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CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASE

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL


INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

CURSO DE DIREITO 2° PERÍODO


APTA II

Os 10 anos de cota no Brasil

Maria Eduarda Martins Ribeiro 2022101177


Thifanny Franklin Do Nascimento 2022101405

Volta Redonda, 11/10/2022


É certo que ao falarmos sobre cotas com determinadas
pessoas atingimos opiniões e posicionamentos diferentes
em relação ao respectivo assunto, de fato é conflitante falar
sobre o assunto ao percebermos que muitas pessoas
divergem quanto ao apoio, alguns de fato acreditam que o
sistema de cotas deve existir outros porém, enxergam cota
como uma “vantagem” que não deveria existir, pois cada
merece através do seu esforço e capacidade.
Mas é claro que precisamos pontuar que o sistema de
contas não é uma vantagem, mas sim um equilíbrio para
aqueles que fazem parte de uma grande maioria onde a
educação é precária, onde as condições sociais dificultam e
o racismo estrutural é real, muitos não entendem a
necessidade do sistema de cotas e a importância dele para
aqueles que não tem condições de pagar uma escola
particular, com ensino muito superior a instituições públicas,
ou talvez populações ribeirinhas que vivem em extrema
dificuldade para acessar as escolas, e quando acessam as
escolas as mesmas não tem nenhuma estrutura para
comportar e oferecer uma qualidade melhor no ensino.
Talvez para muitos o sistema de cotas seja uma grande
besteira, porém não podemos negar as evidências de que é
mais que necessário para essa população de extrema
pobreza e dificuldade, talvez um pouco de igualdade.
As cotas objetivamente se retratam a uma política pública
que visa garantir o acesso de alguns grupos a oportunidades
nas quais elas são desfavorecidas por uma série de fatores,
como raça, gênero ou deficiência física.
Vemos muito durante esse período, sobre raça, cor e etnia,
o que envolve e agrega no assunto sobre cotas, pois durante
anos os negros, pobres, indígenas, africanos vem sofrendo
com uma desigualdade e com uma depravação, onde os
direitos foram esquecidos como se não fosse pessoas
normais, como se não fossem seres humanos, a anos o
poder e vantagem está nas mãos daqueles que tem
conhecimento e dinheiro, porém de onde vem esse
conhecimento? porque não chega até todos? o nível de
educação não é o mesmo? Não. O nível de educação difere
muito e é inegável, é inegável também que muitos tem a
oportunidade, mas não aproveitam, mas para aqueles pelo
qual a anos vem tendo uma trajetória deturpada, nada
melhor do que uma tentativa de amenizar as coisas.
A lei 12.711/12 conhecida como “lei de cotas” trata-se de
uma legislação que estabelece a destinação de 50% das
vagas em universidades e institutos federais para pessoas
que estudaram em escola pública. Desse total reservado,
metade é voltado à população com renda familiar de até 1,5
salário mínimo per capita.
Atualmente no Brasil, existem três tipos de cotas: sociais,
raciais e por deficiência física.
As cotas sociais são as destinadas a pessoas de baixa
renda e que tenham formação em escola pública.
As raciais são voltadas a pessoas negras, pardas ou
indígenas, que historicamente fazem parte de um grupo que
foi oprimido na época da colonização e até hoje sentem os
reflexos disso.
As cotas por deficiência física garantem uma porcentagem
das vagas de trabalho em empresas com determinada
quantidade de funcionários, garantindo a inclusão de
portadores de necessidades especiais no mercado de
trabalho.
A política das cotas surgiu em um movimento negro, há
quase 30 anos. O assunto foi levado para a Marcha Zumbi
dos Palmares, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília,
ainda em 1995, no governo Fernando Henrique Cardoso.
Em 2004, chegou a ser apresentada pelo governo do ex-
presidente Lula, mas só foi aprovada pelo Congresso em
2012.
Antes mesmo disso ocorrer, universidades iniciaram ações
para assegurar a inclusão no ensino superior. Esse
movimento começou em 2003 com a Universidade Estadual
do Rio Grande do Sul (UERGS), que reservou 50% das
vagas para pessoas de baixa renda, seguida da
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ),
Universidade Estadual da Bahia (UNEB) e a Universidade
Estadual Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). Essas
três instituições passaram a reservar vagas com critérios
socioeconômicos e voltados a pretos e pardos.
O direito a cotas abrange principalmente alunos que vieram
de escolas públicas da rede de ensino brasileira.
A Lei de Cotas é uma ação que deve vir acompanhada de
demais ações.
É preciso investir em aprimoramento e implementar demais
ações que beneficiam não apenas a população negra, mas
também a população indígena, a população quilombola, os
estudantes que vêm da escola pública e as pessoas com
deficiência.
Após esses anos, essa lei continua sendo necessária
devido à gigantesca desigualdade entre brancos e negros
que persiste no país. Com a expansão das universidades
públicas, dos anos 1960 a 2000, houve uma exclusão quase
que completa da população negra nesses espaços.
Com as cotas, pretos, pardos e outros grupos passaram a
ser atendidos e houve um resultado positivo em termos de
diversidade na graduação. Essa política, porém, ainda não
pode parar. "Ainda estamos longe de atingir uma igualdade”.
Por exemplo, temos muito mais advogados e advogadas
negras, mas estamos longe de uma igualdade na OAB. Sem
cotas, não há política que oriente na direção da igualdade.
E mesmo com cotas, isso ainda vai demorar porque o fosso
é muito grande.
Há a necessidade ainda, de avançar na fiscalização quanto
ao cumprimento da lei e dos beneficiados pela política de
cotas. Também é preciso orientar a população de que as
vagas reservadas para pretos e pardos têm como critério a
aparência dos candidatos, ou seja, o fenótipo, e não a
ascendência. Por outro lado, vagas destinadas a indígenas
têm como critério o pertencimento ao grupo. "As fraudes
para uso de cotas não chegam a 5%. O que mais acontece
mesmo é falta de informação sobre os critérios”.
maior parte das pessoas que frequentavam a escola no
Brasil em 2021, segundo o IBGE, estavam em escolas da
rede pública (84,1%), ou seja, a maioria das(os) jovens têm
acesso à educação pública básica do país. No entanto,
mesmo após dez anos de cotas no ensino superior público
federal, entre aqueles que frequentavam um curso de
graduação na educação superior, apenas 28,2% estavam na
rede pública. As(Os) jovens estudantes da educação
superior brasileira, em sua maioria, têm que pagar para
continuar seus estudos se quiserem cursar uma graduação.

