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UNIVERSIDADE PÚNGUÈ

FACULDADE DE LETRAS E CIÊNCIAS SOCIAIS


CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUÊS

9º Grupo
Armindo Tito Gasto Miliçao
Castro Armandinho
Helder Lobo
Josue Brito Escova
Pedro Mário Samuel

Temas:
Formas de violação dos direitos humanos;
Tráfico de seres humanos;
Trabalho infantil;
Abuso sexual;
Violação de menores

Chimoio
Agosto de 2023
9º Grupo
Armindo Tito Gasto Miliçao
Castro Armandinho
Helder Lobo
Josue Brito Escova
Pedro Mário Samuel

Trabalho de pesquisa da cadeira de Tema


Transversal a ser entregue à Faculdade de
Letras, Ciências Sociais e Humanidades,
departamento de Linguística e Tradução, sob,
orientação do Msc. Arsenio dos Aflitos.

Universidade Púnguè
Chimoio Julho de 2023

Índice
1. CAPÍTULO I..........................................................................................................4
1. Introdução..............................................................................................................4
1.1. Objectivos...........................................................................................................4
1.1.1. Objectivo Geral................................................................................................4
1.1.2. Objectivos Específicos.....................................................................................4
2. Fundamentação teórica...........................................................................................5
O que são violações de Direitos Humanos.................................................................5
Violações de Direitos Humanos em países/territórios racializados...........................5
O trafico de seres humano..........................................................................................6
Trabalho Infatil..........................................................................................................7
Principais Causas.......................................................................................................9
Pobreza das Famílias..................................................................................................9
A Prevenção e Eliminação do Trabalho Infantil: uma urgência nacional................10
Abuso Sexual...........................................................................................................10
O estupro..................................................................................................................10
SITUAÇÃO DE SUSPEITA DE VIOLENCIA......................................................12
Conclusão.................................................................................................................14
Referências bibliográficas........................................................................................15

1. CAPÍTULO I
1. Introdução
No presente trabalho abordar-se-á os temas as formas de violação dos direitos humanos,
Tráfico de seres humanos, Trabalho infantil, Abuso sexual, Violação de menores,
Diante do contexto dessas dinâmicas, as violações de Direitos Humanos são mais
recorrentes nessas localidades e sob esses corpos. Exemplo disso são as chacinas
ocorridas nas favelas brasileiras. Segundo o artigo 11, da DUDH, “toda a pessoa
acusada de um ato delituoso presume-se inocente até que a sua culpabilidade fique
legalmente provada no decurso de um processo público em que todas as garantias
necessárias de defesa lhe sejam asseguradas.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
 Reconhecer o conhecimento das violências.

1.1.2. Objectivos Específicos


 Conceituar a violência dos direitos humanos
 Mostrar como devemos separar os trabalhos infantis.
 Obter o conhecimento da violência sexual.

2. Fundamentação teórica
O que são violações de Direitos Humanos

Quando há, contudo, um desrespeito ao que está previsto no Sistema Internacional de


