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PODER JUDICIÁRIO ESTADO DO TOCANTINS

GRUPO GESTOR DE EQUIPES MULTIDISCIPLINARES - GGEM


PROGRAMA TEMPO DE DESPERTAR
- Conselho Nacional de Justiça, institui “A Campanha Justiça pela Paz em Casa”, que propõe um esforço
concentrado do Sistema Judiciário no julgamento de ações relativas à violência doméstica e familiar contra a
mulher;

- Através da Resolução 254/2018 foi instituído:

“As Semanas pela


Paz em Casa”

Promover a celeridade no Ações de mobilização da


trâmite e julgamento dos sociedade para o combate à
Realizar eventos sociais
processos relacionados a violência contra as
esse tipo de violência mulheres.
As semanas acontecem três vezes por ano:
- Março, em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres;
- Agosto, por ocasião do aniversário da promulgação da Lei Maria da Penha;
- Novembro, durante a Semana Internacional de Combate à Violência de Gênero, estabelecida pela
Organização das Nações Unidas (ONU).

- Objetivos: ações educativas no Brasil referente ao violência


doméstica e familiar contra a mulher.

- No Tocantins (explicar as ações que serão desenvolvidas no estado)


Em AGOSTO:

- 16 anos da LEI MARIA DA PENHA – Lei 11.340/2006.


- 09 de agosto – no Estado do Tocantins – “Dia Estadual de Combate ao
Feminicídio” e comemora a “Semana Estadual de Combate ao Feminicídio”, Lei
Estadual 3.522/2019;
- Campanha “Agosto Lilás” – Lei Estadual 3.637/2020.
- Campanha Sinal Vermelho – Lei 14.188/2021.
Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher:

Apesar de este ditado estar presente no imaginário popular, e do fato de a


violência doméstica contras as mulheres ocorrer no ambiente privado, o
problema merece a atenção pública.

Devemos, diariamente, combater qualquer tipo de violência contras as mulheres


e para sanar esse problema social, que vitimiza mais de 13 brasileiras por dia. É
necessário o envolvimento do poder público e da sociedade civil.
o primeiro é Vídeo https://
www.youtube.com/watch?v=ZCbr3Xsbgfk
Quais são as formas de violência doméstica e familiar
contra a mulher?
I. a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde
corporal;

II. a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional
e diminuição da autoestima, ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento, ou que
vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição
contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação
do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à
autodeterminação;
Quais são as formas de violência doméstica e familiar
contra a mulher?

III. a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a
manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação
ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade,
que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez,
ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que
limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e
Quais são as formas de violência doméstica e familiar
contra a mulher?

IV. a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração,
destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e
direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;

V. a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria
Feminicídio

O feminicídio é o homicídio praticado contra a mulher em


decorrência do fato de ela ser mulher (misoginia e menosprezo
pela condição feminina ou discriminação de gênero, fatores que
também podem envolver violência sexual) ou em decorrência
de violência doméstica. (Lei 13.104/15) 
Se ouço ou vejo uma briga entre a mulher e seu companheiro, o que eu
posso fazer?

Em toda a ocasião emergencial, a orientação é ligar para acionar a polícia (190), principalmente
se houve flagrante, as autoridades podem e devem interferir imediatamente.

O Ligue 180 não faz atendimento de caráter emergencial, ou seja, a polícia não vai ser acionada
para ir até o local da ocorrência.
Como ajudar uma mulher que vivencia a violência?

E se a mulher não quiser prosseguir com a queixa contra o


agressor?

Primeiramente, é importante compreender e respeitar a decisão da mulher, afinal ela deve


ter seus motivos para permanecer no relacionamento, mesmo que abusivo.

Mas, casos de violência física são configurados como ação pública e incondicionada, o
que significa que devem ser registrados independentemente do desejo da vítima de
denunciar o agressor. Nesse caso, o agente de polícia deve prosseguir com o registro da
ocorrência, mesmo a contragosto da vítima.
Como ajudar uma mulher que vivencia a violência?
Em que situação devo acionar o Ligue 180?

A Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, Ligue 180, é um serviço de utilidade


pública gratuito, confidencial, e funciona 24h, em todos os dias da semana. É um canal indicado
para denúncias de violência, reclamações sobre os serviços da rede de atendimento à mulher e
para orientar as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhando-as para
outros serviços quando necessário.

