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UNIESP/SP
GUARUJÁ /SP
2018
Faculdade do Guarujá – FAGU
UNIESP/SP
GUARUJÁ /SP
2018
RESUMO
Tortura (sessões de choque elétrico faziam parte da rotina...), prisão perpetua
de pessoas que não cometeram nenhum delito ou crime hediondo. Ao chegarem ao
nosocômio tinham sua cabeça raspada, perdiam a sua identidade e dignidade. Para a
jornalista Daniela Arbex, o tratamento lembra ao dos judeus durante a 2ª grande guerra,
onde dos nove milhões que residiam na Europa, dois terços deles morreram nos campos
de concentração, sendo que mais de um milhão eram crianças, eles eram levados de
trem. Essa talvez seja uma das comparações mais bizarras com o tal “trem de doido” na
Bia Fortes “estação dos doidos” em Barbacena. Sendo esta um município do Estado de
Minas Gerais, conhecido como a cidade dos loucos, pois, devido ao grande número de
hospitais psiquiátricos que há na cidade. Houve um tempo que havia mais doentes
mentais do que a população. Hoje conhecido como centro hospitalar psiquiátrico de
Barbacena, criado em 1903 e considerado um presente de grego para a cidade já que o
hospício foi construído como prêmio de consolação após a cidade perder a disputa com
Belo Horizonte para ser a capital de Minas Gerais. Estima-se que 70% das pessoas que
ali estiveram internados não possuíam qualquer tipo de transtorno mental, isso piorou
durante a ditadura militar1, onde nenhuma denuncia poderia ser feita. O hospício
transformou-se no destino de desafetos políticos, homossexuais, mães solteiras,
alcoólatras, mendigos, negros, pobres, analfabetos e indigentes e também insanos.
Levando a morte 60 mil pessoas.
PALAVRAS-CHAVE: Genocídio; Holocausto; Barbacena; Direitos Humanos;
Violação.
1
Ditadura militar no Brasil ou Quinta República Brasileira foi o regime instaurado em 1 de abril de 1964 e que durou até 15 de
março de 1985, sob comando de sucessivos governos militares.
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Sumário
INTRODUÇÃO........................................................................................................................... 5
1. HOLOCAUSTO.................................................................................................................. 7
5. GENOCÍDIO..................................................................................................................... 15
9. CRIMES? QUAIS?........................................................................................................... 26
9.1 TORTURA.................................................................................................................................. 26
9.2 GENOCIDIO............................................................................................................................... 27
9.3 HOMICÍDIO................................................................................................................................ 28
Referências Bibliográficas....................................................................................................... 32
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INTRODUÇÃO
1. HOLOCAUSTO
1. Conhecendo o significado do termo ‘Holocausto’
Holocausto (em grego: ὁλόκαυστος, holókaustos: ὅλος, "todo" e καυστον,
"queimado") também conhecido como Shoá (em hebraico: השואה, HaShoá, "a
catástrofe"; em iídiche: חורבן, Churben ou Hurban, do hebraico para "destruição"),
foi historicamente usado para descrever um sacrifício queimado sobre um altar.
Holocausto pode ser um sacrifício, ou uma oferta queimada, é um sacrifício
religioso de animais que é completamente consumido pelo fogo.
Desde 1945, a palavra adquiriu um significado novo e terrível: o assassinato
em massa dos nove milhões de judeus europeus, cerca de dois terços foram
mortos. Em particular, mais de um milhão de crianças judias foram mortas no
Holocausto, como foram aproximadamente dois milhões de mulheres judias e
três milhões de homens judeus.
O Holocausto é uma das maiores e piores atrocidades cometidas pelos seres
humanos. Perseguições seguidas de muito sofrimento e muitas mortes. Pessoas
eram retiradas de seus lares obrigadas a abandonar toda a sua vida, toda a sua
história e todo o seu passado.
Trens de carga vindos de toda a Europa ocupada pelos nazistas carregando
judeus para currais humanos aonde eram fuzilados, obrigados a trabalhar até
morrer ou serem asfixiados até a morte em câmaras de gás. Tinham seus
cadáveres incinerados ou transformados em sabão, etc.
