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PM - CE

Direitos
Humanos

Livro Eletrônico
AULA ESSENCIAL 80/20
Direitos Humanos

Sumário
Patrícia Maciel

Direitos Humanos............................................................................................................................ 3
Introdução......................................................................................................................................... 3
Direitos Humanos na CRFB/1988................................................................................................. 3
Características dos Direitos Humanos.. ...................................................................................... 4
Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado.................................................................... 5
Política Nacional de Direitos Humanos. . ..................................................................................... 6
Violências de Gênero. . ..................................................................................................................... 7
Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2016) e Violência Doméstica............................................ 8
Sujeito Passivo da Lei.. .................................................................................................................... 8
Racismo............................................................................................................................................ 14
Tipificação e Penas. . ...................................................................................................................... 14
Racismo Institucional.. ...................................................................................................................16
Estatuto da Igualdade Racial.. ...................................................................................................... 17
Estatuto da Pessoa com Deficiência...........................................................................................21
Tortura.............................................................................................................................................. 24
Direito das Pessoas Moradoras de Favelas............................................................................. 27
Direito das Vítimas de Violência de Estado. . ............................................................................ 28
População em Situação de Rua................................................................................................... 28
Conceito e Princípios das Políticas Públicas.. ...........................................................................31
Recolhimento Compulsório..........................................................................................................31
Questões de Concurso.................................................................................................................. 32
Gabarito............................................................................................................................................49

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Direitos Humanos
Patrícia Maciel

DIREITOS HUMANOS
Introdução
Para esta aula 80/20, o intuito é selecionar alguns assuntos/tópicos considerados mais
importantes para o seu concurso (PM/CE).
Os assuntos aqui trabalhados referem-se a alguns tópicos já trabalhados nas aulas passa-
das, no intuito apenas de você absorver um pouco mais o conteúdo já ministrado.
Ao final também haverá uma coletânea de questões selecionadas dos materiais já dispo-
níveis. Mãos à obra!

Direitos Humanos na CRFB/1988


Os Direitos Humanos, em nosso Estado Brasileiro, são resguardados pela Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988 um modelo, cujo artigo 1º da CF/1988 prevê os funda-
mentos pautados na, soberania, cidadania; dignidade da pessoa humana; valores sociais do
trabalho e da livre iniciativa; e o pluralismo político.

O art. 3º, do citado diploma, ainda prevê como objetivos fundamentais da República Fede-
rativa do Brasil:
• I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
• II – garantir o desenvolvimento nacional;
• III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regio-
nais;
• IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.

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Ainda de modo a garantir a prevalência dos Direitos Humanos, a República Federativa do


Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
• I – independência nacional;
• II – prevalência dos direitos humanos;
• III – autodeterminação dos povos;
• IV – não-intervenção;
• V – igualdade entre os Estados;
• VI – defesa da paz;
• VII – solução pacífica dos conflitos;
• VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
• IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
• X – concessão de asilo político.

E haveria, enfim, um conceito de Direitos Humanos???


“Os direitos humanos são normas que reconhecem e protegem a dignidade de todos os
seres humanos”1, internacionalmente.

Características dos Direitos Humanos


• Historicidade: frutos de momentos históricos, ao longo do tempo.
• Universalidade: inerente a toda pessoa, sem nenhum tipo de distinção.
• Relatividade: podem sofrer limitação, relativização quando confrontados com outros di-
reitos humanos.
− Exceção: Vedação à tortura e a à escravidão
• Essencialidade: essencial à dignidade da pessoa humana
• Irrenunciabilidade: são irrenunciáveis em virtude da natureza da pessoa humana
• Imprescritibilidade: não se extinguem com o decurso do tempo

1
https://www.unicef.org/brazil/o-que-sao-direitos-humanos

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• Inviolabilidade: insuscetíveis de violação, seja por atos de leis ou por atos de autorida-
des públicas em geral

Direitos Humanos e Responsabilidade do Estado

Responsabilidade do estado pode ocorrer por danos materiais e/ou morais!!!!!!!!!!! Basta
verificar se:
• O ato ou omissão é passível de responsabilização?
• Causou danos aos direitos humanos da pessoa?
• Há nexo de causalidade entre a conduta e o dano?
• O dano é ilícito ou escusável?
• Viola os princípios da prevenção?

A própria Constituição Federal, ou seja, em âmbito interno, prevê em seu artigo 37 os prin-
cípios que a Administração Pública deve seguir: é nosso famoso LIMPE!

Art. 37 § 6º CF As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de ser-


viços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Isso quer que o Estado deve observar os princípios da


• LEGALIDADE,
• IMPESSOALIDADE,
• MORALIDADE,
• PUBLICIDADE E
• EFICIÊNCIA.

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Nos termos da Constituição Federal, a segurança pública, dever do Estado, direito e respon-
sabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio (144 CF).

Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de
bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de
defesa civil.

Política Nacional de Direitos Humanos


O PNDH possui 06 (seis) Eixos Orientadores:
1) Eixo Orientador I: Interação democrática entre Estado e sociedade civil;
2) Eixo Orientador II: Desenvolvimento e Direitos Humanos;
3) Eixo Orientador III: Universalizar direitos em um contexto de desigualdades;
4) Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência;
5) Eixo Orientador V: Educação e Cultura em Direitos Humanos;
6) Eixo Orientador VI: Direito à Memória e à Verdade.
Na verdade, então, o PNDH possui a seguinte estrutura:

Uma das finalidades do PNDH-3 é dar continuidade à integração e ao aprimoramento dos


mecanismos de participação existentes, bem como criar novos meios de construção e moni-
toramento das políticas públicas sobre Direitos Humanos no Brasil.

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Violências de Gênero
Nem todo ato contra a mulher é violência de gênero. Isso por que para que uma agressão
seja classificada como violência de gênero deve ser direcionada a vítima em razão de sua iden-
tificação sexual ou de gênero

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Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2016) e Violência Doméstica

Sujeito Passivo da Lei


Nos termos da Lei:

Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível edu-
cacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe
asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e
mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social (Art. 2º).

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Importante!!! O STJ entende que a “Lei Maria da Penha atribuiu às uniões homoafetivas o cará-
ter de entidade familiar, ao prever, no seu artigo 5º, parágrafo único, que as relações pessoais
mencionadas naquele dispositivo independem de orientação sexual”2. Tal entendimento está em
consonância com a previsão de que “as relações pessoais independem de orientação sexual.

 Obs.: - A lei prevê como violência doméstica qualquer ação ou omissão, e não somente
ações de lesão corporal!!!! E mais. Não se exige a coabitação para configuração da
violência tipificada na Lei!
 - O STJ editou a Súmula n. 600 que trata sobre o tema, e reiterou a previsão legal, enten-
dendo que “para a configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da
Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) não se exige a coabitação entre autor e vítima”.
 - STJ: “O namoro é uma relação íntima de afeto que independe de coabitação; portan-
to, a agressão do namorado contra a namorada, ainda que tenha cessado o relacio-
namento, mas que ocorra em decorrência dele, caracteriza violência doméstica” (CC
96.532/MG, Rel. Ministra JANE SILVA – Desembargadora Convocada do TJMG, TER-
CEIRA SEÇÃO, julgado em 05/12/2008, DJe 19/12/2008)3;
2
(REsp 827.962/RS, Rel. Ministro JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, QUARTA TURMA, julgado em 21/06/2011, DJe 08/08/2011)
3
(REsp 1416580/RJ, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 01/04/2014, DJe 15/04/2014)

