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De acordo com o artigo 6º da Constituição Federal de 1988, todo cidadão deve ter

acesso aos seus direitos básicos, sendo eles, saúde, educação e moradia. No entanto, mesmo
com essa garantia constitucional, isso não se aplica de forma eficaz na realidade atual, visto
que grande parte da população negra brasileira é cerceada destes direitos. Essa problemática é
fruto do descaso social ainda presente no país e de fatores históricos.

Em primeiro lugar, é imprescindível destacar a inércia social acerca dos preconceitos


raciais cotidianos. De acordo com a filósofa alemã, Hannah Arendt, em “A banalização do mal”,
muitos problemas graves do cotidiano acabam sendo normalizados. Nesse contexto, o
racismo, ainda que camuflado, está presente na sociedade brasileira, posto que os negros,
atualmente, são as principais vítimas da violência, possuem o nível de escolaridade mais baixo
e a menor renda.

Outrossim, é necessário relembrar a influência histórica que implica diretamente na


marginalização e discriminação de pessoas negras. Isso se deve ao longo período de
escravização de povos de origem africana e a demora para a abolição da escravidão no Brasil,
que ocorreu de forma negligente, pois não houve uma preocupação para a inserção dos
afrodescendentes na sociedade da época.

Portanto, é notório que a persistência do racismo no Brasil é consequência de fatores


históricos e da invisibilidade social dos negros. Com isso, o Estado, por meio de seus poderes
constituídos, deve garantir a consecução dos direitos fundamentais previstos na Carta Magna,
através de políticas públicas de inclusão social, visando minimizar o problema da segregação
racial.

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