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A Lei de Cotas estabelece que 50% das vagas sejam de livre concorrência e 50%, para
alunos co/stas, sendo essas vagas assim distribuídas: desHnadas à população com renda
familiar de até 1,5 salário mínimo por pessoa da família, e vagas das cotas raciais e para
alunos com deficiência distribuídas conforme a proporção de indígenas, negros, pardos e
pessoas com deficiência da unidade da Federação onde está situada a universidade ou
insHtuto federal, tendo por base os dados apurados pelo InsHtuto Brasileiro de Geografia
e EstaXsHca (IBGE).
O percentual de estudantes inseridos na faixa de renda mensal familiar per capita até 1,5
salário mínimo também aumentou. Em 1996, quando foi realizada a primeira edição da
pesquisa, eles eram 44,3% do corpo discente, número relaHvamente próximo aos dos
percentuais encontrados nos levantamentos realizados em 2003 e 2010. Porém, percebe-
se que, a parHr de 2014, ocorre um salto, e os estudantes nessa faixa de renda passam a
ser 66,2% do total de estudantes da graduação, chegando a 70,2% em 2018.
“A Lei de Cotas foi fundamental e transformadora para nosso sistema [universitário] mas
também para o país. Trata-se da lei que democraHzou o acesso nas universidades federais,
incluindo populações negras, indígenas, com deficiência e também de baixa renda. Isso foi
revolucionário, transformou para melhor nossa universidade, diversificou e democraHzou.
Hoje vemos uma universidade mais rica, com um eixo fundamental e irrenunciável: a
inclusão de parcelas que, de outro modo, não poderiam hoje estar no nosso sistema
[universitário]. É o momento de rememorar estes dez anos, mas também de olhar para o
futuro, e lembrarmos que muito ainda há de ser feito, pela sociedade e por nós”.