Proteção aos Direitos Humanos, dizemos que houve violação de Direitos Humanos. 
Tais violações podem ser realizadas por agentes do Estado ou por civis, pessoas físicas. 
Exemplos de violações de Direitos Humanos são: trabalho escravo ou análogo à
escravidão, tortura, violência contra a mulher, gravidez forçada, discriminação em
relação à raça/gênero, ataques e violência física/cultural/territorial contra indígenas,
genocídio, violência policial, perseguição por motivos políticos, fome, etc. 
Vejamos o Direito Humano à moradia. De acordo com o artigo 25, da DUDH, “toda a
pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a
saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento,
à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários”. 
A garantia desse direito é de responsabilidade do ente federativo (a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios). Portanto, a má distribuição de renda e as precárias
condições de moradia em muitas localidades brasileiras causam uma grave violação de
direitos humanos cometida pelo Estado.
Outro exemplo de violação de Direitos Humanos é a escravidão. De acordo com a
Convenção 29, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), e com o artigo 4, da
DUDH, ratificadas pelo Brasil, “ninguém será submetido à escravatura ou
servidão”. 
Contudo, mesmo com a proibição, são várias as incidências dessa prática no país, como
nos casos das vinícolas Aurora, Salton e Garibaldi, em Bento Gonçalves (RS).
Denominadas pela legislação brasileira de “trabalho análogo à escravidão”, essas
práticas ocorrem, inclusive, com a anuência de governos locais, acarretando numa grave
violação de Direitos Humanos cometida por particular mas com a omissão estatal. 
Violações de Direitos Humanos em países/territórios racializados 
Violações de Direitos Humanos podem ocorrer em qualquer lugar, justamente por
existirem pessoas com direitos em todos os lugares. Todavia, em contextos de países e
territórios periféricos ou subdesenvolvidos, em sua maioria localizados ao sul global,
essas violações ocorrem com maior ímpeto, isto é, com maior força. 
Em decorrência da dinâmica global e do histórico de colonialismo, essas localidades
possuem particularidades na maioria das vezes invisibilizadas, como é o caso
do genocídio indígena e da escravização negra. 
Historicamente montou-se uma dinâmica de Divisão Internacional do Trabalho (DIT) e
transferência de riqueza. Os países do norte global, especialmente da Europa, como
Inglaterra e França, detinham o monopólio da exploração em novas terras, conhecidas
como “Novo Mundo”. 
A invasão dos países do sul, hoje considerados “subdesenvolvidos”, como é o caso da
América Latina e da África, foi realizada mediante genocídio dos povos originários,
saque/transferência de riqueza e abusiva escravização de mão de obra, inicialmente
indígena e posteriormente, negra. 
A dinâmica global ainda se localiza entre países “desenvolvidos” X
“subdesenvolvidos”, sendo que, na realidade, esses últimos só são como são por conta
das riquezas roubadas durante a colonização – e que formaram a prosperidade do norte
global. Portanto, ao falar de contextos de países e territórios racializados, são dessas
localidades que falamos. 
Diante do contexto dessas dinâmicas, as violações de Direitos Humanos são mais
recorrentes nessas localidades e sob esses corpos. Exemplo disso são as chacinas
ocorridas nas favelas brasileiras. Segundo o artigo 11, da DUDH, “toda a pessoa
acusada de um ato delituoso presume-se inocente até que a sua culpabilidade fique
legalmente provada no decurso de um processo público em que todas as garantias
necessárias de defesa lhe sejam asseguradas”. 
Contudo, na prática, além de presumir que todos ali cometeram crimes, a polícia
interpreta essa possibilidade como licença para matar. Tais atos escancaram o racismo
estrutural presente no Estado. Portanto, o direito à presunção de inocência, à ampla
defesa e ao devido processo legal são Direitos Humanos constantemente violados no
país.  

O trafico de seres humano


O Tráfico de Seres Humanos (TSH) é um crime contra a liberdade pessoal, que afeta
milhões de pessoas em todo o mundo. Envolve o recrutamento e a movimentação de
pessoas entre fronteiras internacionais ou dentro de um mesmo país, com o objetivo de
as sujeitar a diversos tipos de exploração. O recrutamento e a movimentação das vítimas
são realizados com recurso à violência, engano ou abuso de situações de
vulnerabilidade. 
De acordo com definições internacionais, europeias e a legislação portuguesa (artigo
160º do Código Penal), comete um crime de Tráfico de Pessoas, quem:

 Realiza a ação de: Oferecer, Entregar, Recrutar, Aliciar, Aceitar, Transportar,


Alojar, Acolher pessoa(s).

 Por meio de: Violência, Rapto, Ameaça grave, Ardil ou manobra fraudulenta,


Abuso de autoridade, Aproveitamento de incapacidade psíquica ou especial
vulnerabilidade.

 Com o objetivo de: Exploração, nomeadamente Exploração Sexual, Exploração


Laboral, Mendicidade Forçada, Escravidão, Extração de órgãos, Exploração de
outras atividades criminosas.

Para que exista um crime de Tráfico de Seres Humanos:

 Não é necessário que se transponha uma fronteira internacional.


Basta o transporte dentro de um mesmo país.

 Não é necessário que se chegue, de facto, a explorar a vítima.


É suficiente a existência da intenção de exploração, por parte do agressor.
 Não é necessário que se faça prova do não consentimento da vítima.
O consentimento de uma vítima de tráfico não tem valor, uma vez que são
utilizados meios coativos, diretos ou indiretos, para o obter.