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 - STJ: I – “A Lei n. 11.340/2006, denominada Lei Maria da Penha, em seu art. 5º, inc.
III, caracteriza como violência doméstica aquela em que o agressor conviva ou tenha
convivido com a ofendida, independentemente de coabitação” (CC n. 100.654/MG, Ter-
ceira Seção, Rel. Ministra Laurita Vaz, DJe de 13/5/2009)”4.
 - STJ: “O excesso na imposição de castigo pelo pai à filha menor que com ele coabita
atrai a incidência do art. 5º da Lei Maria da Penha, quando observado que a violên-
cia, além de estar estritamente ligada ao contexto familiar, decorre inequivocamente
da vulnerabilidade do gênero feminino e da hipossuficiência ou inferioridade física da
vítima frente àquele que é imputado como seu algoz. É dizer, quando constatado que
a condição de mulher da vítima foi fator determinante para a agressão supostamen-
te perpetrada por seu genitor”. (REsp 1616165/DF, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI
CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 12/06/2018, DJe 22/06/2018);
 - STJ: É possível aplicação da Lei Maria da Penha em relações de ex-namorados no
caso de haver “nexo causal entre a conduta agressiva do agente e a relação de intimi-
dade que existia com a vítima” (CC 103.813/MG, Rel. Ministro JORGE MUSSI, TERCEI-
RA SEÇÃO, julgado em 24/06/2009, DJe 03/08/2009).
 - “O STF, na ADI 4.424, proposta pelo Procurador-Geral da República, combateu o enten-
dimento de vários Tribunais e do Superior Tribunal de Justiça, decidindo que a ação
penal por crime de lesão corporal leve, em caso de violência doméstica ou familiar
contra a mulher, é pública e incondicionada, sendo constitucional a regra da Lei Maria
da Penha, proibindo, nos casos de sua incidência, a aplicação da Lei n. 9.099/1995
(sobre crimes de menor potencial ofensivo e Juizados Especiais Criminais)”5.
 - Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata
a Lei Maria da Penha, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em
audiência especialmente designada com tal finalidade, antes do recebimento da denún-
cia e ouvido o Ministério Público. (Ou seja, cabe retratação nos termos mencionados)
 Súmula 542 do STJ, “a ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de vio-
lência doméstica contra a mulher é pública incondicionada”

“O STJ decidiu que o crime de injúria (Código Penal, art. 140), mesmo que cometido no âmbito do-
méstico contra a própria mulher, continua a ser submetido ao regime da ação penal privada (promo-
vido por queixa), por se tratar de crime contra a honra (STJ, RHC 32.953/AL, rel. Ministro Sebastião
Reis Júnior, Data de Julgamento: 10-9-2013, Data de Publicação: DJe 24-9-2013)”6.

4
(RHC 51.303/BA, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 09/12/2014, DJe 18/12/2014)
5
Ramos, Andre de Carvalho Curso de direitos humanos / – 5. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
6
Ramos, Andre de Carvalho Curso de direitos humanos / – 5. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2018

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IMPORTANTE!!! Já caiu em prova: “Na hipótese da iminência ou da prática de violência do-


méstica e familiar contra a mulher, a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrên-
cia dependerá de autorização judicial para adoção das providências legais cabíveis” (FALSA
QUESTÃO). Observe que a autoridade policial NÃO dependerá de autorização judicial para as
providências legais cabíveis!

É competente, por opção da ofendida, para os processos cíveis regidos pela Lei n.
11.340/2006, o Juizado (Art. 15):

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Cabe renúncia????

Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que a Lei trata,
só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente de-
signada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.

Importante!!! É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mu-
lher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de
pena que implique o pagamento isolado de multa.

Aproveitando a observação feita, salienta-se entendimento do STJ que veda suspensão


condicional do processo e a transação penal.

JURISPRUDÊNCIA
STJ: Súmula 536 – A suspensão condicional do processo e a transação penal não se apli-
cam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.

Cuidado!!! No entanto, é possível que haja a suspensão condicional da pena!!!

JURISPRUDÊNCIA
STJ: A Jurisprudência “caminha para não se admitir a aplicação do princípio da insigni-
ficância no que se refere aos crimes praticados com violência ou grave ameaça contra
mulher, no âmbito das relações domésticas (REsp 1537749/DF, Rel. Ministro ROGERIO
SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 30/06/2015, DJe 04/08/2015)”.
STJ: a Lei n. 11.340/2006 não veda a substituição da pena privativa de liberdade por res-
tritiva de direitos, “obstando apenas a imposição de prestação pecuniária e o pagamento
isolado de multa”. No entanto, “o art. 44, I, do CP proíbe a conversão da pena corporal
em restritiva de direitos quando o crime for cometido com violência ou grave ameaça à
pessoa”. (HC 416.039/RS, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em
12/12/2017, DJe 19/12/2017)

E a prisão preventiva? É cabível???

Sim!
Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, que poderá ser decretada:
• De ofício pelo juiz;

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• A requerimento do MP;
• Mediante representação da autoridade policial

No entanto, poderá o juiz revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, verificar a
falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem.
A ofendida DEVERÁ ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, especial-
mente dos pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advoga-
do constituído ou do defensor público. Ah, e não será ela não quem entregará a intimação ou
notificação ao agressor (Art. 21, p. único).

 Obs.: - A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que defe-
riu as medidas.
 - Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá conceder fiança.
 - A aplicação dessa pena não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis.

Apesar da previsão da fiança, o STJ entende que: “[...] a jurisprudência desta Corte se formou
no sentido de que, nos casos em que o paciente for considerado hipossuficiente e não possua
condição financeira suficiente para arcar com o valor arbitrado a título de fiança, e verificada a
ausência dos motivos ensejadores da custódia cautelar, o réu deverá ser posto em liberdade,
conforme disposto no art. 350 do Código de Processo Penal, [...]”.(HC 333.166/SP, Rel. Ministro
FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 20/09/2016, DJe 11/10/2016)

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 588/STJ – a prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violên-
cia ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena priva-
tiva de liberdade por restritiva de direitos.

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES! JURISPRUDÊNCIA STJ!!!

JURISPRUDÊNCIA
Súmula 589/STJ – é inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contraven-
ções penais praticados no âmbito das relações domésticas .
O STJ possui entendimento de que o descumprimento reiterado das medidas protetivas
da Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006), com risco concreto à integridade física da
vítima, justifica a prisão cautelar do agressor. (RHC 60.394/MA, Rel. Ministra MARIA THE-
REZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 18/06/2015, DJe 30/06/2015)

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É cabível a decretação da prisão cautelar para garantir a execução das medidas de urgên-
cia em favor da mulher. STJ. 5ª Turma. RHC 40.567/DF, Rel. Min. Regina Helena Costa,
julgado em 05/12/2013.

Racismo
Importante! Não se confunde racismo com injúria racial!
Racismo Injúria Racial

Previsão legal: LEI N. 7.716/1989. Previsão legal: Código Penal

A Constituição Federal trata o racismo como crime imprescritível e inafiançável: “XLII – a


prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos
termos da lei” e reafirma o comprometimento brasileiro de combate à discriminação racial ao
tratar, no seu art. 4 º, VIII, sobre o repúdio ao racismo como um dos princípios que regem as
relações internacionais brasileiras.

Tipificação e Penas

Art. 3º Impedir ou obstar o acesso de alguém, devi- Pena – reclusão de dois a cinco anos.
damente habilitado, a qualquer cargo da Administra- Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, por
ção Direta ou Indireta, bem como das concessioná- motivo de discriminação de raça, cor, etnia, religião ou
rias de serviços públicos. procedência nacional, obstar a promoção funcional.

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Pena – reclusão de dois a cinco anos.

