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Alto índice de violência policial contra pessoas pobres e negras no Brasil atual desde o período
colonial
Violência estrutural
Lugar de fala – RIBEIRO 2017 – escrito por pessoas brancas que percebem a questão do
racismo estrutural para a população negra e se utilizam do privilégio acadêmico e social que a
branquitude viabiliza para tratar a temática, apontando a crítica e promovendo a visibilidade.
Teoria da banalidade do mal – Hannah Arendt – 1999 – não – pois os mecanismo de controle
aprimoraram seus objetivos: controlam os sujeitos docilizados a apoia descartam aqueles que
são indesejáveis. Assim se insere a necropolítica.
A trajetória dos negros em solo brasileiro foi forjada desde os primórdios, pela violência física
e psicológica, pela submissão e pela desvalorização do ser humano – tudo isso mascarado pelo
mito da “democracia racial”, difundido, principalmente, a partir da obra de Gilberto Freyre.
(pag. 1058)
O legado do escravismo não foi a mestiçagem; foi, antes, a consolidação de uma desigualdade
social que faz sentir seus efeitos até hoje. (pag. 1058)
Mito fundante – fusão de raças e democracia racial – papel estratégico nas políticas do Estado,
na medida em que permitem engradecer certos eventos e suavizar “problemas que a nação
vivenciou no passado mas prefere esquecer, e cujas raízes ainda encontram repercussão no
presente.
De fato, a escravidão nos moldou enquanto sociedade. Para além de um sistema econômico,
ela foi responsável por formatar condutas, arquitetar espaços urbanos alicerçados na lógica da
diferença/exclusão e definir, do modo, muito contundente, desigualdades sociais. (pag. 1059)
A escravidão criou marcadores de diferenças – raça e cor e criou uma sociedade condicionada
pelo paternalismo e por uma hierarquia muito estrita.
A escravidão criou no Brasil uma singularidade excludente e perversa e uma sociabilidade que
tendeu ase perpetuar no tempo, precisamente por nunca foi efetivamente compreendida nem
criticada – eis que transmutada em mito. (pag. 1060)
Logo o preconceito racial contra a população afrodescendente não deve jamais ser visto como
um episódio isolado, senão como um verdadeiro atentado contra a dignidade deste povo que
sofre há mais de quinhentos anos em solo brasileiro.(pag 1059)
A abolição sempre foi pensada em prol do interesse das classes hegemônicas, pois, libertos,
jamais aos negros foram destinadas políticas de inserção socialou de regressos aos países de
origem. (pag. 1061)