O Ligue 180 não tem caráter emergencial, a polícia não vai até o local em que a agressão ocorreu.

A vítima ou qualquer pessoa pode ligar para o 180 e fazer uma denuncia sobre algum caso de
violência doméstica. Nessa situação, é necessário ter os dados pessoais e endereço da mulher em
situação de vítima.
Como ajudar uma mulher que vivencia a violência?

Por que a minha denúncia faz a diferença?

Muitas pessoas acham que a denúncia pode expor ainda mais a mulher ao risco. Mas o
silêncio é o maior inimigo das mulheres que vivenciam a violência doméstica. A denúncia é
uma das principais barreiras para evitar o feminicídio (morte de mulher pela condição do
gênero).

Outro ponto importante é a medida protetiva, que garante o afastamento do agressor, algo
possível somente quando a denúncia é devidamente registrada.
Quais são as redes de apoio existentes em que a mulher pode buscar
ajuda?

- Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs);


- Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAMs);
- Casa Abrigo;
- Centros de Referência da Assistência Social (CRAS)
- Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher;
- Órgãos da Defensoria Pública;
Dicas de Como Agir com as Mulheres que Vivenciam a Violência
Domestica:

- Escutar;

- Não julgar;

- Criar Confiança;

- Não desistir.
CAMPANHAS:
NO TOCANTINS:

- LEI Nº 3.637, DE 15 DE JANEIRO DE 2020.


Publicado no Diário Oficial nº 5.526 Institui a
campanha “Agosto Lilás” e dá outras
providências.

- 09 de agosto – no Estado do Tocantins – “Dia


Estadual de Combate ao Feminicídio” e
comemora a “Semana Estadual de Combate
ao Feminicídio”, Lei Estadual 3.522/2019;
SINAL
VERMELHO
LEI 14.188/2021
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- BRASIL, Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha).
- _____, Lei 13.104/2015 (Lei do Feminicídio). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/20
15/lei/l13104.htm>. Acesso em 10 jul 2022.
- _____, Lei 14.164/2021 (Altera a Lei nº 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para incluir
conteúdo sobre a prevenção da violência contra a mulher nos currículos da educação básica, e institui a Semana
Escolar de Combate à Violência contra a Mulher).
- _____, Lei 14.188/2021 - Define o programa de cooperação Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica como uma
das medidas de enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher. Disponível em: <
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-14.188-de-28-de-julho-de-2021-334902612>. Acesso em: 12 jul 2022.
- TOCANTINS. Lei 3.442/2019 – Cria Semana Estadual Maria da Penha nas Escolas, e adota outras providências.
Publicado no Diário Oficial nº 5.338. Disponível em: < https://www.al.to.leg.br/arquivos/lei_3442-2019_4860 8.PDF>.
Acesso em: 12 jul 2022.
- _____. Lei 3.522/2019. Institui, no âmbito do Estado do Tocantins, o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio e a
Semana Estadual de Combate ao Feminicídio. Publicado no Diário Oficial nº 5.414. Disponível em: <
https://www.al.to.leg.br/arquivos/lei_3522-2019_ 49672.PDF>. Acesso em: 12 jul 2022.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

- _____, Lei 3.637/2020. Institui a campanha “Agosto Lilás” e dá outras providências. Publicado no Diário Oficial nº
5.526. Disponível em: < https://www.al.to.leg.br/arquivos/lei_3637-2020_51208.PDF >. Acesso em: 12 jul 2022.
- BOYES-WATSON, Carolyn. No coração da esperança: guia de práticas circulares: o uso de círculos de construção da paz
para desenvolver a inteligência emocional, promover a cura e construir relacionamentos saudáveis. Tradução: Fátima
De Bastiani. Edição brasileira: Justiça para o século 21: instituindo práticas restaurativas. Porto Alegre: Tribunal de Justiça
do Estado do Rio Grande do Sul, Departamento de Artes Gráficas, 2011.
- Instituto Maria da Penha. Mete a Colher: quando a empatia é a solução – TEDxJoaoPessoa. Disponível em: <
https://www. youtube.com/watch?v=xFJ43Lt_HmQ>. Acesso em: 10 jul 2022.
- _____. Cartilha Não Tenha Medo de Meter a Colher em Briga de Marido e Mulher. Disponível em: <
https://www.meteacolher.org/_files/ugd/d5ab6 2_c1c6 4de2456c44eca8c9f4f4802dcd63.pdf>. Acesso em: 10 jul 2022.

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