É uma distorção histórica no Brasil: apesar de a maior parte


das(os) jovens frequentar a rede pública na educação
básica, muitas(os) não conseguiam uma vaga em uma
universidade pública. Esse foi um dos argumentos em
defesa da reserva de vagas começar pela inserção de
jovens egressos da rede pública. A Lei de cotas prevê a
reserva de 50% das vagas nas instituições de ensino
superior (IES) federais a estudantes que tenham cursado
todo o ensino médio na rede pública.
A Lei n 12.711/2012, também conhecida como Lei de Cotas,
determina que metade das vagas de instituições de ensino
superiores públicas devem ser destinadas a candidatos que
estudaram os três anos do ensino médio na rede pública. A
Lei de Cotas estabelece também que, dentro do percentual
de vagas reservadas a alunos da rede pública, metade
devem ser para estudantes com renda familiar mensal por
pessoa igual ou menor a 1,5 salário mínimo e a outra
metade com renda maior que esse valor. Essas
oportunidades entram na categoria de cotas raciais. Desde
2017, Pessoas com Deficiência também fazem parte das
vagas destinadas à Lei de Cotas.
Entre 2010 e 2019, houve aumento de quase 400% no
número de alunos pretos e pardos nas instituições de
ensino.
Esse movimento serviu de referência para que o sistema de
cotas fosse implantado no Brasil. Em 2000, a Assembleia
Legislativa do Estado do Rio de Janeiro aprovou uma lei que
reservava metade das vagas para candidatos da rede
pública.
Lei de Cotas: quem participa, como concorrer, história - Brasil
Escola (uol.com.br)

10 anos da Lei de Cotas: ela está ameaçada? O que pode mudar? |


Educação | G1 (globo.com)

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