§ 1º Incorre na mesma pena quem, por


motivo de discriminação de raça ou de cor
ou práticas resultantes do preconceito de
descendência ou origem nacional ou étni-
ca: (Incluído pela Lei n. 12.288, de 2010)
(Vigência)
I – deixar de conceder os equipamentos
necessários ao empregado em igualdade
de condições com os demais trabalhado-
res; (Incluído pela Lei n. 12.288, de 2010)
(Vigência)
II – impedir a ascensão funcional do em-
Art. 4º Negar ou obstar emprego em empresa privada. pregado ou obstar outra forma de benefício
profissional; (Incluído pela Lei n. 12.288, de
2010) (Vigência)
III – proporcionar ao empregado tratamento
diferenciado no ambiente de trabalho, espe-
cialmente quanto ao salário. (Incluído pela
Lei n. 12.288, de 2010) (Vigência)
§ 2º Ficará sujeito às penas de multa e de
prestação de serviços à comunidade, in-
cluindo atividades de promoção da igualda-
de racial, quem, em anúncios ou qualquer
outra forma de recrutamento de trabalhado-
res, exigir aspectos de aparência próprios
de raça ou etnia para emprego cujas ativi-
dades não justifiquem essas exigências.

Art. 5º Recusar ou impedir acesso a estabeleci-


mento comercial, negando-se a servir, atender ou Pena – reclusão de um a três anos.
receber cliente ou comprador.

Art. 6º Recusar, negar ou impedir a inscrição ou Pena – reclusão de três a cinco anos. Parágrafo
ingresso de aluno em estabelecimento de ensino único. Se o crime for praticado contra menor de
público ou privado de qualquer grau. dezoito anos a pena é agravada de 1/3 (um terço).

Art. 7º Impedir o acesso ou recusar hospedagem em


hotel, pensão, estalagem, ou qualquer estabeleci- Pena – reclusão de três a cinco anos.
mento similar.

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Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em


restaurantes, bares, confeitarias, ou locais seme- Pena – reclusão de um a três anos.
lhantes abertos ao público.

Art. 9º Impedir o acesso ou recusar atendimento em


estabelecimentos esportivos, casas de diversões, ou Pena – reclusão de um a três anos.
clubes sociais abertos ao público.

Art. 10. Impedir o acesso ou recusar atendimento


em salões de cabeleireiros, barbearias, termas ou
Pena – reclusão de um a três anos.
casas de massagem ou estabelecimento com as
mesmas finalidades.

Art. 11. Impedir o acesso às entradas sociais em


edifícios públicos ou residenciais e elevadores ou Pena – reclusão de um a três anos.
escada de acesso aos mesmos:

Art. 12. Impedir o acesso ou uso de transpor-


tes públicos, como aviões, navios barcas, barcos,
Pena – reclusão de um a três anos.
ônibus, trens, metrô ou qualquer outro meio de
transporte concedido.

Art. 13. Impedir ou obstar o acesso de alguém ao


Pena – reclusão de dois a quatro anos.
serviço em qualquer ramo das Forças Armadas.

Art. 14. Impedir ou obstar, por qualquer meio ou


Pena – reclusão de dois a quatro anos.
forma, o casamento ou convivência familiar e social.

 Obs.: Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor
público, e a suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não
superior a três meses.

Racismo Institucional

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JURISPRUDÊNCIA
Possibilidade de tratamento diferenciado e desigual, efetivada em estruturas públicas e
privadas afirmativas, indicando a impossibilidade Estatal em prover assistência igualitá-
ria aos diferentes grupos sociais.
“(...) Necessidade de superar o racismo estrutural e institucional ainda existente na socie-
dade brasileira, e garantir a igualdade material entre os cidadãos, por meio da distribuição
mais equitativa de bens sociais e da promoção do reconhecimento da população afro-
descendente (...)”(ADC 41, Relator(a): ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em
08/06/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-180 DIVULG 16-08-2017 PUBLIC 17-08-2017)

EXEMPLO
Reserva de vagas para negros em concursos públicos, mediante ações afirmativas.

Estatuto da Igualdade Racial

Previsão Legal: Lei n. 12.288/2010

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Veja que a Lei traz de forma clara que discriminação racial ou étnico racial NÃO é somente
distinção baseada em cor de pele.

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 Obs.: Dentre os direitos fundamentais, geralmente as Bancas gostam de cobrar, no tocante


à cultura, esporte e lazer, sobre a capoeira.

Aliás, a capoeira é reconhecida como desporto de criação nacional, sendo que a atividade
de capoeirista será reconhecida em todas as modalidades em que a capoeira se manifesta, seja
como esporte, luta, dança ou música, sendo livre o exercício em todo o território nacional, e é
reconhecida como desporto de criação nacional, nos termos do art. 217 da Constituição Federal.
É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.

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Estatuto da Pessoa com Deficiência

Objetivo da Lei: Assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direi-


tos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social
e cidadania.
A Lei considera-se pessoa com deficiência: “aquela que tem impedimento de longo prazo
de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais bar-
reiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições
com as demais pessoas”.
Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais
pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.

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Observação importante prevista na Lei:


Apesar das políticas garantidoras na Lei, “a pessoa com deficiência não está obrigada à
fruição de benefícios decorrentes de ação afirmativa.
Cuidado!!!!!!!

Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para:
I – Casar-se e constituir união estável;
II – Exercer direitos sexuais e reprodutivos;
III – exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas
sobre reprodução e planejamento familiar;
IV – Conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória;
V – Exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e
VI – Exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igual-
dade de oportunidades com as demais pessoas.

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 Obs.: A pessoa com deficiência possui várias prioridades, sendo que algumas NÃO são
extensivas aos acompanhantes da pessoa com deficiência ou ao seu represen-
tante legal:
 - Recebimento de restituição de imposto de renda (Isenção de imposto de renda);
 - Tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte
ou interessada, em todos os atos e diligências.

Importante!!!
Levando em consideração a capacidade plena da pessoa com deficiência, ela:

NÃO poderá ser obrigada a se submeter a intervenção clínica ou cirúrgica, a tratamento ou a institu-
cionalização forçada (Art. 11 da Lei).

No entanto:

Art. 11. Parágrafo Único – o consentimento da pessoa com deficiência em situação de curatela
poderá ser suprido, na forma da lei.
Art. 12. O consentimento prévio, livre e esclarecido da pessoa com deficiência é indispensável para
a realização de tratamento, procedimento, hospitalização e pesquisa científica

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Art. 13. § 1º Em caso de pessoa com deficiência em situação de curatela, deve ser assegurada sua
participação, no maior grau possível, para a obtenção de consentimento”.
A pessoa com deficiência somente será atendida sem seu consentimento prévio, livre e esclarecido
em casos de risco de morte e de emergência em saúde, resguardado seu superior interesse e ado-
tadas as salvaguardas legais cabíveis.

O processo de habilitação e de reabilitação é um direito da pessoa com deficiência.


• Objetivo do processo de habilitação e de reabilitação?????? O desenvolvimento de po-
tencialidades, talentos, habilidades e aptidões físicas, cognitivas, sensoriais, psicosso-
ciais, atitudinais, profissionais e artísticas que contribuam para a conquista da autono-
mia da pessoa com deficiência e de sua participação social em igualdade de condições
e oportunidades com as demais pessoas.

Tortura
O crime de tortura possui previsão na Lei n. 9.455/1997.

Obs.: Há exceção à tortura no Brasil???NÃO!!!!!!!!!!


 Há exceção prevista na constituição se refere à pena de morte, no caso de guerra
declarada, conforme dispõe a CF, ok?
 Não confundam a pena de tortura com a pena de morte.
 Isso quer dizer que aos presos é garantido o respeito à integridade física e moral, e o
direito a não ser torturado, hein!!!

O que é tortura????

I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico
ou mental:
com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; Tortura
prova ou persecutória
para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; Tortura crime
em razão de discriminação racial ou religiosa; Tortura discriminatória

A violência mencionada não precisa causar lesão corporal grave ou gravíssima. Pode acon-
tecer tortura com lesão corporal leve!
O sofrimento pode ser físico ou mental!!!!!!!!

II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.

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Há crime de tortura por omissão?

No caso de tortura, SIM!!!!!!!! Veja o que dispõe o parágrafo 2º do artigo 1º:

§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las,
incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
anos

Se liga nas penas!!!!!!

§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:


I – se o crime é cometido por agente público;
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de
60 (sessenta) anos; ‘(Redação dada pela Lei n. 10.741, de 2003)
III – se o crime é cometido mediante sequestro.

Cuidado!!!!!!! Tome nota!

§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

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Já caiu em prova trazendo causa de aumento de pena se o crime for cometido a maiores
de 50 anos!!!! E na verdade, o aumento se dá quando for cometido contra maiores de 60 anos!!!!
A sentença de condenação pelo crime de tortura acarretará a perda automática do car-
go, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da
pena aplicada.

Cuidado!
A lei de tortura é aplicada ainda quando o crime não tenha sido cometido em território na-
cional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira

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As garantias judiciais e os direitos pré-processuais.


• LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
• LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
• LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
• LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
• LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória.

Direito das Pessoas Moradoras de Favelas

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Direito das Vítimas de Violência de Estado

Princípios
• O Acesso à justiça integral e gratuita e o papel da Defensoria Pública
• Respeito à dignidade humana, à diferença e à privacidade

População em Situação de Rua

Conceito população em situação de rua: População em situação de rua: o grupo popula-


cional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares inter-
rompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza os
logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma

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temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário


ou como moradia provisória.

A banca costuma cobrar a literalidade sobre os objetivos e diretrizes:

Art. 6º São diretrizes da Política Nacional para a População em Situação de Rua:


I – promoção dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais;
II – responsabilidade do poder público pela sua elaboração e financiamento;
III – articulação das políticas públicas federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal;
IV – integração das políticas públicas em cada nível de governo;
V – integração dos esforços do poder público e da sociedade civil para sua execução;
VI – participação da sociedade civil, por meio de entidades, fóruns e organizações da população em
situação de rua, na elaboração, acompanhamento e monitoramento das políticas públicas;
VII – incentivo e apoio à organização da população em situação de rua e à sua participação nas di-
versas instâncias de formulação, controle social, monitoramento e avaliação das políticas públicas;
VIII – respeito às singularidades de cada território e ao aproveitamento das potencialidades e re-
cursos locais e regionais na elaboração, desenvolvimento, acompanhamento e monitoramento das
políticas públicas;

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IX – implantação e ampliação das ações educativas destinadas à superação do preconceito, e de
capacitação dos servidores públicos para melhoria da qualidade e respeito no atendimento deste
grupo populacional; e
X – democratização do acesso e fruição dos espaços e serviços públicos.
Art. 7º São objetivos da Política Nacional para a População em Situação de Rua:
I – assegurar o acesso amplo, simplificado e seguro aos serviços e programas que integram as
políticas públicas de saúde, educação, previdência, assistência social, moradia, segurança, cultura,
esporte, lazer, trabalho e renda;
II – garantir a formação e capacitação permanente de profissionais e gestores para atuação no de-
senvolvimento de políticas públicas intersetoriais, transversais e intergovernamentais direcionadas
às pessoas em situação de rua;
III – instituir a contagem oficial da população em situação de rua;
IV – produzir, sistematizar e disseminar dados e indicadores sociais, econômicos e culturais sobre
a rede existente de cobertura de serviços públicos à população em situação de rua;
V – desenvolver ações educativas permanentes que contribuam para a formação de cultura de
respeito, ética e solidariedade entre a população em situação de rua e os demais grupos sociais, de
modo a resguardar a observância aos direitos humanos;
VI – incentivar a pesquisa, produção e divulgação de conhecimentos sobre a população em situa-
ção de rua, contemplando a diversidade humana em toda a sua amplitude étnico-racial, sexual, de
gênero e geracional, nas diversas áreas do conhecimento;
VII – implantar centros de defesa dos direitos humanos para a população em situação de rua;
VIII – incentivar a criação, divulgação e disponibilização de canais de comunicação para o recebi-
mento de denúncias de violência contra a população em situação de rua, bem como de sugestões
para o aperfeiçoamento e melhoria das políticas públicas voltadas para este segmento;
IX – proporcionar o acesso das pessoas em situação de rua aos benefícios previdenciários e assis-
tenciais e aos programas de transferência de renda, na forma da legislação específica;
X – criar meios de articulação entre o Sistema Único de Assistência Social e o Sistema Único de
Saúde para qualificar a oferta de serviços;
XI – adotar padrão básico de qualidade, segurança e conforto na estruturação e reestruturação dos
serviços de acolhimento temporários, de acordo com o disposto no art. 8º;
XII – implementar centros de referência especializados para atendimento da população em situa-
ção de rua, no âmbito da proteção social especial do Sistema Único de Assistência Social;
XIII – implementar ações de segurança alimentar e nutricional suficientes para proporcionar acesso
permanente à alimentação pela população em situação de rua à alimentação, com qualidade; e
XIV – disponibilizar programas de qualificação profissional para as pessoas em situação de rua,
com o objetivo de propiciar o seu acesso ao mercado de trabalho.

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Conceito e Princípios das Políticas Públicas

“A Política Nacional para a População em Situação de Rua será implementada de forma descen-
tralizada e articulada entre a União e os demais entes federativos que a ela aderirem por meio de
instrumento próprio”.

Recolhimento Compulsório

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (2018/FGV/PREFEITURA DE BOA VISTA – RR/FGV/PROFESSOR DE PEDAGOGIA) “Nas
comunidades tradicionais de pescadores, percebeu-se um distanciamento da prática escolar
da realidade local, bem como a ausência de material didático-pedagógico que contribua com a
formação escolar e com a formação da pesca aprendida ainda na infância por meio da convi-
vência com os pescadores e as pescadoras mais velhos/as. Alicerçado na referida discussão
e cenário de estudo, percebeu-se que um material didático, abrangendo os conhecimentos
ecológicos locais, possibilitaria aproximar, de certa forma, a vivência local dos pescadores
artesanais, seja com o mangue ou com o mar, no ensino de Ciências, Biologia, Geografia e
outras disciplinas do currículo escolar.” (VIEIRA, N. C. e NEVES, J. V. “Da pesca à escola: uma
experiência de construção coletiva de saberes em comunidades tradicionais pesqueiras na
Amazônia paraense”)
Sobre a situação narrada na pesquisa acima, o Programa Nacional de Direitos Humanos:
a) não se manifesta;
b) considera a importância de valorizar o currículo mínimo nesses espaços;
c) considera a importância dos programas educacionais se adequarem à cultura e identi-
dade locais;
d) estabelece a necessidade de os estudantes dessas localidades serem transferidos para
centros urbanos;
e) considera que as especificidades locais não devem interferir no programa educacional

O decreto n. 7.037 dispõe: V – Eixo Orientador V: Educação e Cultura em Direitos Humanos:


a) Errada. Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacional de educa-
ção em Direitos Humanos para fortalecer uma cultura de direitos;
b) Errada. Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia e dos Direitos Humanos
nos sistemas de educação básica, nas instituições de ensino superior e nas instituições for-
madoras;
c) Certa. Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal como espaço de defesa e pro-
moção dos Direitos Humanos;
d) Errada. Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos Humanos no serviço público; e
e) Errada. Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informa-
ção para consolidação de uma cultura em Direitos Humanos; e
Reconhecimento da educação não formal como espaço de defesa e promoção dos Direitos
Humanos;
Letra c.

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002. (2018/FGV/PREFEITURA DE BOA VISTA/RR/FGV/2018/PREFEITURA DE BOA VISTA –


RR/PROFESSOR DE PEDAGOGIA) “Os professores da Escola Municipal Hortência estão tra-
balhando no planejamento do próximo ano letivo. A equipe de direção da escola os lembrou
de considerar as estratégias propostas pelo Programa Nacional de Direitos Humanos que se
referem à educação escolar.”
Analise abaixo algumas das ideias dos professores.
I – projeto interdisciplinar sobre as tribos indígenas da Amazônia;
II – jogos esportivos coletivos;
III – aulas de informática para a comunidade.
A(s) ideia(s) que contemplaria(m) o documento citado é(são):
a) somente I;
b) somente I e II;
c) somente I e III;
d) somente II e III;
e) I, II e III.

