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NOTA DE APRESENTAÇÃO............................................................................................................4
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................5
FUNDAMENTO DOS DIREITOS HUMANOS...................................................................................7
CONCLUSÃO.................................................................................................................................9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................................10
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NOTA DE APRESENTAÇÃO
Este trabalho está alicerçado num único capítulo que dá título ao mesmo “Fundamento
dos Direitos Humanos”. Onde na parte introdutória procuramos trazer um pouco do
enquadramento histórico do pensamento virado a protecção dos direitos do homem, de
seguida, abordamos claramente a razão da existência dos direitos humanos (o
fundamento) e, finalmente, concluímos que, para o êxito da prossecução dos direitos
humanos, é necessário ter um aliado chamado educação. Ou seja, pela educação é
possível vivenciar e compartilhar experiências discursivas que tenham como
fundamento a “formação de uma cultura de respeito à dignidade humana através da
promoção e da vivência dos valores da liberdade, da justiça, da igualdade, da
solidariedade, da paz…
Huambo/Caála, 10 de Abril de
2023
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INTRODUÇÃO
A noção de direitos humanos do ponto de vista da proteção universal por parte dos
Estados é recente, e começa, efectivamente, a partir do século XVIII.
Foi nesse contexto histórico que foi fundada, em 1945, a Organização das Nações
Unidas (ONU), órgão internacional criado pelos países vencedores da 2ª Guerra
Mundial, cujas finalidades principais eram de intermediar as relações entre nações antes
e durante conflitos (armados ou não), e buscar garantir os direitos dos indivíduos
independentemente de sua nacionalidade, classe social, cor ou gênero.
Repare que, na antiguidade já era possível verificar leis que limitavam o desejo humano
de oprimir o outro com esse pendor de proteção do homem. Por exemplo, o código de
Hamurabi, no qual preceituava a famosa lei de talião, "olho por olho e dente por
dente”, já era uma forma de respeitar o ser humano na medida em que só era permitida
a vingança na exacta medida da ofensa.
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se submeter às imposições dos sacerdotes ou dos déspotas ou mesmo a se humilhar
perante os seus deuses (LAZARI & OLIVERIA, 2017).
Na idade média, o grande Doutor da Igreja Católica, São Tomás de Aquino em sua
obra “Suma Teológica” (1273), defendia a igualdade dos seres humanos e aplicação
justa da lei. Ainda na idade média, no período feudal, temos a aprovação da Magna
Carta inglesa de 1215 que limita o poder do Rei e consagrava algumas liberdades aos
súditos entre eles o direito de ir e vir que lançara as bases para a lei do Habes Corpus, é
instituto o tribunal do júri, o devido processo legal é a ideia de que ninguém esta acima
da lei. Sabemos que o conteúdo e a importância dos direitos humanos nem sempre estão
fixados na consciência das pessoas.
Não é evidente a todos os indivíduos que eles possuem determinados direitos, nem
tampouco, que estes devem ser respeitados. Por isso, precisamos primeiramente
entender o que significa a expressão direitos humanos.
Direitos humanos são aqueles princípios ou valores que permitem a uma pessoa afirmar
sua condição humana e participar plenamente da vida. Tais direitos fazem com que o
indivíduo possa vivenciar plenamente sua condição biológica, psicológica, econômica,
social, cultural e política. Ou seja, são valores que servem para proteger a pessoa de
tudo que possa negar sua condição humana.
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FUNDAMENTO DOS DIREITOS HUMANOS
Uma vez que já sabemos o que são os direitos humanos, cabe-nos agora encontrar o
sentido daquilo que é o mote do nosso trabalho, o fundamento de tais direitos.
Quando falamos em fundamento dos direitos humanos, estamos nos referindo à sua
natureza ou ainda à sua razão de ser. Mas qual a razão de ser desses direitos? Uma
resposta possível seria: eles existem para zelar, proteger ou promover a humanidade que
há em todos nós, fazendo com que o ser humano não seja reduzido a uma coisa, a um
objeto qualquer do mundo. O fundamento pode também ser concebido como fonte ou
origem de algo. Nesse sentido, a ideia de fundamento serve, também, para justificar a
importância, o valor e a necessidade desses direitos. Ainda que não se possa afirmar a
existência de um fundamento absoluto que possa garantir a efetivação dos direitos
humanos – já que a noção do que vem a ser dignidade pode mudar no tempo e no
espaço – é possível considerar que haverá sempre uma ideia, um valor ou um princípio
que servirá para definir a natureza própria do homem.
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Uma vez que o fundamento é, como vimos anteriormente, aquilo que representa a causa
ou razão de ser de um facto, situação ou fenômeno, pode-se considerar o fundamento
dos direitos humanos como a essência que torna humano o nosso ser, ou seja, a
preservação e a proteção da vida, bem como assegurar o exercício da igualdade e
liberdade.
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CONCLUSÃO
Talvez seja adequado ponderar que o grande desafio da questão seja o caráter jurídico,
tendo em vista que os Estados devem prover medidas para que tais direitos não sejam
violados. Os direitos humanos só possuem eficácia definitiva quando são vivenciados,
a necessidade de praticá-los já demonstra um motivo e razão de ser. Por isso, autores
como Bobbio, refletem que “o problema grave do nosso tempo, com relação aos
direitos humanos, não é mais o de fundamentá-los e sim protegê-los’’, principalmente
em virtude dos desafios enfrentados em contraponto das diversas culturas, hábitos,
convenções e costumes de diversas sociedades, até porque, um único fundamento seria
incapaz de refletir as múltiplas noções e essências do homem.
Os homens são dotados da mesma dignidade, mas isso não evita que determinados
indivíduos sofram violações.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1992.
COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos Direitos Humanos. 6ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2008.
SANTOS, Boaventura de Sousa; NUNES, João Arriscado. Introdução para ampliar o cânone
do reconhecimento, da diferença e da igualdade. Disponível em: Acesso em agosto, 2012.
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