Trabalho Infatil
O trabalho infantil tem sido um dos fenómenos que mais caracterizam a violação dos
direitos da criança em Moçambique. Embora passos importantes estejam sendo dados
com vista a melhorar o quadro político-legal para a protecção da criança contra o
trabalho infantil em Moçambique, este fenómeno permanece um dos maiores entraves
ao desenvolvimento harmonioso da criança e da sociedade moçambicana, impedindo a
criança vítima ou em risco de realizar plenamente os seus direitos.

Em Moçambique, actividades laborais prejudiciais envolvendo crianças, estão


principalmente associadas ao trabalho doméstico e agrícola, e à mineração, com
enfoque na indústria do algodão e do tabaco e na mineração ilegal, vulgo garimpo. 
Adicionalmente, a maior parte das crianças trabalhadoras envolvidas nestas duas
actividades (agricultura e mineração), fazem-no sem remuneração para a família, e não
existem dados consistentes sobre a magnitude do envolvimento de crianças em ambas
actividades.

O Conceito de Trabalho Infantil A Organização Internacional do Trabalho (OIT)


reconhece o facto de nem todas as formas de trabalho envolvendo crianças, podem ser
consideradas como trabalho infantil. Segundo a OIT1 , a participação de crianças ou
adolescentes em trabalhos que não prejudicam a sua saúde e o seu desenvolvimento
pessoal nem comprometem a sua educação, é geralmente considerada uma experiência
positiva.

É o caso das tarefas domésticas e familiares não prejudiciais, do trabalho executado para
ajudar num negócio de família ou das actividades exercidas fora do horário escolar e
durante as férias para ganhar algum dinheiro. Este tipo de trabalho contribui para o
desenvolvimento das crianças e para o bem-estar das suas famílias; permite-lhes
adquirir competências, hábitos e experiência, ajudando-as a prepararem-se para se
tornarem membros úteis e produtivos da sociedade quando atingirem a idade adulta

Nem todo o trabalho exercido por crianças deve ser classificado como trabalho infantil.
O termo "trabalho infantil" é definido como o trabalho que priva as crianças de sua
infância, seu potencial e sua dignidade, e que é prejudicial ao seu desenvolvimento
físico e mental. Ele se refere ao trabalho que:

 É mental, física, social ou moralmente perigoso e prejudicial para as crianças;


 Interfere na sua escolarização;
 Priva as crianças da oportunidade de frequentarem a escola;
 Obriga as crianças a abandonar a escola prematuramente; ou
 Exige que se combine frequência escolar com trabalho excessivamente longo e
pesado.

Em suas formas mais extremas, o trabalho infantil envolve crianças escravizadas,


separadas de suas famílias, expostas a sérios riscos e doenças e/ou deixadas para se
defender sozinhas nas ruas das grandes cidades – muitas vezes em idade muito precoce.
Para que um trabalho seja considerado "trabalho infantil" é preciso avaliar uma série de
fatores, como a idade da criança, o tipo e horas de trabalho realizadas e as condições em
que é executado.

Trabalho infantil é toda forma de trabalho realizado por crianças e adolescentes abaixo
da idade mínima permitida, de acordo com a legislação de cada país.
Em Moçambique, o trabalho é proibido para quem ainda não completou 18 anos, como
regra geral. Quando realizado na condição de aprendiz, é permitido a partir dos 14 anos.

trabalho considerado “trabalho infantil”, consiste em actividades susceptíveis de:

 Prejudicar a saúde e o desenvolvimento mental, físico, social ou moral das


crianças.
 Comprometer a sua educação, privando-as da oportunidade de frequentar a
escola; obrigando-as a abandonar prematuramente a escola; ou obrigando-as a
tentar conjugar os estudos com uma carga de trabalho excessiva. Nas formas
mais extremas de trabalho infantil, as crianças são reduzidas à escravatura,
separadas das suas famílias, expostas a perigos e doenças graves e ou
abandonadas, muitas vezes quando ainda são muito novas.