É de suma importância que o examinando se atente à essência das diretrizes constan-


tes do PNDH

V – Eixo Orientador V: Educação e Cultura em Direitos Humanos:

a) Diretriz 18: Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacional de educação em
Direitos Humanos para fortalecer uma cultura de direitos;
b) Diretriz 19: Fortalecimento dos princípios da democracia e dos Direitos Humanos nos sis-
temas de educação básica, nas instituições de ensino superior e nas instituições formadoras;
c) Diretriz 20: Reconhecimento da educação não formal como espaço de defesa e promoção
dos Direitos Humanos;
d) Diretriz 21: Promoção da Educação em Direitos Humanos no serviço público; e
e) Diretriz 22: Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação para
consolidação de uma cultura em Direitos Humanos; e
Letra e.

003. (2015/FGV/TJ-RO/FGV/2015/TJ-RO/PSICÓLOGO) De forma controversa, o Depoimento


sem Dano ou Depoimento Especial tem sido justificado pelo art. 12 da Convenção Internacional
dos Direitos da Criança e do Adolescente, que preconiza o direito de a criança expressar suas opi-
niões livremente sobre todos os assuntos relacionados a ela e ser ouvida em todo processo judicial
ou administrativo que a afete. Por sua vez, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Ado-
lescente (CONANDA), na Resolução n. 169/2014, estabelece que o atendimento não pode agravar

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o sofrimento psíquico de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de crimes, devendo-se


respeitar o tempo e o silêncio de quem é ouvido. Sobre esse assunto, é correto afirmar que:
a) o direito de se expressar não é equivalente à obrigação de depor como vítima ou testemunha
de um crime;
b) o psicólogo é o profissional mais qualificado para a inquirição da criança vítima de violência;
c) o método tradicional de depoimento da criança em audiência oferece menos dano do que o
Depoimento Especial;
d) a subjetividade, de acordo com a psicologia e a psicanálise, não tem ligação com as leis e
as formas jurídicas;
e) a criança não deveria ser escutada em processos judiciais na medida em que a expõem a
situações perturbadoras

A questão aborda, na verdade, o , que trata sobre a Convenção do Direito das Crianças.

Art. 12 1. Os Estados Partes assegurarão à criança que estiver capacitada a formular seus próprios juí-
zos o direito de expressar suas opiniões livremente sobre todos os assuntos relacionados com a criança,
levando-se devidamente em consideração essas opiniões, em função da idade e maturidade da criança.
2. Com tal propósito, se proporcionará à criança, em particular, a oportunidade de ser ouvida em todo
processo judicial ou administrativo que afete a mesma, quer diretamente quer por intermédio de um
representante ou órgão apropriado, em conformidade com as regras processuais da legislação nacional.
Letra a.

004. (2018/FUMARC/PC-MG/FUMARC/2018/PC-MG/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) Sobre


a Política Nacional de Direitos Humanos do Brasil, é CORRETO afirmar:
a) A elaboração dos Programas Nacionais de Direitos Humanos decorreu de recomendação
feita na Conferência Mundial de Direitos Humanos de Viena (1993).
b) As diretrizes contidas no PNDH-2 e no PNDH-3 têm força normativa.
c) No Brasil, já foram aprovados três Programas Nacionais de Direitos Humanos, sendo: PNDH-
1, no governo Fernando Henrique Cardoso; PNDH-2, no governo Luiz Inácio Lula da Silva; PNDH-
3, no governo Dilma Rousseff.
d) O PNDH-3 carece de diretriz a respeito da profissionalização da investigação de atos
criminosos

Origem dos programas nacionais de direitos humanos: Declaração e Programa de Ação de


Conferência Mundial de Viena de 1993.
No Brasil, existem 3: 1996; 2002 e 2009.
Letra a.

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005. (2018/VUNESP/PC-SP/VUNESP/2018/PC-SP/PAPILOSCOPISTA POLICIAL) É correto


afirmar que os direitos humanos fundamentais
a) visam estabelecer condições mínimas de vida e desenvolvimento da pessoa humana.
b) são aplicáveis tanto a pessoas naturais quanto a pessoas jurídicas.
c) têm por finalidade a proteção contra o arbítrio das empresas multinacionais.
d) surgiram após o nascimento da ideia do constitucionalismo.
e) consistem em instrumentos de legitimação do poder punitivo do próprio Estado e de suas
autoridades constituídas.

Direitos fundamentais são aqueles inerentes à proteção do Princípio da Dignidade da Pessoa


Humana, cujo objetivo precípuo é estabelecer condições mínimas à existência da pessoa hu-
mana, limitando os poderes arbitrários do Estado.
Letra a.

006. (2013/CESPE/CEBRASPE/PRF/CESPE/2013/PRF – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDE-


RAL) Julgue os próximos itens, relativos aos direitos humanos, à responsabilidade do Estado
e à Política Nacional de Direitos Humanos.
A Política Nacional de Direitos Humanos contempla medidas voltadas à proteção dos direitos
civis, tais como os projetos que tratam da parceria entre pessoas do mesmo sexo e da obriga-
toriedade de atendimento do aborto legal pela rede pública de saúde.

Decreto 7.177 (aprova o PNDH 3) Art. 1º A ação programática “g” do Objetivo Estratégico III –
Garantia dos direitos das mulheres para o estabelecimento das condições necessárias para
sua plena cidadania – da Diretriz 9: Combate às desigualdades estruturais, do Anexo do Decre-
to no 7.037, de 21 de dezembro de 2009, passa a vigorar com a seguinte redação: “g) Consi-
derar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde.
Certo.

007. (2019/FEPESE/SAP-SC/FEPESE/2019/SAP-SC/AGENTE PENITENCIÁRIO) O Progra-


ma Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3, aprovado pelo Decreto n. 7.037, de 21 de dezem-
bro de 2009, é estruturado em eixos orientadores que contêm suas respectivas diretrizes.
Nesse contexto normativo, estão incluídas no Eixo Orientador IV, que trata da Segurança Públi-
ca, Acesso à Justiça e Combate à Violência, as seguintes diretrizes:
a) Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente, assegurando
a cidadania plena; Promoção dos direitos de crianças e adolescentes para o seu desenvolvimento

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integral, de forma não discriminatória, assegurando seu direito de opinião e participação; Combate
às desigualdades estruturais; Garantia da igualdade na diversidade.
b) Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacional de educação em Direitos Hu-
manos para fortalecer uma cultura de direitos; Fortalecimento dos princípios da democracia
e dos Direitos Humanos nos sistemas de educação básica, nas instituições de ensino supe-
rior e nas instituições formadoras; Reconhecimento da educação não formal como espaço de
defesa e promoção dos Direitos Humanos; Promoção da Educação em Direitos Humanos no
serviço público; Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação para
consolidação de uma cultura em Direitos Humanos.
c) Interação democrática entre Estado e sociedade civil como instrumento de fortalecimento
da democracia participativa; Fortalecimento dos Direitos Humanos como instrumento trans-
versal das políticas públicas e de interação democrática; Integração e ampliação dos sistemas
de informações em Direitos Humanos e construção de mecanismos de avaliação e monitora-
mento de sua efetivação.
d) Democratização e modernização do sistema de segurança pública; Transparência e parti-
cipação popular no sistema de segurança pública e justiça criminal; Prevenção da violência e
da criminalidade e profissionalização da investigação de atos criminosos; Combate à violência
institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução da letalidade policial e car-
cerária; Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de proteção das pessoas ameaçadas;
Modernização da política de execução penal, priorizando a aplicação de penas e medidas al-
ternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário; Promoção de sistema
de justiça mais acessível, ágil e efetivo, para o conhecimento, a garantia e a defesa de direitos.
e) Efetivação de modelo de desenvolvimento sustentável, com inclusão social e econômica,
ambientalmente equilibrado e tecnologicamente responsável, cultural e regionalmente diverso,
participativo e não discriminatório; Valorização da pessoa humana como sujeito central do
processo de desenvolvimento; Promoção e proteção dos direitos ambientais como Direitos
Humanos, incluindo as gerações futuras como sujeitos de direitos.

PNDH 3: V – Eixo Orientador IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência:

a) Diretriz 11: Democratização e modernização do sistema de segurança pública;


b) Diretriz 12: Transparência e participação popular no sistema de segurança pública e justiça
criminal;
c) Diretriz 13: Prevenção da violência e da criminalidade e profissionalização da investigação
de atos criminosos;
d) Diretriz 14: Combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na
redução da letalidade policial e carcerária;

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e  ) Diretriz 15: Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de proteção das pessoas ameaçadas;
f) Diretriz 16: Modernização da política de execução penal, priorizando a aplicação de penas e
medidas alternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário; e
g) Diretriz 17: Promoção de sistema de justiça mais acessível, ágil e efetivo, para o conheci-
mento, a garantia e a defesa de direitos;
Letra d.

008. (2015/FGV/TJ-SC/FGV/2015/TJ-SC/TÉCNICO JUDICIÁRIO AUXILIAR) Visando coibir


e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, foi promulgada a Lei n. 11.340/2006,
popularmente conhecida como Lei Maria da Penha. O diploma legal, com o objetivo de conferir
tratamento mais rigoroso aos autores de crimes praticados nessa situação, trouxe um proce-
dimento processual penal com algumas peculiaridades. Sobre esse procedimento, de acordo
com a jurisprudência majoritária do Superior Tribunal de Justiça, é correto afirmar que:
a) não cabe retratação da representação já ofertada pela vítima mulher;
b) poderá eventual pena privativa de liberdade ser substituída por restritiva de direito de paga-
mento de cesta básica;
c) caberá retratação perante a autoridade policial da representação já ofertada;
d) preenchidos os requisitos legais, cabe oferecimento de proposta de transação penal;
e) a ação penal do crime de lesão corporal leve praticado no âmbito desta lei será pública in-
condicionada.

• É possível retratação em audiência. Art. 16, Lei n. 11.340/2006


• Súmula 536 do STJ
Letra e.

009. (2014/FGV/TJ-GO/FGV/2014/TJ-GO/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICÓLOGO) “De acordo com


o Relatório Mundial sobre Violência e Saúde, em 48 pesquisas realizadas com populações de
todo o mundo, de 10% a 69% das mulheres relataram ter sofrido agressão física por um parceiro
íntimo em alguma ocasião de sua vida”. (Organização Mundial de Saúde. Relatório mundial so-
bre violência e saúde apud MORGADO, Rosana. Mulheres em situação de violência doméstica In
Brandão, Eduardo & Gonçalves, Hebe. Psicologia Jurídica no Brasil. Rio de Janeiro: Nau, 2011).
São fatores que se articulam ao fenômeno da violência contra a mulher:
a) a responsabilidade da mulher que não rompe o relacionamento com o agressor, a baixa au-
toestima das mulheres e a banalização da violência doméstica;
b) a dependência econômica das mulheres, a existência de filhos que necessitam do pai e a
falta de assistência de uma rede de assistência às vítimas;

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c) a convivência prolongada com relações de violência, a legitimação social para sua perpetu-
ação e a formação de uma identidade de gênero subordinada;
d) a ausência de políticas públicas articuladas sobre o tema, o temor pelo perigo real de morte
na ruptura e a conivência das próprias vítimas;
e) a complacência social com o fenômeno, os baixos índices de punição dos acusados e o
empoderamento das vítimas pela proteção recebida de suas famílias consanguíneas.

A presente questão foi aplicada para o cargo de psicólogo. No entanto, ainda assim é impor-
tante destacar, nesse viés, que “a convivência prolongada com relações de violência, a legiti-
mação social para sua perpetuação e a formação de uma identidade de gênero subordinada”
são fatores que se articulam ao fenômeno da violência contra a mulher.
Letra c.

010. (2014/FGV/TJ-RJ/FGV/2014/TJ-RJ/ANALISTA JUDICIÁRIO/ESPECIALIDADE PSICÓ-


LOGO) A Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) configura o fenômeno da violência domés-
tica e familiar contra a mulher como qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe
cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
I – no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de
pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II – no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou
se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III – em que exista a relação íntima de afeto entre homem e mulher, na qual o agressor conviva
ou tenha convivido com a ofendida em coabitação.
Com base nas considerações acima, está correto o que se afirma em:
a) somente I;
b) somente I e II;
c) somente I e III;
d) somente II e III;
e) I, II e III

(Lei n. 11.340/2006) Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar con-
tra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento
físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
I – no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pes-
soas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II – no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se
consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;

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III – em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofen-
dida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
Letra b.

011. (2015/FGV/TJ-BA/FGV/2015/TJ-BA/ANALISTA JUDICIÁRIO/PSICOLOGIA) A Lei


n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) configura como violência doméstica e familiar con-
tra a mulher:
a) qualquer ação que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e da-
nos morais;
b) qualquer omissão que lhe cause morte, lesão, sofrimento sexual ou psicológico e da-
nos morais;
c) qualquer ação e omissão que lhe cause morte, lesão, sofrimento sexual e danos morais;
d) qualquer ação ou omissão, independentemente da relação de gênero, que lhe cause morte,
lesão, sofrimento sexual e dano patrimonial ou moral;
e) qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico,
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.

Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psico-
lógico e dano moral ou patrimonial
I – no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pes-
soas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II – no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se
consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III – em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofen-
dida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
Art. 6º A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos
direitos humanos.
Letra e.

012. (2015/FGV/DPE-MT/FGV/2015/DPE-MT/PSICÓLOGO) Sabe-se que a violência domés-


tica contra a mulher é um fenômeno social grave, que traz inúmeras consequências físicas e
psicológicas para as vítimas e também para as crianças e adolescentes que a presenciam.
A esse respeito, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) As relações de violência doméstica contra a mulher costumam alternar momentos de
violência com os de sedução, afeto, arrependimento, etc., sendo permeadas, portanto, por sen-
timentos ambivalentes e contraditórios.

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( ) A convivência prolongada com relações de violência, a legitimação social para sua per-
petuação e a formação de uma identidade de gênero depreciada formam um campo propício
para a internalização da banalização da violência sofrida pela mulher.
( ) Mesmo enfrentando condições ainda extremamente desfavoráveis, as mulheres podem
construir, individual e coletivamente, estratégias de ruptura face às condições de violência, não
devendo ser vista simplesmente como vítimas passivas.
As afirmativas são, respectivamente,
A V, V e F.
B V, V e V.
C F, V e V.
D V, F e V.
E V, F e F.

Sob uma análise jurídica e psicológica, é certo afirmar que todas as questões estão corretas.
“As relações de violência doméstica contra a mulher costumam alternar momentos de violên-
cia com os de sedução, afeto, arrependimento, etc., sendo permeadas, portanto, por sentimen-
tos ambivalentes e contraditórios”. É exatamente o que ocorre na rotina, sem a necessidade de
haver somente violência, havendo, sim, uma alternância.
Letra b.

013. (2019/FGV/PREFEITURA DE SALVADOR/BA/FGV/2019/PREFEITURA DE SALVADOR/


BA/PSICÓLOGO) Com relação ao racismo, analise as afirmativas a seguir.
I – A prática de racismo institucional é marcada pelo tratamento diferenciado e desigual, efe-
tivada em estruturas públicas e privadas, indicando a falha do Estado em prover assistência
igualitária aos diferentes grupos sociais.
II – A dimensão do racismo interpessoal versa sobre os processos de desigualdade política
com base na raça, que ocorrem entre os sujeitos em interação, perpassando relações verticais
e horizontais, amorosas ou não.
III – É um erro conceitual falar de racismo às avessas ou de racismo de negro contra branco.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III

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Levando em consideração o concurso para psicólogo, a questão exigiu conhecimento sobre


“Relações Raciais: Referências Técnicas para atuação de psicólogas”. No entanto, como foram
abordados aspectos de cunho raciais. De modo a enriquecer o material e o estudo, interessan-
te conhecer alguns conceitos voltados para a área da psicologia. Nesse sentido o material de
referências técnicas para atuação de psicólogas traz7:
I – “A prática de racismo institucional pode ser considerada a principal responsável pelas viola-
ções de direitos dos grupos raciais subalternizados. Efetivada em estruturas públicas e priva-
das do país, essa prática é marcada pelo tratamento diferenciado, desigual. Indica, pois, a falha
do Estado em prover assistência igualitária aos diferentes grupos sociais”.
II – “a dimensão do racismo interpessoal versa sobre os processos de desigualdade política
com base na raça/cor que ocorrem entre os sujeitos em interação. Inclui, por exemplo, as rela-
ções que acontecem no interior das organizações, as quais envolvem gestores e profissionais,
profissionais e usuárias(os), entre os próprios profissionais e entre os próprios usuários; assim
como os laços estabelecidos entre familiares, casais, amigos, colegas ou, quem sabe, entre
inimigos”.
III – “é um erro conceitual falar de racismo às avessas ou de racismo de negro contra branco.
Se, para que haja racismo há de haver hierarquia histórica entre as raças, sabemos que, his-
toricamente, o grupo racial negro não ocupou status de superioridade em relação ao branco”.
Letra e.

014. (MPE-SP/MPE-SP/2012) O Estatuto da Igualdade Racial (Lei n. 12.288/2010), destinado


a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos
étnicos individuais, coletivos e difusos e o combate à discriminação e às demais formas de
intolerância étnica, considera
a) Desigualdade racial: toda situação justificada de diferenciação de acesso e fruição de bens,
serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência
ou origem nacional ou étnica.
b) Discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência ba-
seada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou
restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos huma-
nos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qual-
quer outro campo da vida pública ou privada.
c) População negra: o conjunto de pessoas que se autodeclaram não brancas, conforme o
quesito cor ou raça usado pelos órgãos oficiais de estatística.

7
https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2017/09/relacoes_raciais_baixa.pdf

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d) Ações afirmativas: os programas incentivados pelo Estado e pela iniciativa privada para a
conscientização das desigualdades raciais e para a promoção dos direitos humanos.
e) Desigualdade de gênero e raça: simetria existente no âmbito da sociedade que acentua a
distância social entre mulheres negras e os demais segmentos sociais.

Art. 1º Esta Lei institui o Estatuto da Igualdade Racial, destinado a garantir à população negra a efe-
tivação da igualdade de oportunidades, a defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e difusos
e o combate à discriminação e às demais formas de intolerância étnica.
Parágrafo único. Para efeito deste Estatuto, considera-se:
I – discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada
em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o
reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades
fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida
pública ou privada;
II – desigualdade racial: toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de bens,
serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor, descendência ou
origem nacional ou étnica;
III – desigualdade de gênero e raça: assimetria existente no âmbito da sociedade que acentua a
distância social entre mulheres negras e os demais segmentos sociais;
IV – população negra: o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o
quesito cor ou raça usado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou
que adotam autodefinição análoga;
V – políticas públicas: as ações, iniciativas e programas adotados pelo Estado no cumprimento de
suas atribuições institucionais;
VI – ações afirmativas: os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa pri-
vada para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades.
Letra b.

015. (2017/FGV/MPE-BA/FGV/2017/MPE-BA/ANALISTA TÉCNICO/SERVIÇO SOCIAL) De


acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, apropriar-se de ou desviar bens, proventos,
pensão, benefícios, remuneração ou qualquer outro rendimento de pessoa com deficiência é
considerado crime, cuja pena é:
a) reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa;
b) multa, dobrando-se o valor do bem ou rendimento apropriado;
c) prestação de serviços comunitários por prazo não inferior a 1 (um) ano;
d) reclusão de 1 (um) a 5 (cinco) anos;
e) recolhimento ou busca e apreensão dos bens ou valores apropriados

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Estatuto da pessoa com deficiência:

Art. 89. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão, benefícios, remuneração ou qualquer
outro rendimento de pessoa com deficiência:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se o crime é cometido:
Letra a.

016. (2020/FGV/TJ-RS/FGV/2020/TJ-RS/OFICIAL DE JUSTIÇA) João, de forma livre e cons-


ciente, por meio de publicação de texto e foto no site X e em sua rede social Y, ambos abertos
ao público na internet, praticou, induziu e incitou discriminação de Maria em razão de sua defi-
ciência, consistente em tetraplegia.
Consoante dispõe a Lei n. 13.146/2015, João praticou crime:
a) de menor potencial ofensivo, fazendo jus à transação penal, caso preencha os requisitos
subjetivos previstos na lei, como não ter sido beneficiado anteriormente, no prazo de 5 (cinco)
anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa;
b) de difamação previsto no Código Penal, com aumento de pena por ser a vítima pessoa com
deficiência, sendo possível a retratação até o recebimento da denúncia e condicionada à com-
posição civil dos danos;
c) de calúnia previsto no Código Penal, com aumento de pena por ser a vítima pessoa com de-
ficiência, sendo possível a retratação antes da sentença e condicionada à exclusão dos textos
e fotos na internet;
d) previsto no Estatuto da Pessoa com Deficiência, e o juiz poderá determinar, sob pena de
desobediência, a interdição das respectivas mensagens ou páginas de informação na internet;
e) previsto na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência com pena de reclusão de
1 (um) a 2 (dois) anos e multa, sem prejuízo da reparação pelos danos extrapatrimoniais sofri-
dos pela vítima.

Art. 88. Praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput deste artigo é cometido por intermédio de meios de
comunicação social ou de publicação de qualquer natureza:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
§ 3º Na hipótese do § 2º deste artigo, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público ou a
pedido deste, ainda antes do inquérito policial, sob pena de desobediência:
II – interdição das respectivas mensagens ou páginas de informação na internet.
Letra d.
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017. (2021/FGV/PC-RN/FGV/2021/PC-RN/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL SUBSTITUTO)


João praticou e incitou discriminação contra Maria, em razão de sua deficiência mental, na
medida em que publicou indevidamente fotos e vídeos da vítima com comentários em tom jo-
coso e depreciativo, por intermédio de meios de comunicação social na internet. O fato chegou
ao conhecimento do delegado de polícia, que instaurou inquérito policial. No caso em tela, de
acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, a interdição das respectivas mensagens
ou páginas de informação na internet, sob pena de desobediência, pode ser determinada pelo:
a) delegado de polícia, diretamente, antes ou no curso do inquérito policial;
b) delegado de polícia, diretamente, apenas no curso do inquérito policial;
c) membro do Ministério Público ou delegado de polícia, diretamente, no curso do inquéri-
to policial;
d) juiz, membro do Ministério Público ou delegado de polícia, diretamente, no curso do inqué-
rito policial;
e) juiz, ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, ainda antes do inquérito policial

Art. 88. Praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
§ 1º Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se a vítima encontrar-se sob cuidado e responsabilidade
do agente.
§ 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput deste artigo é cometido por intermédio de meios de
comunicação social ou de publicação de qualquer natureza:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
§ 3º Na hipótese do § 2º deste artigo, o juiz poderá determinar, ouvido o Ministério Público ou a
pedido deste, ainda antes do inquérito policial, sob pena de desobediência:
I – recolhimento ou busca e apreensão dos exemplares do material discriminatório;
II – interdição das respectivas mensagens ou páginas de informação na internet.
§ 4º Na hipótese do § 2º deste artigo, constitui efeito da condenação, após o trânsito em julgado da
decisão, a destruição do material apreendido.
Letra e.

