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10 anos da Lei de Cotas no Brasil

Oque é? A Lei de Cotas, aprovada em 2012, estabelece que todas as instituições de


ensino superior federais do país, obrigatoriamente, precisam reservar parte de suas
vagas para alunos de escolas públicas, de baixa renda, negros, pardos e índios.

Como surgiu? A
experiência dos Estados Unidos serviu de
referência para a adoção do sistema de cotas no Brasil,
embora tardia. Algumas universidades passaram a utilizar
desse recurso logo em 2004, por conta disso, iniciaram
discussões sobre a criação de uma lei federal de cotas, que se
torna concreta em 2012

Quem implantou a Lei de Cotas?


Nos últimos anos do mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso, do
PSDB, teve início a implantação de cotas nas universidades públicas de todo o
Brasil.

10 ANOS DA LEI DE COTAS NO BRASIL


Com o objetivo de diminuir com as desigualdades sociais provocadas historicamente
entre brancos e negros, e assim, realizar uma possível reparação histórica, foi
aprovada em 2012, a Lei de Cotas. Nela, é estabelecido que todas as instituições
federais do país necessitam reservar parte de suas vagas para alunos de escolas
públicas, de baixa renda, negros, pardos e índios, obrigatoriamente.
Nos últimos anos de Fernando Henrique Cardoso, presidente do Brasil na época,
influenciado pelos Estados Unidos, introduziu essa importante lei no país, a qual
possibilitou diversos estudantes a ingressar em universidades

Por que foi criada? Para introduzir e diminuir a desigualdade entre brancos e negros
no país, realizando o que é chamado de reparação histórica, principalmente devido à
escravidão. Ou seja, ela seria uma forma de realizar a reparação das desigualdades
práticas da vida cidadã e das instituições, permitindo a atuação democrática das partes
da sociedade, em completo respeito às suas diferenças.

Qual o valor máximo para se encaixar na cota de baixa renda? Até um salário mínimo
e meio por pessoa, sendo, atualmente o equivalente a R$ 1818,00.
Resultados?
Houve, de fato, uma melhora significativa no ingresso dessa parcela de estudantes, já que, se
fossem aguardar uma reforma no ensino das escolas públicas, o processo seria
consideravelmente mais lento e demorado.

De lá para cá, as universidades puderam observar, de fato,


uma melhora efetiva e significativa no ingresso dessa parcela
de estudantes. Se fossem aguardar uma reforma no ensino das
escolas públicas, o processo seria muito lento e provavelmente
acompanhado de inércia.

Estudo realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e


Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) sinaliza que a
Lei de Cotas estendeu em 39% a presença de estudantes
pretos, pardos e indígenas oriundos de escolas públicas em
instituições de ensino superior federais no período de 2011 a
2016.

Em relação ao critério baixa renda, a efetividade da lei não foi


tão alta. Muitos estudantes de escolas públicas não são,
necessariamente, de baixa renda, principalmente em escolas
militares e institutos federais.
Além disso, em cada grupo de renda são reservadas vagas
para negros, pardos e indígenas em quantidade
correspondente à porcentagem que esses grupos representam
no estado, segundo o último Censo Demográfico do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

10 ANOS DA LEI DE COTAS NO BRASIL


Como o objetivo de diminuir com as desigualdades sociais provocadas
Dentro de cada faixa de renda devem ser reservadas vagas a
candidatos autodeclarados Pretos, Pardos e Indígenas (PPI). Essas
oportunidades entram na categoria de cotas raciais. 
A quantidade de vagas destinadas a estudantes PPI é definida de
acordo com a proporção de índios, pretos e pardos da unidade da
federação onde está situado o campus da instituição de ensino,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Isso significa, por exemplo, que um estado com um número
maior de negros terá mais vagas destinadas a esse grupo racial.

Desde 2017, Pessoas com Deficiência (PcD) também fazem parte das
vagas destinadas à Lei de Cotas. Conforme a Lei nº 13.409/2016, que
alterou a Lei 12.711/2012 sobre a reserva de vagas para pessoas com
deficiência nas universidades, o número de vagas para estudantes PcD
também deve ser determinado de acordo com a proporção de pessoas
com deficiência na população da unidade da Federação onde está
instalada a instituição, segundo o último censo do IBGE.
Quem é

10 ANOS DA LEI DE COTAS NO BRASIL


Com o objetivo de diminuir com as desigualdades sociais provocadas
historicamente entre brancos e negros, e assim, realizar uma possível
reparação histórica, foi aprovada em 2012, a Lei de Cotas. Nela, é estabelecido
que todas as instituições federais do país necessitam reservar parte de suas
vagas para alunos de escolas públicas, de baixa renda, negros, pardos, índios
e pessoas com deficiência, obrigatoriamente.
Dentro do percentual reservado para estudantes de rede pública, existe
uma divisão entre alunos com renda familiar maior que 1,5 salário mínimo e
outra com renda menor que esse valor. Ainda existe uma subdivisão em cotas
raciais, com vagas reservadas para candidatos autodeclarados pretos, pardos
e indígenas, definida de acordo com a proporção de cada autodeclaração na
unidade da federação onde está situado. Esse método também é valido para
as cotas de pessoas com deficiências, adicionada em 2017.
Nos últimos anos de Fernando Henrique Cardoso, presidente do Brasil
na época, influenciado pelos Estados Unidos, introduziu essa importante lei no
país, a qual possibilitou diversos estudantes a ingressar em universidades
públicas. Houve, de fato, uma melhora significativa no ingresso dessa parcela
de estudantes, já que, se fossem aguardar uma reforma no ensino das escolas
públicas, o processo seria consideravelmente mais lento e demorado.
Entretanto, existe um argumento utilizado por pessoas contra a
possibilidade de cotas, especialmente raciais, no qual pontuam as fraudes no
ingresso de alguns estudantes, e até das próprias comissões de
heteroidentificação de cotistas raciais. Há ainda, os que dizem que acesso ao
ensino superior deve ser igual para todos, independente de cor ou raça.
Penso que não são argumentos válidos o suficiente para extinguir essa
lei, a qual celebra 10 anos nesse ano de 2022, uma vez que a quantidade de
estudantes indígenas que ingressaram em instituições de ensino, comparando
entre 2017 e 2010, foi nove vezes maior. Considero que essa lei contribuiu
muito para uma melhora efetiva na nossa sociedade, mas foi apenas um dos
degraus para concertar todos os anos de escravidão no Brasil.

Em 2017, a quantidade de estudantes indígenas que


ingressaram em instituições de ensino foi nove vezes maior
que em 2010.”
 Fraudes no ingresso de alguns estudantes por meio do
sistema de cotas;
 Falhas nas comissões e/ou bancas de heteroidentificação
de cotistas raciais; 
 Adoção de tratamento diferenciado a alguns candidatos
(desigualdade jurídica);

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