O trabalho infantil abrange as actividades que privam as crianças da sua infância, da


oportunidade de desenvolverem as suas potencialidades e da sua dignidade, e que
prejudicam o seu desenvolvimento físico e mental. Porém, é difícil formular uma
definição precisa do termo “trabalho infantil” que seja aplicável a todas as situações e a
todos os países. Por essa razão, o desafio é como estabelecer a distinção entre as formas
“aceitáveis” de trabalho realizado por crianças e o trabalho infantil propriamente dito. A
classificação de determinadas formas de trabalho como trabalho infantil tem por base
critérios como a idade da criança, o tipo de trabalho executado, as condições em que é
realizado e os objectivos prosseguidos por cada país. Portanto, a resposta depende de
país para país e, mesmo dentro do mesmo país, de um sector para outro

Principais Causas
As causas do trabalho infantil são diversas e complexas, e podem variar de contexto
tendo em conta as especificidades de cada país e mesmo de cada região ou província,
para o caso de Moçambique. Contudo, podem ser identificadas três principais causas
básicas que, conjugadas, contribuem potencialmente para a ocorrência do trabalho
infantil em Moçambique.

Nas nossas comunidades rurais, é prática comum que a criança nasça já a trabalhar. Ou
seja, a criança é educada desde os seus primeiros anos de vida, a trabalhar para a
família, por mais que esse “trabalho” não signifique, necessariamente, contribuição para
aumentar a renda familiar. Contudo, à medida que a criança vai crescendo, é incutida
nela o espírito do trabalho para ajudar os pais, isto é, estes sempre esperam que os seus
filhos sejam a sua principal fonte de sustento. A forte convicção de que os filhos são a
riqueza dos pais ou da família, é interpretada como fonte segura de sustento
principalmente numa situação em que os pais já não conseguem encontrar esse sustento
por si próprios. Os progenitores acreditam que colocar as crianças a trabalhar é útil para
eles, sem se preocuparem com os potenciais perigos desse trabalho para os seus filhos.
Por isso, o trabalho doméstico remunerado e não remunerado, está também, fortemente
associado a esta visão costumeira das comunidades rurais e não só.

Pobreza das Famílias


A pobreza tem sido apontada como uma das principais causas do trabalho infantil
doméstico em Moçambique. Por sua vez, uma das características principais do trabalho
infantil doméstico, é o envolvimento de crianças no trabalho informal, fortemente
enraizado no país. Isto explica-se pelo facto de boa parte desse trabalho doméstico ser
feito nas ruas, a partir de casa. Ou seja, as crianças que enchem as ruas das cidades a
vender produtos alimentares e outros, começam a ser exploradas pelos “seus patrões”
dentro das casas onde vivem, muitas trazidas de outros locais com o único propósito de
serem usadas ou exploradas para o efeito.
A Prevenção e Eliminação do Trabalho Infantil: uma urgência nacional
O trabalho infantil é uma realidade em Moçambique. Muitas crianças são contratadas ou
“emprestadas” para trabalhar no trabalho doméstico em casas fechadas ou na rua. Em
casa, são na sua maioria raparigas que cuidam de bebés ou de outras crianças raparigas
como elas. São maioritariamente levadas do campo para a cidade, com a promessa de
poder estudar e ganhar algo para melhorar a sua condição de vida. Muitas vezes estas
crianças acabam não estudando, pois as tarefas que exercem são exigentes e precisam da
presença quase permanente delas. Outras tantas vezes, estas crianças são simplesmente
enganadas, e os seus pais também, quando são levadas a troco de terem acesso a
educação, a uma cama e prato de comida condigno. No entanto, são frequentes os casos
em que todas estas promessas não passam de promessas. As crianças tornam-se
portanto, escravas dos seus donos e donas nas cidades moçambicanas.

Os meninos, na sua maioria, trabalham na rua, vendendo ou revendendo pequenos


produtos. O salário que recebem é quase irrisório. Os meninos, que na maior parte dos
casos trabalham para famílias de baixa renda que encontram na venda informal de
produtos de baixo custo na rua o seu sustento, são vítimas deste quadro de pobreza que
é ciclicamente alimentado pela exploração do trabalho infantil.

Abuso Sexual
O termo abuso sexual é utilizado de forma ampla para categorizar atos de violação
sexual em que não há consentimento da outra parte. Fazem parte desse tipo de violência
qualquer prática com teor sexual que seja forçada, como a tentativa de estupro, carícias
indesejadas e sexo oral forçado.