018. (2021/FGV/PC-RN/FGV/2021/PC-RN/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL SUBSTITUTO) A


Lei n. 9.455/1997 tipifica o crime de tortura e aponta as suas diversas espécies. Sobre o delito
em questão, analise as afirmativas a seguir.
I – admite tentativa; II. é insuscetível de graça ou anistia, mas permite o indulto; III. pode ser
praticado por conduta comissiva ou omissiva.
Está correto somente o que se afirma em:
a) I;
b) III;

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c) I e II;
d) I e III;
e) II e III

É possível, no crime de tortura, a tentativa e a desistência voluntária.


A lei se omite em relação ao indulto, e prevê que o crime de tortura é inafiançável e insuscetível
de graça ou anistia.
E a tortura pode ser cometida na forma comissiva e omissiva, como dispõe a lei. § 2º Aquele
que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incorre
na pena de detenção de um a quatro anos.
Letra d.

019. (2008/FGV/PC-RJ/FGV/2008/PC-RJ/OFICIAL DE CARTÓRIO) Com relação ao crime de


tortura, previsto na Lei n. 9.455/1997, analise as afirmativas a seguir:
I – A condenação pelo crime de tortura acarretará a perda do cargo, função ou emprego públi-
co e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
II – Constitui crime de tortura submeter alguém sob sua guarda, com emprego de grave amea-
ça, a intenso sofrimento mental como forma de aplicar medida de caráter preventivo.
III – O disposto na Lei de Tortura (Lei n. 9.455/1997) aplica-se ainda quando o crime não tenha
sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira.
Assinale:
a) se nenhuma afirmativa estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

I – Correta.

Art. § 5º Lei n. 9.455/1997. A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público
e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.

II – Correta.

Art. 1º Constitui crime de tortura: II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com
emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de apli-
car castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

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III – Correta.

Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território
nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.
Letra e.

020. (2008/FGV/PC-RJ/PC-RJ/2008/PC-RJ/INSPETOR DE POLÍCIA) Relativamente ao cri-


me de tortura (Lei n. 9.455/1997), é correto afirmar que a pena do crime é aumentada quando:
a) o crime é cometido contra agente público.
b) o crime é cometido por pessoa maior de sessenta anos.
c) o crime é cometido por agente público.
d) o crime é cometido durante o repouso noturno.
e) a pessoa que tinha o dever de evitá-las ou apurá-las se omite em face dessas condutas.

§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: I – se o crime é cometido por agente público;
Letra c.

021. (2008/FGV/PC-RJ/PC-RJ/2008/PC-RJ/INSPETOR DE POLÍCIA) Em relação aos atos


que podem constituir crimes de tortura, assinale a afirmativa incorreta.
a) constranger alguém com emprego de violência ou ameaça, causando-lhe sofrimento físico
com o fim de obter informação
b) constranger alguém com emprego de violência ou ameaça, causando-lhe sofrimento físico
para provocar ação ou omissão de natureza criminosa
c) constranger alguém com emprego de violência ou ameaça, causando-lhe sofrimento físico
em razão de discriminação racial ou religiosa
d) submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou ame-
aça, a intenso sofrimento mental, como forma de aplicar castigo pessoal
e) constranger alguém sem emprego de violência nem ameaça, para que faça algo que a lei
não obriga

Art. 1º Constitui crime de tortura:


I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico
ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

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II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo
Letra e.

022. (2021/FGV/DPE-RJ/FGV/2021/DPE-RJ/DEFENSOR PÚBLICO) O(A) Defensor(a) Públi-


co(a) da Comarca XX recebeu assistente social que atua com pessoas em situação de rua, a qual
informou, em condição anônima, que tem recebido muitos pedidos de documentação e ouvido
diversos relatos de operações feitas pela Guarda Municipal, expulsando as pessoas que dormem
na Praça Central, pela madrugada, com violência. Contou que eles chegam, jogam água fria para
acordar as pessoas e queimam seus pertences. Ela disse que, com a pandemia, o número de
pessoas em situação de rua aumentou consideravelmente. Elas ficam perambulando pelo centro
da cidade e há muita reclamação dos lojistas. Relatou também que as operações começaram
há mais ou menos três meses, e que há relatos de desaparecimento de jovens, crianças e bebês.
Tendo em vista essas informações, ela pede que a Defensoria Pública tome providências.
De acordo com o que foi narrado, a estratégia mais adequada a ser adotada pela Defensoria
Pública é:
a) encaminhar a informante para o Ministério Público, vez que não há atuação possível pela
Defensoria Pública;
b) realizar visita “in loco” para ouvir os relatos das pessoas em situação de rua e colher provas;
c) requisitar a Delegacia de Polícia, a instauração de uma investigação séria, independente e
imparcial sobre o desaparecimento dos jovens e eventuais sequestros de crianças e bebês;
d) oficiar a Guarda Municipal, a fim de que pare com esse tipo de abordagem, esclarecendo que,
além de ferir direitos e garantias individuais da pessoa em situação de rua, viola os princípios
da Política Nacional para a População em Situação de Rua previstos no Decreto n. 7.053/2009;
e) oficiar a Prefeitura Municipal, para que tome ciência de que está descumprindo as normas
do Decreto n. 7.053/2009, em especial do Art. 5º, I (respeito à dignidade da pessoa humana), II
(direito à convivência familiar e comunitária) e IV (atendimento humanizado e universalizado).

Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orien-
tação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudi-
cial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados,
Letra b.

023. (2010/FGV/FIOCRUZ/FGV/2010/FIOCRUZ/TECNOLOGISTA EM SAÚDE/PSICOLOGIA


DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) Alguns autores têm buscado trabalhar com adolescentes

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em situações de rua, seja desenvolvendo práticas, seja desenvolvendo pesquisas que permi-
tam compreender melhor essa população.
Avalie as afirmativas a seguir e assinale a incorreta.
a) as principais razões que levam os adolescentes para as ruas são a situação de extrema po-
breza familiar e de violência intrafamiliar.
b) muitas vezes, os meninos são incentivados a ir para as ruas, vistas como um espaço poten-
cial de ganhos para a família e de lazer.
c) a maioria dos adolescentes nas ruas já teve experiências de escolaridade, tendo abandona-
do a escola por problemas de repetência.
d) as principais funções exercidas no bojo dos programas governamentais ou não-governamen-
tais que atendem adolescentes em situações de rua são: fornecer alimentação e abrigo, oferecer
oportunidade de educação, de lazer e de prestação de cuidados com a higiene e a saúde.
e) apesar de reconhecer os benefícios decorrentes da participação nesses programas, a maio-
ria dos adolescentes em situações de rua não se mostra capaz de estabelecer vínculos satisfa-
tórios com os profissionais que trabalham com eles, o que poderia ser compreendido por uma
falha no estabelecimento de vínculos precoces.

Apesar de reconhecer os benefícios decorrentes da participação nesses programas, a maioria


dos adolescentes em situações de rua não se mostra capaz de estabelecer vínculos satisfa-
tórios com os profissionais que trabalham com eles, o que poderia ser compreendido por uma
falha no estabelecimento de vínculos precoces.
Letra e.

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GABARITO
1. c
2. e
3. a
4. a
5. a
6. C
7. d
8. e
9. c
10. b
11. e
12. b
13. e
14. b
15. a
16. d
17. e
18. d
19. e
20. c
21. e
22. b
23. e

Patrícia Maciel
Advogada. Professora em cursos de graduação e de preparação para concursos públicos. Mestranda em
Educação. Pós-graduada em Direito Tributário pela Rede de Ensino UNIDERP – LFG. Ex-vice-presidente da
Comissão da Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção de Taguatinga – OAB/DF.

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