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ABSTRACT: For a long time the child care was based on the welfare and
compensatory conception. With the promulgation of the Law on the Guidelines and
Bases of National Education (Law 9394 96), Infant Education begins to integrate the
first stage of Early Childhood Education, with this arises the global conception that
aims at the integral development of the child, considering the acquisition of knowledge
as a collective construction and offering children meaningful experiences.This article
aims to analyze the conceptions of Child Education (assistencialista, compensatory
and global) present in official documents for Early Childhood Education as: Law of
Guidelines and Bases of National Education (LDB, 1996), National Curriculum
Framework for (RCNEI, 1998), National Quality Parameters for Early Childhood
Education (2006), National Curricular Guidelines for Early Childhood Education
(DCNEI, 2010) and the National Curricular National Base (BNCC, 2017).
1Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Graduanda de Pedagogia pela Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ. E-mail: natiely.almeida06@gmail.com Orcid: http://orcid.org/0000-
0002-8410-002X.
1 INTRODUÇÃO
Segundo Kramer (2011), o período entre de 1500 a 1874 é marcada pela pouca
preocupação com a criança e a única instituição existente é a roda dos expostos que
era um local utilizado para abandonar recém-nascidos.
Entre 1874 a 1899, as instituições de educação infantil no Brasil nascem com
o objetivo de atender as crianças pobres, com o intuito de auxiliar as mulheres que
trabalhavam forade casa e as viúvas desamparadas, pois com as mudanças sociais
também mudou o papel da mulher, com isso precisavam trabalhar nas indústrias e de
um local para que seus filhos pudessem ficar. Sendo assim, a pré-escola foi instituída
para reduzir os impactos dos problemas sociais.
As primeiras iniciativas foram feitas por higienistas e médicos que buscavam
diminuir os altos índices de mortalidade infantil, para isso começaram a pensar em um
espaço para cuidar das crianças fora do âmbito familiar. A aprendizagem das crianças,
que antes se dava na convivência com os adultos, passou a dar-se na escola.
O atendimento das crianças das classes baixas priorizava o cuidar, a higiene,
a segurança e a alimentação, não tendo nenhuma preocupação com o
desenvolvimento integral, mas de um olhar voltado para o assistencialismo e a
caridade. Nesta concepção a criança era vista como adulto em miniatura, frágil e
indefesa. Segundo Kuhlmann (2000, pag.8): ”A educação assistencialista promovia
uma pedagogia da submissão, que pretendia preparar os pobres para aceitar a
exploração social”. As crianças da nobreza eram tratadas diferentes, tinham com elas
uma preocupação por suas vidas e demonstravam atenção à suas dores.
Houve uma atenção significativa para essas crianças, mas apenas com um
cunho assistencial, sem a intenção pedagógica. Mas já era o inicio de ações voltadas
às crianças. Contudo, as instituições de educação infantil precisavam passar do direito
da família ou da mãe, para o direito da criança.
No período entre 1899 a 1930, o atendimento a criança começa a ganhar
destaque, pois surgem instituições particulares para atender a demanda das classes
favorecidas. “Nesse período foi fundado o Instituto de Proteção e Assistência à
Criança do Brasil, sendo um dos seus objetivos, criar creches e jardins de infância.”
(TAKEMOTO; LIMA-SANTOS, 2013, p. 24489).
A educação infantil viveu diversas transformações, o regime militar trouxe
muitos prejuízos para a educação em um todo:
mínima anual exigida é definida por 800 horas distribuídas por no mínimo 200 dias
letivos. O atendimento parcial é no mínimo de 4 horas diárias e no máximo 7 horas no
atendimento integral.
Outro documento importante é o Referencial Curricular Nacional para a
Educação Infantil (RCNEI) que tem por objetivo:
(...) apontar metas de qualidade que contribuam para que as crianças tenham
um desenvolvimento integral de suas identidades, capazes de crescerem
como cidadãos cujos direitos à infância são reconhecidos. Visa, também,
contribuir para que possa realizar, nas instituições, o objetivo socializador
dessa etapa educacional, em ambientes que propiciem o acesso e a
ampliação, pelas crianças, dos conhecimentos da realidade social e cultural.
(MEC, 1998).
O RCNEI foi materializado para servir como um guia para a reflexão sobre os
objetivos, conteúdos e orientações didáticas para os profissionais da educação
infantil, respeitando suas individualidades, com o objetivo de auxiliar os professores
em seu trabalho educativo e esclarecer o que deve ser ensinado tendo uma proposta
aberta e não obrigatória. Esse referencial cumpre o Art. 9º da LDB:
A criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte
de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma
determinada cultura, em um determinado momento histórico. É
profundamente marcada pelo meio social em que se desenvolve, mas
também o marca. (...). As crianças possuem uma natureza singular, que as
caracteriza como seres que sentem e pensam o mundo de um jeito muito
próprio. (BRASIL, 1998, p.21).
(...) ser que observa, questiona, levanta hipóteses, conclui, faz julgamentos e
assimila valores e que constrói conhecimentos e se apropria do conhecimento
sistematizado por meio da ação e nas interações com o mundo físico e social
não deve resultar no confinamento dessas aprendizagens a um processo de
desenvolvimento natural ou espontâneo. Ao contrário, impõe a necessidade
de imprimir intencionalidade educativa às práticas pedagógicas na Educação
Infantil, tanto na creche quanto na pré-escola. (BRASIL, 2017).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS