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VAP2 SOCIOLOGIA

BRASIL, PAÍS DE CONTRASTES

Os contrastes sociais no Brasil fazem parte dos maiores do mundo. Há


desigualdades financeiras assustadoras, como o fato de que, segundo o IBGE,
os 20% mais ricos dominam 63,8% da riqueza do Brasil, enquanto os 20%
mais pobres obtém apenas 2,5% da riqueza brasileira. Somos o sétimo país
mais rico do mundo, mas apenas cinco mil famílias, conforme demonstra o
“Atlas de Exclusão Social: os ricos no Brasil”, dominam cerca de 45% de todo a
riqueza do Brasil.

Além dessa disparidade em termos de acesso aos recursos do Brasil, há


desigualdades enormes quanto à educação, à saúde, à dignidade, aos serviços
básicos de água potável, saneamento, no acesso à justiça, dentre outros
fatores essenciais à vida humana.

Outros contrastes enormes ocorrem entre homens e mulheres (nos quais o


sexo feminino ganha menos e apresenta maior porcentagem entre os
desempregados), entre índios, negros e brancos (nos quais os brancos
ganham mais, sofrem menos violência, vivem mais, e apresentam um
porcentagem bem menor de desempregados que as demais etnias).

Sabe-se que grande parte da população mal tem acesso a jornais, teatros,
bibliotecas,  teatros, viagens, e menos ainda a internet. Esta que, hoje, é um
dos principais meios de informação, tanto nas redes sociais quanto em sites de
noticias em geral. Este ainda é um privilegio da classe media alta em diante.

O sistema educacional constituiu-se a partir do momento em que a sociedade


se estruturou em classes sociais antagônicas, com o fim da chamada
sociedade primitiva. Os interesses e as necessidades da classe social
dominante passaram a delimitar o campo da Educação na medida em que
passou a servir para a dominação social de poucos sobre muitos. 

Estes refletem a "exclusão" progressiva efetivada pelo sistema educacional na


medida em que a maioria da população fica sem alternativas para ingressar em
uma IES pública, por um motivo: o ensino público de base, precarizado, não
consegue prover o aluno de condições para que passe pela barreira social
representada pelo vestibular, ainda mais se considerar que este mesmo aluno
entra em disputa com os da escola particular, que conta com uma estrutura
moderna e voltada para a inserção no mercado de trabalho.

Os alunos de escola pública, via de regra, não frequentam posteriormente as


IES privadas, pois não têm condições de pagar os estudos, uma vez que
representam os segmentos menos abastados da população - como resultado
deste processo, apenas 11% dos jovens e adultos estão nas universidades
Esta dinâmica reflete o grau de precarização das escolas públicas,
frequentadas pela maioria da população e, neste sentido, a desigualdade social
encontra no sistema educacional brasileiro uma de suas bases de sustentação,
o que nos obriga a rever o caráter atual das instituições de ensino, que atuam,
passivamente, nesta situação e, muitas vezes, são, de fato, os agentes
produtores desta dinâmica social.

Acadêmica: Lara Amorim Heitor

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