O estupro
O estupro é o tipo mais grave de abuso sexual. Segundo a legislação brasileira, o
estupro vai além da penetração (conjunção carnal), de forma constrangedora e sem
consentimento. Sexo oral, masturbação, toques íntimos e introdução forçada de objetos,
por exemplo, também se enquadram nessa categoria de violência sexual.

O estupro é caracterizado pelo uso de violência física ou psicológica, no qual o


agressor ameaça a vítima para satisfazer o seu prazer.

Violência sexual. Pode ocorrer em diversos contextos e circunstâncias. Por exemplo:

• Violação no âmbito do casamento ou namoro;


• Violação por estranhos;
• Violação sistemática durante conflitos armados;
• Assédio sexual e sexo em troca de favores;
• Abuso sexual de pessoas com deficiência física ou mental;
• Abuso sexual de crianças;
• Casamento ou união forçada, incluindo casamento de crianças;
• Impedir o direito ao uso de contraceptivos ou outras medidas de
proteção contra infeções sexualmente transmissíveis;
• Aborto forçado;
• Actos violentos contra a integridade sexual da mulher, incluindo a
mutilação genital e testes obrigatórios de virgindade;
• Prostituição forçada e tráfico de pessoas para exploração sexual.

NEGLIGÊNCIA: forma de violência que tem como característica, ato de omissão por
parte dos responsáveis da criança, em prover os cuidados básicos tais como: vacinação,
alimentação, educação, higiene, e afeto e atenção.

ABANDONO: Assemelha-se a negligência, porém tem um diferencial, é caracterizado,


por abandonar de forma parcial ou total, quando parcial a criança e adolescente fica por
alguns dias sem a pessoa mais velha cuidando destes, e o abandono total é quando o
responsável evadiu-se da residência, não mais retornando para responsabilizasse pela
criança ou adolescente.

VIOLENCIA PSICOLOGICA OU EMOCIONAL: É uma forma de violência, que


podemos chamá-la de silenciosa, ou mais difícil de ser identifica, pois a primeira vista
não se apresenta visível de ser identifica. Lembrando que está violência está geralmente
acompanhada dos demais tipos de violência. Tem como características, o processo de
humilhação, xingamentos, e rejeição. São comuns “certas frases como: “não sei por que
você nasceu”, você é burra”, você não presta para nada”, você é um atraso na minha
vida”.

VIOLENCIA FISICA: Este tipo é um dos mais fáceis de ser identificado, pois a
criança geralmente apresenta marcas, escoriações, vermelhidões, hematomas e até
mesmo algum membro do corpo quebrado. Muita das vezes esse tipo de violência
ocorre, com a justificativa do responsável de que é necessário “educar” “corrigir” e não
admite ser uma violência praticada. Dependendo do grau da violência pode levar a
morte da criança.

VIOLÊNCIA SEXUAL: É praticada, sem o consentimento da criança e adolescente,


parte do princípio o abuso de autoridade perante a criança sendo obrigados a praticas
sexuais. Pode ser classificada como abuso sexual intrafamiliar e extra familiar,
exploração sexual comercial.

O abuso sexual intrafamiliar geralmente é alguém em que a criança, confia, tem respeito
e que possui algum grau de parentesco seja, avos, tios, irmãos, pais, mães, padrastos,
madrastas. Já o abuso sexual extra familiar é alguém geralmente muito próximo a
criança e que também há uma relação de proximidade e confiança tais como: pastores,
padres, vizinhos, amigos da família dentre outros. Cabe destacar aqui, que
eventualmente ocorre esse tipo de violência por pessoas desconhecidas.

E, por fim, a exploração sexual comercial, se da através da exploração do corpo da


criança e do adolescente para fins de lucro. Sendo esse rendimento ficando a maior
parte com a pessoa que a explora.

BULLYING: Refere-se a atitudes de atos de violência de modo intencional e


sistemático. A tradução da palavra BULLYING para a nossa língua portuguesa
significa: brutal, tirano. Geralmente é praticada por um grupo de pessoas para com uma
única pessoa, o ofendido (a), muitas das vezes as situações de Bullying são por questões
relacionadas pela intolerância, em relação a orientação sexual, identidade de gênero,
forma física, raça, etnia, nacionalidade. É praticado em qualquer ambiente, não se
restringindo ao universo escolar.