A megalomania de Adolf Hitler fez do Holocausto a guerra mais destruidora
da história. Pregava um darwinismo tortuoso aonde às ‘raças’ mais evoluídas
eram os arianos, alemães e outros povos nórdicos destinados a destruir as ‘raças
inferiores’ – principalmente aos judeus, aos qual Hitler atribuía a maioria dos
males da humanidade.
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foram os únicos perseguidos). No ano de 1942 o gás Zyklon B passou a ser usado
na execuções e logo Auschwitz se tornara o maior campo de extermínio de judeus.
Três anos depois foi desativado quando o Exército Vermelho Soviético lançou sua
ofensiva na Europa contra as tropas de Hitler e libertou os prisioneiros.
O Dia da Recordação das Vítimas do Nacional-Socialismo foi instituído há
mais ou menos quatro anos pelo então presidente da Alemanha, Roman Herzog,
para lembrar a invasão de Auschwitz e sua liberação pelas tropas soviéticas.
2
ARBEX, Daniela. Holocausto Brasileiro Manicômio de Barbacena. 31/10/2013. (20m17s). GloboNews-FERNANDO
Gabeira. Disponível em: <https://youtu.be/1xBQr5zFAHs >. Acesso em: 01 maio 2018.
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3
Trata-se de um livro-reportagem, de autoria da jornalista brasileira Daniela Arbex, lançado no Brasil dia 13 de junho
de 2013. O livro-reportagem retrata fatos ocorridos no Hospital Colônia, em Barbacena, Minas Gerais. O livro é
dividido em quatorze capítulos, onde a autora traz à tona diversos acontecimentos, ocorridos dentro dos muros do
Colônia, por meio de entrevistas com antigos funcionários, moradores e coleta de dados. ARBEX, Daniela.
Holocausto Brasileiro. São Paulo: Geração, 2013. Contem 255 páginas.
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ONU. The following countries voted in favor of the Declaration. Yearbook of the United Nations 1948–1949 p 535.
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5. GENOCÍDIO
7
EDUCATERRA.COM.BR, Iugoslávia – Adestruição de uma Nação Disponível em:<
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/atualidade/iugoslavia.htm > acesso em:01 mai 2018
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Por sua vez, a Lei 8.072, de 25 de julho de 1990, que dispõe sobre os
crimes hediondos, em conformidade ao art. 5º, XLIII, da Constituição Federal,
parágrafo único do seu art. 1º, considera também crime hediondo o crime de
genocídio, previstos na Lei 2.889/59. A nossa Lei Maior de 1988, no artigo 4º,
como princípio das relações internacionais, aponta a prevalência dos direitos
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“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados
e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e
tem como fundamentos:
[...]
III – a dignidade da pessoa humana;”
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes o País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição;
[...]
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;”
Todos os direitos são para os seres humanos, mas, nem todos são
direitos humanos. Os direitos humanos são aqueles que temos simplesmente
porque somos ‘gente’, independente do local do nosso nascimento ou onde
vivamos, esses direitos são os promotores de valores fundamentais como a:
Dignidade; a liberdade e a igualdade.
Eles devem ser respeitados por todos, principalmente pelo o Estado,
pois, cabe a ele promover e impedir que esses direitos sejam violados,
todavia a responsabilidade é de todos.
O ser humano, jamais deve ser visto ou usado como meio para atingir
outra finalidade, senão, como um fim em si mesmo.
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Immanuel Kant foi um filósofo prussiano. Amplamente considerado como o principal filósofo da era moderna, Kant
operou, na epistemologia, uma síntese entre o racionalismo continental, e a tradição empírica inglesa.
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9. CRIMES? QUAIS?
9.1 TORTURA
9.2 GENOCIDIO
9.3 HOMICÍDIO
Artigo 121° - Matar alguém: Pena: Reclusão, de seis a vinte anos.
§ 2º Se resulta:
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incurável;
III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
Lesão corporal seguida de morte
§ 3º Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o
resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Referências Bibliográficas
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D0592.htm
CABETTE, 2008