O documento discute os 10 anos da Lei de Cotas no Brasil. Ele descreve como as cotas objetivam promover igualdade de acesso à educação para grupos historicamente marginalizados. Também discute como as cotas beneficiaram negros, indígenas e estudantes de baixa renda, porém ainda é necessário mais progresso para alcançar a igualdade plena.
O documento discute os 10 anos da Lei de Cotas no Brasil. Ele descreve como as cotas objetivam promover igualdade de acesso à educação para grupos historicamente marginalizados. Também discute como as cotas beneficiaram negros, indígenas e estudantes de baixa renda, porém ainda é necessário mais progresso para alcançar a igualdade plena.
O documento discute os 10 anos da Lei de Cotas no Brasil. Ele descreve como as cotas objetivam promover igualdade de acesso à educação para grupos historicamente marginalizados. Também discute como as cotas beneficiaram negros, indígenas e estudantes de baixa renda, porém ainda é necessário mais progresso para alcançar a igualdade plena.
É certo que ao falarmos sobre cotas com determinadas pessoas atingimos opiniões e posicionamentos diferentes em relação ao respectivo assunto, de fato é conflitante falar sobre o assunto ao percebermos que muitas pessoas divergem quanto ao apoio, alguns de fato acreditam que o sistema de cotas deve existir outros porém, enxergam cota como uma “vantagem” que não deveria existir, pois cada merece através do seu esforço e capacidade. Mas é claro que precisamos pontuar que o sistema de contas não é uma vantagem, mas sim um equilíbrio para aqueles que fazem parte de uma grande maioria onde a educação é precária, onde as condições sociais dificultam e o racismo estrutural é real, muitos não entendem a necessidade do sistema de cotas e a importância dele para aqueles que não tem condições de pagar uma escola particular, com ensino muito superior a instituições públicas, ou talvez populações ribeirinhas que vivem em extrema dificuldade para acessar as escolas, e quando acessam as escolas as mesmas não tem nenhuma estrutura para comportar e oferecer uma qualidade melhor no ensino. Talvez para muitos o sistema de cotas seja uma grande besteira, porém não podemos negar as evidências de que é mais que necessário para essa população de extrema pobreza e dificuldade, talvez um pouco de igualdade. As cotas objetivamente se retratam a uma política pública que visa garantir o acesso de alguns grupos a oportunidades nas quais elas são desfavorecidas por uma série de fatores, como raça, gênero ou deficiência física. Vemos muito durante esse período, sobre raça, cor e etnia, o que envolve e agrega no assunto sobre cotas, pois durante anos os negros, pobres, indígenas, africanos vem sofrendo com uma desigualdade e com uma depravação, onde os direitos foram esquecidos como se não fosse pessoas normais, como se não fossem seres humanos, a anos o poder e vantagem está nas mãos daqueles que tem conhecimento e dinheiro, porém de onde vem esse conhecimento? porque não chega até todos? o nível de educação não é o mesmo? Não. O nível de educação difere muito e é inegável, é inegável também que muitos tem a oportunidade, mas não aproveitam, mas para aqueles pelo qual a anos vem tendo uma trajetória deturpada, nada melhor do que uma tentativa de amenizar as coisas. A lei 12.711/12 conhecida como “lei de cotas” trata-se de uma legislação que estabelece a destinação de 50% das vagas em universidades e institutos federais para pessoas que estudaram em escola pública. Desse total reservado, metade é voltado à população com renda familiar de até 1,5 salário mínimo per capita. Atualmente no Brasil, existem três tipos de cotas: sociais, raciais e por deficiência física. As cotas sociais são as destinadas a pessoas de baixa renda e que tenham formação em escola pública. As raciais são voltadas a pessoas negras, pardas ou indígenas, que historicamente fazem parte de um grupo que foi oprimido na época da colonização e até hoje sentem os reflexos disso. As cotas por deficiência física garantem uma porcentagem das vagas de trabalho em empresas com determinada quantidade de funcionários, garantindo a inclusão de portadores de necessidades especiais no mercado de trabalho. A política das cotas surgiu em um movimento negro, há quase 30 anos. O assunto foi levado para a Marcha Zumbi dos Palmares, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, ainda em 1995, no governo Fernando Henrique Cardoso. Em 