SITUAÇÃO DE SUSPEITA DE VIOLENCIA

SINAIS DE VIOLÊNCIA FÍSICA: presença de hematomas, vermelhidões, algum


membro do corpo quebrado, o comportamento da criança que está passando por uma
situação de violência, geralmente é de medo, temor, por vezes apresentam-se
agressivos, tem históricos de fugas da residência dentre outros. Geralmente as famílias
que praticam esse tipo de violação reforçam que a criança foi “merecedora” de tal
castigo e acabam por justificar que é uma forma de “educar”.
SINAIS DE VIOLENCIA PSICOLOGICA: apresentam-se com problemas orgânicos
de saúde, aparentemente sem um fator causador, possuem distúrbio do sono, na fala
entre outros. Apresentam carência afetiva, tende ao isolamento social, baixo conceito de
si mesmo, dificuldades em aprender o conteúdo escolar etc. Os responsáveis pela
criança no geral, depreciam, ameaçam ou ate mesmo a ignoram.

SINAIS DE NEGLIGENCIA E ABANDONO: necessidades básicas ao


desenvolvimento infanto juvenil não atendidas, como: alimentação adequada, vacinas
em atraso, baixo crescimento, falta de higienização corporal etc. Em muitos dos casos,
são responsáveis pelas atividades domésticas, falta de concentração e atenção devido ao
excesso de responsabilidade, carência afetiva, isolamento social dentre outros. A família
se apresenta apática, passiva, não acompanha a vida escolar da criança, em alguns
casos, fazem uso de substancias psicoativa e etílicas etc.

SINAIS DE VIOLÊNCIA SEXUAL: apresenta quadro de doenças sexualmente


transmissível, inchaço nas genitálias, falta ou baixo controle dos esfíncteres, dores na
barriga, cólicas. Identifica-se que a criança, tem medo do escuro, constantes pesadelos,
mal estar com o próprio corpo, se sentem sujas etc. Em muitos dos casos, a família
culpabiliza a criança pela situação do abuso sofrido, ou até mesmo diz ser invenção ou
fantasia da criança.

SINAIS DE BULLYING: Geralmente a vitima demonstra temor por quem o agride se


apresentam indefesos, tristes, intimidados.
Conclusão
Findo o trabalho culminado de uma forma resumida falamos que as Violações de
Direitos Humanos podem ocorrer em qualquer lugar, justamente por existirem pessoas
com direitos em todos os lugares. Todavia, em contextos de países e territórios
periféricos ou subdesenvolvidos, em sua maioria localizados ao sul global, essas
violações ocorrem com maior ímpeto, isto é, com maior força.  O recrutamento e a
movimentação das vítimas são realizados com recurso à violência, engano ou abuso de
situações de vulnerabilidade Em Moçambique, actividades laborais prejudiciais
envolvendo crianças, estão principalmente associadas ao trabalho doméstico e agrícola,
e à mineração, com enfoque na indústria do algodão e do tabaco e na mineração ilegal,
vulgo garimpo.  O termo abuso sexual é utilizado de forma ampla para categorizar atos
de violação sexual em que não há consentimento da outra parte. Fazem parte desse tipo
de violência qualquer prática com teor sexual que seja forçada, como a tentativa de
estupro, carícias indesejadas e sexo oral forçado.
Referências bibliográficas
INE (2009). Inquérito de Indicadores Múltiplos 2008. Instituto Nacional de Estatística.
Maputo. INE (2012). Mulheres e Homens em Moçambique: Indicadores Selecionados
de Género 2011. Instituto Nacional de Estatística. Maputo. Lei do Trabalho nº 23/2007,
de 20 de Julho. OIT (2002). Eliminar as Piores Formas de Trabalho Infantil: Guia
Prático da Convenção nº 182. Manual Para Parlamentares n.º 3-2002. ROSC (2015).
Posicionamento do ROSC Alusivo ao Dia Mundial de Luta contra o Trabalho Infantil.
Maputo. UNICEF (2014). Situação das Crianças em Moçambique 2014. Fundo das
Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Maputo

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