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ORIGEM

O sistema de cotas tem sua origem em políticas de ação afirmativa, que foram
implementadas com o objetivo de combater a discriminação e promover a igualdade de
oportunidades para grupos historicamente marginalizados. A ideia por trás das cotas é proporcionar
acesso equitativo a recursos, oportunidades educacionais e emprego para pessoas que enfrentam
discriminação ou desvantagens sistemáticas.

Um sistema de cotas foi adotado pela primeira vez na Índia, na década de 1950, para
promover ações afirmativas que integrassem a população tradicionalmente pertencente às castas
excluídas nos sistemas educativos, na administração pública e nos cargos políticos.

No Brasil, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) foi a primeira instituição pública
de ensino a adotar um sistema de ações afirmativas, em 2003. A primeira instituição pública federal a
adotar um sistema de cotas foi a Universidade de Brasília (UnB), em 2004.

A partir de 2007, a elaboração de um programa de expansão e investimento nas


universidades e institutos federais, chamado Reuni, ampliou o debate sobre as cotas raciais por meio
dos conselhos universitários. A proposta de implementar cotas para estudantes de escolas públicas
com subcotas para negros, pardos e indígenas foi analisada pelo Supremo Tribunal Federal, que
votou por unanimidade pela constitucionalidade das ações afirmativas. Assim, foi sancionada, em
2012, a Lei 12.711/12, que regulamenta o sistema de cotas em universidades e institutos federais de
ensino.

COMO QUE A COTAS FUNCIONAM:

As cotas são reservas de vagas para determinados segmentos minoritários da população,


como pessoas negras (pretas ou pardas), indígenas e pessoas com necessidades especiais. No caso da
atribuição das cotas para ingresso em cursos de graduação em universidades públicas federais, além
da origem étnico-racial, o candidato à vaga reservada deve ter cursado todo o seu ensino médio em
escolas públicas.

Dessa maneira, as universidades públicas oferecem um duplo sistema de cotas: uma parcela
da reserva de vagas destina-se a estudantes de escola pública, independentemente da origem
étnico-racial, e a outra parcela destina-se a estudantes de escola pública que se autodeclaram
pretos, pardos ou indígenas.

No atual sistema de ações afirmativas para ingresso em universidades e institutos federais de


ensino, 50% das vagas devem ser destinadas a pessoas oriundas de escolas públicas. Dessas vagas,
25% destinam-se a pessoas com renda familiar inferior a 1,5 salário mínimo, e a outra metade está
liberada para pessoas com renda familiar superior a 1,5 salário mínimo, desde que tenham cursado
os três anos do ensino médio em escolas públicas.

As ofertas de vagas restritas por critérios étnico-raciais encaixam-se nessa reserva de 50%
das vagas totais oferecidas pela universidade e por cada curso, de acordo com o edital do vestibular
ou do Sisu. Para calcular o número de vagas destinadas a pretos, pardos e indígenas, utilizam-se
dados dos censos demográficos. Regiões com maior número de negros devem oferecer uma maior
reserva de vagas para essas pessoas, estados com maior número de indígenas devem oferecer uma
maior reserva de vagas para indígenas e assim sucessivamente.
QUEM PODE TER ACESSO AO SISTEMA DE COTAS:

- Estudantes de rede pública com três anos de ensino médio;

- Cotas Raciais, que atende pretos, pardos, indígenas e quilombolas.

- Contas socioeconômicas. É responsável por dar vagas a pessoas com renda abaixo de um salário
mínimo.

- Pessoas com deficiência também tem acesso ao sistema de cotas

Argumentos a favor da Lei de Cotas

 Diminuição da desigualdade social;


 Ampliação da diversidade e da inclusão social nas universidades;
 Reparação histórica a grupos excluídos anteriormente, como negros e
índios;
 Possibilidade de um futuro mais próspero para pessoas menos
beneficiadas social e economicamente.

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