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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA SAÚDE

Emille Yena Oh 32124351


Fabiana Luxemburgo da Costa 32131666
Isadora Nazir Macedo Francisco 32147562
Júlia Camargo Silva 32135335
Júlia Manuela da Silva do Espírito Santo 32116616
Juliana Fleck 32151020
Laizza Rafaelle da Silva Braga 32151705
Larissa Melo Faria 32128916
Letícia Araújo de Lima 32129807

ANÁLISE CRÍTICA - PRECONCEITO SOCIOECONÔMICO

O preconceito socioeconômico -uma forma generalizada de ver indivíduos de uma


classe social e financeira, aos quais são atribuídas características, personalidades ou morais
largamente homogêneos- é perceptível em diversas instâncias da sociedade. A vista disso, em
2016, jovens estudantes da Universidade PUC-Rio que sofriam indiferença por parte dos alunos
não-bolsistas, se uniram para compartilhar suas experiências e reivindicar seus direitos,
alegando que o tratamento dado a eles era distinto em razão de seus fatores socioeconômicos.
Os direitos alegados pela Declaração de 1948, caracterizados pela universalidade,
imprescritibilidade, inalienabilidade e irrenunciabilidade, são diariamente violados; esse
processo desencadeia na quebra dos valores humanos como igualdade -afirmação do princípio
da não discriminação- e fraternidade -laço de parentesco, solidariedade, amizade e efeito entre
humanos. Nessa reportagem qualitativa publicada no G1, o preconceito é exemplificado por
uma aluna bolsista do ProUni do curso de Design, a qual relatou sobre sua professora que
zombava das empregadas domésticas, demonstrando o seu desgosto por pessoas de menor
condição financeira.
Esse prejulgamento fere diretamente o valor de igualdade e fraternidade, pois existe
uma diferenciação entre pessoas adicionado ao julgamento de valor, ou seja, pessoas são
desvalorizadas por não possuírem poder aquisitivo; a desvalorização incentiva cidadãos a cortar
laços de solidariedade e agir negativamente sobre a vida de outro; atitudes inaceitáveis diante
da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Em uma pesquisa, de reportagem quantitativa, divulgada pelo jornal de S. Paulo no ano
de 2019, foi mostrado que 30% dos brasileiros dizem ter seus direitos violados devido a sua
classe social. Esta pesquisa foi realizada com cerca de 2.000 pessoas, na qual consistia em saber
as razões pelas quais sofreram preconceito e com isso notou-se que o ponto que mais levantado
foi a classe social muito próxima ao local onde mora também. Nessa pesquisa também se
levantou alguns outros dados sobre outras discriminações como na cor, religião, local onde
mora, orientação sexual e em diversas localidades, mas o preconceito referente a classe social
foi maior nessa pesquisa divulgada.
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DA SAÚDE

A canção “Sr. Presidente” do cantor brasileiro, Projota, expõe uma clara insatisfação
em relação ao distinto tratamento que as classes mais desfavorecidas recebem. Nos versos
iniciais da música, é enfatizado a dependência constante de capital, para que direitos básicos
sejam fornecidos à população carente, como saúde, moradia, segurança e lazer. Direitos esses
que deveriam ser garantidos pelo Estado, porém não são entregues à população de maneira
igualitária. Visto que a obra artística em questão abrange principalmente o território brasileiro,
há diversos fatores históricos que influenciam o preconceito não apenas econômico, mas
também social, o qual é observado pela etnia e cultura que esse grupo é inserido. Em
conformidade a analogia que o cantor usa nos trechos: “de um povo que ainda segue órfão do
seu pai da nação, de uma pátria mãe solteira da sua população [...] Oh pátria amada e mal amada
por filhos infiéis”, é mostrado que a consideração familiar e o parentesco da sociedade tem
sofrido deturpações, dado que os membros dessa vivem em uma realidade de solidariedade
escassa.

REFERÊNCIAS:
PUFF, Jefferson. ‘A professora não gostava de pobre’: bolsistas criam página contra
preconceito em universidade carioca; 2016. Disponível em:
<http://g1.globo.com/educacao/noticia/2016/10/a-professora-nao-gostava-de-pobre-bolsistas-
criam-pagina-contra-preconceito-em-universidade-carioca.html>. Acesso em: 10 mai. 2021

DATAFOLHA. Datafolha: 30% dos brasileiros dizem ter sofrido preconceito por causa da
classe social; 2019. Disponível em:
<https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/01/16/datafolha-30-dos-brasileiros-dizem-ter-
sofrido-preconceito-por-causa-da-classe-social.ghtml>. Acesso em: 10 mai. 2021

PROJOTA. Sr.Presidente; 2018. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=3K7KyplSYvI>. Acesso em: 10 mai. 2021

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