2004, chegou a ser apresentada pelo governo do ex- presidente Lula, mas só foi aprovada pelo Congresso em 2012. Antes mesmo disso ocorrer, universidades iniciaram ações para assegurar a inclusão no ensino superior. Esse movimento começou em 2003 com a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), que reservou 50% das vagas para pessoas de baixa renda, seguida da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Estadual da Bahia (UNEB) e a Universidade Estadual Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). Essas três instituições passaram a reservar vagas com critérios socioeconômicos e voltados a pretos e pardos. O direito a cotas abrange principalmente alunos que vieram de escolas públicas da rede de ensino brasileira. A Lei de Cotas é uma ação que deve vir acompanhada de demais ações. É preciso investir em aprimoramento e implementar demais ações que beneficiam não apenas a população negra, mas também a população indígena, a população quilombola, os estudantes que vêm da escola pública e as pessoas com deficiência. Após esses anos, essa lei continua sendo necessária devido à gigantesca desigualdade entre brancos e negros que persiste no país. Com a expansão das universidades públicas, dos anos 1960 a 2000, houve uma exclusão quase que completa da população negra nesses espaços. Com as cotas, pretos, pardos e outros grupos passaram a ser atendidos e houve um resultado positivo em termos de diversidade na graduação. Essa política, porém, ainda não pode parar. "Ainda estamos longe de atingir uma igualdade”. Por exemplo, temos muito mais advogados e advogadas negras, mas estamos longe de uma igualdade na OAB. Sem cotas, não há política que oriente na direção da igualdade. E mesmo com cotas, isso ainda vai demorar porque o fosso é muito grande. Há a necessidade ainda, de avançar na fiscalização quanto ao cumprimento da lei e dos beneficiados pela política de cotas. Também é preciso orientar a população de que as vagas reservadas para pretos e pardos têm como critério a aparência dos candidatos, ou seja, o fenótipo, e não a ascendência. Por outro lado, vagas destinadas a indígenas têm como critério o pertencimento ao grupo. "As fraudes para uso de cotas não chegam a 5%. O que mais acontece mesmo é falta de informação sobre os critérios”. maior parte das pessoas que frequentavam a escola no Brasil em 2021, segundo o IBGE, estavam em escolas da rede pública (84,1%), ou seja, a maioria das(os) jovens têm acesso à educação pública básica do país. No entanto, mesmo após dez anos de cotas no ensino superior público federal, entre aqueles que frequentavam um curso de graduação na educação superior, apenas 28,2% estavam na rede pública. As(Os) jovens estudantes da educação superior brasileira, em sua maioria, têm que pagar para continuar seus estudos se quiserem cursar uma graduação.
É uma distorção histórica no Brasil: apesar de a maior parte
das(os) jovens frequentar a rede pública na educação básica, muitas(os) não conseguiam uma vaga em uma universidade pública. Esse foi um dos argumentos em defesa da reserva de vagas começar pela inserção de jovens egressos da rede pública. A Lei de cotas prevê a reserva de 50% das vagas nas instituições de ensino superior (IES) federais a estudantes que tenham cursado todo o ensino médio na rede pública. A Lei n 12.711/2012, também conhecida como Lei de Cotas, determina que metade das vagas de instituições de ensino superiores públicas devem ser destinadas a candidatos que estudaram os três anos do ensino médio na rede pública. A Lei de Cotas estabelece também que, dentro do percentual de vagas reservadas a alunos da rede pública, metade devem ser para estudantes com renda familiar mensal por pessoa igual ou menor a 1,5 salário mínimo e a outra metade com renda maior que esse valor. Essas oportunidades entram na categoria de cotas raciais. Desde 2017, Pessoas com Deficiência também fazem parte das vagas destinadas à Lei de Cotas. Entre 2010 e 2019, houve aumento de quase 400% no número de alunos pretos e pardos nas instituições de ensino. Esse movimento serviu de referência para que o sistema de cotas fosse implantado no Brasil. Em 2000, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro aprovou uma lei que reservava metade das vagas para candidatos da rede pública. Lei de Cotas: quem participa, como concorrer, história - Brasil Escola (uol.com.br)
10 anos da Lei de Cotas: ela está ameaçada? O que pode mudar? |