da obrigatoriedade da transfor-mação do legal no real, ainda que não
ideal, caminho necessário.
Introdução